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17 - Renascimento comercial e urbano

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EXERCÍCIOS - ​Renascimento comercial e urbano - Aula 17 -                   
História Geral 
1​. (Enem 2017) Mas era sobretudo a lã que                 
os compradores, vindos da Flandres ou da             
Itália, procuravam por toda a parte. Para             
satisfazê-los, as raças foram melhoradas         
através do aumento progressivo das suas           
dimensões. Esse crescimento prosseguiu       
durante todo o século XIII, as abadias da               
Ordem de Cister, onde eram utilizados os             
métodos mais racionais de criação de           
gado, desempenharam certamente um       
papel determinante nesse     
aperfeiçoamento. 
  
DUBY. G. ​Economia rural e vida no campo 
no Ocidente medieval​. Lisboa: Estampa, 
1987 (adaptado). 
  
  
O texto aponta para a relação entre             
aperfeiçoamento da atividade pastoril e         
avanço técnico na Europa ocidental         
feudal, que resultou do(a) 
a) crescimento do trabalho escravo.   
b) desenvolvimento da vida urbana.   
c) padronização dos impostos locais.   
d) uniformização do processo       
produtivo.   
e) desconcentração da estrutura       
fundiária.   
  
2​. (Enem 2011) Se a mania de fechar,               
verdadeiro ​habitus ​da mentalidade       
medieval nascido talvez de um profundo 
sentimento de insegurança, estava       
difundida no mundo rural, estava do           
mesmo modo no meio urbano, pois que             
uma das características da cidade era de             
ser limitada por portas e por uma             
muralha. 
  
DUBY, G. ​et al​. “Séculos XIV-XV”. ​In​: 
ARIÈS, P.; DUBY, G. ​História da vida 
privada da 
Europa Feudal à Renascença. ​São Paulo: 
Cia. das Letras, 1990 (adaptado). 
  
As práticas e os usos das muralhas             
sofreram importantes mudanças no final         
da Idade Média, quando elas assumiram a             
função de pontos de passagem ou           
pórticos. Este processo está diretamente         
relacionado com 
a) o crescimento das atividades         
comerciais e urbanas.   
b) a migração de camponeses e           
artesãos.   
c) a expansão dos parques industriais e             
fabris.   
d) o aumento do número de castelos e               
feudos.   
e) a contenção das epidemias e doenças.   
  
3​. (Enem 2015) No início foram as             
cidades. O intelectual da Idade Média – no               
Ocidente – nasceu com elas. Foi com o               
desenvolvimento urbano ligado às       
funções comercial e industrial – digamos           
modestamente artesanal – que ele         
apareceu, como um desses homens de           
ofício que se instalavam nas cidades nas             
quais se impôs a divisão do trabalho. Um               
homem cujo ofício é escrever ou ensinar,             
e de preferência as duas coisas a um só                 
tempo, um homem que,       
profissionalmente, tem uma atividade de         
professor e erudito, em resumo, um           
intelectual – esse homem só aparecerá           
com as cidades. 
  
LE GOFF, J. ​Os intelectuais na Idade Média. 
Rio de Janeiro: José Olympio, 2010 
  
  
O surgimento da categoria mencionada no           
período em destaque no texto evidencia           
o(a) 
a) apoio dado pela Igreja ao trabalho             
abstrato.   
b) relação entre desenvolvimento       
urbano e divisão de trabalho.   
c) importância organizacional das       
corporações de ofício.   
d) progressiva expansão da educação         
escolar.   
e) acúmulo de trabalho dos professores           
e eruditos.   
  
4​. (Espcex (Aman) 2017) A crise do             
sistema feudal motivou uma série de           
mudanças sociais e culturais com o           
revigoramento do comércio e das cidades,           
entre os séculos XI e XIII, na Europa. Nas                 
alternativas abaixo, assinale aquela que se           
relaciona com o surgimento da burguesia. 
a) Os avanços tecnológicos adotados na           
agricultura não foram suficientes       
para ampliar o comércio de         
alimentos, incentivando a produção e         
comercialização de bens     
manufaturados.   
b) A intensificação das invasões         
bárbaras motivou o surgimento de         
cidades fortificadas onde a prática         
comercial era intensa.   
c) A Peste Negra, por ser mais             
facilmente combatida nas cidades,       
onde havia melhores condições de         
higiene, fez com que as cidades           
multiplicassem suas populações e       
ampliassem as trocas comerciais.   
d) O crescimento do comércio com o             
Oriente e o surgimento de feiras nas             
principais rotas comerciais da Europa         
favoreceram o estabelecimento de       
uma nova classe social de mercadores           
e artesãos, assim como o surgimento           
de várias cidades no interior europeu.   
e) O advento da Guerra Santa           
desmotivou as práticas comerciais       
entre os artesãos e os organizadores           
das Cruzadas, em função de sérias           
ameaças às rotas comerciais no         
Oriente, limitando o comércio ao         
continente europeu.   
  
5​. (Upf 2014) Nos séculos XIV e XV, a                 
Europa medieval vivenciou uma grave         
crise geral, que abalou profundamente as           
estruturas da sociedade, abrindo espaços         
para a criação de relações capitalistas no             
interior dessas sociedades europeias,       
dando início ao que se convencionou           
chamar de Idade Moderna. Dentre as           
alternativas abaixo, assinale a que ​não           
caracteriza ​os efeitos da transição da           
Idade Média para a Idade Moderna. 
a) A expansão marítima europeia dos           
séculos XV e XVI, rompendo os           
estreitos limites do comércio       
medieval.   
b) A centralização do poder nas mãos             
do rei, totalmente diferente do poder           
pulverizado dos senhores feudais.   
c) O surgimento de uma nova cultura,             
mais urbana e laica, em oposição à             
cultura rural-religiosa do período       
medieval.   
d) A busca de uma nova espiritualidade,             
possibilitando a ruptura da unidade         
cristã a partir da Reforma Religiosa.   
e) A ocupação do poder político pela             
burguesia, baseada no crescente       
enriquecimento econômico dessa     
classe social.   
  
6​. (Ufsm 2013) Analise o mapa e o texto a                   
seguir. 
  
  
Todos os testemunhos concordam em         
situar a origem da peste na Ásia Central,               
onde ela existia em estado endêmico. O             
grande viajante Ibn Batouta, que visitou a             
Índia Meridional pouco depois de 1342,           
assinalou-a ali. Em 1347, os próprios           
mongóis, que sitiavam o estabelecimento         
mercantil genovês em Caffa, no mar           
Negro, foram atingidos e, por um           
requinte de crueldade, enviaram vários         
cadáveres para a cidade através de suas             
máquinas de guerra. Um navio que partiu             
de Caffa para a Itália semeou, na             
passagem, a peste em Constantinopla [...]           
depois chegou a Gênova: quando se deram             
conta do mal que transportavam e           
ordenaram que partisse, era tarde demais.           
A peste atacava a Itália pelos portos. As               
cidades do interior não souberam         
organizar nenhuma defesa. 
  
Fonte: WOLFF, Philippe. ​Outono da Idade 
Média ou Primavera dos Tempos Modernos? 
São Paulo: Martins Fontes, 1988. p. 15. 
(adaptado) 
  
A análise permite associar a rápida           
propagação da Peste Negra, na Baixa           
Idade Média europeia, a fatores, como 
a) o êxito das navegações ibéricas na             
abertura do caminho marítimo para         
as Índias orientais.   
b) a retomada das peregrinações a           
Jerusalém após a vitória dos cristãos           
europeus nas guerras das Cruzadas.c) o aumento do intercâmbio comercial           
entre a China e os países europeus,             
intercâmbio esse estimulado e       
protegido nos domínios do Império         
Mongol.   
d) a intensificação das transações         
econômicas entre o Ocidente       
europeu, em pleno renascimento       
comercial urbano, e o Oriente,         
através das cidades italianas e de           
Constantinopla.   
e) o dinamismo comercial dos Turcos           
Otomanos, ao transformarem a       
Constantinopla bizantina na     
Istambul moderna.   
  
7​. (Fgv 2017) Perante esta sociedade, a             
burguesia está longe de assumir uma           
atitude revolucionária. Não protesta nem         
contra a autoridade dos príncipes         
territoriais, nem contra os privilégios da           
nobreza, nem, principalmente, contra a         
Igreja. (...) A única coisa de que trata é a                   
conquista do seu lugar. As suas           
reivindicações não excedem os limites das           
necessidades mais indispensáveis. 
  
Henri Pirenne. ​História econômica e social 
da Idade Média​, 1978. 
  
  
Segundo o texto, é correto afirmar que 
a) a burguesia, nascida da própria           
sociedade medieval, nela não tem         
lugar; para conquistá-lo, suas       
reivindicações são a liberdade de ir e             
vir, elaborar contratos, dispor de seus           
bens, fazer comércio, liberdade       
administrativa das cidades, ou seja,         
não tem o objetivo de destruir a             
nobreza e o clero.   
b) os burgueses, enriquecidos pelo         
comércio, reivindicam privilégios     
semelhantes aos da nobreza e do           
clero na sociedade moderna;       
acentuadamente revolucionários, os     
seus interesses significam título,       
terras e servos para garantirem um           
lugar compatível com sua riqueza.   
c) o território da burguesia é o solo               
urbano, a cidade como sinônimo de           
liberdade, protegida da exploração da         
nobreza e do clero; para isso, cria o               
direito urbano, isto é, leis para o             
comércio, a justiça e a administração           
que, de forma revolucionária,       
asseguram-lhe um lugar na       
sociedade moderna.   
d) ​a sociedade medieval tem um lugar            
específico para os burgueses, pois as           
liberdades, as leis, a justiça e a             
administração estão em suas mãos;         
tal situação tem o objetivo de brecar o               
poder político e econômico dos         
nobres e da Igreja, fortalecidos pela           
expansão da servidão e pelo declínio           
do comércio.    
e) com exigências revolucionárias,       
como liberdade comercial, jurídica e         
territorial, a burguesia, cada vez mais           
rica, visa destruir a sociedade         
medieval; esta, por sua vez, barra a             
ascensão econômica e política da         
burguesia, ao fortalecer a servidão no           
campo e impedir as transações         
comerciais na cidade.   
  
8​. (Fgvrj 2013) ​A partir do século X, mas                 
principalmente do XI, é o grande período de               
urbanização – prefiro utilizar esse termo           
mais do que o de renascimento urbano, já               
que penso que, salvo exceção, não há             
continuidade entre a Idade Média e a             
Antiguidade. 
  
LE GOFF, Jacques. ​Por amor às cidades. 
Conversações com Jean Lebrun. São 
Paulo: Unesp, 1998, p. 16. 
  
A respeito das cidades medievais, após o             
ano mil, é CORRETO afirmar: 
a) Tornaram-se centros econômicos e         
financeiros e vinculados às rotas         
mercantis e à produção agrária das           
áreas rurais próximas.   
b) Eram fundamentalmente sedes       
episcopais e centros administrativos       
do Sacro Império Romano       
Germânico.   
c) Tornaram-se núcleos da produção         
industrial que começou a       
desenvolver-se sobretudo no norte       
da Itália, a partir do século XI.   
d) Tornaram-se os principais       
entrepostos do comércio de escravos         
africanos desde o início das Cruzadas.   
e) Apresentaram-se como legado das         
póleis ​gregas e das cidades romanas           
da Antiguidade.   
  
9​. (Espcex (Aman) 2011) O período           
conhecido por Baixa Idade Média         
estendeu-se dos séculos X ao XV e foi               
marcado por profundas transformações,       
entre elas o renascimento comercial. É           
correto afirmar que essa transformação         
esteve relacionada com 
a) a formação das feiras, que eram             
pontos de comércio temporário,       
tendo-se destacado inicialmente as       
regiões de Champanhe e,       
posteriormente, a região de Flandres.   
b) o aparecimento de um novo grupo             
social, os mercadores, que passaram         
a ocupar o lugar da nobreza na             
sociedade estamental durante toda a         
Idade Moderna.   
c) o reaparecimento da moeda e das             
transações financeiras, que ficaram       
limitadas às cidades italianas, mais         
próximas do mercado oriental.   
d) o surgimento de hansas ou ligas,             
poderosas associações de     
comerciantes, cujos interesses se       
chocavam com os dos nobres, que           
percebiam nas atividades daquelas       
uma ameaça à segurança das cidades           
destes.   
e) o surgimento do movimento         
comunal, uma disputa entre senhores         
feudais e burgueses, em torno das           
taxas de impostos cobrados sobre as           
atividades comerciais realizadas nos       
feudos.   
  
10​. (Fuvest 2016) Assim como o           
camponês, o mercador está a princípio           
submetido, na sua atividade profissional,         
ao tempo meteorológico, ao ciclo das           
estações, à imprevisibilidade das       
intempéries e dos cataclismos naturais.         
Como, durante muito tempo, não houve           
nesse domínio senão necessidade de         
submissão à ordem da natureza e de Deus,               
o mercador só teve como meio de ação as                 
preces e as práticas supersticiosas. Mas,           
quando se organiza uma rede comercial, o             
tempo se torna objeto de medida. A             
duração de uma viagem por mar ou por               
terra, ou de um lugar para outro, o               
problema dos preços que, no curso de             
uma mesma operação comercial, mais         
ainda quando o circuito se complica,           
sobem ou descem _ tudo isso se impõe               
cada vez mais à sua atenção. Mudança             
também importante: o mercador descobre         
o preço do tempo no mesmo momento em               
que ele explora o espaço, pois para ele a                 
duração essencial é aquela de um trajeto. 
  
Jacques Le Goff. ​Para uma outra Idade 
Média​. Petrópolis: Vozes, 2013. Adaptado. 
  
  
O texto associa a mudança da percepção             
do tempo pelos mercadores medievais ao 
a) respeito estrito aos princípios do           
livre comércio, que determinavam a         
obediência às regras internacionais       
de circulação de mercadorias.   
b) crescimento das relações mercantis,         
que passaram a envolver territórios         
mais amplos e distâncias mais         
longas.   
c) aumento da navegação oceânica, que           
permitiu o estabelecimento de       
relações comerciais regulares com a         
América.   
d) avanço das superstições na Europa           
ocidental, que se difundiram a partir           
de contatos com povos do leste desse             
continente e da Ásia.   
e) aparecimento dos relógios, que         
foram inventados para calcular a         
duração das viagens ultramarinas.  
   
  
 
 
 
Gabarito:   
  
Resposta da questão 1: ​[B]  
Resposta da questão 2:​ ​[A] 
Resposta da questão 3:​ ​[B] 
Resposta da questão 4:​ ​[D] 
 ​Resposta da questão 5: ​[E] 
Resposta da questão 6:​ ​[D] 
Resposta da questão7:​ ​[A] 
Resposta da questão 8:​ ​[A] 
 ​Resposta da questão 9: ​[A] 
Resposta da questão 10:​ ​[B]

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