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Contestação em Acidente de Trânsito

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MERITISSIMO JUIZO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SANTOS- SP
RUBENS, nacionalidade, estado civil (...), profissão(...), portador da cédula de identidade RG n.º (...), inscrito no CPF/MF sob o n.º (...), residente e domiciliado na (...), n.º(...), cidade(...), Estado (...), neste ato representado por seu advogado, infra-assinado, com endereço (...), vem perante vossa excelência propor a presente :
CONTESTAÇÃO
II - DOS FATOS: 
 O Sr. Júlio (“Autor”) atribui culpa ao Sr. Rubens (“Réu”) pelo acidente de trânsito comumente conhecida como "engavetamento", no qual o Sr. Marco Aurélio abalroou o veículo conduzido pelo Réu, que por sua vez colidiu com o dirigido pelo Autor.
Marco Aurélio encontrava-se, na ocasião, em velocidade acima da permitida para o local do acidente e seu veículo, conforme atestado em vistoria levada a cabo pelo órgão competente, não estava com o sistema de freios em ordem.
O Réu, por sua vez, observava regularmente as leis de trânsito e seu veículo estava em perfeitas condições, mas ainda assim atingiu Júlio, devido exclusivamente ao choque provocado por Marco Aurélio.
Firme nesses fatos, não há dúvidas de que os elementos da responsabilidade civil (art. 186, CC) estão ausentes, pois o Autor não provou qualquer culpa do Réu pelo ocorrido, tampouco nexo causal entre o dano provocado em seu carro e qualquer ação omissão deste.
 III - DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS:
Confira-se:
Segundo o artigo 927 do código civil:
O réu, da mesma forma que o autor, também é vítima e não tem o dever de reparar o dano causado, pois não cometeu ato ilícito, pois o réu que observava regularmente as leis de trânsito, tendo o seu veículo sempre em perfeitas condições não pode ser responsabilizado pela conduta danosa de Marco Aurélio que, imprudentemente, ao conduzir o seu veículo provocou o referido acidente.
A Jurisprudência nos diz:
 Que em casos de engavetamento, como ocorre no caso dos autos é unânime em isentar os veículos intermediários de culpa. 
“RESPONSABILIDADE CIVIL - Acidente de trânsito - "Engavetamento". Caminhão colocado em último lugar. Batida deste, com violência, em veículo parado e este, em consequência, colide com o imediatamente à frente e assim sucessivamente. Caracterização de batida na traseira. Culpa caracterizada do caminhão. Ação procedente. Recurso improvido.” (1º TACIVIL - 9ª Câm. Especial de Janeiro/97; Ap. nº 704.046-6-São Paulo; Rel. Juiz Hélio Lobo Júnior; j. 25.02.1997; v.u.; ementa., BAASP, 2041/99-e, de 09.02.1998).
- Engavetamento. Culpa do réu não demonstrada. Presunção de culpa afastada.Veículo intermediário. Dever de indenizar inexistente. Ação julgada improcedenteem grau recursal. Apelo provido para tal fim.(1º TACIVIL - 1ª Câm. de Férias de 7/1999; AP nº 837.123-1-SP; Rel. Juiz SilvaRusso; j. 26/7/1999; v.u.).BAASP, 2213/1835-j, de 28.5.2001.
Segundo o Artigo 186 do código civil:
Não há dúvidas de que os elementos da responsabilidade civil estão ausentes, pois o Autor não provou qualquer culpa do Réu pelo ocorrido, tampouco nexo causal entre o dano provocado em seu carro e qualquer ação omissão deste.
IV - DO PEDIDO: 
Ante o exposto, requer:
a) seja reconhecida a ilegitimidade passiva com a consequente extinção da ação, nos termos do art. 267, VI do CPC; 
b) seja o autor condenado ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios;
c) a improcedência total da ação.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos
Rio de Janeiro, data(...)
Advogado(...)
OAB(...)

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