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CURSO DE EMPILHADEIRA DE GRANDE PORTE Manual do aluno 1ª edição Porto Alegre 1987 PROTEC PROGRAMA DE TREINAMENTO E EXTENSÃO TÉCNICO ________ exemplares , © 1987 Direitos reservados a INTI - INSTITUTO NACIONAL TÉCNICO INDUSTRIAL. www.cursosinti.com.br www.facebook.com/inticursos cursosinti@hotmail.com.br http://www.cursosinti.com.br/ http://www.facebook.com/inticursos SUMÁRIO INTRODUÇÃO _______________________________________________________________ 4 NOÇÕES BÁSICAS . ___________________________________________________________ 5 1. TIPOS DE EQUIPAMENTOS ____________________________________________ 5 1.1 Definição __________________________________________________________ 5 1.2 Tipos de empilhadeiras de grande porte: __________________________________ 7 1.3 Princípios básicos de funcionamento das empilhadeiras ______________________ 9 2. CAPACIDADE DE CARGA (SWL) ______________________________________ 10 3. EMPILHADEIRAS REACH STACKER (ALCANCE EMPILHADOR) ________ 11 3.1 Principais Características._____________________________________________ 11 3.2 Spreader __________________________________________________________ 13 3.3 Características e finalidades do spreader._________________________________ 15 3.4 Controles Empilhadeiras Reach Stacker__________________________________ 16 3.5 Instrumentos _______________________________________________________ 17 ESTABILIDADE FRONTAL E ESTABILIDADE LATERAL . ________________________ 18 1. ESTABILIDADE DAS EMPILHADEIRAS.________________________________ 18 2. ESTABILIDADE FRONTAL ____________________________________________ 18 2.1 Centro De Gravidade.________________________________________________ 20 3. ESTABILIDADE LATERAL.____________________________________________ 21 3.1 Centro de gravidade da carga, da empilhadeira e combinado (máquina/carga)____ 21 3.2 Risco ao transportar cargas suspensas ___________________________________ 23 3.3 Sensores de emergência utilizados nas empilhadeiras _______________________ 24 3.4 Transmissão eletrônica de dados _______________________________________ 25 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS___________________________________________ 27 1. PRINCIPAIS FATORES DE RISCO. _____________________________________ 27 2. POP – PADRÕES OPERACIONAIS. _____________________________________ 28 2.1 Características dos Padrões Operacionais ________________________________ 29 2.2 Padrões antes de iniciar a operação _____________________________________ 29 2.3 Padrões Operacionais ________________________________________________ 31 CARGA PERIGOSA __________________________________________________________ 38 CONTÊINERES._____________________________________________________________ 40 1. Definição _____________________________________________________________ 40 2. Dimensões e peso. ______________________________________________________ 41 3. Tipo de Contêiner. _____________________________________________________ 41 Bibliografia _________________________________________________________________ 46 4 INTRODUÇÃO Os equipamentos portuários de armazenagem e movimentação de carga vêm se modernizando e se automatizando para movimentar cargas cada vez mais unificadas e buscando, assim, aumentar a qualidade dos serviços. Em razão da crescente unitização dos diversos tipos de carga, o desenvolvimento das empilhadeiras em particular tem sido notável no armazenamento e movimentação de cargas, seja nos portos, em armazéns ou em porões de navios. Nos procedimentos de armazenagem e movimentação de contêineres as empilhadeiras de grande porte se mostram como um equipamento imprescindível para uma maior produtividade. A eficácia do emprego de empilhadeiras de grande porte no manuseio de contêineres depende da competência de seu operador, que deve ter plena consciência dos fundamentos básicos de sua operação e dos preceitos de segurança a serem observados. O Curso de Empilhadeira de Grande Porte (CEGP) tem por propósito habilitar o trabalhador portuário na condução de empilhadeiras com SWL entre 10 e 40 toneladas, em pátios e terminais portuários, observando as normas de segurança. Este manual pretende auxiliar o aluno do CEGP no acompanhamento das aulas e servir como base de consulta posterior em sua vida profissional como operador de empilhadeiras. CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. NOÇÕES BÁSICAS. 5 NOÇÕES BÁSICAS. 1. TIPOS DE EQUIPAMENTOS Os equipamentos de movimentação de cargas em terra classificam-se : 1. Equipamentos de Costado (Shore equipment) 2. Equipamentos de Pátio ( Yard equipment) Equipamentos de Costado (Shore equipment) 1.Portal Gantry Crane (Portêiner) 2.Multipurpose Crane (Guindaste de Terra com lança móvel) 3.Jib Crane. (Guindaste de Terra com lança fixa) 4.Móbile Crane (Guindaste Móvel de Pneus) Equipamentos de Pátio (Yard Equipment) 6. Rubber Tired Gantry Crane (Transteiner) 7. Rail Mounted Gantry Crane (Transteiner sobre trilhos) 8. Straddle Carrier (Aranha) 9. Lift Truck (Empilhadeiras) 1 .1 Definição Empilhadeira é um equipamento móvel para executar e arrumação de certos produtos ou carga em armazéns, fabrica, portos etc São equipamentos usados para movimentar cargas intermitentemente, em percursos variáveis com superfícies e espaços apropriados, onde a função primaria é transportar e/ou manobrar. CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. NOÇÕES BÁSICAS. 6 Consideramos empilhadeiras de grande porte aquelas que têm SWL (Capacidade de Cargas) superior a 10 toneladas para levantamento (lift) de carga, sendo utilizadas para movimentação dos mais variados tipos de carga, especialmente contêineres. A maioria das empilhadeiras utiliza motor a diesel, em virtude de seu baixo consumo e também da alta durabilidade, uma vez que esse combustível permite uma maior produtividade, fator preponderante para a sua requisição na movimentação das cargas. As empilhadeiras são projetadas visando à movimentação e o deslocamento de cargas, tanto no sentido horizontal quanto vertical. Entre as inúmeras vantagens deste equipamento destacam-se : 1 Autocarregamento e transporte combinado em único equipamento, 2 Flexíveis quanto ao percurso e aos pontos de carga e descarga 3 . Facilidade de manobrar e posicionar a carga 4 . Podem transportar cargas de pesos e formatos variáveis, bastando para isto que estejam com acessórios adequados. CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. NOÇÕES BÁSICAS. 7 1 . 2 Tipos de empilhadeiras de grande porte: 1. Empilhadeira de garfo - Forklift truck – Veículos industriais autocarregaveis e equipados com um mecanismo de elevação de cargas, sobre garfos (patolas) 2. Empilhadeira de Mesa - Top Loader – Veículos autocarregaveis e equipados com um dispositivo de carregamento especializado para contêiner, fixo nos garfos que estão invertidos. CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. NOÇÕES BÁSICAS. 8 3. Empilhadeira mesa frontal-Front Loader / Empty-container handler Empilhadeira utilizada para contêiner vazios, apresentando acessório para travar somente para os dois locks dianteiros. 4. Empilhadeira de lança - Reach Stacker Equipamento versátil utilizado para movimentação de contêiner e apresenta a vantagem de possuir uma lança telescópica podendo empilhar até 10 contêineres no sentido vertical e 05 no sentido horizontal. CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. NOÇÕES BÁSICAS. 9 1 . 3 Princípios básicos de funcionamento das empilhadeiras As empilhadeiras são veículos industriais, requerem operadores habilitados e treinados, pois a sua eficiência depende do homem. Apresentam diversas características que as diferenciam de um automóvel destacamos: 1. São operadas com uma mão no volante e a outra nos comandos. 2.Projetadas para distancias curtas e medias, são antieconomicas para distanciassuperiores a 100 metros. 3.T ração dianteira, controle de direção localizada nas rodas traseiras 4. Movimentam-se com a mesma velocidade para frente e para trás. 5.Necessitam corredores e pátios para manobras. Características: As empilhadeiras se movimentam por tração dianteira; o controle de direção é feito nas rodas traseiras, com possibilidade de girar 90º para cada lado. As empilhadeiras têm como ponto de apoio às rodas dianteiras, sendo o peso da carga contrabalançado por um contrapeso existente na parte traseira do veículo, por isso devemos carregar a empilhadeira dentro de seu SWL. CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. NOÇÕES BÁSICAS. 10 2. CAPACIDADE DE CARGA (SWL) SWL (Safety Working load) : É capacidade de carga de uma empilhadeira está condicionada a dois fatores: peso da carga e distância entre o centro de gravidade da carga e o ponto de apoio. Quando esta distância aumenta, reduz a capacidade de carga a ser transportada, pois aumenta a tendência a imbicar a empilhadeira. O SWL de uma empilhadeira de grande porte top loader, geralmente considera o centro de gravidade da carga a 1.200mm do ponto de apoio, ou seja aproximadamente na metade de um contêiner de 8 pés. CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. NOÇÕES BÁSICAS. 11 3. EMPILHADEIRAS REACH STACKER (ALCANCE EMPILHADOR) Somente pode operar máquinas e equipamentos o trabalhador habilitado e devidamente identificado. Todo equipamento de movimentação de carga deve apresentar, de forma legível, sua capacidade máxima de carga e seu peso bruto, quando se deslocar de ou para bordo. 3 . 1 Principais Características. Neutralizador da transmissão Em equipamentos com transmissão automática ou power shift o pedal esquerdo apresenta duas funções, neutraliza a transmissão e aciona os freios, permitindo frear e utilizar rotações mais altas do motor conjuntamente , para melhor desempenho hidráulico. Freio Serve para parar ou reduzir a velocidade. Localiza-se no assoalho, geralmente à direita da coluna de direção. CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. NOÇÕES BÁSICAS. 12 Alavanca de câmbio Dispositivo que serve para mudança de velocidade e sentido de direção. As direções em que a alavanca deve ser mudada sempre constam no painel fixas nas empilhadeiras. Sistema de operação: 1. Mecânica normal – (possui câmbio com conversor de torque) 2. Transmissão automática ou power-shift: Baseia-se no sistema de engrenagens planetárias, ou seja, em três componentes básicos: engrenagem sol, anelar e planetária. Em qualquer transmissão deste tipo, teremos um pacote para cada marcha e um pacote para vante e um para ré, sendo que para se transmitir potências pelas planetárias, uma delas deve estar travada, a outra deve ser acionadora e finalmente a terceira transmitirá potência. 3. Transmissão hidrostática – (transmissão utilizando o princípio hidráulico) Utiliza o princípio hidráulico para movimentar a máquina em ambos os sentidos e em diferentes velocidades. A transmissão é composta de: múltiplos hidrostáticos, bombas de transmissão, freio de serviço de discos múltiplos a óleo e redução dupla do comando final. Esse sistema dispensa embreagens, para selecionar marchas, freios de serviço, alavancas de inversão de sentido e até o diferencial. Obs: Este tipo de transmissão proporciona ao operador um excelente controle do equipamento, ou seja, pisando no pedal de aceleração avante, em linha reta a transmissão enviará potência igual para ambas às rodas e em curvas compensa a tração necessária para fazer o giro, e ao se tirar o pé do pedal do acelerador, a transmissão em questão funciona como um freio, utilizando o freio de serviço somente em situações de emergência. CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. NOÇÕES BÁSICAS. 13 3 .2 Spreader É um aparelho específico para ser usado na movimentação de contêineres, padronizados pela ISO. Seu acionamento pode ser: 1.mecânico ou 2. elétrico/hidráulico. Na movimentação de cargas especiais podemos acoplar acessórios separadores com cabos, fixos nos olhais do spreader. Indicadores luminosos de utilização do spreader: Vermelho - Indicador de locks destravados Branco - Indicador de posicionamento do spreader que permite travar locks Verde - Indicador de locks travados CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. NOÇÕES BÁSICAS. 14 Não movimente um contêiner se o travamento dos locks não estiverem com os indicadores luminosos (verde) acessos. Se os locks não travam: Quando algum indicador luminoso (brancos) estiver apagado, indica que: 1) O indicador luminoso esta com defeito. 2) O posicionamento do spreader esta fora dos encaixes dos pinos locks do contêiner,ou 3) O posicionamento do spreader esta correto sobre o contêiner, contudo devido a algum detrito (pedra, madeira, etc) ou alguma deformação estrutural do contêiner a luz não acende corretamente. SISTEMA DE BAY-PASS DO SPREADER. Existe uma chave que desliga este importante sistema do spreader, simulando um encaixe perfeito (luz branca acesa), liberando o lock e permitindo que a luz verde seja acesa. SOMENTE USE ESTA CHAVE PARA SITUAÇÕES DE LIBERAR O CONTÊINER. A CHAVE DESTE RECURSO DEVE PERMANECER COM A CHEFIA E/OU MANUTENÇÃO. CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. NOÇÕES BÁSICAS. 15 3 .3 Características e finalidades do spreader. São implementos de equipamentos de guindar, telescópico , com capacidade para acoplar contêineres padrão ISO , geralmente de (20 ou 40 pés) que permitem variações de comprimento, com SWL compatível com o equipamento. A finalidade do spreader é fixar o contêiner pelo teto, sem risco de desequilíbrio ou deformação. Podemos acoplar no spreader acessórios de movimentação , com o objetivo de movimentar vários tipos de cargas, como por exemplo; produtos siderúrgicos, lifts, cargas especiais (barcos etc). O peso do spreader é suficiente para fazer entrar os pinos locks nos encaixes do contêiner. Não utilizar os movimentos de lança para apoiar o spreader sobre o contêiner. CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. NOÇÕES BÁSICAS. 16 3 .4 Controles Empilhadeiras Reach Stacker Geralmente os controles apresentam as funções: Volante de direção (rodas traseiras) Pedal de freio de operação Pedal do acelerador Alavanca de mudanças de velocidades Pedal de freio de aproximação e neutralização da transmissão Alavanca de freio de estacionamento CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. NOÇÕES BÁSICAS. 17 3 .5 Instrumentos Sendo os instrumentos do painel das empilhadeiras muito sensíveis e passíveis de danos, se faz necessário lembrar aos operadores para a adequada utilização desse equipamento. No painel de leitura, o operador encontra auxiliar fiel, que registra os principais pontos vitais dos componentes da empilhadeira. Por isso, o operador deve prestar muita atenção nesse painel. Componentes do painel: Destacamos os principais : Manômetro de pressão do óleo, lâmpada piloto do óleo; lâmpada piloto do gerador; chave do contato; horímetro; marcador de combustível; e marcador de temperatura. CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. ESTABILIDADE FRONTAL E ESTABILIDADE LATERAL. 18 ESTABILIDADE FRONTAL E ESTABILIDADE LATERAL. 1. ESTABILIDADE DAS EMPILHADEIRAS. A empilhadeira é baseada sob o principio de dois pesos colocados em sentido opostos (gangorra) , balanceados sobre um ponto central de pivoteamento. A localização do centro de gravidade da maquina e da carga é um principio básico para levantar cargas. A capacidade de uma empilhadeira é função do centro de gravidade estabilizado frontal e lateralmente. 2. ESTABILIDADE FRONTAL É a capacidade da máquina de suportar uma carga sem o risco de capotamentofrontal com elevação das rodas. Na empilhadeira, as rodas dianteiras que são as que ficam mais próximas da carga, funcionam como ponto de apoio. O contrapeso fica numa extremidade e a carga na outra, ou seja, o conjunto estará equilibrado sempre que carregar uma carga centro da capacidade especificada pelo fabricante do equipamento. CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. ESTABILIDADE FRONTAL E ESTABILIDADE LATERAL. 19 Quanto maior a distancia do centro de gravidade da carga para o ponto de apoio da empilhadeira (rodas da frente) é menor a capacidade de carga da empilhadeira. Antes de iniciarmos a operação devemos conhecer o SWL da empilhadeira, para que não ocorram acidentes. Empilhadeiras Reach Stacker A tabela de capacidade de carga de uma empilhadeira reach stacker geralmente esta localizada dentro da cabine do operador e apresenta diversas informações importantes: A) SWL B) Limite de elevação ( stack limited) C) Distancias Operacionais ( range ). CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. ESTABILIDADE FRONTAL E ESTABILIDADE LATERAL. 20 2.1 Centro De Gravidade. O centro de gravidade do conjunto carga e empilhadeira são forças dinâmicas , se deslocando para frente conforme a lança estende ou retrai. Ao retiramos um contêiner no alto devemos utilizar no manipulador de varias funções (joystick) primeiro a função 1)Entrada do telescópico, somente depois a função 2) Abaixar a lança. Observação: Para operarmos com eficiência e segurança devemos sempre conservar uma distancia correta entre o contêiner e a roda da frente da empilhadeira, esta distancia esta especificada na tabela de carga ou no manual de operação do equipamento. CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. ESTABILIDADE FRONTAL E ESTABILIDADE LATERAL. 21 3. ESTABILIDADE LATERAL. 3 . 1 Centro de gravidade da carga, da empilhadeira e combinado (máquina/carga) A localização do centro de gravidade é um aspecto importante para a estabilidade da empilhadeira. Sendo o centro de gravidade definido como o ponto onde há o equilíbrio do objeto, é necessário que sua localização seja tal que permita a movimentação vertical ou horizontal da carga sem perigo de tombamento da máquina. Em uma empilhadeira isoladamente, o ponto referente ao centro de gravidade geralmente esta localizado em algum lugar na altura do motor. Entretanto, não devemos esquecer que a carga tem seu centro de gravidade. Centro de gravidade: É uma importante indicação para o manuseio e armazenamento da mercadoria. Quando a empilhadeira está suportando uma carga, surge um terceiro ponto, resultado da combinação dos dois primeiros centros de gravidade e conhecido como centro de gravidade total , e que se modifica com a movimentação feita com a carga. Quanto mais alta estiver a carga menor estabilidade lateral terá o conjunto máquina/carga. CGT = CGEmpilhadeira + CGCarga. CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. ESTABILIDADE FRONTAL E ESTABILIDADE LATERAL. 22 Para manter a estabilidade da empilhadeira, o centro de carga do conjunto ( carga + empilhadeira) deve permanecer dentro da base da maquina, que é representado por um triangulo, formado por eixo de tração dianteiro e o ponto de pivoteamento do eixo de direção nas rodas traseiras. Se o CGT ultrapassar qualquer lado do triangulo da base, a maquina tombara sobre o mesmo lado, mesmo sem carga. CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. ESTABILIDADE FRONTAL E ESTABILIDADE LATERAL. 23 3 . 2 Risco ao transportar cargas suspensas Quando elevamos a carga (através do montante ou da lança) o centro de gravidade muda de posição. Considerando o centro de gravidade total , no momento em que a empilhadeira passar sobre uma pedra, um buraco ou ainda um desnível no piso do pátio, haverá um deslocamento desse centro. Quanto o centro de carga total (carga + maquina) sair da base triangular lateral de uma empilhadeira , esta tomba lateralmente. Para que isto não aconteça, o operador deve transportar as cargas a uma altura aproximada de 50 cm do solo, evitando desta maneira uma mudança muito grande do centro de gravidade do conjunto na eventualidade de ocorrer uma inclinação não desejável da maquina. Assim, durante a movimentação das empilhadeiras, vazias ou não, devemos trabalhar com garfos ou lança telescópica na posição mais baixa (garfos ou lança) e recolhida possível (telescópio), compatível com as condições do local. Observação: 1) Caso as condições de trafego e pátios permitam, sempre quando a carga impeça a visão para frente, devemos movimentar a empilhadeira com a carga baixa e para trás, evitando o risco de tombamento lateral CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. ESTABILIDADE FRONTAL E ESTABILIDADE LATERAL. 24 3.3 Sensores de emergência utilizados nas empilhadeiras As empilhadeiras de grande porte possuem vários sensores de fim de curso que servem para indicar riscos nos sistemas de operação. Estes sensores possuem indicadores luminosos que acendem e atuam em conjunto com alarme sonoro, a partir do momento que o dispositivo de emergência é acionado. Esses sensores têm como função auxiliar o operador na execução dos serviços com segurança. O principal exemplo é o dispositivo antibasculamento que tem a função de alem de emitir um sinal sonoro travar o equipamento quando se ultrapassa o limite de carga (SWL) da empilhadeira . CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. ESTABILIDADE FRONTAL E ESTABILIDADE LATERAL. 25 3.4 Transmissão eletrônica de dados A tecnologia aliada ao planejamento logístico, informações precisas sobre os contêineres, a otimização de espaço, a segregação de cargas perigosas e o aumento de produtividade têm-se utilizado computadores cada vez mais compactos e sofisticados. Esses equipamentos trazem inúmeros benefícios na otimização dos processos logísticos e um exemplo é o terminal de captura dados de radiofreqüência. Radiofreqüência é um processo de alta confiabilidade para eletronicamente identificar, coletar, rastrear, controlar e comunicar dados através da técnica de transmissão por baixa freqüência.O seu funcionamento em linhas gerais segue a seguinte ordem: O sinal emitido é captado, decodificado e lido; simultaneamente, a mensagem é transmitida por radiofreqüência para uma base de rádio; esta transmissão pode ser direta ou usando quantos repetidores forem necessários. A base do rádio converte o sinal de radiofreqüência em sinal elétrico, e o transmite ao computador, colocando a mensagem à disposição do sistema. CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. ESTABILIDADE FRONTAL E ESTABILIDADE LATERAL. 26 A real aplicação da radiofreqüência nas necessidades de cada usuário deve contemplar a interação entre o usuário e o sistema aplicativo, sendo esta interação possível através da conexão on-line e da operação em tempo real. Nenhum processo intermediário, seja coleta em lotes ou armazenagem temporário da informação, deve interromper o fluxo de informação. Para a utilização do sistema de radiofreqüência são necessários os seguintes equipamentos: Controlador de rede; “gateways” de rede; “modem”; terminal manual ou terminal para veículos; leitores de código de barra; canetas ópticas; impressoras desktop; leitores de cartões magnéticos; transmissores; e receptores. Para uma garantia de cobertura e tempo de resposta inferior a um segundo, é necessário que se realize um serviço denominado de “site survey”, que é a análise feita por medições técnicas na planta do cliente visando: à detecção de freqüências espúrias; melhor localização das antenas; posicionamento geodésico das antenas; e determinação correta da quantidade de antenas e “gateways”. Essa nova tecnologia proporciona inúmeras vantagens; aumento da produtividade;diminuição da burocracia documental; melhoria do controle no posicionamento dos contêineres,qualidade e rapidez nos serviços; trabalho em tempo real, etc CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS. 27 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS 1. PRINCIPAIS FATORES DE RISCO. Segurança é um fator básico quando se opera com empilhadeiras. Sempre que a máquina for colocada em movimento, o operador deve estar preparado para os imprevistos. A segurança do operador e das pessoas que o cercam depende da utilização correta da máquina. Desta forma, é importante que o operador conheça perfeitamente todos os comandos, sua localização e função. Cada porto organizado e instalação portuária de uso privativo, devem dispor de um regulamento próprio que discipline a rota de tráfego de veículos, equipamentos, ciclistas e pedestres, bem como a movimentação de cargas no cais, plataformas, pátios, estacionamentos, armazéns e demais espaços operacionais. Os equipamentos : pás mecânicas, empilhadeiras, aparelhos de guindar e outros serão entregues para a operação em perfeitas condições de uso. Somente pode operar máquinas e equipamentos o trabalhador habilitado e devidamente identificado. Não operar o equipamento sem que todos os componentes estejam funcionando perfeitamente; Principais fatores de riscos: 1.O peradores desabilitados. 2. Atropelamento e prensagens. 3. Emissão de gases em maquinas movidas à combustão interna. CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS. 28 4.Fonte de ruídos e vibrações. 5.Perda da estabilidade frontal e lateral. 6.Sobrecarga no sistema de elevação. 7.F alta de sinalização na área operacional. 8.Excesso de velocidade. 9.Falta de POP – Padrões Operacionais estabelecidos ou conhecidos pelos operadores. 10 . Falta de cabines fechadas e climatizadas. 11 .Deficiência no programa de manutenção preventiva. 12 . Riscos da emissão de gases dos motores das empilhadeiras 2. POP – PADRÕES OPERACIONAIS. Quando alguma coisa , é atividade, precisa ser executada repetida vez da mesma forma, é necessário um modelo para garantir a previsibilidade da execução. ESTE MODELO É CHAMADO DE PADRÃO CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS. 29 Padrão operacional (POP) O padrão operacional, ou de tarefa, descreve os recursos e ações necessários à execução da tarefa, define a categoria responsável pelos resultados esperados. 2 .1 Características dos Padrões Operacionais As três principais características são: Clareza: um padrão deve ser acessível a todos. Portanto deve ser claro, conciso e usar linguagem simples. Consensualidade : a elaboração dos POP deve contar com participação das pessoas que executam a tarefa. E sua forma final deve resultar de consenso dos participantes. A participação na elaboração compromete os executantes com o padrão. Viabilidade: o padrão deve ser viável, de execução possível. Padrões com atividades ou resultados esperados de difícil realização acabam virando letra morta. 2 . 2 Padrões antes de iniciar a operação Os equipamentos terrestres de guindar e os acessórios neles utilizados para içamento de cargas devem ser periodicamente vistoriados e testados por pessoa física ou jurídicos devidamente registrados no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA: CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS. 30 A vistoria deve ser efetuada pelo menos uma vez a cada doze meses; Todo aparelho de içar deve ter afixado no interior de sua cabine tabela de carga que possibilite ao operador o conhecimento da carga máxima em todas as suas condições de uso; Os equipamentos e seus componentes foram projetados e fabricados com um fator especifico de segurança. Entretanto, toda maquina começam a sofrer desgastes desde o primeiro dia em que entram em operação, este processo continua até que no seu futuro a maquina não será mais capaz de suportar sua carga de serviço original, a não ser que todas as partes sujeitas a desgastes ou defeitos sejam substituídas, conforme o plano de manutenção indicados pelas normas técnicas. Os setores de manutenção das empresas que fornecem os equipamentos utilizados nas operações portuárias devem seguir padrões estabelecidos pelos fabricantes , contudo antes de qualquer operação de movimentação de carga o operador deverá adotar a seguinte seqüência de procedimentos visuais e de teste: 1.Condições dos freios. 2.Condições dos pneus. 3.Sistemas de sinalização elétrica, luzes de seta, de freios, sinais sonoros, alerta e faróis. 4.Extintores de incêndio. 5.Verificação do nível de água da bateria; 6.Verificação do nível de óleo de lubrificação em geral (Carter, freio, sistema hidráulico, etc) 7. Sinais de vazamentos gerais; CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS. 31 2 . 3 Padrões Operacionais 1.Limpar os vidros, as luzes e os retrovisores para garantir uma boa visão e assegurar-se que estão bem regulados; 2. Regular o assento do operador para que possa ter uma posição confortável e segura; e 3.Usar o cinto de segurança. 4.Ao ligar a empilhadeira, verificar sempre se a marcha está desengatada; 5.Verificação da quantidade de combustível. 6.Ao colocar a empilhadeira em movimento, o operador deve observar o percurso com cuidado, observando sempre o ambiente. As partidas rápidas prejudicam a máquina e o operador deve estar sempre atento ao painel, pois se houver alguma irregularidade este mostrará. 7.Na troca de marcha, o operador deve ter cuidado porque uma avaria na caixa de cambio leva bastante tempo para ser consertada e conseqüentemente haverá prejuízos em dinheiro e tempo. 8.O operador deve operar com cuidado nos locais onde existem outras empilhadeiras ou nos porões de navios. Nessas condições, o operador deve estar atento ao sentido de deslocamento (direção) dos veículos. A habilidade de um operador em evitar acidentes é uma indicação de sua perícia. 9.Medidas de precauções que devem ser sempre adotadas: 10.Em hipótese alguma o operador deve ceder a empilhadeira à pessoa não habilitada, não treinada e não autorizada; CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS. 32 e i a 11 . Não usar contrapeso adicional na empilhadeira; 12 . Não assustar propositalmente os colegas; 13 .Não passar sobre objetos no piso, evitando movimentos bruscos do volante de direção e balanço da carga; 14 . Caso as condições de trafego e pátio não permitam que a empilhadeira se movimente para trás, devemos utilizar velocidade reduzida para movimentos com a carga elevada. 15 . Verificar sempre o peso ,volume da carga e a localização de seu centro de gravidade. 16 . Nunca fazer reversão (para frente ou para trás) com a máquina em movimento; e 17 .Não transportar mercadorias superiores à capacidade nominal da máquina, evitando que as rodas traseiras percam o contato com o solo. 18 .Se for transitar em marcha à ré, olhar com cuidado o piso, pessoas e obstáculos que estiverem nas proximidades; 19 .Po sicionar a empilhadeira frontalmente ou perpendicularmente à carga até que a carga fique junto à torre; 20 . Fazer as manobras necessárias sempre tomando cuidado com o que está às suas costas e de ambos o lado, para evitar colisões e acidentes; 21 . Não operar empilhadeira sem condições físicas, alcoolizado, drogado ou doente; Qualquer Q Q u u a a l l q q u u e e r r pessoa p p e e s s s s o o a a pode p p o o d d e aprender a a p p r r e e n n d d e e r r a a a DIRIGIR D D I I R R I I G G I I R R uma u u m m a a empilhadeira, mas somente profissionais podem OPERAR com e e m m p p i i l l h h a a d d e e i i r r a a , , m m a a s s s s o o m m e e n n t t e e p p r r o o f f i i s s s s i i o o n n a a i s s p p o od d e e m m O O P P E E R R A A R R c c o o m m segurança. s s e e g g u u r r a a n n ç ç a . . CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS. 33 22. O operador deve dar a partida no motor conforme observações abaixo: 1. Acionar o freio de estacionamento. 2. Colocar o seletor de marcha em posição neutra (N); 3. Acionar o motor de partida por meio da chave de contato; 4. Girar a chave e manter na posição de partida até que o motor funcione. Soltar a chave a partir do momento em que funcionar; 5. Permanecer em marcha lenta durante 5 minutos. 6. Verificar o funcionamento de todos os instrumentos, caso os mostradores indicarem valores anormais, parar imediatamente o motor. 23.Quantificar e analisar o espaço disponível para a manobra e operação da empilhadeira; 24.Ter certeza que tem a visibilidade total da carga; 25 . Observar as condições de conservação do piso, os acúmulos de detritos, manchas de óleo e desníveis de trilhos; 26.Verificar se a iluminação da área é adequada às operações; 27.Conhecer os limites e a capacidade de operação da máquina que está sob sua responsabilidade; CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS. 34 28 . Não permitir a passagem de pessoas sob a carga; e 29 .Manter sempre o giroflex ligado. 30 . Ao utilizar uma empilhadeira de grande porte de garfos para transportar um volume, os garfos devem ser separados a uma distância tal que fiquem colocados simetricamente em relação ao centro da carga e paralelos às paredes laterais da mesma. 31 .Ap roximar-se do contêiner com a máquina em marcha lenta, usando o pedal de freio de serviço; 32 . Posicionar a máquina o mais perto possível do contêiner. Colocar a transmissão em neutro ou utilizar o pedal neutralizador da transmissão a fim de manter toda a potência do motor para as funções hidráulicas de levantamento de carga da máquina; 33 . Aproximar o contêiner tão perto quanto possível do eixo dianteiro e a uma altura suficiente para que o operador possa ver por baixo do contêiner; Atenção: é absolutamente necessário parar totalmente a empilhadeira antes de arriar o contêiner, porque do contrario o contêiner poderá sofrer sérios danos. 34 .Pa ra subidas de rampas em plataformas de armazéns e rampas a bordo de navios com empilhadeira de grande porte, carregada com volume pesado, deverão ser seguidos os seguintes procedimentos: 35 . Subida em rampas. 1. A subida deverá ser feita sempre de frente em marcha reduzida. CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS. 35 2. Durante a subida, a carga deve estar situada o mais próximo possível do eixo dianteiro para permitir uma maior estabilidade; 3. Em se tratando de empilhadeira de montante, o mesmo deverá estar inclinado para trás, aumentando a segurança; 4. Quanto mais alta estiver a carga, menor deve ser a velocidade e maior a prudência; e 36 . Descida em rampas. 1.Nas mesmas condições de carga utilizar a mesma marcha que foi utilizada na subida. 2. A carga sempre deve estar em direção para cima, ou seja , e sempre de marcha-ré, observando-se os mesmos cuidados que para subida. 37.Nunca fazer reversão (para frente ou para trás) com a máquina em movimento; 38.Não deixar estopas, panos ou resíduos de óleo e graxa, em cima da empilhadeira, o que pode ocasionar incêndio; 39.Observar rigorosamente todos os regulamentos e sinalizações de trânsito estabelecido e demarcado nos pátios e porões de navios; e 40.Não efetuar meia volta em rampa ou plano inclinado, pois haverá possibilidade de tombamento. 41.Quando estiver transportando carga de grande largura, pode ser necessário realizar manobra da máquina com a carga elevada; então a faça com extremo cuidado e fique atento ao movimento da carga. CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS. 36 42 . Diminua a velocidade antes de fazer qualquer curva ou diante da aproximação de rampas, cruzamentos, superfícies molhadas ou escorregadias. Preste atenção especialmente quando estiver trabalhando em piso desnivelado ou com depressões. Piggy-back handling. 1 43 . As pilhas de cargas ou materiais devem distar, pelo menos, de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros) das bordas do cais; 44 . Embalagens com produtos perigosos não devem ser movimentadas com equipamentos inadequados que possam danificá-las; 45 . A movimentação aérea de cargas deve ser necessariamente orientada por sinaleiro devidamente habilitado; 46 . O sinaleiro deve receber treinamento adequado para aquisição de conhecimento do código de sinalização internacional; 47 . As cargas transportadas por caminhões ou carretas devem estar peadas ou fixas de modo a evitar sua queda acidental; CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS. 37 48.Nos veículos cujas carrocerias tenham assoalho, este deve estar em perfeita condição de uso e conservação. 49.Nas operações com cargas perigosas devem ser obedecidas às seguintes medidas gerais de segurança: 50.Somente devem ser manipuladas,armazenadas e estivadas as substâncias perigosas que estiverem embaladas, sinalizadas e rotuladas de acordo com o código marítimo internacional de cargas perigosas (IMDG); 51. As cargas perigosas devem ser submetidas a cuidados especiais, sendo observadas, dentre outras, as providências para adoção das medidas constantes das fichas de emergências. 53.É vedado lançar na água, direta ou indiretamente, poluentes resultantes dos serviços de limpeza e trato de vazamento de carga perigosa. CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS. 38 CARGA PERIGOSA Para o manuseio de cargas perigosas é necessário o perfeito conhecimento do seu aspecto perigoso e sua classificação. Essa classificação, adotada mundialmente, é resultado de um trabalho conjunto e publicado pela International Maritime Organization (IMO) visando à segurança do trabalhador e à preservação do meio ambiente. Adesivos utilizados em cargas perigosas. CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS. 39 A classificação da IMO seleciona as cargas perigosas em nove classes conforme transcrito a seguir. Classe 1 - Explosivos. Classe 2 - Gases comprimidos, liquefeitos, dissolvidos sob pressão. Classe 3 - Líquidos inflamáveis. Classe 4 - Sólidos inflamáveis, substâncias sujeitas à combustão espontânea, substâncias que, em contato com a água, emitem gases inflamáveis. Classe 5 - Substâncias oxidantes, peróxidos orgânicos Classe 6 - Substâncias venenosas (tóxicas) e substâncias infectantes Classe 7 - Materiais radioativos Classe 8 - Substâncias corrosivas Classe 9 - Substâncias perigosas diversas CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS. 40 a 33 metros cúbicos e 60 a 67 metros cúbicos respectiva-mente, enquanto a carga útil média é da ordem 1. Ter caráter permanente e ser resistente para suportar o seu uso repetit de forma a facilitar sua movimentação em uma ou mais modalidades de transporte, sem necessidade de descarregar a mercadoria em pontos gurem facilidade de sua movimentação, particularmente, durante a transferência de um veículo para outro, to. tiva. ubo, furto e descaminho; sito “porta a porta”; nte de dimensões padronizadas e que serve para acondicionar no seu interior carga a ser transportada por via marítima, aérea, ferroviária e rodoviária. CONTÊINERES. Contêineres são recipientes construídos com material resistente, obedecendo a normas técnicas internacionais (ISO). Possuem medidas padronizadas, sendo que os mais utilizados são os de 20 pés (6 m) e os de 40 pés (12 m) de comprimento com volume útil médio de 30 de 18 toneladas e 27 toneladas, respectivamente. As vantagens inerentes a unitizaçãoem contêineres são: ivo; 2. Ser projetado intermediários; 3. Ser provido de dispositivos que asse em uma ou mais modalidades de transporte; 4. Ser projetado de modo a permitir seu fácil enchimento e esvaziamen 5. Possibilitar a estimativa de cálculo antecipado da quebra de es 6. Oferecer maior segurança contra ro 7. Permitir o trân 1. Definição Contêiner como sendo um recipie CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS. 41 2. eso. Dimensões e p DIMENSÕES EXTERNAS* EM PÉS EM ME S TRO PESO BRUTO MÁX x IMC (TON) CAPACIDADE (M3) 40x8x8 40x8x8,6=8.5=8,1/2 40x8x9,6=9.5=9,1/2 20x8x8 20x8x8,6=8.5=8, 1/2 3. Tipo de Contêiner. 1.Carga-seca (“dry-box”) de 20 pés: tipo convencional, é o mais utilizado entre todos devido à sua versatilidade para cargas secas, caixaria, sacaria, granéi O contêiner Standard de 20 pés, por suas dimensões reduzidas e forte estrutu ço, é utilizado um tipo de contêiner convencional, muito usado por sua extraordinária versatilidade: Contêiner “Standard” de 40 pés, para carga não perecí áveis e gases voláteis exigem um tipo especial de contêiner, de grande capacidade, à prova de corrosão e de vazamento e até com controle de temperatura. s e mesmo carga úmida ou líquida, desde que devidamente embaladas. ra, é também recomendado para cargas pesadas de menor volume. 2. Carga-seca (“dry-box”) de 40 pés: algumas cargas são de grande volume, mas nem sempre pesam tanto quanto aparentam. Cargas assim pedem um tipo de contêiner especial. Para o caso de cargas leves mas que ocupam maior espa vel. 3. Contêiner-tanque: transportar líquidos, produtos tóxicos, inflam CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS. 42 e navios celulares para o transporte de cargas onde normalmente seriam impraticáveis. Apresenta-se em quatro modelos: com cabeceiras fixas, r carregados por cima. A proteção da carga é feita por uma lona fixada ao topo do contêiner. Exemplos de cargas: maquinaria para cons chapas de compensado, etc. também utilizados quando os dois pontos da rota (embarque e descarga) apresentam diferenças climáticas extremas, cuja variação de temperatura pode gerar condensação e avariar, por umidade, a carga no interior do contêiner. 4. “Flat-rack” de 20 e 4 0 pés: projetados para contêinerização ou unitização de cargas que seriam transportadas avulsas. São ideais para cargas compridas ou de formas irregulares e, principalmente, são um instrumento de redução de tempo para carga e descarga destas peças. Os “flat-rack” viabilizam a utilização d com cabeceiras móveis manualmente, com cabeceiras móveis por molas, e sem cabeceiras. 5. “Open-top”: contêiner com os tetos abertos, destinados ao acondicionamento de cargas irregulares ou que só possam se trução e agricultura, barcos, vidro, toras de madeira, empilhadeiras, 6. Térmico: contêiner para transporte de cargas perecíveis, podendo ser ventilado ou refrigerado. 7.Ventilados: são contêineres fechados, com orifícios para ventilação na parte superior dos painéis laterais e forração interna adicional no seu interior, adaptados a um sistema de ventilação forçada para protegê-los contra a condensação da umidade. São utilizados para transportar mercadorias não refrigeradas com características especiais que exigem desumidificação constante. São CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS. 43 2 podem ser colocados sobre alguns tipos de car ner e outro para ter amento externa; o primeiro é do tipo RE mantid borracha de fecho automático para a perfeita vedação. 8. Isolantes: são contêineres projetados para manter a temperatura sem o uso de aparelhos para resfriamento e/ou aquecimento. Suas paredes, portas e teto são isolantes, para que a troca de calor entre o interior e o exterior seja limitada. Alguns contêineres isolantes possuem capacidade para transportar blocos de CO sólido (gelo seco) em um compartimento especial sobre a carga. Na ausência de tal facilidade, os blocos gas. 9. Refrigerados: são contêineres térmicos servidos por acessórios de refrigeração para manter a temperatura controlada durante o transporte. Existem 2 diferentes sistemas: um como parte da estrutura do contêi conectado ao contêiner uma unidade de acopl FEER e o segundo do tipo CONAIR. Unidades integradas (REFEER): assim são designados os contêineres equipados com um compressor elétrico e um ventilador. O embarcador registra externamente no termógrafo (medidor fixado no contêiner para regular a temperatura interna) a temperatura na qual a mercadoria deve ser mantida, para fins de manutenção e controle. Alguns contêineres desse tipo transportam unidades diesel próprias sob o sistema de refrigeração. Os que não possuem tal dispositivo exigem ser conectado à corrente elétrica com voltagem adequada. Em terra, a corrente é fornecida pelas instalações do terminal ou por conjuntos de geradores diesel estacionado sobre carretas ou plataformas ferroviárias. No mar, a corrente é fornecida pelos geradores do navio. A refrigeração deve ser a desligada durante os procedimentos de carga e descarga. Unidade “port hole”(CONAIR): contêiner que possui dois orifícios, um na parte alta e outro na parte baixa do painel frontal; é equipada com ajustadores de CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS. 44 descon “one w com barras grupos 3 . “Livestock”: contêiner para transportar animais vivos. A refrigeração é suprida através do acoplamento de um conjunto gerador externo especial (“CLIP-ON”), cuja largura e altura têm dimensões idênticas às do contêiner, de forma a promover a devida integração do conjunto (contêiner + “Clip-On”), que assume as mesmas características de uma unidade integrada. Da mesma maneira que as unidades integradas, o “Clip-On” deve estar ectado nos momentos de carga e descarga dos contêineres. 10 . Contêiner para granel sólido: o “Bulk-Cargo” (20 pés) foi projetado para o transporte de carga seca a granel. Essa unidade elimina as despesas de ensacamento e maior aproveitamento do espaço. Podem ser carregados por escotilhas no teto e descarregados nas usinas de produção sem nenhum custo adicional. Alguns produtos exigem forro interno de polietileno. Essas unidades têm especificações semelhantes às do contêiner carga-seca e podem, portanto, ser usadas como tal nas viagens de retorno, eliminando, assim, o problema de ay” inerente a alguns comércios especiais. 11 . Contêiner para automóvel: este tipo de contêiner possui dispositivos apropriados para peação de automóveis, possui dois pavimentos e não são dotados de paredes laterais e teto, sendo totalmente abertos, gradeados de aço, totalmente desmontáveis. 12 . Plataforma sem cabeceira de 20 e 40 pés: é uma plataforma simples, projetada para carregamento de cargas compridas, largas, sem formas regulares ou com problemas de acondicionamento. Serve perfeitamente para ser usada temporariamente como “tween deck” em navios não equipados para transporte de contêineres e para serviço RO-RO (Roll On - Roll Off). Quando vazias, podem ser acopladas e empilhadas. Exemplos de cargas típicas: máquinas, barcos, geradores, veículos, tubos, vergalhões, etc... 1 CURSO DE EMPILHADEIRAS DE GRANDE PORTE. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS. 45 temas de vácuo e de umidificação, permitindo a renovação do ar i ado para cargas como r da unidade, o que facilita muito a carga e descarga. 14. Contêiner hipobárico: tipo de contêiner empregado no transporte de produtos altamente perecíveis como plantas, flores, mamão, laranja e outros frutos semelhantes. O contêiner hipobárico, além do sistema de ventilação, também dispõe de sis nterno. 15.Contêiner “highcube”: utilizado para cargas de pequena densidade, ou seja, onde o volume grande é desproporcional ao pequeno peso. Este contêiner possui a mesma largura e comprimento de um contêiner de 40 pés com 1 pé a mais de altura, aumentando o seu volume interno em 13%, o que, em certos casos, pode significar uma apreciável redução de custos. É indic ouparia, fumo, cigarros, brinquedos, mobiliário, etc... 16. “Open side container”: foi projetado para mercadorias que requeiram o carregamento pelos lados e/ou muita ventilação. Pode ser usado para carga seca, o que lhe dá maiores possibilidades de utilização. É dotado de grades laterais removíveis, com a mesma altura
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