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Portifólio - POLITICAS E ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL - CLARETIANO

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1ª Atividade Portifólio - Políticas da Educação Básica.
Discente: Lorrayne Borges Lopes
A trajetória das políticas da educação básica no Brasil ao longo do período republicano.
Com base nas leituras propostas da legislação e do texto de João Cardoso de Palma Filho, desenvolva os seguintes pontos: 
1)Apresente as principais características das políticas educacionais em cada período da história republicana do Brasil. 
O Período monarquista do séc. XIX no Brasil foi composto em sua maioria por analfabetos, pois o letramento era oneroso e poucos podiam arcar com esse custo elevado. Não havia sistema escolar e a formação de professores era negligenciada, fato que só obteve mudança com a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889.
Com a constituição de 1891, foi criada a formação de um estado federativo brasileiro laico representado por voto direto. No que tange à educação, a constituição de 1891 permaneceu com a descentralização introduzida pelo Ato Institucional de 1834, onde estabeleceu que o ensino superior e secundário ficaria a cargo da união e os estados cuidariam do ensino elementar e profissional. Contudo, na prática persistiu o modelo monárquico.
Houve algumas tentativas de reforma nesse período, voltadas para as escolas com sede no Rio de Janeiro cuja influência Positivista possibilitou a criação do Ministério da instrução Correios e Telégrafos; A reforma da Rivadavia Corrêa que deu autonomia para as instituições de ensino bem como na frequência acadêmica; A reforma de Carlos Maximiano que trouxe a obrigatoriedade do diploma no ensino secundário como pré-requisito para ingresso no ensino superior; e a reforma de Luiz Alves/Rocha Vaz que normatizou o ingresso no ensino superior.
A primeira Guerra mundial trouxe um novo cenário de crescente industrialização em São Paulo que favoreceu políticas de importação e atraiu imigrantes europeus, e foi neste cenário político-econômico que surge a Associação Brasileira de Educação popularmente conhecida como Escola Nova idealizada por Anísio Teixeira que defendia o ensino público gratuito e laico em caráter obrigatório influenciado pelo americano Jhon Dewey que inspirou também outros intelectuais a criar reformas educacionais em São Paulo, Ceará, Distrito Federal e Minas Gerais. Os efeitos das movimentações puderam ser sentidos a partir de 1930 quando o movimento civil militar derrubou a oligarquia cafeeira o que causou uma remodelagem da elite urbana e industrial. Getúlio Vargas assume o poder dando início a uma nova era política reconstruindo o sistema capitalista e o estado cria uma estruturação do sistema escolar em caráter nacional, promovendo a criação do Ministério da Educação e aprovando leis de organização escolar. A ditadura instaurada por Vargas entre 1937-1945 trouxe incentivos de educação técnica profissionalizante a fim de atender as demandas do crescimento industrial.
O estado Novo terminou em 1945, trazendo uma nova era política, e o sistema escolar foi reorganizado, em 1946 a república federalista trouxe uma legislação própria abrindo caminho para Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional que foi sancionada em 1961. Os sucessivos golpes de estado que sucederam tais fatos perdurando de 1965 a 4985 dificultaram a construção de uma educação duradoura.
Foi estabelecido um projeto político autoritário, não democrático, baseado na violência do estado, concentrador de renda e excludente. Duas reformas foram marcantes em relação à educação durante o período militar (1964+1985). A primeira ficou conhecida como MEC - USAID através da Lei 5.540/68. Efetivamente a reforma universitária de 1968 visava promover controle ideológico dos cursos universitários e impor lógica burocrática, empregada na forma de organização e classificação dos alunos para seu ingresso. A segunda reforma atingiu o ensino básico através da LEI de Diretrizes de número 5.692/7 que revogou a LDB de 1961.
Estruturou-se em três níveis sendo o primeiro grau correspondente ao primário e ao ginásio, com duração de oito anos, o segundo grau era profissionalizante durando três ou quatro anos dependendo da especialização escolhida, e o terceiro grau correspondida ao ensino superior.
No conteúdo curricular houve manipulação ideológica com a introdução de disciplinas como Educação Moral e Cívica, Organização Social e Estudos Sociais, que ocupavam lugar de disciplinas reflexivas como História, Geografia e Filosofia. A aprovação da Lei número 7.044
de 1982 pôs fim à obrigatoriedade do ensino profissionalizante no segundo grau, confirmando seu fracasso e levando-o novamente a ser preparação para o ensino superior. Ao término do regime militar o quadro da educação nacional era aterrador, com altos níveis de analfabetismo, evasão escolar e negligência na formação de profissionais, nada muito diferente das primeiras décadas do início do século vinte.
A partir de 1985 uma nova fase da história política renova as esperanças de melhora da educação escolar. Foi promulgada a constituição de 1988 que estabelece princípios da educação nacional inspirados no liberalismo, democracia e direitos humanos. Um novo passo foi dado com a promulgação da nova LDB de 1996, Lei número 9.934/96 que representou avanços no panorama educacional brasileiro, principalmente em termos quantitativos. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 aprovada após oito anos de debates e apesar disso os desafios da educação no país ainda são enormes.
2) A presente as concepções de educação expressas na Constituição Federal de 1988, dos artigos 205 a 214, com uma crítica pessoal ao final.
Art. 205. 
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será 
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
Art. 206.
 
O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a 
arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de 
instituições públicas e privadas de ensino; 
IV - Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
V - Valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006).
VI - Gestão democrática do ensino público, na forma da lei; 
VII - garantia de padrão de qualidade. 
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006).
Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006).
Art. 207. 
As universidades gozam de autonomia didático-científica, política de educação duradoura. O golpe de 1964 instaurou uma ditadura que durou até 1985. 
Foi estabelecido um projeto político autoritário, não democrático, baseado na violência do Estado, concentrador de renda e excludente. Duas reformas foram marcantes em relação à educação durante o período militar (1964+1985). A primeira ficou conhecida como MEC-USAID através da Lei 5.540/65. Efetivamente a reforma universitária de 1968 visava promover controle ideológico dos cursos universitários e impor lógica burocrática, empregada na forma de organização e classificação dos alunos para seu ingresso. A segunda reforma atingiu o ensino básico através da LEI de Diretrizes e Bases número 5.692 /71 que revogou a LDB de 19601 política de educação duradoura. O golpe de 1964 instaurou uma ditadura que durou até 1985.
Estruturou-se em três níveissendo o primeiro grau correspondente ao primário e ao ginásio, com duração de oito anos, o segundo grau era profissionalizante durando três ou quatro anos dependendo da especialização escolhida, e o terceiro grau correspondida ao ensino superior. No conteúdo curricular houve manipulação ideológica com a introdução de disciplinas como Educação Moral e Cívica, Organização Social e estudos sociais, que ocupavam lugar de disciplinas reflexivas como História, Geografia e Filosofia. A aprovação da Lei número 7.044 de 1982 pôs fim à obrigatoriedade do ensino profissionalizante no segundo grau, confirmando seu fracasso e levando-o novamente a ser preparação para o ensino superior. Ao término do regime militar o quadro da educação nacional era aterrador, com altos níveis de analfabetismo, evasão escolar e negligência na formação de profissionais, nada muito diferente das primeiras décadas do século 20 a partir de 1985 uma nova fase da história política renova as esperanças de melhora da educação escolar. Foi promulgada a constituição de 1988 que estabelece princípios da educação nacional inspirados no liberalismo, democracia e direitos humanos. Um novo passo foi dado com a promulgação da nova LDB de 1996, Lei número 9.934/96 que representou avanços no panorama educacional brasileiro, principalmente em termos quantitativos. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 aprovada após oito anos de debates e apesar disso os desafios da educação no país ainda são enormes.
2 - A presentes concepções de educação expressas na Constituição Federal de 1988, dos artigos 205 a 214, com uma crítica pessoal ao final 
Art. 205. 
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será 
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 206. 
O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
I – Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a 
arte e o saber; 
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de 
instituições públicas e privadas de ensino;
IV - Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
V - Valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma 
da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de 
provas e títulos, aos das redes públicas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006).
VI - Gestão democrática do ensino público, na forma da lei; 
VII - garantia de padrão de qualidade.
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar 
pública, nos termos de lei federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
Art. 207. 
As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. 
 § 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas 
estrangeiros, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 11, de 1996). 
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica 
e tecnológica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 11, de 1996) 
Art. 208. 
O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
 
I - Ensino fundamental, obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua 
oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996) 
II - Progressiva universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, 
preferencialmente na rede regular de ensino; 
IV - Educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) 
anos de idade; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
V - Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação 
artística, segundo a capacidade de cada um; 
VI - Oferta de ensino no turno regular, adequado às condições do educando; 
VII - atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de
programas suplementares de material didático- escolar, transporte, alimentação 
e assistência à saúde.
De§ 1º - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. 
§ 2º - O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou 
sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente. 
§ 3º - Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino 
fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela 
frequência à escola.
Art. 209. 
O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições: 
I - Cumprimento das normas gerais da educação nacional; 
II – autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público
Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de 
maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais, artísticos, nacionais e regionais.
§ 1º - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos 
horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.
§ 2º - O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, 
assegurada às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas 
maternas e processos próprios de aprendizagem.
Art. 211. 
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão 
em regime de colaboração seus sistemas de ensino.
§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante 
assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996).
§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na 
educação infantil. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996) 
§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino 
fundamental e médio. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996) 
§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, os Estados e os Municípios 
definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996) 
§ 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
Art. 212.
 A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da
receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, 
na manutenção e desenvolvimento do ensino. 
§ 1º - A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos 
Municípios, não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir.
§ 2º - Para efeito do cumprimento do disposto no “caput” deste artigo, 
serão considerados os sistemas de ensino federal, estadual e municipal e os 
recursos aplicados na forma do art. 213. 
§ 3º - A distribuição dos recursos públicos assegurar a prioridade ao
atendimento das necessidades do ensino obrigatório, nos termos do plano 
nacional de educação.§ 4º - Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde 
previstos no art. 208, VII, serão financiados com recursos provenientes de 
contribuições sociais e outros recursos orçamentários
§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento 
a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas na forma 
da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
§ 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição
social do salário-educação serão distribuídas proporcionalmente ao número de 
alunos matriculados na educação básica nas respectivas redes públicas de 
ensino. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
Art. 213. 
Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas,
podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, 
definidas em lei, que: 
I - Comprovem finalidade não- lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação.
II - Assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, 
filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades. 
§ 1º - Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas 
de estudo para o ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que
demonstrarem insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e cursos 
regulares da rede pública na localidade da residência do educando, ficando o 
Poder Público obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede na 
Localidade.
§ 2º - As atividades universitárias de pesquisa e extensão poderão receber 
apoio financeiro do Poder Público. 
Art. 214.
 A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração
plurianual, visando à articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos 
níveis e à integração das ações do Poder Público que conduzam à:
I - Erradicação do analfabetismo; 
II - Universalização do atendimento escolar; 
III - melhoria da qualidade do ensino; 
IV - Formação para o trabalho; 
V - Promoção humanística, científica e tecnológica do País.
Desde 1988 a educação básica gratuita é obrigatória cabe ao Poder Público a 
responsabilidade atender a todos os cidadãos e providenciar o acesso ao ensino. Todavia é trágica e infeliz a realidade na prática que se mantém distante do ideal. Ainda não há estrutura que atenda o que a legislação afirma como citado pelos artigos acima para que aconteça de forma plena. 
Entretanto é válido afirmar que sendo a educação um direito está pertence a todos, cabendo à sociedade colaborar e cobrar do Poder Público ensino de qualidade para que este se qualifique e retorne a sociedade de forma contributiva a fim de retroalimentar a engrenagem de nosso sistema político educacional e social.
A) Retrospecto do processo de tramitação da LDB no Congresso Nacional (Câmara Federal e Senado Federal); 
O governo militar na década de oitenta do século passado foi enfraquecido e trouxe consigo um novo ar para a democracia no Brasil, a maioria dos educadores enxergaram o momento como sendo propício para a construção de uma nova legislação educacional de caráter nacional. Com a aspiração dos educadores garantida na Constituição Federal a comunidade educacional se organizou para paralelamente à formulação da Constituição Federal elaborarem um anteprojeto para criar uma nova LDB da educação nacional. O texto da nova LDB proposta pelos educadores é apresentado na Câmara Federal em dezembro de 1988, logo depois da promulgação da Constituição Federal. Apresentado pelo então deputado Octávio Elísio (PSDB-MG) com o número 1.158 /88, contém na íntegra o texto elaborado pelos educadores, foi acrescentado em março de 1989 por Florestan Fernandes (PT-SP) e Jorge Hage (PSDB-BA), e designados por Ubiratan A guiar (PMDB-BA), O então presidente da Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Câmara, abriu a participação da comunidade educacional na construção do projeto, direcionando este de forma favorável à escola pública. Após a Construção do projeto, em 1990, a Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Câmara Federal, sob o comando do então novo presidente Carlos Sant'Anna surgiu a terceira versão do substitutivo Jorge Hage que por motivos de exames e revisões fora reescrito e aprovado por unanimidade em junho de 1990. Ações paralelas do Senado tentavam garantir em lei espaço da iniciativa privada na educação, todavia sua continuação foi impedida pelo Fórum Nacional de Defesa da Escola Pública, que atuou contra o projeto devido a matéria pertencer à LDB em tramitação na Câmara e não sendo interessa da comunidade educacional sua tramitação paralela à lei da educação. Outro momento difícil foi quando o senador Marco Maciel (PFL-PE), quis apresentar um projeto de LDB paralelamente ao da câmara, o que foi contornado com um acordo entre ele e. Jorge Hage, onde Maciel assumiu publicamente o compromisso de que nenhuma votação ocorreria sobre isso no Senado antes que o projeto de LDB então em tramitação na Câmara. A nova característica do parlamente brasileiro com a legislatura que começa em 1991, de tendência conservadora, desconsidera esse acordo na busca de uma forma de defender seus interesses. Morando que as obstruções na Câmara não surtiam o efeito desejado, num golpe de oportunismo se utiliza do sistema de funcionamento Bicamaral do Parlamento brasileiro para iniciar a elaboração de um projeto de LDB da educação no Senado Federal priorizando os interesses da iniciativa privada. Essa manobra resultou de um acordo entre o bloco governista liderado pelo deputado Eraldo Tinoco (PFL-BA), o MEC e o PDT, culminando no projeto de LDB do Senado apresentado pela primeira vez em vinte de maio de 1992 e intitulado Projeto do Lei do Senado (PLS) número 67/92 de autoria do senador Darcy Ribeiro (PDT-RJ), com assessoria do alto escalão do MEC, ficando mais conhecida como Projeto Darcy Ribeiro. Enquanto não acontecia a aprovação da LDB na Câmara, em fevereiro de 1993 estratégias eram usadas no Senado para tentar aprovar o projeto Darcy Ribeiro, e devido a uma abertura encontrada no novo Regimento Interno do Senado que permitia a qualquer omissão desta casa aprovar projetos de lei sem que esse fosse obrigado a passar pelo Plenário, acontece então a aprovação do projeto na Comissão de Educação do Senado. Porém a mesma arma usada pelos senadores para aprovar o projeto Darcy Ribeiro e anular a tramitação na Câmara fora usada contra os próprios, devido ao fato de o Regimento também prever a provação do projeto pela Comissão de educação. Uma questão de ordem levantada por Jarbas Passarinho (PDS-PA) fez cair por terra as investidas dos senadores favoráveis ao projeto de Ribeiro. O projeto de lei não contava na pauta até convocação de 02 de fevereiro de 1993, e assim sendo, sem esse poder se deliberado pelo Senado o presidente desta casa acolhe o pedido de ordem do Senado e invalida a decisão da Comissão de Educação, retornando o projeto para análise do Senado. A eleição de Fernando Collor de Melo como presidente permitiu ao PDS, partido que historicamente defende a iniciativa privada em educação, passe a conduzir a tramitação da nova LDB. O bloco conservador desta casa usou de grandes números de destaque para obstruir o projeto da LDB na Câmara. Os deputados Celso Bernardi e Ubiratan Barbosa entram com pedido de urgência urgentíssima no final do primeiro semestre de 1992, porém o pedido foi inviabilizado pela instauração da CPI de Paulo Cesar Farias e depois pelo impeachment de Fernando Collor. Com a posse de Itamar Franco na presidência da República e a ascensão do professor Murilo Hingel ao Ministério da Educação, a situação se tornou mais favorável ao andamento do projeto. 
Deferido o pedido, e depois de um longo processo de negociação e votação, em maio de 1993o projeto chega a sua aprovação fim na Câmara. No Senado é designado Cid Saboia como relator na Comissão de Educação, o que causou preocupação aos defensores da escola pública, por ele ter sido o relator no projeto DarcyRibeiro. Depois de acertos necessários, mas preservando a estrutura do projeto da Câmara, é aprovado na Co missão de Educação do Senado em 30 de novembro de 1994 e encaminhado ao Plenário em 12 de dezembro do mesmo ano. 
Com a posse de Fernando Henrique Cardoso na presidência em janeiro de 1995 as forças conservadoras novamente têm favoritismo no Parlamento Federal. Sob a alegação de que havia muitas irregularidades e através de algumas manobras regimentais, impede -se a votação do PLC no Plenário, e fica clara a intenção dos parlamentares em perceber inconstitucionalidades que afetassem os interesses da iniciativa privada na educação. Depois de inúmeras tentativas os projetos advindos a Câmara foram desconsiderados trazendo de VT o anteprojeto de Darcy Ribeiro. 
B) Os princípios gerais da Educação Brasileira; 
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para 
o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
 
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
1.igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
2.liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; 
3.pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; 
4.respeito à liberdade e apreço à tolerância; 
5.coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
6.gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
7.valorização do profissional da educação escolar; 
8.gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; 
9.garantia de padrão de qualidade; 
10.valorização da experiência extra -escolar; 
11.vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
C) Os níveis da educação no Brasil: 
Educação básica Educação Superior; 
Inicialmente, a educação escolar é dividida em dois níveis, segundo a LDB, em seu artigo 21: Educação Básica e Educação Superior. A Educação Básica apresenta três etapas: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. E ainda temos as fases da Educação infantil e do Ensino Fundamental, conforme a DCN de Educação Básica, também em seu artigo 2 1. A Educação Infantil compreende a creche e a pré-escola, já o Ensino Fundamental, os anos iniciais e os anos finais. O Ensino Superior se dividiu em cursos e programas: cursos sequenciais, graduação, pós-graduação e de extensão. Para facilitar um pouquinho, vamos tentar organizar isso tudo numa só imagem.
D) Da educação básica;
A Educação Básica, a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB - 9.394/96), passou a ser estruturada por etapas e modalidades de ensino, englobando a Educação Infantil, o Ensino Fundamental
obrigatório de nove anos e o Ensino Médio.
E) A formação dos profissionais da educação básica; 
62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima par a o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal.
A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios, em regime de colaboração, deverão promover a formação inicial, a continuada e a capacitação dos profissionais de magistério, que pode ser feita através de cursos à distância.
Referências: 
 
Corrêa, Rubens Arantes 
 Políticas da educação básica / Rubens Arantes Corrêa, Karina Elizabeth Serrazes, – Batatais, SP: Claretiano,2013. 
 186 p. 
1. Políticas Educacionais. 
2. Estrutura do Ensino Brasileiro. 
3. Legislação Escolar. I. Serrazes, Karina Elizabeth. II. Políticas da educação básica. 
 
Rocha, Maciel Raryson. A construção da L ei número 9.394/96, trajetórias e impasses políticos Universidade Federal do Pará-UFPA, 2017 12p.
Disponível em h ttps://www.editorarealize.com.br 
Acessado em 24 de Março de 2021.
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional número 9.394/96, Brasília, DF, Senado, 1996, Disponível em:https://portal.mec.gov.br/arquivos/PDF/ldb.pdf. 
Acessado em 24 de Março de 2021.

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