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________________________________________________________________________________________ Faculdade de Tecnologia da Zona Leste MAYANE FABRICIA DE SANTANA ESFOLIANTE CORPORAL COSMÉTICO DE POLI (ÁCIDO LÁCTICO) São Paulo, SP 2020 ________________________________________________________________________________________ Faculdade de Tecnologia da Zona Leste MAYANE FABRICIA DE SANTANA ESFOLIANTE CORPORAL COSMÉTICO DE POLI (ÁCIDO LÁCTICO) Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia da Zona Leste, sob a orientação do Me. Lúcio Cesar Severiano, como requisito parcial para a obtenção do diploma de Graduação no Curso de Tecnologia em Polímeros. São Paulo, SP 2020 Este trabalho é todo dedicado à minha mãe por me incentivar a realizar esse curso. Dedico também ao meu companheiro que me ajudou na ideia para o desenvolvimento do trabalho. AGRADECIMENTOS Agradeço ao meu orientador Lúcio Cesar Severiano, por aceitar conduzir meu trabalho para conclusão do curso. A minha mãe Maria de Lourdes que sempre esteve apoiando ao longo de minha vida acadêmica. Ao meu companheiro Victor Hugo pela compreensão e paciência, estando sempre ao meu lado durante todo percurso acadêmico. Também agradeço a minha professora Daiane, que ministrou aulas de química orgânica no curso técnico de química que me ajudou a ingressar no curso. Ainda agradeço aos meus amigos de graduação que compartilharam inúmeros desafios que enfrentamos, trocas de ideias e ajuda mútua. “Cada pessoa deve trabalhar para seu aperfeiçoamento e, ao mesmo tempo, participar da responsabilidade coletiva por toda humanidade”. Marie Curie. RESUMO Os polímeros, devido sua estrutura, possuem alta resistência química, física e biológica por isso demoram tanto tempo para se degradar. Como forma alternativa de minimizar a poluição devido ao descante incorreto dos plásticos, houve uma maior necessidade de possuir polímeros com a possibilidade de se degradarem rapidamente. Os polímeros biodegradáveis são aqueles que se degradam devido a ação de micro-organismos. Seu melhor descarte é através da compostagem, e demoram cerca de 180 dias para degradarem completamente, formando dióxido de carbono, água e biomassa. Devido a esses fatores, foi pensado em um esfoliante de material biodegradável a fim de minimizar o impacto nos rios e mares, ao invés de recorrer para produtos não poliméricos, como café, açúcar ou sementes de frutas. Desenvolveu-se dessa forma um gel esfoliante, onde no gel usou-se um polímero chamado carbopol e água, juntamente a ao polímero poli (ácido lático) micronizado por ser biodegradável. Houve a preocupação de ser realizado um teste na pele a fim de observar seu aspecto antes e depois do uso desse esfoliante, comparado ao polietileno micronizado. Palavras-chave: polímeros, biopolímeros, biodegradação, esfoliante, cosmético, plástico, biodegradável. ABSTRACT Polymers have high chemical, physical, and biological resistance and take time to degrade. An alternative to minimize pollution due to the incorrect use of plastics, there was a greater need to have polymers with the possibility of degrading quickly. Biodegradable polymers are those that degrade due to the action of microorganisms. Their best disposal is through composting, and they take 180 days to degenerate. Biopolymers, are made from renewable sources but are not biodegradable. With these factors, an exfoliant made of biodegradable material was thought to reduce the impact on rivers and seas, instead of using products that are not plastics, such as coffee, sugar, or fruit seeds. An exfoliating gel with micronized poly (lactic acid) was developed as it is biodegradable. A skin test was performed in order to observe its appearance before and after the use of this exfoliant, compared to micronized polyethylene. Keywords: polymers, biopolymers, biodegradation, exfoliating, cosmetic, plastic, biodegradable. LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Potencial de substituição dos polímeros convencionais pelos bioplásticos ....................................................................................................................................18 Figura 2 – De onde vêm os plásticos? ....................................................................... 19 Figura 3 – Capacidade global de produção de bioplásticos em 2019, por segmento de mercado. (em mil toneladas) .................................................;................................... 20 Figura 4 – Capacidade global de produção de bioplásticos, 2018 – 2024 (em mil toneladas) ................................................................................................................. 21 Figura 5 – Condições aeróbicas ................................................................................ 24 Figura 6 – Condições anaeróbicas ............................................................................ 24 Figura 7 – Principais setores consumidores de Transformados Plásticos (2013) .... 26 Figura 8 – Impacto ambiental causado pelo micro plástico ....................................... 29 Figura 9 – Filamento de PLA branco ........................................................................ 30 Figura 10 – Artesanato realizado em impressora 3D de PLA .................................. 31 Figura 11 – Polimerização do PLA ........................................................................... 32 Figura 12 – Pellets de polietileno de alta densidade ................................................ 35 Figura 13 – Fórmula estrutural do polietileno ............................................................. 36 Figura 14 – Água destilada em béquer ..................................................................... 38 Figura 15 – 1 g de carbopol 940 ................................................................................39 Figura 16 – Água destilada com carbopol em incorporação ..................................... 40 Figura 17 – Gel pronto no béquer após acrescentar tietrolamina ............................. 41 Figura 18 – Fita de pH com medição do gel pronto ................................................... 41 Figura 19 – Água destilada com corante cosmético azul .......................................... 42 Figura 20 – PLA micronizado .................................................................................... 43 Figura 21 – Gel homogeneizado com polímero ..........................................................43 Figura 22 – Recipientes com gel esfoliante ...............................................................44 Figura 23 – Recipiente com esfoliante de PE ............................................................44 Figura 24 – Recipiente com esfoliante de PLA ..........................................................45 Figura 25 – Pele com aspecto ressecado, sem uso do produto ................................46 Figura 26 – Pele com aspecto hidratado, com o uso do produto ...............................47 LISTA DE ABREVIATURAS Co Cobalto Fe Ferro g gramas ml mililitros mm milímetros Ni Níquel LISTA DE SIGLAS ABIPLAST Associação Brasileira da Indústria do Plástico ASTM American Society for Testing Materials CH4 Metano CO2 Dióxido de carbono EUA Estados Unidos da América Fe Ferro H2O Água HBP Hidrobiodegradáveis IUPAC Internacional Union of Pure and Applied Chemistry NBR Norma Brasileira Ni Níquel NOAA NationalOceanic and Atmospheric Administration O2 Oxigênio OBP Oxibiodegradáveis PA Poliamida PBT Polibutileno tereftalato PC Policarbonato PCL Policaprolactona PE Polietileno PEAD Polietileno de alta densidade PEBD Polietileno de baixa densidade PET Polietileno tereftalato PGA Poli (ácido glicólico) PHA Polihidroxialcanoato PHB Polihidroxibutirato PLA Poli (ácido láctico) PMMA Poli (metacrilato de metila) PP Polipropileno PS Poliestireno PVC Policloreto de vinila Tc Temperatura de cristalização Tg Temperatura de transição vítrea Tm Temperatura de fusão cristalina UV Ultra violeta LISTA DE ACRÔNIMOS ABRIPLAST Associação Brasileira da Indústria do Plástico ASTM American Society for Testing Materials IUPAC Internacional Union of Pure and Applied Chemistry NBR Norma Brasileira NOAA National Oceanic and Atmospheric Administration te de atenuação da função da onda do elétron no óxido λ Parâmetro de ajuste para modulação do comprimento do canal σ Efeito DIBL Ө Parâmetro de entrada para ajuste de mobilidade έ Permissividade elétrica do silício SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 16 2 BIOPOLIMEROS E POLIMEROS BIODEGRADÁVEIS ................................. 17 2.1 Biopolímeros ............................................................................................ 17 2.1.1 Polímero Verde ..................................................................................... 19 2.2 Polímeros Biodegradáveis ....................................................................... 20 2.2.1 Polimeros Oxibiodegradáveis ............................................................... 22 3 DEGRADAÇÃO ............................................................................................. 23 3.1 Degradação Dos Polímeros ..................................................................... 23 3.2 Biodegradação ........................................................................................ 23 3.2.1 Compostagem ...................................................................................... 24 4 COSMÉTICOS ............................................................................................... 25 4.1 Polímero Na Indústria De Cosméticos ..................................................... 25 4.2 Esfoliante ................................................................................................. 25 5 MICROPLÁSTICOS E SEU IMPACTO AMBIENTAL ..................................... 26 6 POLI (ÁCIDO LÁCTICO) – PLA ..................................................................... 29 6.1 Definição .................................................................................................. 30 6.2 Aplicação ................................................................................................. 30 6.3 Obtenção ................................................................................................. 31 6.3.1 Descoberta Do Polímero ...................................................................... 33 6.4 Características ......................................................................................... 33 6.5 Degradação Do PLA ................................................................................ 33 7 POLIETILENO – PE ....................................................................................... 34 7.1 Definição .................................................................................................. 34 7.2 Aplicação ................................................................................................. 34 7.3 Obtenção ................................................................................................. 35 7.4 Características ......................................................................................... 35 8 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................. 36 8.1 Materiais .................................................................................................. 36 8.2 Métodos ................................................................................................... 36 8.2.1 Preparação do gel cosmético ............................................................... 36 8.2.2 Preparação do esfoliante ...................................................................... 41 8.2.3 Aplicabilidade na pele ........................................................................... 44 9 RESULTADOS ............................................................................................... 45 10 CONCLUSÃO .............................................................................................. 47 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 48 GLOSSÁRIO ..................................................................................................... 53 ANEXO A – Datasheet PLA .............................................................................. 54 ANEXO B – Datasheet PE ................................................................................ 55 APÊNCIDE A – Balança ................................................................................... 62 APÊNDICE B – Corante cosmético turquesa ................................................... 63 APÊNDICE C – Solução de tietrolamina ........................................................... 64 16 1 INTRODUÇÃO Vê-se uma preocupação maior com o descarte incorreto dos materiais em compensação vimos um aumento de uso de dermocosméticos, como os esfoliantes corporais, acarretando alguns países adorarem a extinção do uso de microesferas de polietileno nos esfoliantes, devido seu efeito negativo nos mares e rios, para onde costuma essas microesferas serem transportadas do esgoto (BELLONI, 2017). Visando atender o público que faz uso de esfoliante, com menor impacto ambiental, foi escolhido um polímero biodegradável o poli (ácido láctico), PLA, para ser realizado a substituição dos micros plásticos usados atualmente. Foi verificado que o PLA por ser hidrobiodegradável, onde seu processo de degradação ocorre entre 6 e 24 meses (FECHINE, 2013). A elaboração deste trabalho tem como objetivo desenvolver esfoliante biodegradável de PLA, para minimizar os impactos ambientais causados pelo descarte das microesferas de polietileno, usadas atualmente na área cosmética. A metodologia adotada neste trabalho, foram as pesquisas bibliográficas, através de resumos de livros, revistas e artigos, a fim de entender o mecanismo do polímero, e a produção através do PLA micronizado e agregando-o ao um gel hidratante. 17 2 BIOPOLIMEROS E POLIMEROS BIODEGRADÁVEIS Todos os materiais poliméricos se degradam, mas os fatores e o tempo para que o material se degrade depende de alguns fatores. Pode-se considerar polímeros biodegradáveis apenas materiais que se degradam em cerca de 180 dias quando há a presença de calor, oxigênio, humidade e micro-organismos, enquanto os polímeros de fonte fóssil demoram muitos anos para se degradar naturalmente. Em ambos os casos, os polímeros podem ser reciclados, seja por meio químico ou físico (BRITO; AGRAWAL; ARAÚJO; MÉLO, 2011). 2.1 Biopolímeros Percebe-se um equívoco quando se fala de biopolímeros, ou bioplásticos, achando se tratar de plástico biodegradáveis, porém os bioplásticos em sua maioria não é biodegradável, tendo as mesmas características de polímeros de fonte fóssil. Os biopolímeros são produzidos a partir de fontes renováveis, como por exemplo: arroz, milho, soja e cana de açúcar. A partir do etanol, demoram cerca de 300 anos para de degradar no meio ambiente. Os biopolímeros podeminclusive possuir as mesmas propriedades dos polímeros de fontes renováveis, mas são fabricados a partir de fontes renováveis como milho, cana-de-açúcar, soja, beterraba, e podem ser reciclados assim como de fonte não renovável (BRITO; AGRAWAL; ARAÚJO; MÉLO, 2011)’ . Há biopolímeros com maior potencial para substituir o polímero de fonte fóssil, conforme Figura 1, segundo PRADELLA (2006). Um biopolímero, como já mencionado, não precisa ser biodegradável, mas encontramos alguns materiais que são biopolímeros biodegradáveis, como mostrado na Figura 2, (ABIPLAST, 2018). 18 Figura 1: Potencial de substituição dos polímeros convencionais pelos bioplásticos Fonte: PRADELLA, 2016 19 Figura 2: De onde vêm os plásticos? Fonte: ABIPLAST, 2018. 2.1.1 Polímero Verde São aqueles que são fabricados a partir de fonte renovável, mas que antes eram feitos apenas a partir de petróleo. Devido ao avanço tecnológico, consegue-se obter por exemplo: Polietileno (PE) e o Policloreto de Vinila (PVC) mantendo inclusive suas características, porém não os tornam biodegradáveis (BRITO; AGRAWAL; ARAÚJO; MÉLO, 2011). 20 Esse tipo de polímero é produzido a partir da cana-de-açúcar, onde há a desidratação do etanol por meio de catalisadores, o material é purificado para retirada dos contaminantes, dessa forma o etanol poderá ser polimerizado, formando eteno (BRITO; AGRAWAL; ARAÚJO; MÉLO, 2011). Esse mercado apresenta crescimento mesmo com pouca representatividade, conforme figura 3. Figura 3: Capacidade global de produção de bioplásticos em 2019, por segmento de mercado. (em mil toneladas) Fonte: ABIPLAST, 2019. 2.2 Polímeros Biodegradáveis Os polímeros biodegradáveis são aqueles que se degradam em cerca de 180 dias. Conforme a Avaliação de Desempenho de Embalagens Plásticas Ambientalmente Degradáveis e de Utensílios Plásticos Descartáveis para Alimentos, a melhor forma de descartar esse tipo de material é através da compostagem, uma técnica que permite que se transforme em adubo. Esse processo acelera a decomposição (FECHINE, 2013). A biodegradação começa pela quebra de ligação carbono-carbono, desencadeado pelo calor, umidade e ações microbiológicas (BRITO; AGRAWAL; ARAÚJO; MÉLO, 2011). Nesse momento o material ficará visivelmente fragilizado. Após esse processo os microrganismos irão usar as cadeias de polímeros como 21 alimento, sendo convertida em água, biomassa, dióxido de carbono e metano (FECHINE, 2013). Polímeros biodegradáveis se degradam em células menores e posteriormente se convertem em dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e água (H2O), pela ação dos micro-organismos (fungos, bactérias e algas). Para que um material polimérico seja considerado biodegradável, ele deve ser em cerca de 180 dias se converter 90% em CO2, água e biomassa (FECHINE, 2013). Os polímeros biodegradáveis quando descartado em aterro sanitários necessitam de mais de 180 dias para se degradar devido à falta de oxigênio e podendo gerar gás metano. Esse tipo de polímero deve ser avaliado a fim de garantir que ele é biodegradável, conforme as normas BS8472 e ASTM-D 6854-18 pois comparam vários ambientes de possíveis descartes (FECHINE, 2013). A lei 12305/2010, referente aos resíduos sólidos, ainda não tem os princípios e utilização de materiais pró degradáveis. Dessa forma o ideal para sua reciclagem é por meio de compostagem, recurso pouco usual no Brasil. Segundo a ABIPLAST, 2019, os polímeros biodegradáveis estão ganhando mercado, figura 4, superando os bioplásticos não biodegradáveis. Figura 4: Capacidade global de produção de bioplásticos, 2018 – 2024 (em mil toneladas) Fonte: ABIPLAST, 2019. 22 Sua obtenção não é exclusivamente de fonte renovável, o policaproactona (PCL) por exemplo é biodegradável e de fonte fóssil. Dentre os polímeros biodegradáveis, os mais comuns são policarprolactona (PCL), poli(ácido glicólico) (PGA), poli (ácido láctico) (PLA), polihidroxialcanoato (PHA) e polihidroxibutirato (PHB). O termo biodegradável pode ser usado incorretamente, pois da ação de bactérias, fungos e algas com a liberação enzimática. Já a fotodegradação depende apenas da quebra de ligações (BRITO; AGRAWAL; ARAÚJO; MÉLO, 2011). 2.2.1 Polímeros Oxibiodegradáveis Há o polímero oxibiodegradável, como apelo comercial, dando a falsa impressão de ser um polímero biodegradável. A ABIPLAST , desde 2015, recomendou não fazer uso dos aditivos nos polímeros chamados de pró degradante (ABIPLAST - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DO PLÁSTICO, 2018). São chamados de polímeros oxibiodegradáveis (OBP) aqueles que foram acrescidos de aditivos para realizar ou acelerar a degradação do polímero através de um processo de oxidação na presença de luz ou calor. São usados metais com Ferro (Fe), Níquel (Ni) ou Cobalto (Co) (BRITO; AGRAWAL; ARAÚJO; MÉLO, 2011). Na presença desses aditivos nos polímeros, irá se fragmentar, e esses pedaços menores podem gerar um impacto maior, gerando contaminação em lençóis freáticos (QUEIROZ, 2010). Esse polímero é produzido a partir da adição de pequenas quantidades de aditivos, a fim de ocorrer a degradação oxidativa, para isso há a necessidade de luz ou calor. A degradação desse tipo de material ocorre a redução da massa molar do polímero, através da fragmentação do plástico, diferente dos polímeros biodegradáveis que terão a ação de micro-organismos (ABIPLAST - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DO PLÁSTICO, 2018). 23 3 DEGRADAÇÃO Os polímeros geralmente ocorrem através de reações térmicas, fotoquímicas, química, radiação e mecânica, onde há o rompimento das ligações entre os átomos (RODA, 2020). 3.1 Degradação Dos Polímeros Os polímeros podem se degradar com alguns fatores: fotodegradação, fotólise, oxidação, degradação e biodegradação. Na fotodegradação ocorre pela absorção da radiação UV, ocorrendo principalmente nas áreas amorfas do polímero. A fotólise é quando a cadeia principal é que absorve a luz, e não seus aditivos. A oxidação ocorre em altas temperaturas em um ambiente com oxigênio (O2) (RODA, 2020). 3.2 Biodegradação A biodegradação é o processo onde há degradação se decompõe em CO2, CH4, H2O e outros compostos orgânicos ou biomassa, conforme norma ASTMD-5488- 94d. Dessa forma o polímero através de enzimas dos micro-organismos (FECHINE, 2013). Os micro-organismos irão realizar hidrólise e oxidação, rompendo a cadeia principal de carbono-carbono, reduzindo a massa molar. É necessário que tenha oxigênio, umidade, temperatura e pH adequados para as bactérias, fungos ou algas degrade o material, logo diferente do sistema de fotodegradação há a necessidade de seres vivos (FECHINE, 2013). Os micro-organismos irão secretar enzimas que irá diminuir o tamanho das moléculas, para que seja consumido. O processo ocorre em no máximo de dois anos (FECHINE, 2013). O processo de biodegradação pode ser aeróbico ou anaeróbico, mostrado nas figuras 5 e 6. 24 Figura 5: Condições aeróbicas Fonte: FECHINE, 2013 Figura 6: Condições anaeróbicas Fonte: FECHINE, 2013 Os fungos precisam de um sistema aeróbico, já as bactérias podem ser aeróbicas ou anaeróbicas. Esses fungos ou bactérias usam os substratos como alimento (BRITO; AGRAWAL; ARAÚJO; MÉLO, 2011). Para que a biodegradação ocorra precisa-se também de dois mecanismos, a hidrólise biológica e oxidação biológica (FECHINE, 2013). 3.2.1 Compostagem Compostagem é um método para transformar, geralmente resíduos orgânicos, em adubo. Pode ser usado como método para reduzir os resíduos sólidos que sejam biodegradáveis. Essa decomposição resultará na produção de CO2, H2O, adubo ou húmus (GUIMARÃES, 2020). 25 4 COSMÉTICOS São produtos para uso pessoal afim de embelezar, limparou melhorar a aparência da pele, lábios, cabelo ou unhas. Na pele os cosméticos podem ser encontrados de algumas formas sendo elas: cremes, gel, emulsões, loções e óleos (MANO; MENDES, 1999). 4.1 Polímero Na Indústria De Cosméticos Os polímeros utilizados em cosméticos podem ter origem natural ou sintética, como poli (álcool vinílico) PVAI, colágeno, alginato de sódio. Um dos mais usados são o carbopol (CH3CH2)n-COOH para formulação de gel e polietileno (PE) e polipropileno (PP) para produção de esfoliantes (MANO; MENDES, 1999). 4.2 Esfoliante Os esfoliantes são cosméticos usados na pele. Não tem finalidade medicamentosa, apenas destinado ao embelezamento da pele (UNILEVER, 2020), dessa forma melhora seu aspecto ou matem sua qualidade (CANABARRO, 2019). Sua principal função é retirar impurezas, como peles mortas de áreas ressecadas como joelhos e cotovelos (UNILEVER, 2020). A esfoliação pode ser realizada no rosto e corpo, no corpo auxiliando contra o ressecamento devido a renovação celular, dando espaço para novas células, assim como no rosto no tratamento de acne (SALVADOR, 2016). Pode ser realizado de forma química ou física, pois ambos os casos os resíduos na pele são removidos pela abrasão ou descamação da pele (VITCOS - COMÉRCIO DE COSMÉTICOS LTDA, 2019). Para realizar o procedimento de esfoliação com grânulos, devem ser feitos em movimentos circulares na parte do corpo desejada, e a frequência dependerá da recomendação médica ou do fabricante (SALVADOR, 2016). Estudantes da Universidade de Bath, na Inglaterra, desenvolveram microesferas de celulose por ser biodegradável (BARBOSA, 2017), dessa forma para esse trabalho foi desenvolvido microesferas de PLA, a fim de contribuir com a indústria de polímeros. 26 5 MICROPLÁSTICOS E SEU IMPACTO AMBIENTAL Atualmente há uma preocupação maior com os conhecidos como micro plásticos, pois pode ser uma ameaça a alguns biomas, afetando a biodiversidade (OLIVATTO; CARREIRA; TORNISIELO; MONTAGNER, 2018). Conforme levantamento da ABIPLAST, em 2013 cerca de 3,4% da produção de polímeros, na figura 7, foram utilizados na indústria de perfumaria, higiene e limpeza. Figura 7: Principais setores consumidores de Transformados Plásticos (2013) Fonte: ABIPLAST, 2015 27 Com isso o desenvolvimento de alternativas as fontes não renováveis acabaram crescendo nos últimos anos, como plástico verde, fabricado pela cana-de- açúcar. Polímeros biodegradáveis, por ação dos micro-organismos poderá ser uma das alternativas viáveis para diminuir o impacto ambiental (EVONIK LEADING BEYOND CHEMISTRY, 2014). Há dois tipos de micro plásticos: os que foram produzidos dessa forma como os polímeros micronizados, e os que se fragmentaram de peças poliméricas através das ações como radiação UV, presença de oxigênio, mudança de temperatura, umidade, micro-organismos e ações mecânicas (CAIXETA; CAIXETA; MENEZES FILHO, 2018). Notou-se que as microesferas de polietileno, comum nos usos de esfoliante facial e corporal, onde o impacto ambiental começa logo após a aplicação do produto, o enxague leva as microesferas diretamente a rede de esgotos (figura 4), e sendo levadas a rios devido seu tamanho, entre 0,004 a 1,24mm (FOCUS QUÍMICA, 2019). A empresa francesa, Lessonia, já está realizando a substituição as tradicionais esferas de PE, enquanto nos EUA (Nova Jersey e Nova Iorque) estão se adequando a nova legislação, já na Austrália, sua aplicação foi excluída (EQUIPE ECYCLE, 2020). O uso dos esfoliantes com polímeros por não ser retidos no sistema de esgoto, como dito, sendo levados a rios e mares, onde são comidos pelos animais, conforme figura 8 (EQUIPE ECYCLE, 2020): 28 Figura 8: Impacto ambiental causado pelo micro plástico Fonte: Focus Química A Associação Brasileira de Cosmetologia sugere as marcas a substituição em materiais biodegradáveis. Algumas marcas fazem uso de café, aveia e açúcar. Marcas como Nivea, Clinique, Neutrogena e L'occitane ainda usam polímeros em sua 29 composição, como policriloamida e copolímero de acrilato, como indica o Beat the Micro Bead. O Beat the Micro Bead informa tanto pelo site, como também por um aplicativo com o mesmo nome (BELLONI, 2017), onde mostra não somente o polietileno como polipropileno, polietileno tereftalato, polimetilmetacrilato e nylon. Nesse aplicativo (EQUIPE ECYCLE, 2014) consegue-se identificar produtos no Brasil que ainda usam os micro plásticos, nele constará a identificação por cores sendo elas: vermelho, ainda faz uso e não houve resposta para mudar a fórmula, o laranja ainda faz uso mas está realizando a mudança e verde onde não faz o uso de micro plásticos (BELLONI, 2017). Atualmente o uso dessas micro esferas poliméricas ficaram proibidas nos EUA e Reino Unido Suécia e Nova Zelândia ( GOTO, 2018 e INSTITUTO AKATU, 2019). A Evonik utiliza uma sílica, dita como especial, a SIPERNAT® como alternativa economicamente viável e substituto do polietileno, porém não menciona como ameniza o impacto ambiental (EVONIK LEADING BEYOND CHEMISTRY, 2014). Infelizmente o sistema de esgoto não consegue reter essas esferas o que significa que irão diretamente no sistema de esgoto (ECYCLE, 2020). No Brasil o Ministério do Meio Ambiente pediu em 2018 a votação no projeto de lei 6258/16 proibindo as microesferas para produtos esfoliantes, mas defendem um prazo para as empresas se adaptarem e trazer alternativas. Em 2019 foi aprovado esse projeto de lei e foi determinado que as empresas teriam até Julho de 2020, 12 meses após a publicação, para se adaptar (JOVEM PAM, 2020). A Natura já fez a substituição por materiais vegetais e biodegradáveis (PLASTIC SOUP FOUNDATION, 2020). 6 POLI (ÁCIDO LÁCTICO) – PLA O PLA é um polímero biodegradável formado a partir de fontes renováveis (BIOFABRIS, 2020) (figura 9). Figura 9: Filamento de PLA branco 30 Fonte: Autor, 2020 6.1 Definição O PLA é um polímero sintético do grupo éster. Através de hidrólise, que ocorre em ações enzimáticas responsáveis pela sua degradação. Suas formas mais comuns são o poli (ácido D-láctico-com-L-láctico) (PDLA) e o poli (ácido L- láctico) (PLLA) (FECHINE, 2013). 6.2 Aplicação Esse polímero é mais usado em peças usadas em impressoras 3D em forma de filamentos de material extrudado. Geralmente para artesanato (figura 10) , áreas 31 médicas (parafusos e implantes), embalagens, talheres e indústria têxtil (EQUIPE ECYCLE, 2020). Figura 10: Artesanato realizado em impressora 3D de PLA Fonte: Autor, 2020 6.3 Obtenção O PLA foi sintetizado pela Carothers et.al em 1932 (EQUIPE ECYCLE, 2020). Já em 1970 começou-se a produção de copolímeros com PLA e PGA (FECHINE, 2013). 32 Para sua produção, é necessário que seja feita a fermentação de carboidratos complexos, como o amido, produzindo enantiômeros de alta pureza. Também é possível através de policondensação do ácido láctico, porém tem maior dificuldade de ter grande massa molar (FECHINE, 2013). No ano de 1977, começou a produção de PLA através da abertura de anel lactídeo dimérico, dessa forma conseguindo produzir um material semi cristalino, altamente cristalino ou completamente amorfo. Para determinar a alta cristalinidade haverá a exterior-regularidade dos lactídios, já o material amorfo é pela falta dela (FECHINE, 2013), podendo ver na figura 11. Fotografia 11: Polimerização do PLA Fonte: FECHINE, 2003 Na polimerização por condensação usam-se catalisadores, solventes e altas temperaturas, pois a reação ocorrerá a partir de 140 ºC, podendo durar 2 horas para polimerização completa: Esse método tem baixo custo, porém sua massa molar fica em média a 300.000 g/mol o que é considerado baixo, diferente por abertura de anel. Ainda apresentando adesvantagem de usar catalizadores metálicos, impedindo o uso para embalagens alimentícias devido ao risco de toxicidade (FECHINE, 2013). 33 6.3.1 Descoberta Do PLA Ele foi sintetizado pela primeira vez em 1932 por Carothers, Dorough e Natta . A empresa Du Pont que patenteou, com novas propriedades mecânicas. Somente em 1966 que Kulkan demonstrou a degradação do material in vitro (EQUIPE ECYCLE, 2020). 6.4 Características Suas principais características são: Brilho; Pode ser transparente; Barreira de oxigênio; Fácil de moldar; Hipoalergênico; Rígido; Baixa retração; Tg: 60 ºC; Tm: 170 a 180 ºC; Densidade: 1,24 g/cm³ (anexo A); Temperatura de fusão: 185 ºC. 6.5 Degradação Do PLA Com temperaturas elevadas e umidade o PLA irá se degradar mais rapidamente, uma vez que é necessário que os micro-organismos precisem de um ambiente propício. Dependendo da temperatura e umidade poderá aumentar a taxa de hidrólise pode ser acelerado que afetará a taxa de degradação. O PLA se degrada tanto na ausência, quanto presença de oxigênio (FECHINE, 2013). 34 7 POLIETILENO – PE Polímero sintético feito a partir do monômero eteno (RODA, 2020) (figura 12). Figura 12: Pellets de polietileno de alta densidade Foto: iStock, 2020 7.1 Definição É um polímero termoplástico cristalino e flexível. Diferente do PLA, ele não é biodegradável. Esse é um dos polímeros mais utilizados na indústria de plásticos (RODA, 2020). 7.2 Aplicação Geralmente aplicados em processo de sopro, injeção e extrusão. Muito usado na fabricação de filme, embalagens, tampas, tubos, plástico bolhas e frascos (MAIS POLÍMEROS, 2020). 35 7.3 Obtenção O PE é formado através da reação de adição, havendo uma dupla ligação entre carbonos, quebram-se as ligações duplas, formando uma ligação simples e radicais livres. Os íons ou moléculas ficam à procura de outros íons ou moléculas, formando uma cadeia maior (RODA, 2020), conforme figura 13. Figura 13: Fórmula estrutural do polietileno Fonte: Daniel Tietz Roda 7.4 Características O Polietileno tem como características: Brilho; Permeável a gases; Resistência a tração; Resistente ao impacto; Flexível; Tg: -120ºC no PEAD; Densidade: 0,95g/cm3 (anexo B); 85 a 95% de cristalinidade no PEAD; Ponto de fusão: 130 a 140ºC. 36 8 MATERIAIS E MÉTODOS Com intuito de produzir um esfoliante, foi desenvolvido duas amostras nos seguintes passos: 8.1 Materiais Foram usados os seguintes materiais: Água destilada; Balança (apêndice A); Béquer de plástico; Carbômero (carbopol 940); Corante cosmético turquesa (apêndice B) ; Espátula de plástico; Fitas de pH; Poli (ácido láctico) micronizado; Polietileno micronizado; Recipiente de vidro; Recipientes de plástico com tampa; Solução de trietoanolamina (apêndice C). 8.2 Métodos Para a preparação do gel, como base cosmética para o esfoliante, forma pesados todos os ingredientes e agregados ao polímero conforme descrição abaixo. 8.2.1 Preparação do gel cosmético Pesou-se 50g de água destilada em um béquer (figura 14). 37 Figura 14 : Água destilada em béquer. Fonte: Autor, 2020 Pesou-se 1g de carbômero e acrescentou-se ao béquer com água (figura 15). 38 Figura 15: 1 g de carbopol 940 Fonte: Autor, 2020 Misturou-se até que ambos estivessem encorpados (figura 16) formando uma mistura homogênea. A mistura foi deixada de repouso por 12 horas em temperatura ambiente para haver a hidratação completa do carbopol. 39 Figura 16: Água destilada com carbopol em incorporação Fonte: Autor, 2020 Após o repouso acrescentou-se 1 ml de trietoanolamina a fim, de corrigir o pH e atingir o pH levemente alcalino. Misturou-se para homogeneizar com a água e carbopol (figura 17) 40 Figura 17: Gel pronto no béquer após acrescentar tietrolamina Fonte: Autor, 2020 Mediu-se o pH (figura 18) para garantir o gel levemente básico para que ele fique estável em forma de gel. Figura18: Fita de pH com medição do gel pronto Fonte: Autor, 2020 41 O processo foi repetido, a fim de ter duas amostras a serem usadas. Na segunda amostra acrescentou-se corante cosmético azul na água destilada (figura 19). Figura 19: Água destilada com corante cosmético azul Fonte: Autor, 2020 8.2.2 Preparação do esfoliante Pesou-se 5 g de PE e PLA separadamente (fotografia 20). 42 Figura 20: PLA micronizado Fonte: Autor, 2020 Misturou-se até homogeneizar (figura 21). Figura 21: Gel homogeneizado com polímero Fonte: Autor, 2020 43 Armazenou-se em recipientes plásticos com tampa (figura 22, 23 e 24). Figura 22: Recipientes com gel esfoliante. Fonte: Autor, 2020 Figura 23: Recipiente com esfoliante de PE Fonte: Autor, 2020 44 Figura 24: Recipiente com esfoliante de PLA Fonte: Autor, 2020 8.2.3 Aplicabilidade na pele O produto foi usado no período de 30 dias (1 mês) com intervalos de 3 dias entre as aplicações (cerca de 2 vezes por semana) para observar o aspecto da pele. Em uma região foi usado o PE conforme encontrados atualmente no mercado e em outra região de PLA desenvolvido para esse trabalho para comparação. 45 9 RESULTADOS Durante o processo do gel, não houve problemas na execução, formando um gel transparente e com poucas bolhas. Ao agregar o PE e PLA notou-se que ambos os polímeros agregaram bem ao gel, e a princípio não decantaram, porém o PLA houve uma leve decantação considerando o volume total do esfoliante, dessa forma se houvesse mais polímero não seria notável o PLA ao fundo do recipiente. Foi realizado um teste qualitativo visual da pele, para identificar o aspecto da pele após o uso por 30 dias do esfoliante. As áreas observadas foram os pés e calcanhares, sendo no lado direito o esfoliante de PE e o lado esquerdo de PLA. A pele apresentava ressecamento (figura 25) principalmente na área do calcanhar, onde precisa-se de uma esfoliação. Figura 25: Pele com aspecto ressecado, sem uso do produto. Fonte: Autor, 2020 46 Houve uma melhora significativa em ambos os lados em relação ao aspecto da pele. O produto foi usado por 30 dias, e a pele se tornou macia e com aspecto de hidratada comparada antes do uso do esfoliante (figura 26). Figura 26: Pele com aspecto hidratado, com o uso do produto. Fonte: Autor, 2020 No PLA não houve diferença ao ser aplicado na pele em relação ao PE. 47 10 CONCLUSÃO Os esfoliantes vem sendo usados na indústria cosmética a bastante tempo a fim de tratar diversos problemas dermatológicos. Pensando em substituir as opções atuais do mercado, o trabalho foi desenvolvido com o objetivo de continuar usando os polímeros como principal agente esfoliante, porém com menor impacto ambiental. Visto que os polímeros nos rios e mares podem afetar a vida aquática. Foi proposto o uso do PLA visto que ele é biodegradável, reconhecida como uma boa opção de polímero desse tipo. Na formulação do gel, além do carbopol 940, poderia ter usado Carbopol 934P, carboximetilcelulose (CMC), goma xantana, hidroxipropilmetilcelulose (HPMC), hidroxietilcelulose (HNC) e goma arábica. Foram registrados o aspecto da pele antes e depois do uso do esfoliante com ambos os polímeros para comparar os efeitos na pele. Em ambos os esfoliantes, o polímero serviu de agente esfoliante para a pele e se mantiveram com suas características no período de 180 dias (6 meses). Comparou-se o aspecto da pele com ambos os polímeros a fim de garantir a eficácia do poderesfoliante. Conclui-se também, que no desenvolvimento desse trabalho contribuiu para a melhora da pele ressecada na região dos pés, após a aplicação do gel esfoliante, trazendo uma melhora da mesma forma que o polietileno. Necessita-se de outros testes para estudo para futuras análises e melhorias, uma vez que a Anvisa geralmente exige alguns testes como: aparência, cor, odor, densidade, viscosidade, ponto de fusão, ponto de inflamação, conteúdo de umidade, composição de ácido graxo, entre outros. 48 REFERÊNCIAS ABIPLAST - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DO PLÁSTICO. Bioplástico, oxidegradável e biodegradável. Qual a diferença entre esses plásticos. 2018. Disponível em: http://www.abiplast.org.br/sala-de- imprensa/bioplastico-oxidegradavel-e-biodegradavel-qual-a-diferen. Acesso em: 11 maio 2020. ABIPLAST - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DO PLÁSTICO. Perfil 2015. 2019. Disponível em: http://www.abiplast.org.br/wp- content/uploads/2019/03/Perfil_-Abiplast_web2015.pdf . Acesso em: 10 mar. 2020. ABIPLAST - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DO PLÁSTICO. Perfil 2018. 2019. Disponível em: http://www.abiplast.org.br/wp- content/uploads/2019/08/perfil-2018-web.pdf. Acesso em: 10 mar. 2020. 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Enzima Grupo de substâncias responsáveis pela aceleração de reações químicas, similar aos catalisadores. Hidrólise Reação onde moléculas de água quebram uma ou mais ligações químicas. In vitro Processo biológico fora de um sistema vivo. Controlado e fechado em laboratório em recipientes de vidro. Micro-organismos Organismos que só podem ser vistos ao microscópio. Oxidação Reação que envolve elemento químico, ocasiona perda de elétrons e consequente aumento de sua carga. Ato ou efeito de oxidar. pH Determina a concentração de íons de hidrogênio (H+) para medir a acidez, neutralidade ou alcalinidade. Retração Ato ou efeito de retrair. Contração ou encolhimento. 54 ANEXO A – Datasheet PLA Fonte: Fillamentum, 2020 55 ANEXO B – Datasheet PE 56 57 58 59 60 61 Fonte: Vick, 2018 62 APÊNCIDE A – Balança Fonte: 2020 63 APÊNDICE B – Corante cosmético turquesa Fonte: Autor, 2020 64 APÊNDICE C – Solução de Trietanolamina Fonte: Autor, 2020
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