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Livro Eletrônico Aula 10 Conhecimentos Específicos p/ PETROBRAS (Engenheiro de Segurança Júnior) Professor: Mara Camisassa 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 AULA 10 – ANÁLISES DE RISCOS TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO Veremos nesta aula as seguintes técnicas de análise de risco: • Análise Preliminar de Risco (APR) • HAZard and OPerability studies (HAZOP) • Análise da Árvore de Falhas (AAF) • Failure Mode and Effect Analysis (FMEA) 1. Análise Preliminar de Riscos (APR) É uma técnica indutiva e qualitativa de identificação de riscos, inicialmente desenvolvida pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Se baseia no estudo, durante a fase de concepção ou de desenvolvimento inicial de um novo sistema, dos riscos que poderão estar presentes na sua fase operacional. A APR também pode ser utilizada para identificação dos riscos potenciais de processos ou sistemas recém implantados e/ou que utilizem novas tecnologias. A Análise Preliminar de Riscos tem um caráter de revisão superficial dos problemas relativos à segurança, pois é realizada em um estágio de desenvolvimento do sistema em que os detalhes finais do projeto ainda não estão totalmente definidos e existe uma carência de informações relativas a determinados procedimentos. Etapas para a elaboração da APR: Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 1 - Revisão de problemas conhecidos: Identificação de sistemas similares ao sistema objeto da análise, para levantamento dos riscos potenciais que poderão estar presentes. 2 - Revisão da função/objetivo do sistema/processo/produto: Levantamento das principais funções, procedimentos de operação, requisitos dos operadores, ambiente onde ocorrerá a operação, se existe alguma interligação com outro sistema/processo, etc. 3 - Determinação dos riscos principais: Identificar os riscos potenciais que possam causar danos ou lesões diretas e imediatas, perda da função, ou danos à outros equipamentos. 4 - Determinação dos riscos iniciais e contribuintes: Trata-se da identificação, para cada risco principal identificado na etapa anterior, de todos os outros riscos envolvidos 5 – Levantamento dos meios de eliminação ou controle de riscos: Identificação dos meios passíveis de eliminação e controle de riscos, considerando as exigências do sistema. 6- Indicação dos responsáveis pelas medidas corretivas e/ou preventivas: Definir as pessoas que serão responsáveis pela execução de ações preventivas e/ou corretivas, e as atividades correspondentes. Implementação da APR Para cada etapa do sistema a ser analisado, devem ser levantadas as seguintes informações: Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 • Identificação do risco • Para cada risco identificado, devem ser levantadas: • Suas possíveis causas, • Seus efeitos (consequências) • A respectiva categoria do risco (severidade) • Frequência de ocorrência • Medidas preventivas ou corretivas Os resultados obtidos são registrados em formulários; vejam o modelo a seguir: Identificação do subsistema Medidas preventivas Risco Causas Efeitos Severidade Frequência ou corretivas O conjunto: Risco + Causas + Efeitos, correspondem ao cenário do acidente, que deverá ser classificado em categorias de frequência, como mostra o quadro a seguir: FAIXA DE CATEGORIA DENOMINAÇÃO FREQUÊNCIA DESCRIÇÃO (ANUAL) Possível, do ponto de vista conceitual, Extremamente F< 10 -4 mas extremamente improvável de A ocorrer durante a vida útil do Remota processo/ instalação. B Remota 10 -4<F<10-3 Não se espera que ocorra durante a vida útil do processo/ instalação C Improvável 10 -3<F<10-2 Pouco provável de ocorrer durante a vida útil do processo/ instalação D Provável 10 -2<F<10-1 Esperado ocorrer até uma vez durante a vida útil do processo/ instalação. Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 Esperado de ocorrer várias vezes durante a vida útil do processo/ E Frequente F>10-1 instalação Já a categoria de severidade do risco pode ser dividida em: I - Desprezível: Se ocorrer a falha, não haverá degradação do sistema, nem lesões às pessoas envolvidas ou danos ao meio ambiente. II - Marginal (ou limítrofe): Em caso de falha, poderá ocorrer pequena degradação do sistema, porém sem comprometimento de seu funcionamento. Não haverá danos às pessoas envolvidas. Danos irrelevantes ao meio ambiente. III - Crítica: Em caso de falha, ocorrerão danos severos aos equipamentos e instalações, e lesões graves às pessoas envolvidas, com consequente degradação do sistema. Esta categoria de risco é inaceitável, e requer ações de prevenção e proteção imediatas. Podem ocorrer também danos graves ao meio ambiente devido a liberações de substâncias químicas, tóxicas ou inflamáveis, atingindo áreas externas à edificação. IV - Catastrófica: Se ocorrer a falha, esta provocará grave degradação do sistema podendo resultar inclusive em sua perda total. Poderão ocorrer lesões graves e mortes às pessoas envolvidas, o risco requer ações de prevenção e proteção imediatas. Impactos ambientais gravíssimos devido a liberações de substâncias tóxicas ou inflamáveis, atingindo áreas externas à edificação. Provoca mortes ou lesões graves na população externa ou impactos ao meio ambiente com tempo de recuperação elevado. Após a identificação da categoria de severidade e da categoria de frequência do cenário do acidente, deve-se determinar então o nível do risco. E isto é Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 feito através do cruzamento destas informações utilizando-se a Matriz de Classificação de Risco mostrada a seguir: Matriz de Classificação de Risco A tabela a seguir mostra a legenda da matriz de classificação de risco: SEVERIDADE FREQUÊNCIA CLASSIFICAÇÃO DO RISCO I – Desprezível A – Extremamente 1 – Desprezível remota II – Marginal B – Remota 2 – Menor III – Crítica C – Improvável 3 - Moderado IV - Catastrófica D – Provável 4 - Sério E – Frequente 5 - Crítico A partir da classificação do risco, inicia-se então a análise dos resultados obtidos e a priorização das medidas preventivas / corretivas. 2. HAZOP - Hazard and Operability Studies (Análise de Perigos e Operabilidade) A HAZOP é uma metodologia de análise de risco que tem por objetivo identificar os problemas de operabilidade de uma unidade ou de toda a Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 fábrica, através de minuciosa revisão de pontos específicos do projeto – chamados de nós - desta fábrica ou unidade. A ideia é descobrir os possíveis desvios das condições normais de operação, identificando o que causou a ocorrência destes desvios e as respectivas consequências. Pode ser usada na fase de projeto de novos sistemas/unidades quando os projetos de engenharia já se encontram finalizados ou durante modificações ou ampliações de sistemas/unidades de processo já em operação. Apesar de ter sido originalmente desenvolvida para ser aplicada a processos contínuos, a HAZOP pode ser adaptada para utilização em processos descontínuos (em etapas). AHAZOP tem como foco tanto os problemas que possam comprometer a segurança da instalação quanto os de operabilidade que possam causar perda da continuidade operacional da instalação. Tal como a APR, a HAZOP também é uma técnica indutiva e qualitativa. A seguinte documentação pode ser necessária para a execução do HAZOP, a depender do sistema/processo em análise: • Projetos de engenharia (elétrico, hidráulico, etc) • Configuração dos equipamentos da instalação incluindo dados dos dispositivos de segurança existentes • Fluxogramas de processo • Memoriais descritivos • Diagrama lógico e descrição dos dispositivos de intertravamento • Especificações das utilidades, tais como vapor, água de refrigeração, ar comprimido, outros fluidos • Diagrama de interfaces e conexões com outros equipamentos nos limites da unidade/sistema analisados. Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 Implementação A execução da técnica HAZOP deve ser realizada por equipe multidisciplinar com conhecimento profundo do sistema/processo a ser analisado. Se baseia em um questionamento estruturado e sistemático, que utiliza um conjunto de palavras-guia (guide-words) que focalizam desvios fora dos parâmetros estabelecidos no processo ou na operação. A lista de palavras-guia deve ser tal que permita detectar virtualmente todas as anormalidades concebíveis do processo. Para cada desvio, é realizada uma investigação do que poderia provocá-lo, procurando-se identificar todas as causas, os meios disponíveis para sua detecção e suas possíveis consequências. Em seguida, verifica-se o que pode ser feito para eliminar a causa do desvio ou para minimizar as suas consequências. Uma vez analisados todos os desvios, procede-se à escolha do próximo nó, prosseguindo com a análise. Palavras-guia São palavras simples, porém objetivas utilizadas para qualificar os desvios de operação. Estas palavras são aplicadas aos parâmetros de processo em cada nó de estudo da planta em análise, a fim de se descobrir os desvios passíveis de ocorrência naquele nó. Assim, as palavras-guia são utilizadas para levantar questões como, por exemplo, em uma planta industrial de caldeiras: "O que ocorreria se fosse gerado mais vapor?" “O que ocorreria se a válvula atuasse com menos pressão”? Dependendo do sistema no qual a técnica está sendo aplicada, poderão ser utilizados diversos tipos de palavras-guia, tais como: mais, maior, não, nenhum, menos, também, outro que, etc., sempre associadas a algum desvio: Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 pressão alta, pressão baixa, fluxo reverso, reação incompleta, viscosidade alta, e assim por diante. Principais resultados obtidos a partir da técnica HAZOP: - Identificação de todos os desvios acreditáveis que possam conduzir a eventos perigosos ou a problemas operacionais. - Avaliação das consequências destes desvios sobre o processo. - Análise dos meios disponíveis para se detectar e corrigir ou mitigar os efeitos de tais desvios. Vemos que tal como a APR, os resultados da HAZOP são qualitativos, não fornecem estimativas numéricas. 3. Análise da Árvore de Falhas (AAF) O método da Análise da Árvore de Falhas (AAF) foi desenvolvido nos Estados Unidos pelos engenheiros do Bell Labs, na década de 60, a pedido da força aérea americana, para ser usado em um sistema de mísseis. Trata-se de um método de análise e avaliação dos riscos, e baseia-se no estudo dos diversos fatores que poderiam causar um evento indesejável específico (falha), através da construção de um diagrama lógico estruturado (árvore). É indicado para sistemas complexos. O diagrama é elaborado a partir do evento indesejável que se deseja prevenir e que recebe o nome de evento topo, que deverá ser colocado no nível mais alto da árvore. A partir deste nível o diagrama deve ser detalhado de cima para baixo, elencando-se todas as causas ou combinações destas causas que poderiam levar ao evento indesejado. Os eventos dos níveis inferiores recebem o nome Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 de eventos primários ou eventos básicos, pois é a partir deles que se originam os eventos de nível mais alto. Para construção da árvore também é necessária a participação de equipe multidisciplinar, que tenha conhecimento de todo o processo que envolve o evento topo. Apesar de esta metodologia ter sido inicialmente desenvolvida como uma técnica quantitativa, com o objetivo de determinar a probabilidade de ocorrência de determinado evento, ela também é usada por seu aspecto qualitativo devido à visualização, em qualquer situação a ser investigada, dos vários eventos relacionados ao evento topo. A AAF é, portanto, uma técnica que envolve aspectos quantitativos e qualitativos, e é desenvolvida através das seguintes etapas: Seleção do evento indesejável (evento topo) Deve ser selecionado o evento indesejável (falha) cuja probabilidade de ocorrência pretende-se determinar. Identificação dos fatores intervenientes: levantamento de todos os fatores que poderiam contribuir para a ocorrência do evento indesejável (fatores ambientais, requisitos dos operadores, características de projeto, etc) Construção do diagrama (árvore) O processo se inicia com os eventos que poderiam causar o evento topo diretamente,formando o “primeiro nível”, e a partir daí devem ser interrelacionados outros eventos e falhas causadores dos anteriores. Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 O relacionamento entre os eventos se baseia na álgebra booleana, e é feito através de símbolos lógicos (“E” e “OU”) que indicam a relação causal entre os eventos dos níveis inferiores que levam ao evento topo. Os ramos da árvore são formados a partir das combinações sequenciais destes eventos. A elaboração da árvore permite a identificação de falhas localizadas e também a determinação da sequência mais crítica ou provável de eventos, dentre os ramos da árvore, que provocarão a ocorrência do evento topo. Avaliação qualitativa A análise qualitativa é feita através da avaliação dos inter-relacionamentos ou combinações de falhas de componentes do sistema, erros operacionais ou outros defeitos que possam causar o evento topo. A figura a seguir apresenta alguns dos símbolos utilizados na construção da árvore e seus respectivos significados: A partir da identificação dos eventos inicia-se a montagem da árvore, como mostra a figura a seguir (simplificada): Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 Considerando-se T o evento topo (evento indesejável), podemos fazer a seguinte análise qualitativa do diagrama de falhas acima: (1) Se a falha B OU a falha C ocorrer, então o evento D ocorrerá: ou seja, basta a ocorrência de uma destas falhas, para que o evento D ocorra. (2) Se o evento D ocorrer E a falha A ocorrer, então ocorrerá o evento T (evento indesejável): ou seja, o evento T ocorrerá se e somente se o evento D ocorrer e a falha A ocorrer Avaliação quantitativa Através da álgebra booleana são obtidas expressões matemáticas representando as entradas da árvore de falhas, sendo quepara cada relacionamento existe uma expressão matemática associada. A partir de dados dos fabricantes, ou tabelas específicas, ou comparação com equipamentos similares, determina-se a probabilidade de ocorrência de cada evento ou a probabilidade de falha de cada componente, presentes na expressão. A partir daí, aplicam-se as probabilidades à expressão matemática, e calcula-se finalmente a probabilidade de ocorrência do evento topo. Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 A partir destas análises é possível determinar a sequência mais crítica ou provável de eventos, dentro os “ramos” da árvore, que levam ao evento topo. Em termos gerais, são utilizadas as seguintes expressões: P = 1 – C, onde: P = probabilidade de falha: É a possibilidade de ocorrência de um determinado número de falhas, em um período de tempo considerado. C = confiabilidade: probabilidade do sistema desempenhar satisfatoriamente suas funções específicas, por um período de tempo determinado C = e- t, onde: e = 2,718 (exponencial neperiano) = taxa de falhas t = tempo de operação Taxa de falhas = = n o de falhas ou = n o de falhas tempo(h) no de operações Taxa de falhas: frequência de ocorrências das falhas em um determinado período de tempo, e corresponde ao número de falhas para cada hora de operação ou número de operações do sistema. Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 4. FMEA- Failure Mode and Effects Analysis (ou: Análise dos Modos de Falha e seus Efeitos - AMFE) A Análise dos Modos de Falha e seus Efeitos é uma técnica qualitativa de análise de confiabilidade que busca identificar falhas potenciais em componentes individuais de sistemas ou plantas industriais. Pode ser utilizada nas etapas de projeto, construção e operação. Seu principal objetivo é avaliar os efeitos que eventuais falhas possam causar em um determinado processo e estabelecer como estas falhas individuais podem contribuir na ocorrência de um evento indesejado. Vejam que a ênfase deste método é a análise sistemática das falhas de componentes. Mostra-se eficiente quando aplicado a sistemas mais simples e falhas singulares não sendo, portanto, indicado para análise de falhas operacionais ou complexas. A AMFE possui uma variação, que se chama AMFEC (Análise de Modos de Falhas, Efeitos e Criticidade). A diferença fundamental entre os dois métodos é que a AMFEC considera, na análise das falhas identificadas, uma gradação da criticidade dos efeitos decorrentes dessas falhas, o que permite uma avaliação comparativa das diferentes falhas identificadas. Os efeitos dos modos de falha são as consequências ou resultados produzidos quando os modos de falha ocorrem. Por exemplo, considerando um eixo de um motor: um modo de falha possível para este eixo seria o empenamento, enquanto o efeito seria a vibração, quando o eixo começasse a girar. O objetivo principal da FMEA é detectar os modos de falhas antes que se produza uma peça e/ou produto ou se inicie a implementação de um novo processo, a fim de aumentar sua confiabilidade. Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 É importante que todo o processo desta análise seja documentado e que a equipe responsável por sua elaboração seja multidisciplinar com domínio do processo ou produto a ser analisado. Etapas da FMEA 1 – Identificação das partes componentes dos serviços, produtos ou processos a serem analisados. 2 – Identificação de todas as possíveis ocorrências que poderiam levar a algum modo de falha 3 – Identificação das consequências dos modos de falhas (interrupção do processo produtivo, necessidade de ajustes posteriores, consequências para os clientes). 4 - Identificação de todas as causas possíveis para cada modo de falha. 5 - Avaliação da probabilidade do modo de falha, a severidade dos impactos causados, a probabilidade de ocorrência e de detecção antes de os produtos chegarem às mãos dos clientes e/ou antes da implantação dos processos. 6 – Identificação do Número de Prioridade do Risco (NPR): com base nas informações: severidade, ocorrência e detecção (identificados na etapa anterior), obtém-se o número de prioridade do risco, a partir do qual deve-se priorizar os modos de falha que acarretariam os maiores riscos aos clientes 7 – Proposta e implementação das ações para minimizar os modos de falhas identificadas. Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 O Número de Prioridade do Risco (NPR) é obtido a partir dos seguintes parâmetros (também chamados de índices) e respectivos valores: Gravidade ou severidade da falha: 1 a 10 Ocorrência: 1 a 10 (se inevitável: >8) Detecção: 1 a 10 Quanto maior o valor atribuído ao parâmetro gravidade, maior será a severidade da falha. Quanto maior o valor atribuído ao parâmetro ocorrência, maior será a frequência de ocorrência da falha. A detecção é um valor que mostra a eficiência dos controles de detecção da falha ou da causa da falha. Quanto maior for o valor atribuído a este parâmetro, maior será a dificuldade de detectar a falha. Ou seja, na comparação entre duas ou mais falhas, deverá ser dada prioridade àquela que apresentar maior NPR. Obtém-se o NPR pela multiplicação destes três parâmetros: NPR = G X O x D O NPR pode, portanto, ter um valor entre 1 e 1000. Veremos na resolução das questões a aplicação deste método. Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 LISTA DE EXERCÍCIOS QUESTÃO 1 - ANALISTA JUDICIÁRIO / TJDFT / CESPE / 2003 Em uma instalação que utiliza a técnica de análise do modo e efeito de falha — FMEA (failure mode & effect analysis) —, o grupo responsável pela manutenção procura estabelecer as prioridades para ação de manutenção dos equipamentos sob sua responsabilidade. Foi observado que uma falha no equipamento I implica parada total do processo de produção e, por isso, foi atribuída a nota 10 para gravidade da falha, indicando gravidade máxima de falha. Entretanto, essa falha ocorre com uma frequência extremamente baixa, sendo atribuída, por essa razão, nota 1 para a frequência de falha. Por outro lado, o equipamento II apresenta falhas por desgaste prematuro que, embora ocorram com uma frequência tida como alta, não representam grande preocupação, porque podem ser detectadas com antecedência, antes de afetarem o processo. Nesse caso, o grupo atribuiu nota 6 tanto para a gravidade da falha quanto para a frequência de falha. Ao fazer a análise dessa situação usando o número de prioridade do risco (NPR), é correto concluir que o NPR do equipamento I é: A) maior que o do equipamento II, portanto o equipamento I deve ter prioridade de manutenção sobre o equipamento II. B) menor que o do equipamento II, portanto o equipamento I deve ter prioridade de manutenção sobre o equipamento II. C) maior que o do equipamento II, portanto o equipamento II deve ter prioridade de manutenção sobre o equipamento I. D) menor que o do equipamento II, portanto o equipamento II deve ter prioridade de manutenção sobre o equipamento I. Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 36 74627694253- Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 E) igual ao do equipamento II, portanto os dois equipamentos devem ter igual prioridade de manutenção. QUESTÃO 2 - TEC SEG ECT / CESPE / 2011 Com relação à análise preliminar de riscos (APR), julgue os itens que se seguem. 1 - A APR não é uma técnica aprofundada de análise de riscos e, geralmente, precede outras técnicas mais detalhadas de análise, visto que, por meio dessa análise, objetiva-se determinar os riscos e as medidas preventivas antes da fase operacional. 2 - A partir da descrição dos riscos, são identificadas as causas (os agentes) e os efeitos (as consequências) desses riscos, possibilitando a definição de ações e medidas de prevenção ou correção das possíveis falhas detectadas. 3 - A priorização das ações é determinada pela categorização dos riscos; assim, quanto mais prejudicial ou maior for o risco, mais rapidamente deverá ser solucionado. 4 - A APR consiste em uma análise inicial quantitativa, realizada na fase de elaboração de projeto e desenvolvimento de qualquer processo, produto ou sistema, considerada especialmente importante para a investigação de sistemas novos de alta inovação e(ou) pouco conhecidos. 5 - A APR é bastante útil como ferramenta de revisão geral de segurança em sistemas já operacionais, uma vez que, por meio dessa análise, são revelados aspectos que, às vezes, poderiam passar despercebidos. QUESTÃO 3 - TEC SEG ECT / CESPE / 2011 Constitui etapa básica da APR: Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 1 - A identificação dos riscos com potencial para causar lesões diretas e imediatas, perda de função (valor), danos a equipamentos e perda de materiais. 2 - A elaboração de séries de riscos, determinando-se, para cada risco principal detectado, os riscos iniciais e contribuintes associados. 3 - A revisão de problemas conhecidos, que consiste na busca de analogia ou similaridade com outros sistemas, para a determinação dos riscos que podem estar presentes no sistema que está sendo desenvolvido, tomando como base a experiência passada. QUESTÃO 4 - ENG SEG/EMBASA/CESPE Acerca das técnicas de análise e de prevenção de perdas, julgue os itens subsequentes. 1 - O principal objetivo de um HAZOP é investigar, de forma minuciosa e metódica, cada segmento de um processo, visando descobrir todos os possíveis desvios das condições normais de operação, identificando as causas responsáveis por tais desvios e as respectivas consequências. 2 - Análise de árvore de falha é uma técnica dedutiva empregada para determinar causas potenciais de falhas de sistemas e calcular as probabilidades de ocorrência dessas falhas. 3 - Para identificar origens de acidentes potencialmente com lesão, deve-se realizar uma análise preliminar de risco embasada no uso das causas de acidentes sem lesão, com a participação de observadores estratificados de uma população. Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 QUESTÃO 5 - TEC SEG JR / PETROBRAS CESGRANRIO/2008 A técnica de Análise de Perigos e Operabilidade consiste de três etapas principais, sendo a primeira a: A) Investigação sistemática das causas dos desvios. B) Investigação sistemática das consequências esperadas. C) Identificação dos desvios operacionais. D) proposição de salvaguardas para reduzir a ocorrência dos desvios. E) proposição de salvaguardas para mitigar as consequências dos desvios. d QUESTÃO 6 - TEC SEG / ECT / CESPE /2011 A análise de árvore de falhas (AAF) constitui excelente método para o estudo dos fatores que podem causar um evento indesejável (falha), consistindo na determinação das sequências de eventos indesejáveis (topo) a partir da combinação lógica das falhas dos diversos componentes do sistema, e cuja utilização é recomendada no estudo de situações complexas. Considerando essas informações, julgue os itens seguintes. 1 - A AAF, técnica dedutiva que, focalizando um acidente particular, fornece um método para a determinação das causas desse acidente, consiste em modelo gráfico no qual se dispõem diversas combinações de falhas de equipamentos e erros humanos que podem resultar em acidente. 2 - A avaliação qualitativa pode ser utilizada na análise e determinação das combinações de falhas de componentes, erros operacionais ou outros defeitos que possam causar o evento topo. 3 - O principal conceito na AAF é a transformação de um sistema físico em um diagrama lógico estruturado (a árvore de falhas), no qual são especificadas as causas que levam à ocorrência de determinado evento indesejado de interesse, denominado evento topo. Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 4 - O evento indesejado recebe o nome de evento topo por estar localizado no nível mais baixo da árvore de falhas. 5 - Os eventos do nível inferior recebem o nome de eventos básicos ou primários, pois são os que dão origem a todos os eventos de nível mais baixo. QUESTÃO 7 - TEC SEG JR/BR DISTRIBUIDORA/CESGRANRIO/2008 Na técnica de Análise Preliminar de Risco, a Categoria de Severidade denominada Crítica significa a: 7 A) possibilidade de perda total do sistema, com danos irreparáveis a equipamentos, instalações ou ao meio ambiente. B) possibilidade de dano para componentes importantes do sistema, com perdas materiais, porém dentro dos limites de especificação. C) possibilidade de dano restrito aos componentes periféricos do sistema, não comprometendo sua integridade. D) possibilidade de degradação do sistema, com danos severos a equipamentos, instalações ou ao meio ambiente. E) impossibilidade de provocar danos significativos a equipamentos ou ao meio ambiente. QUESTÃO 8 – ANALISTA JUDICIÁRIO / TSE / CESPE/ 2006 A aplicação de metodologias de análise de falhas permite a priorização de ações técnicas e gerenciais que podem resultar no aumento da confiabilidade de produtos e processos. Dentre as metodologias mais conhecidas para essa finalidade estão a análise do tipo e efeito de falha — FMEA (failure mode and Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 effect analysis) e a análise da árvore de falhas — FTA (fault tree analysis). Acerca dessas metodologias, assinale a opção incorreta: A) A FTA procura estabelecer uma relação lógica entre falhas primárias e a falha final do produto B) A FTA se adapta melhor à análise de uma falha específica, já que o enfoque é dado à falha final do sistema e C) A FMEA focaliza as falhas potenciais, suas causas e consequências, de modo que ações de melhoria possam ser propostas D) Na FTA, o número de prioridade de risco (NPR) fornece uma indicação do tipo de falha que deve receber atenção prioritária QUESTÃO 9 – TECNOLOGISTA PLENO / INPE / CESPE /2009 Os componentes básicos de um sistema de iluminação de segurança são: fonte principal de energia, fonte secundária de energia, lâmpadas incandescentes de iluminação, relés, disjuntores e interruptores. Para analisar possíveis efeitos de falhas no sistema, foi elaborada a tabela de análise de modos e efeitos de falhas — failure modes and effect analysis (FMEA). Parte dessa tabela, referente ao componente fonte principal de energia elétrica, de responsabilidade da concessionáriade energia elétrica, está mostrada abaixo. As posições M1 e M2, da coluna modo de falha, bem como as posições D1, da coluna índice de detecção, e G2, da coluna índice de gravidade, não estão preenchidas. Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 Com relação ao conteúdo das posiçõesf M1, M2, D1 e G2, julgue os itens subsequentes. 1 - O índice de detecção D1 do modo de falha M1 é igual a 52. 2 - O índice de gravidade G2 do modo de falha M2 é igual a 47. 3 - O modo de falha M1 é considerado de menor risco que o modo de falha M2. QUESTÃO 10 – ANALISTA JUD / TJ DF /CESPE 2003 A Análise de Segurança de Sistemas que se preocupa em detectar riscos e adotar medidas preventivas antes da fase operacional do sistema (ou seja, ainda nas etapas de projeto e desenvolvimento do processo, produto ou sistema) é a : A) Lógica Booleana Simplificada (LBS) B) Análise Preliminar de Riscos (APR) C) Técnica de Incidentes Críticos (TIC) D) Análise de Modos de Falhas e Efeitos (AMFE) E) Análise por Nexo Causal Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior GABARITOS 1 D 1 – CORRETO 2 – CORRETO 2 3 – CORRETO 4 – INCORRETO 5 - CORRETO 1 – CORRETO 3 2 – CORRETO 3 – CORRETO 1 – CORRETO 4 2 – CORRETO 3 – INCORRETO 5 C 1- CORRETO 2- CORRETO 6 3- CORRETO 4- INCORRETO 5- INCORRETO 7 D 8 D 1 –INCORRETO 9 2 – INCORRETO 3 – INCORRETO 10 B PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 1 Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 EXERCÍCIOS COMENTADOS QUESTÃO 1 - ANALISTA JUDICIÁRIO / TJDFT / CESPE / 2003 Em uma instalação que utiliza a técnica de análise do modo e efeito de falha — FMEA (failure mode & effect analysis) —, o grupo responsável pela manutenção procura estabelecer as prioridades para ação de manutenção dos equipamentos sob sua responsabilidade. Foi observado que uma falha no equipamento I implica parada total do processo de produção e, por isso, foi atribuída a nota 10 para gravidade da falha, indicando gravidade máxima de falha. Entretanto, essa falha ocorre com uma frequência extremamente baixa, sendo atribuída, por essa razão, nota 1 para a frequência de falha. Por outro lado, o equipamento II apresenta falhas por desgaste prematuro que, embora ocorram com uma frequência tida como alta, não representam grande preocupação, porque podem ser detectadas com antecedência, antes de afetarem o processo. Nesse caso, o grupo atribuiu nota 6 tanto para a gravidade da falha quanto para a frequência de falha. Ao fazer a análise dessa situação usando o número de prioridade do risco (NPR), é correto concluir que o NPR do equipamento I é: A) maior que o do equipamento II, portanto o equipamento I deve ter prioridade de manutenção sobre o equipamento II. B) menor que o do equipamento II, portanto o equipamento I deve ter prioridade de manutenção sobre o equipamento II. C) maior que o do equipamento II, portanto o equipamento II deve ter prioridade de manutenção sobre o equipamento I. D) menor que o do equipamento II, portanto o equipamento II deve ter prioridade de manutenção sobre o equipamento I. Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 E) igual ao do equipamento II, portanto os dois equipamentos devem ter igual prioridade de manutenção. GABARITO: D Para obtermos o NPR basta multiplicar os parâmetros gravidade, ocorrência e detecção. Mas vejam que o CESPE omitiu este ultimo parâmetro, o que não nos impede de calcular o NPR. Devemos então multiplicar os valores de gravidade e ocorrência de cada falha: Falha Falha Equipamento 1 Equipamento 2 Gravidade 10 6 Ocorrência 1 6 NPR 10 36 O NPR do equipamento 1 é menor que o NPR do equipamento 2, por este motivo o equipamento 2 deverá ter prioridade de manutenção sobre o equipamento 1. QUESTÃO 2 - TEC SEG ECT / CESPE / 2011 Com relação à análise preliminar de riscos (APR), julgue os itens que se seguem. 1 - A APR não é uma técnica aprofundada de análise de riscos e, geralmente, precede outras técnicas mais detalhadas de análise, visto que, por meio dessa análise, objetiva-se determinar os riscos e as medidas preventivas antes da fase operacional. GABARITO: CORRETO Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 A APR é uma técnica pouco aprofundada pois como ela é realizada na fase de desenvolvimento ou concepção pode ser que alguns detalhes finais do projeto não estejam ainda definitivamente concluídos. Ela precede outras técnicas mais detalhadas de análise de riscos porque é realizada antes da fase operacional. 2 - A partir da descrição dos riscos, são identificadas as causas (os agentes) e os efeitos (as consequências) desses riscos, possibilitando a definição de ações e medidas de prevenção ou correção das possíveis falhas detectadas. GABARITO: CORRETO Para cada risco identificado, devem ser levantadas suas possíveis causas, efeitos e a respectiva categoria do risco (severidade). 3 - A priorização das ações é determinada pela categorização dos riscos; assim, quanto mais prejudicial ou maior for o risco, mais rapidamente deverá ser solucionado. GABARITO: CORRETO A categoria do risco corresponde à sua maior ou menor severidade e pode ser classificada em: Desprezível, Marginal, Crítica ou Catastrófica. Através do cruzamento deste parâmetro com a frequência do acidente, obtém-se a classificação do risco, a partir do qual as ações corretivas devem ser priorizadas. 4 - A APR consiste em uma análise inicial quantitativa, realizada na fase de elaboração de projeto e desenvolvimento de qualquer processo, produto ou sistema, considerada especialmente importante para a investigação de sistemas novos de alta inovação e(ou) pouco conhecidos. Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 GABARITO: INCORRETO O erro está na primeira parte da proposição, pois a APR é uma análise qualitativa e não quantitativa. 5 - A APR é bastante útil como ferramenta de revisão geral de segurança em sistemas já operacionais, uma vez que, por meio dessa análise, são revelados aspectos que, às vezes, poderiam passar despercebidos. GABARITO: CORRETO A APR também pode ser utilizada em processos ou sistemas já operacionais. QUESTÃO 3 - TEC SEG ECT / CESPE / 2011 Constitui etapa básica da APR 1 - A identificação dos riscos com potencial para causar lesões diretas e imediatas, perda de função (valor), danos a equipamentos e perda de materiais. GABARITO: CORRETO Esta identificação deve ser feita de forma detalhada, se possível, por serviço, operação ou atividade. 2 - A elaboração de séries de riscos, determinando-se, para cada risco principal detectado, os riscos iniciais e contribuintes associados. GABARITO: CORRETO Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 Uma vez identificado os riscos potenciais principais, deverão ser levantados, para cada um destes, osdemais riscos, chamados de riscos iniciais e contribuintes associados. 3 - A revisão de problemas conhecidos, que consiste na busca de analogia ou similaridade com outros sistemas, para a determinação dos riscos que podem estar presentes no sistema que está sendo desenvolvido, tomando como base a experiência passada. GABARITO: CORRETO Esta deve ser a primeira etapa da APR. Trata-se de identificar riscos já conhecidos em sistemas similares e verificar se poderiam também estar presentes no sistema objeto da análise. QUESTÃO 4 - ENG SEG/EMBASA/CESPE Acerca das técnicas de análise e de prevenção de perdas, julgue os itens subsequentes. 1 - O principal objetivo de um HAZOP é investigar, de forma minuciosa e metódica, cada segmento de um processo, visando descobrir todos os possíveis desvios das condições normais de operação, identificando as causas responsáveis por tais desvios e as respectivas consequências. GABARITO: CORRETO A HAZOP - Análise de perigos e operabilidade é uma técnica para identificação de perigos projetada para investigar de forma minuciosa cada ponto de um processo ou sistema, e identificar possíveis desvios de operação e respectivas consequências. Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 2 - Análise de árvore de falha é uma técnica dedutiva empregada para determinar causas potenciais de falhas de sistemas e calcular as probabilidades de ocorrência dessas falhas. GABARITO: CORRETO A AAF emprega conceitos de álgebra booleana e expressões matemáticas a partir das quais é possível se determinar a probabilidade de ocorrência do evento indesejável. É, portanto, uma técnica dedutiva, pois é possível a quantificação, em termos numéricos, da probabilidade de ocorrência da falha. 3 - Para identificar origens de acidentes potencialmente com lesão, deve-se realizar uma análise preliminar de risco embasada no uso das causas de acidentes sem lesão, com a participação de observadores estratificados de uma população. GABARITO: INCORRETO Para se identificar a origem ou a causa de acidentes com lesão deve-se utilizar técnicas de análise de acidente, dentre as quais a técnica da Árvore de Causas. QUESTÃO 5 - TEC SEG JR / PETROBRAS CESGRANRIO/2008 A técnica de Análise de Perigos e Operabilidade consiste de três etapas principais, sendo a primeira a: A) Investigação sistemática das causas dos desvios. B) Investigação sistemática das consequências esperadas. C) Identificação dos desvios operacionais. D) proposição de salvaguardas para reduzir a ocorrência dos desvios. E) proposição de salvaguardas para mitigar as consequências dos desvios. Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 GABARITO: C Uma vez identificado o subsistema (nó) a ser investigado, a técnica HAZOP deve ser iniciada com a identificação dos desvios operacionais, a partir daí devem ser investigadas suas possíveis causas. QUESTÃO 6 - TEC SEG / ECT / CESPE /2011 A análise de árvore de falhas (AAF) constitui excelente método para o estudo dos fatores que podem causar um evento indesejável (falha), consistindo na determinação das sequências de eventos indesejáveis (topo) a partir da combinação lógica das falhas dos diversos componentes do sistema, e cuja utilização é recomendada no estudo de situações complexas. Considerando essas informações, julgue os itens seguintes. 1 - A AAF, técnica dedutiva que, focalizando um acidente particular, fornece um método para a determinação das causas desse acidente, consiste em modelo gráfico no qual se dispõem diversas combinações de falhas de equipamentos e erros humanos que podem resultar em acidente. GABARITO: CORRETO A AAF é uma técnica dedutiva que permite identificar a probabilidade de ocorrência do evento indesejável (falha) a partir da construção de diagrama lógico estruturado de acordo com as combinações dos eventos (primários) que poderiam causar este evento indesejável. 2 - A avaliação qualitativa pode ser utilizada na análise e determinação das combinações de falhas de componentes, erros operacionais ou outros defeitos que possam causar o evento topo. GABARITO: CORRETO Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 A partir da visualização dos eventos é possível identificar as relações entre eles e as combinações que podem ter causado o evento topo. 3 - O principal conceito na AAF é a transformação de um sistema físico em um diagrama lógico estruturado (a árvore de falhas), no qual são especificadas as causas que levam à ocorrência de determinado evento indesejado de interesse, denominado evento topo. GABARITO: CORRETO Os eventos que levam à ocorrência do evento topo são também chamados de eventos primários. O diagrama lógico é baseado na álgebra booleana. 4 - O evento indesejado recebe o nome de evento topo por estar localizado no nível mais baixo da árvore de falhas. GABARITO: INCORRETO O evento indesejado recebe o nome de evento topo exatamente por estar localizado no nível mais alto da árvore de falhas. 5 - Os eventos do nível inferior recebem o nome de eventos básicos ou primários, pois são os que dão origem a todos os eventos de nível mais baixo. GABARITO: INCORRETO A relação entre estes eventos básicos dá origem aos ramos da árvore de falhas. Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 31 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 QUESTÃO 7 - TEC SEG JR/BR DISTRIBUIDORA/CESGRANRIO/2008 Na técnica de Análise Preliminar de Risco, a Categoria de Severidade denominada Crítica significa a: A) possibilidade de perda total do sistema, com danos irreparáveis a equipamentos, instalações ou ao meio ambiente. B) possibilidade de dano para componentes importantes do sistema, com perdas materiais, porém dentro dos limites de especificação. C) possibilidade de dano restrito aos componentes periféricos do sistema, não comprometendo sua integridade. D) possibilidade de degradação do sistema, com danos severos a equipamentos, instalações ou ao meio ambiente. E) impossibilidade de provocar danos significativos a equipamentos ou ao meio ambiente. GABARITO: D A categoria de severidade crítica corresponde a uma falha que provocará danos severos aos equipamentos e instalações, com consequente degradação do sistema. Podem ocorrer também danos graves ao meio ambiente devido a liberações de substâncias químicas, tóxicas ou inflamáveis, atingindo áreas externas à edificação. QUESTÃO 8 – ANALISTA JUDICIÁRIO / TSE / CESPE/ 2006 A aplicação de metodologias de análise de falhas permite a priorização de ações técnicas e gerenciais que podem resultar no aumento da confiabilidade de produtos e processos. Dentre as metodologias mais conhecidas para essa Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 32 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 finalidade estão a análise do tipo e efeito de falha — FMEA (failure mode and effect analysis) e a análise da árvore de falhas — FTA (fault tree analysis). Acerca dessas metodologias, assinale a opção incorreta: A) A FTA procura estabelecer uma relação lógica entre falhas primárias e a falha final do produto B) A FTA se adapta melhor à análise de uma falha específica, já que o enfoqueé dado à falha final do sistema C) A FMEA focaliza as falhas potenciais, suas causas e consequências, de modo que ações de melhoria possam ser propostas D) Na FTA, o número de prioridade de risco (NPR) fornece uma indicação do tipo de falha que deve receber atenção prioritária GABARITO: D O NPR é um parâmetro utilizado pela FMEA e não pela Árvore de Análise de Falhas (AAF ou FTA). As demais opções estão corretas. QUESTÃO 9 – TECNOLOGISTA PLENO / INPE / CESPE /2009 Os componentes básicos de um sistema de iluminação de segurança são: fonte principal de energia, fonte secundária de energia, lâmpadas incandescentes de iluminação, relés, disjuntores e interruptores. Para analisar possíveis efeitos de falhas no sistema, foi elaborada a tabela de análise de modos e efeitos de falhas — failure modes and effect analysis (FMEA). Parte dessa tabela, referente ao componente fonte principal de energia elétrica, de responsabilidade da concessionária de energia elétrica, está mostrada abaixo. As posições M1 e M2, da coluna modo de falha, bem como as posições D1, da Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 33 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 coluna índice de detecção, e G2, da coluna índice de gravidade, não estão preenchidas. Com relação ao conteúdo das posições M1, M2, D1 e G2, julgue os itens subsequentes. Solução: Para resolver esta questão basta saber a fórmula do nível de prioridade do risco, NPR: NPR = G X O x D Onde: Gravidade ou severidade da falha: 1 a10 Frequência de ocorrência: 1 a 10 (se inevitável: >8) Detecção: 1 a 10 1 - O índice de detecção D1 do modo de falha M1 é igual a 52. GABARITO: INCORRETO O índice de detecção de M1 é 2. Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 34 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 2 - O índice de gravidade G2 do modo de falha M2 é igual a 47. GABARITO: INCORRETO O índice de gravidade de M2 é 9. 3- O modo de falha M1 é considerado de menor risco que o modo de falha M2. GABARITO: INCORRETO Como NPRM1 > NPRM2 , então a falha M1 representa maior risco. QUESTÃO 10 – ANALISTA JUD / TJ DF /CESPE 2003 A Análise de Segurança de Sistemas que se preocupa em detectar riscos e adotar medidas preventivas antes da fase operacional do sistema (ou seja, ainda nas etapas de projeto e desenvolvimento do processo, produto ou sistema) é a : F) Lógica Booleana Simplificada (LBS) G) Análise Preliminar de Riscos (APR) H) Técnica de Incidentes Críticos (TIC) I) Análise de Modos de Falhas e Efeitos (AMFE) J) Análise por Nexo Causal GABARITO: B A APR é utilizada durante a fase de concepção ou de desenvolvimento inicial de um novo sistema ou processo. Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 35 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior PETROBRAS ENG SEG JR TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Mara Camisassa に Aula 9 RESUMO Técnicas de análise • Análise Preliminar de Risco (APR) • HAZard and OPerability studies (HAZOP) • Análise da Árvore de Falhas (AAF) • FMEA – Failure Mode and Effect Analysis Programa de prevenção e controle de perdas em empresas Etapas principais: 1 - Identificação de riscos/perigos 2 – Avaliação das consequências em termos de perdas 3 – Gerenciamento dos riscos, através de recomendações e medidas preventivas/corretivas Prof. Mara Camisassa www.estrategiaconcursos.com.br Página 36 de 36 74627694253 - Evandro Lopes dos Santos Junior
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