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FATEC SP LABORATÓRIO DE ELETRO II EXPERIÊNCIA 4 – CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA 1. INTRODUÇÃO Nas instalações elétricas boa parte das cargas são de natureza indutiva (motores elétricos, reatores de lâmpadas, fornos indutivos etc.), com isto, o fator de potência é inferior a 1 (FP < 1,0), isto significa que parte da energia elétrica não está sendo convertida em trabalho útil. O fator de potência é a razão entre a potência ativa (P) e a potência aparente(S), sendo dado por: FP= P/S = cos φ (φ é o ângulo da impedância) Ele indica a eficiência do uso da energia. Um alto fator de potência indica uma eficiência alta e inversamente, um fator de potência baixo indica baixa eficiência energética. As cargas indutivas necessitam de campo eletromagnético para seu funcionamento, por isso sua operação requer dois tipos de potência: · Potência ativa: potência que efetivamente realiza trabalho gerando calor, luz, movimento etc. É medida em kW. A figura abaixo mostra uma ilustração disto. · Potência Reativa: potência usada apenas para criar e manter os campos eletromagnéticos das cargas indutivas. É medida em kVAr. A figura seguinte ilustra esta definição. Assim, enquanto a potência ativa (P) é sempre consumida na execução de trabalho, a potência reativa (Q), além de não produzir trabalho, circula entre a carga e a fonte de alimentação, ocupando um espaço no sistema elétrico que poderia ser utilizado para fornecer mais energia ativa. Como a potência reativa é devolvida para a rede, as concessionárias não podem cobrar a energia reativa consumida, mas, esta potência reativa aumenta a corrente elétrica no sistema elétrico. Para melhorar o rendimento dos sistemas de distribuição de energia, as concessionárias cobram dos consumidores industriais e comerciais, um adicional na conta (energia reativa excedente) de consumo caso o fator de potência seja inferior a 0,92. Para resolver esse problema de fator de potência baixo e cobrança por parte da concessionária, pode-se efetuar a correção com a instalação de capacitores e/ou bancos capacitivos junto as cargas ou na entrada de alimentação da empresa. Convém lembrar que as cargas indutivas geram potência reativa positiva (Q > 0) e as capacitivas geram potência reativa negativa (QC < 0). Isto ocorre porque enquanto o indutor está consumindo energia, o capacitor está devolvendo e no momento seguinte, o indutor devolve energia e o capacitor consome energia. Então existe uma troca de energia entre indutores e capacitores, reduzindo assim a corrente consumida da rede elétrica. 2. VANTAGENS DA CORREÇÃO DO FP a) Vantagens da Empresa · Redução significativa do custo de energia elétrica; · Aumento da eficiência energética da empresa; · Melhoria da tensão; · Aumento da capacidade dos equipamentos de manobra; · Aumento da vida útil das instalações e equipamentos; · Redução do efeito Joule; · Redução da corrente reativa na rede elétrica. Cabe aqui ressaltar que a redução no custo de energia elétrica em uma empresa impacta diretamente no custo de produção e por consequência no preço final do produto e na lucratividade da empresa. Com a redução do custo de produção a empresa pode aumentar sua lucratividade, mantendo seu preço final e/ou usar essa redução de custo para um rebaixamento de preço e aumentar sua competitividade no mercado. b) Vantagens da Concessionária · O bloco de potência reativa deixa de circular no sistema de transmissão e distribuição; · Evita as perdas pelo efeito Joule; · Aumenta a capacidade do sistema de transmissão e distribuição para conduzir o bloco de potência ativa; · Aumenta a capacidade de geração com intuito de atender mais consumidores; · Diminui os custos de geração. 3. CÁLCULO DO CAPACITOR 3.1. Cálculo da potência aparente no capacitor (Sc): Lembrando que para uma carga capacitiva pura sua potência aparente (Sc) é igual sua potência reativa (Qc), ou seja: Sc = - Qc Analisando o triângulo de potências podemos ver que se adicionando um capacitor de potência Qc a uma instalação com potência reativa Q, o resultado é uma potência reativa total de menor valor (Q’), onde: Q’ = Q - Qc Note que a potência ativa (P) permanece constante. Podemos então dizer que Sc será dado por: Sc = Q – Q’ Como Q = P. tg φ temos: Sc = Q – Q’ = P . tg φ – P . tg φ’ Sc = P (tg φ – tg φ’) (VA) 3.2 Cálculo do capacitor Sc = V2 / Xc (1) Xc = 1/ ω C (2) Substituindo 2 em 1 temos: EXPERIÊNCIA 4 – CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA PARTE EXPERIMENTAL 1. Dado o circuito abaixo a) Calcular a impedância da carga, lembrado que w = 2..f anotar no quadro abaixo. IMPEDÂNCIA ( ) b) Montar o circuito da figura acima no simulador Anotar os valores de tensão e corrente. TENSÃO (V) CORRENTE (A) 2. De posse dos valores da impedância, tensão e corrente obtidos, preencher a tabela abaixo CARGA P (W) Q (VAri) S (VA) φ FP Carga 1 3. Determinar o capacitor para corrigir o FP para 1 VALOR DO CAPACITOR (F) 4. Instalar o banco de capacitores no sistema, a) ligar os capacitores um a um, sem desligar o anterior e anotar tensão, corrente e potência ativa no gerador e preencher o quadro abaixo C (F) V (V) I (A) S (VA) P (W) Q (Var) φ FP s/ capac. 8 16 24 32 OBS – Lembrar que quando associamos capacitores em paralelo, suas capacitâncias se somam RELATÓRIO – EXPERIÊNCIA 4 – CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA NOME Edison Vieira Guerra Nº 19203251 MODALIDADE Processos de Produção TURNO Manhã DATA 07/05/2021 1. Com bases nos valores calculados apresentar o valor da impedância do circuito. IMPEDÂNCIA ( ) 125<53,13° 2. Apresentar a tabela preenchida no item 2 da parte experimental com os valores calculados. CARGA P (W) Q (VAri) S (VA) φ FP Carga 1 76,8 102,39 128,4 53,13 0,6 3. Apresentar o cálculo do capacitor para corrigir FP para 1. R: C = P(tangα-tangα`)/ω.V² C = 76,8(tang53,13°-tang0)/377.127² C = 16,8μF 4. Com os dados obtidos, preencher a tabela C (F) V (V) I (A) S (VA) P (W) Q (Var) φ FP s/ capac. 127 1.012 128.40 76.8 102.39 53,13° 0.6 8 126.975 746.786 94.83 56.9 75.86 53,13° 0.6 16 126.975 612.456 77.77 46.7 62.22 53,13° 0,6 24 126.975 696.919 88.49 53.1 70.79 53,13° 0.6 32 126.975 943.580 119.81 71.9 95.85 53,13° 0.6 5. Analisar os valores obtidos e concluir qual a melhor correção? Anotar o valor da capacitância, a corrente e a potência aparente para esse caso. CAPACITÂNCIA (F) 16μF CORRENTE (A) 612.456 mA POTÊNCIA APARENTE (VA) 46.7 W 6. O que acontece com a potência ativa após a correção do FP? R: A potência ativa não se altera. 7. Do ponto de vista da empresa quais foram as vantagens de corrigir o fator de potência? R: · Redução significativa do custo de energia elétrica; · Aumento da eficiência energética da empresa; · Melhoria da tensão; · Aumento da capacidade dos equipamentos de manobra; · Aumento da vida útil das instalações e equipamentos; · Redução do efeito Joule; · Redução da corrente reativa na rede elétrica. 8. Analisando a linha da concessionária qual o efeito provocado pela correção do FP da empresa? Demonstrar R: · O bloco de potência reativa deixa de circular no sistema de transmissão e distribuição; · Evita as perdas pelo efeito Joule; · Aumenta a capacidade do sistema de transmissão e distribuição para conduzir o bloco de potência ativa; · Aumenta a capacidade de geração com intuito de atender mais consumidores; Diminui os custos de geração.
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