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O campo da Política Educacional

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O campo da Política Educacional
APRESENTAÇÃO
O campo da Política Educacional está inserido no grupo de políticas públicas sociais existentes 
no Brasil. É algo que se configura como um instrumento de implementação dos movimentos, 
das normas e dos referenciais da Educação, e, assim, se materializa por meio da legislação 
educacional. Vale lembrar que é uma política de responsabilidade do Estado, tendo como base 
os órgãos públicos e as entidades da sociedade civil, resultando nas normatizações educacionais 
que regem o País. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai acompanhar o movimento de inserção da Política 
Educacional nas políticas públicas, além de debater a contribuição da Política Educacional na e 
para a Educação. Vai, também, compreender os desafios de tal política, para tentar explicá-la. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Analisar a inserção do campo da Política Educacional no campo das políticas públicas.•
Discutir a contribuição do campo da Política Educacional para o campo da Educação.•
Explicar as potências e os desafios do campo da Política Educacional.•
DESAFIO
A Política Educacional do Brasil emerge em um contexto atravessado por diferentes 
questões, desde crise econômica e instabilidade política, até questões relacionadas a enormes 
déficits sociais. Portanto, diante desse cenário, torna-se complexo pensar em ações para uma 
educação de qualidade, visto que não há como propor algo que seja indiferente a tudo isso.
Sabendo disso, imagine o seguinte cenário:
 
Tendo em vista as propostas no campo da Política Educacional nacional, na tentativa de auxiliar 
Sérgio na ponderação dessas ações, seu Desafio é construir um texto que aponte, pelo menos, 
cinco aspectos coerentes a serem levados em conta nessa elaboração. 
INFOGRÁFICO
As políticas públicas são ações e programas desenvolvidos pelo Estado para garantir e 
colocar em prática os direitos previstos na Constituição Federal e em outras legislações.
Neste Infográfico, conheça o conjunto de etapas pelas quais uma política pública passa até que 
seja realizada. Nesse caso, esse processo é chamado de ciclo de políticas públicas.
Confira.
CONTEÚDO DO LIVRO
O campo da Política Educacional se refere aos propósitos e às deliberações que o Poder Público, 
isto é, o Estado, toma em relação ao processo educativo e tudo que o envolve. Dessa forma, 
tratar dos desafios e dos progressos da política educacional brasileira implica, primeiramente, 
examinar e refletir o alcance das medidas educacionais em âmbito nacional. 
No capítulo O campo da Política Educacional, da obra Política Educacional, você vai 
compreender como a Política Educacional se constitui como política pública. Você vai estudar, 
ainda, suas contribuições para a Educação, bem como seus desafios na atualidade. 
Boa leitura.
POLÍTICA 
EDUCACIONAL
Alex Ribeiro Nunes
O campo da política 
educacional
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Analisar a inserção do campo da política educacional no campo das 
políticas públicas.
 � Discutir a contribuição do campo da política educacional para o 
campo da educação.
 � Explicar as potências e os desafios do campo da política educacional.
Introdução
O campo da política educacional está inserido no grupo de políticas 
públicas sociais existentes no Brasil. É algo que se configura como 
um instrumento de implementação dos movimentos, das normas e 
dos referenciais da educação. Materializa-se, assim, por meio da legislação 
educacional. Vale lembrar que a política educacional é uma política de 
responsabilidade do Estado, tendo como base os órgãos públicos e as 
entidades da sociedade cível. Seu objetivo é a produção das normatiza-
ções educacionais que regem o País. 
Neste capítulo, você terá a oportunidade de estudar a especificidade 
da política educacional como política pública, discutindo o papel que ela 
desempenha na implementação estatal de normas educacionais. Poderá, 
ainda, compreender os desafios de tal política, devendo ser capaz de 
explicitá-los ao final da leitura. 
A inserção do campo da política educacional 
no campo das políticas públicas
Para pensar a inserção da política educacional no campo das políticas públicas, 
é fundamental, primeiramente, atentar para o fato de que as políticas públicas 
são ações e programas desenvolvidos pelo Estado para garantir e colocar em 
prática os direitos previstos na Constituição Federal e em outras legislações. 
Na verdade, são medidas e programas criados pelos governos com o objetivo 
de garantir o bem-estar da população. Vale ressaltar que, além desses direitos, 
outros que não estejam previstos pelas leis podem vir a ser garantidos por 
meio de uma política pública. Isso pode acontecer com direitos que, com o 
passar do tempo, tornem-se identificados como uma necessidade da sociedade. 
Na perspectiva da política educacional, vale atentar ainda que, de acordo com 
Dorigon e Simão (2017), a Constituição Federal de 1988 reconheceu a educação 
como direito social e atribuiu ao Estado a responsabilidade de promovê-la, em 
nível fundamental, a todos os cidadãos. O direito à educação está inserido no 
contexto dos chamados direitos de segunda dimensão, no âmbito dos direitos 
fundamentais. A grande inovação do modelo constitucional de 1988 em relação 
ao direito à educação decorre de seu caráter democrático, especialmente pela 
preocupação em prever instrumentos voltados para sua efetividade. 
Portanto, o direito à educação constitui-se como uma política pública que 
é dever do Estado e das famílias, devendo ser promovida e incentivada com a 
colaboração da sociedade, conforme preceitua o Artigo 205 da Constituição 
Federal de 1988: 
[...] a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida 
e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvi-
mento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação 
para o trabalho (BRASIL, 1988, documento on-line).
O texto Constitucional estabelece inclusive os princípios que baseiam o ensino. É o 
que prevê o artigo 206: 
O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade 
de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de 
aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; 
O campo da política educacional2
Torna-se impossível pensar na política educacional sem compreender todo 
o processo de formação da mesma como uma política pública. A Constituição 
Federal emerge, de fato, como um marco para tal criação. Nesse aspecto, Do-
rigon e Simão (2017) reforçam, ainda, que é importante mencionar a existência 
de outros dois instrumentos normativos que regulamentam e complementam 
o direito à educação:
 � O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA — Lei n. 8.069/1990): 
preconiza, no artigo 4º, que é dever da família, da comunidade, da so-
ciedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, 
a efetivação do direito à educação (BRASIL, 1990). E, no artigo 53, o 
Estatuto dispõe que a educação é direito de toda criança e adolescente:
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno 
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e 
qualificação para o trabalho, assegurando-se lhes: I - igualdade de condições 
para o acesso e permanência na escola; II - direito de ser respeitado por seus 
educadores; III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer 
às instâncias escolares superiores; IV - direito de organização e participação 
em entidades estudantis; V - acesso à escola pública e gratuita próxima de 
sua residência. Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência 
do processo pedagógico, bem como, participar da definição das propostas 
educacionais (BRASIL, 1990, documento on-line). 
 � A Lei nº 9.394/1996: estabelece as diretrizesda educação nacional 
(LDB) e, no artigo 1º, trata sobre o desenvolvimento da educação: 
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência 
de instituições públicas e privadas de ensino; IV - gratuidade do ensino 
público em estabelecimentos oficiais; V - valorização dos profissionais 
da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com 
ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos 
das redes públicas; VI - gestão democrática do ensino público, na forma 
da lei; VII - garantia de padrão de qualidade. VIII - piso salarial profissional 
nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos 
de lei federal. Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de traba-
lhadores considerados profissionais da educação básica e sobre a fixação 
de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de carreira, 
no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
(BRASIL, 1988, documento on-line). 
3O campo da política educacional
Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na 
vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino 
e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas 
manifestações culturais. § 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se 
desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias. 
§ 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática 
social. A LDB reconhece o direito à educação básica como direito público 
subjetivo, o que facilita a busca por sua exigência e concretização, vejamos 
o que dispõe o seu artigo 5ª, in verbis: Art. 5º O acesso à educação básica 
obrigatória é direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de 
cidadãos, associação comunitária, 8 organização sindical, entidade de classe 
ou outra legalmente constituída e, ainda, o Ministério Público, acionar o poder 
público para exigi-lo (BRASIL, 1996, documento on-line).
O direito fundamental à educação, que se tornou uma política pública, 
deve ser garantido a todas as crianças e adolescentes, de forma a respeitar as 
características e atender às necessidades de cada ser humano. 
O planejamento, a criação e a execução dessas políticas é feito em um 
trabalho conjunto dos três poderes que formam o Estado: Legislativo, Exe-
cutivo e Judiciário.
O Poder Legislativo e/ou o Executivo podem propor políticas públicas. 
O Legislativo cria as leis referentes a uma determinada política pública e o 
Executivo é o responsável pelo planejamento de ação e pela aplicação da me-
dida. Já o Judiciário faz o controle da lei criada e confirma se ela é adequada 
para cumprir o objetivo.
Nessa perspectiva, vale lembrar ainda que a sociedade civil pode — e 
deve — participar da elaboração de políticas públicas. Existem alguns me-
canismos de participação da sociedade civil organizada que fizeram surgir 
importantes políticas públicas. Neste contexto, Silva (1990) aponta que nenhum 
movimento expressa tão bem essa dupla face da interação entre o Estado e 
a sociedade civil como o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra, na sua 
relação de aproximação e distanciamento do Estado. Importantes organizações 
da sociedade civil seguem a mesma lógica, tal como temos presenciado em 
relação aos negros e quilombola, aos movimentos LGBTs e outros mais. Só 
é possível entender essa lógica a partir da perspectiva de uma sociedade civil 
pluralista que se entende como independente dos partidos. 
Portanto, nesse mesmo viés de conquistas pela sociedade civil, conceber uma 
política educacional tipificada como política pública é assumir a urgência em 
pensar uma educação de qualidade, que, para Dorigon e Simão (2017), deve ser 
O campo da política educacional4
entendida como um direito humano essencial, de modo que o governo brasileiro 
tem o compromisso de promovê-lo a todos e todas. Conforme Cruz (2013, p. 20), 
“[...] a universalização do ensino fundamental, a ampliação da educação infantil, 
do ensino médio, da educação superior e a melhoria da qualidade em todos esses 
níveis e nas diversas modalidades de ensino [...]” devem ser tarefas prioritárias. 
Cury (2007) ressalta, ainda, que muitas são as disputas que ocorrem durante 
o processo de elaboração de políticas. Não há consenso a priori e nem sempre 
se consegue construí-lo no decorrer da elaboração de diretrizes e ações. Muitas 
vezes, o grupo mais articulado é aquele que tem seu ponto de vista garantido 
nas políticas. Ou, por vezes, as políticas parecem uma “colcha de retalhos”, 
na tentativa de agradar ao maior número de posicionamentos políticos quanto 
ao tema em questão. Existem pontos de vista contraditórios e eles entram em 
debate quando se está definindo políticas. São exemplos: a discussão sobre a 
carga horária de trabalho do professor; os recursos para a merenda escolar; a 
discussão sobre temas “polêmicos”, como sexualidade e religião. 
O autor reforça, ainda, que:
A educação escolar é um bem público de caráter próprio por implicar a ci-
dadania e seu exercício consciente, por qualificar para o mundo do trabalho, 
por ser gratuita e obrigatória no ensino fundamental, por ser gratuita e pro-
gressivamente obrigatória no ensino médio, por ser também dever do Estado 
na educação infantil. Portanto, compreende-se essa educação como uma 
dimensão da cidadania e tal princípio é indispensável para a participação de 
todos nos espaços sociais e políticos e para integração qualificada no mundo 
profissional do trabalho (CURY, 2007, p. 2).
A política educacional estabelecida como política pública possibilita que 
a educação se fortaleça como um caminho para que todos conheçam seus 
direitos e deveres e contribui para o desenvolvimento de valores, conforme 
aponta o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (BRASIL, 2007). 
Enfim, a educação deve ser: 
[...] compreendida como um direito em si mesmo e um meio indispensável para 
o acesso a outros direitos. A educação ganha, portanto, mais importância quan-
do direcionada ao pleno desenvolvimento humano e às suas potencialidades, 
valorizando o respeito aos grupos socialmente excluídos. Essa concepção de 
educação busca efetivar a cidadania plena para a construção de conhecimentos, 
o desenvolvimento de valores, atitudes e comportamentos, além da defesa 
socioambiental e da justiça social (BRASIL, 2007, p. 25). 
5O campo da política educacional
Você sabia que o conjunto de etapas pelas quais uma política pública passa, até que 
seja colocada em prática, é chamado de ciclo de políticas públicas? Conheça cada 
uma dessas fases: 
 � Identificação do problema: fase de reconhecimento de situações ou problemas 
que precisam de uma solução ou melhora.
 � Formação da agenda: definição pelo governo de quais questões têm mais im-
portância social ou urgência para serem tratadas.
 � Formulação de alternativas: fase de estudo, avaliação e escolha das medidas que 
podem ser úteis ou eficazes para ajudar na solução dos problemas.
 � Tomada de decisão: etapa em que são definidas quais ações serão executadas. 
São levadas em conta análises técnicas e políticas sobre as consequências e a 
viabilidade das medidas.
 � Implementação: momento de ação. É quando as políticas públicas são coloca-
das em prática pelos governos.
 � Avaliação: depois que a medida é colocada em prática, é preciso que se ava-
lie a eficiência dos resultados alcançados e os ajustes e melhorias que podem ser 
necessários.
 � Extinção: é possível que depois de um período, a política pública deixe de exis-
tir. Isso pode acontecer se o problema que deu origem a ela deixou de existir, se 
as ações não foram eficazes para a solução ou se o problema perdeu importância 
diante de outras necessidades mais relevantes, ainda que não tenha sido resolvido. 
Fonte: Lenzi (c2018). 
A contribuição do campo da política 
educacional para o campo da educação
A política educacional é influente no sistema escolar brasileiro, sendo respon-sável por sua organização e funcionamento. Isso quer dizer que o sucesso ou 
fracasso da instituição escolar depende dos regulamentos dessa política. De 
acordo com Azevedo (2004), pode-se definir a política educacional como um 
programa de ações produzidas no âmbito das relações de poder expressas na 
política (dominação) e, portanto, no âmbito das relações sociais que modelam 
as desigualdades e exclusões que se configuram na sociedade e no seu objeto. 
As políticas educacionais estão inseridas no contexto das políticas públicas e 
também compõem ligação com a gestão da educação. 
A política educacional interfere no cotidiano da comunidade escolar, tendo 
como finalidade o sucesso escolar de seu grupo e, também, a promoção de 
O campo da política educacional6
um ambiente adequado para a construção reflexiva e significativa do saber, 
de forma conjunta com a sociedade.
Neste aspecto, a política educacional contribui com a educação, visando uma 
gestão democrática pela participação efetiva da comunidade nas discussões, 
sugestões e decisões de interesse educacional. A partir das regulações da 
política educacional, pode-se almejar uma educação democrática, na qual as 
decisões são descentralizadas e não dependem apenas das determinações dos 
gestores. Nesse contexto, a principal função de um gestor escolar é promover 
o atendimento às necessidades educacionais de sua comunidade. 
Cury (2007) afirma que, atualmente, as políticas educacionais são direcio-
nadas a uma gestão democrática, pois obedecem à Constituição Federal 1988 
e à LDB. Entretanto, conforme os movimentos políticos do país, essas legis-
lações podem ser modificadas e, a partir disso, podem mudar as orientações 
das políticas educacionais. Nessa perspectiva de movimentos, de mudanças 
e de transformações, é preciso perceber que não há garantia de continuidade 
das políticas ao longo do tempo, pois estas estão em constante movimento, 
respondendo a interesses e demandas. A gestão democrática, portanto, é retrato 
de um período político de abertura, precisando ser sempre garantida e reforçada.
Outros aspectos que denotam as contribuições da Política Educacional atual 
para a educação:
 � garante os direitos dos professores e também assegura os direitos dos alunos;
 � fornece respaldo para políticas de acesso a programas e atividades que melhoram 
o dia a dia da escola; 
 � assegura a merenda escolar;
 � possibilita a existência de um conselho escolar;
 � enfatiza e reafirma a importância da gestão democrática (reuniões, encontros, 
eleições, etc.);
 � assegura o direito de todos à educação, normatizando a acessibilidade, a necessi-
dade de professores-apoio, as adequações pedagógicas, entre outras garantias a 
pessoas portadoras de necessidades especiais;
 � permite e reforça a importância da formação continuada e do aperfeiçoamento 
dos professores;
 � estabelece a elaboração do currículo escolar a partir da Base Nacional Comum 
Curricular (BNCC). Há uma normatização clara quanto ao currículo, apesar de ainda 
estar garantida a pluralidade pedagógica. O currículo escolar deve ser formulado 
com o intuito principal de atender às necessidades básicas dos alunos. A decisão 
de reformulação deve ser tomada de forma linear e não hierárquica.
7O campo da política educacional
Na busca por denotar alguns dos documentos que foram elementares à 
produção das políticas educacionais de nosso país, faz-se presente e ainda atual 
às dificuldades educacionais do Brasil o Manifesto dos Pioneiros da Educação 
Nova, de 1932, marco na definição de prioridades e metas educacionais que 
necessitavam ser efetivadas (AZEVEDO et al., 2010). O documento, como o 
próprio título aponta, foi o pioneiro e notável instrumento de regulamentação 
da situação educacional brasileira, não funcionando apenas como um alerta 
à sociedade, mas também como inspiração ao surgimento das leis que regem 
a nossa educação.
Principal fonte de implementação da educação nacional e das políticas que 
assim as definem é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) 
(BRASIL, 1996), que no avanço dos anos foi reformulada até a versão atual, 
datada de 1996 e que sofreu alterações de acordo com os governos.
O Brasil possui, até o presente momento, três Leis de Diretrizes e Bases 
da Educação Nacional (LDB): 
 � Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961: fixa as diretrizes e bases da 
educação nacional.
 � Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971: fixa diretrizes e bases para o 
ensino de 1º e 2º graus, e dá outras providências.
 � Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996: estabelece as diretrizes e 
bases da educação nacional.
Enfim, observa-se que a Política Educacional em muito contribuiu e con-
tribui para o cenário da educação brasileira, de modo a promover a demo-
cracia, assegurar direitos, propor deveres e diversos outros aspectos que vão 
transformando e possibilitando uma educação significativa e para todos(as).
Acesse o link ou código a seguir para compreender melhor 
e aprofundar seus conhecimentos sobre o Manifesto dos 
Pioneiros da Educação Nova de 1932 a partir de um artigo 
científico.
https://goo.gl/d8GyRt
O campo da política educacional8
A partir da Política Educacional Pró-letramento (BRASIL, c2018), que é um programa de 
formação continuada de professores para a melhoria da qualidade de aprendizagem 
da leitura, da escrita e da matemática nos anos e séries iniciais do ensino fundamental, 
se prevê a formação continuada de professores e o incentivo à construção de aulas 
mais significativas e com maior qualidade.
As potências e os desafios do 
campo da política educacional
Diante do cenário atual, um dos desafios colocados à política educacional é 
instituir uma nova ordem de compreensão sobre a educação e o currículo, de 
modo que os conteúdos não se esgotem e não se desdobrem de maneira linear e 
inflexível, sendo colocados frente a um processo dialógico instigado por novas 
temáticas. Desse modo, os objetos do conhecimento das diversas disciplinas 
devem apontar, a partir de suas especificidades, o rumo de uma ação crítica 
e reflexiva a respeito das realidades colocadas em questão. 
De acordo com Leão (2005), a política educacional contribui com a educação 
no quesito em que se direciona à melhoria da vida humana, considerando que 
esta é uma conquista gradual da cultura, do desenvolvimento crítico e do apro-
veitamento das potencialidades do ser humano. Por isso, a política educacional 
e requer o redimensionamento dos processos educativos. Nestes, residem as 
possibilidades de construção de uma sociedade humana menos desigual, em 
que o nível de inter-relações transcorra num sentido de horizontalidade, na 
qual grupos ou classes sociais não se sobreponham uns acima dos outros.
Vale ressaltar que tem sido no confronto cotidiano de pensar as novas 
possibilidades educativas, em detrimento às velhas práticas arraigadas, que 
emergem as possibilidades concretas de transformação. À política educacional 
é dada a complexa tarefa de reconstruir as lógicas educativas a partir das suas 
peculiaridades. É preciso que fiquemos atentos para o fato de que uma proposta 
pedagógica é um caminho, não um destino: é construída nesse caminhar e tem 
uma história que precisa ser contada; nasce de uma realidade que pergunta e 
é, também, a busca de uma resposta. 
9O campo da política educacional
De acordo com Oliveira (2000, p. 8):
Toda proposta é situada, traz consigo o lugar de onde fala e a gama de valores 
que a constitui; traz também as dificuldades que enfrenta, os problemas que 
precisam ser superados e a direção que a orienta. E essa sua fala é a fala de 
um desejo, de uma vontade eminentemente política, como no caso do Projeto 
Escola Cabana e, por ser social e humana, não é nunca uma fala acabada, não 
tem condições de apontar “o” lugar, “a” resposta, pois se traz “a” resposta já 
não é uma pergunta. E esse enorme desafio direcionado à Política Educacional, 
pode também, revelar sua força e sua potência transformadora para a educação.Nunes (2014), ao abordar as políticas educacionais para a formação de 
professores, apresenta algumas potencialidades e desafios.
Potencialidades:
 � A importância de organizações da sociedade civil na proposição de 
agendas para políticas educacionais. Exemplos: a Campanha Nacional 
pelo Direito à Educação, os Fóruns de Combate ao Abuso Sexual Infantil, 
os encontros da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em 
Educação (ANPEd), etc.
 � A importância da participação dos docentes em fóruns e conselhos 
abertos à sociedade civil. Exemplos: encontros municipais e regionais 
sobre evasão escolar, campanhas de prevenção às drogas na escola, 
estudos sobre a adolescência, etc.
 � A importância da participação coletiva dos educadores nesses espaços 
de construção ou fiscalização das políticas. Exemplos: os grupos de 
pesquisa, a construção de material didático (livros, textos, artigos, 
projetos, etc.).
 � A eficácia de políticas intersetoriais, que olham para o problema a ser 
enfrentado com uma riqueza de pontos de vista.
Desafios:
 ■ O atual contexto político brasileiro de descrédito na política e o 
consequente esvaziamento dos espaços públicos de participação.
 ■ Os cortes nas políticas de financiamento à educação brasileira por 
parte do governo.
O campo da política educacional10
Um dos exemplos está no que diz Parente (2018), quando reforça que o veto 
de R$ 1,5 bilhão para o orçamento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento 
da Educação Básica e de Valorização dos profissionais da Educação (Fundeb) 
é uma confirmação de que o governo brasileiro ainda encontra dificuldade 
para compreender que a educação do país necessita ser prioridade máxima. 
Parente (2018) afirma, ainda, que os recursos do Fundeb são destinados 
aos estados, ao Distrito Federal e a municípios que oferecem educação básica. 
O Fundeb é indispensável para garantir as ações dos governos para os alunos 
dos níveis infantil, fundamental e médio; para a educação especial de jovens 
e adultos; para o ensino profissional integrado; e para estudantes das escolas 
localizadas nas zonas urbanas e rurais.
As políticas educacionais devem ser abrangentes e minuciosas, isto é:
[…] não só devem garantir o acesso no sentido de ter escolas, salas de aula 
e carteiras suficientes e adequadas à quantidade de alunos em cada região, 
como também deve garantir a educação aos jovens que não podem se loco-
mover até a escola, estejam eles em casa, hospitais, clínicas de recuperação 
de uso de drogas e centros de detenção, bem como fornecer uma educação 
e um ambiente escolar inclusivo para os jovens com necessidades especiais 
(10 ASPECTOS..., 2017, documento on-line). 
Esses aspectos configuram, também, desafios à política educacional.
Pensando os desafios da política educacional no 
contexto escolar
Barros (2017) reforça que a política educacional do Brasil emerge em um 
contexto atravessado por diferentes questões, desde a crise econômica e a 
instabilidade política, até as questões relacionadas aos enormes déficits sociais. 
Diante desse cenário, torna-se complexo pensar em ações para uma educação de 
qualidade, visto que não há como propor algo que seja indiferente a isso tudo.
Para Barros (2017), é preciso considerar que, no contexto escolar, o pro-
fessor necessita criar ações respeitando a política educacional brasileira, ou 
seja, respeitar as decisões do poder público com relação à educação. Assim, 
poderá propor:
 � projetos de parceria com outras instituições de ensino, para promover 
diálogos entre os profissionais e intercâmbios entre os alunos;
 � ações de parceria com outras políticas públicas (Conselho Tutelar, 
Assistência Social, etc.) para apoio no acompanhamento dos alunos;
11O campo da política educacional
 � atividades que envolvam a comunidade em geral para que esta se sinta 
pertencente e responsável pela instituição;
 � planos estratégicos de observação e acompanhamento individual dos 
alunos, visto que, muitas vezes, o aluno deixa a escola para trabalhar;
 � ações contínuas e conscientizadoras de combate ao uso excessivo de 
álcool, contra as drogas e de valorização da educação e da vida. 
Uma vez garantido o acesso de todos os jovens a uma escola, é esperado 
que esse estabelecimento promova um ensino de qualidade, o que envolve 
diferentes ações. É preciso uma boa estrutura e um bom currículo, sendo 
este assegurado pela política educacional. Quanto à estrutura, temos que são 
essenciais livros, carteiras, lousa, giz, acesso à internet e outros equipamentos 
que o professor e o aluno precisam para o desenvolvimento de atividades. 
Também são essenciais um número adequado de professores, um bom currículo 
e aulas bem planejadas. Toda política de promoção do engajamento escolar 
requer ações voltadas à melhoria contínua e significativa da efetividade dos 
serviços oferecidos nas escolas, o que envolve professores bem treinados e 
metodologias de ensino eficazes.
Barros (2017) aponta, ainda, que um aspecto a ser considerado é o seguinte: 
o Brasil ainda é um país pobre. Ainda existem jovens que abandonam as 
atividades escolares por questões ligadas à vulnerabilidade social de suas 
famílias. Não há como esperar que o jovem vá para a escola e aprenda estando 
subnutrido ou afetado por outras mazelas da pobreza extrema. Por isso, políticas 
de promoção ao engajamento escolar devem estar integradas às iniciativas de 
combate à miséria, de assistência social e de atenção básica de saúde, o que 
demanda muito trabalho. Secretarias municipais e estaduais e Ministério da 
Educação não vão vencer os problemas atuando sozinhos, sem planejar e atuar 
junto às pastas de Direitos Humanos, Assistência Social, Segurança Pública e 
Desenvolvimento. Com esses órgãos atuando juntos, o Brasil poderá se tornar 
uma potência transformadora em educação. 
Enfim, mesmo com as transformações que tem ocorrido na educação, 
promovidas pela política educacional, faz-se necessário um olhar que pres-
supõe (re)pensar, positivamente, o que é a escola: qual seu papel? Qual sua 
finalidade? Isso poderia ajudar a diferenciar qual a função da educação frente 
aos problemas sociais que atingem a escola, o que é que a distingue e qual sua 
especificidade dentro da sociedade. Talvez seja preciso, inclusive, repensar a 
fragmentação no(s) currículo(s) e nas políticas educativas. 
Os desafios emergem a cada nova situação e, nessa perspectiva, a escola 
pertence à educação formal, ou seja, cabe a ela um papel social específico. 
O campo da política educacional12
Não há dúvidas quanto aos avanços alcançados pela educação brasileira na 
atualidade; todavia, muitos são os desafios que seguem em aberto no campo 
da política educacional para a concretização de uma educação com qualidade 
e equidade para todos os brasileiros. 
10 ASPECTOS que as políticas educacionais devem considerar. 2017. Disponível em: <ht-
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13O campo da política educacional
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O campo da política educacional14
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
Uma vez garantido o acesso de todos os jovens a uma escola, é esperado que esta promova um 
ensino de qualidade, envolvendo diferentes ações. Para isso, uma boa estrutura e um bom 
currículo são necessários, elementos estes assegurados pela Política Educacional.
Nesta Dica do Professor, você vai conhecer um pouco mais sobre o percurso histórico da 
Política Educacional brasileira, bem como refletir sobre os desafios referentes a ela para a 
Educação na atualidade.
Veja, a seguir.
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EXERCÍCIOS
1) Visa a assegurar determinado direito de cidadania para vários grupos da sociedade 
ou para determinado segmento social, cultural, étnico ou econômico. Configura-se 
como ações e decisões tomadas pelos governos (nacionais, estaduais ou 
municipais) com a participação, direta ou indireta, de entes públicos ou privados. 
Essa descrição se refere ao conceito de:
A) política educacional.
B) política pública.
C) educação. 
D) direito. 
E) Constituição Federal. 
2) A Política Educacional em muito contribui para o cenário da educação brasileira, de 
modo a promover a democracia, assegurar direitos, propor deveres e diversos outros 
aspectos que vão transformando e possibilitando uma educação significativa e para 
todos. Sabendo disso, aponte qual é o principal documento da Política Educacional 
brasileira.
A) Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA.
B) Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos. 
C) Currículo Escolar. 
D) Plano Político-Pedagógico - PPP.
E) Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB 9.394/96.
3) O conjunto de etapas pelas quais uma política pública passa até que seja colocada em 
prática é chamado de ciclo de políticas públicas. Dessa maneira, a definição pelo 
governo de quais questões têm mais importância social ou urgência para serem 
tratadas é reconhecida como:
A) formulação de alternativas.
B) identificação do problema. 
C) formação da agenda.
D) tomada de decisão. 
E) implementação. 
4) A partir das regulações da Política Educacional, pode-se almejar uma educação 
baseada na gestão democrática, pois, nesse contexto, a principal função de um gestor 
escolar é promover o atendimento às necessidades educacionais de sua comunidade. 
Nessa perscpectiva, compreende-se como gestão democrática:
A) a melhoria da qualidade em todos os níveis e nas diversas modalidades de ensino.
B) o desenvolvimento de valores, atitudes e comportamentos.
C) o respeito aos grupos socialmente excluídos.
D) o fato de que as decisões sejam descentralizadas e não dependam apenas das 
determinações dos gestores. 
E) o desenvolvimento das ações, fazendo valer as legislações referentes aos processos 
educativos.
5) Quando se fala em Política Educacional, é preciso considerar, também, as políticas de 
financiamento à educação brasileira por parte do governo. Nessa perspectiva, vale 
ressaltar que os recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação 
Básica (FUNDEB) tornam-se indispensáveis para garantir as ações dos governos com 
os alunos. Portanto, os recursos do FUNDEB são destinados para onde?
A) Para estados, Distrito Federal e municípios que oferecem educação básica pública.
B) Para estados e municípios que oferecem educação básica pública e privada.
C) Para estados, Distrito Federal e municípios que oferecem educação básica pública e 
privada. 
D) Para municípios que oferecem educação básica pública e para ONGs. 
E) Para estados, Distrito Federal e municípios que oferecem educação básica pública e 
privada e, ainda, para ONGs.
NA PRÁTICA
A Política Educacional é influente no sistema escolar brasileiro e responsável pela organização e 
pelo funcionamento deste. Ou seja, o sucesso ou o fracasso da instituição escolar é dependente 
dos regulamentos dessa política, que está configurada como uma política pública.
Na Prática, veja a forma como a Política Educacional pode contribuir com a educação escolar. 
Nessa mesma perspectiva, conheça os seus desafios para os dias atuais. 
Acompanhe.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
PolíticasPúblicas de Educação
Este vídeo apresenta uma entrevista com Maria do Pilar Lacerda, que foi Secretaria de Educação 
Básica do MEC. Veja a discussão de algumas metas ambiciosas traçadas pelo governo para a 
política de Educação no País.
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Política Educacional: FUNDEF X FUNDEB
No vídeo a seguir, veja as características que demarcam as políticas educacionais do FUNDEF e 
do FUNDEB.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Estado, Política Educacional e direito à educação no Brasil
No artigo indicado, leia sobre as relações entre os problemas de acesso, de permanência e de 
qualidade da educação frente à configuração histórica do Estado brasileiro e, consequentemente, 
da política educacional que foi traçada a partir dessa configuração.
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Política Educacional brasileira: limites e perspectivas
Este artigo traz uma discussão acerca dos limites da Política Educacional brasileira, de modo a 
pensar alguns atravessadores e as perspectivas surgidas a partir daí.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!

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