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Radiologia: Ciência e Inovação Médica

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Radiologia como ciência e inovação
A radiologia é uma especialidade da área da medicina, que realiza diagnósticos para controle e tratamento de doenças. É uma ciência que usa a radiação (energia brilhante) capaz de visualizar estruturas do corpo como: ossos, órgãos, cartilagens, tendões, dentre outras que diagnostica e dimensiona fraturas de ossos, lesões musculares, tumores e doenças neurológicas. As radiações podem ser do tipo: sonoras, eletromagnéticas ou corpusculares que formam imagens. O campo da radiologia se divide em duas áreas: diagnóstica e radiologia interventional. 
O resultado de uma imagem radiológica não confere apenas na boa execução técnica. O especialista deve se guiar por informações relevantes da imagem para avaliar e apoiar um diagnóstico exato. A tomografia computadorizada, a mamografia, a ultrassonografia e a ressonância magnética foram implantadas recentemente como métodos mais precisos de diagnóstico que assim diagnosticam com mais precisão e maior tecnologia (antigamente algumas patologias não eram descobertas ou que precisavam ser investigadas de forma invasiva, através de procedimentos cirúrgicos, devido à dificuldade de formação e visualização da imagem, atualmente conseguem maior fidelidade com os exames de imagem), dando assim maior apoio ao profissional fornecendo maior detalhamento e precisão. 
As principais vantagens das radiografias convencionais são baixos custos e o fato de poder obtê-las virtualmente em qualquer lugar e a possibilidade de usar máquinas móveis e portáteis para populações com difícil acesso as unidades de saúde, levando assim a condição de populações de periferias o acesso aos exames, exemplo a mamografia. A grande desvantagem e a limitação de radiação ionizante presente nesses equipamentos.
A origem da radiologia
O físico e engenheiro mecânico alemão Wilhelm Conrad Röntgen, em Würzburg observou uma tela pintada com um material fluorescente que irradiava catodos opacos (câmera da gama ou o varredor da emissão de positrão) e que após energizados começavam a brilhar, raios desconhecidos ao qual chamou de Raios X. O contraste da radiação ionizante com uma parte de filme forma imagens radiográficas (sem a necessidade de utilização de materiais de contraste como o bário ou o iodo). A luz é então golpeada em uma superfície fotossensível e produz uma imagem latente que será processada para que se forme a imagem. Pela sua descoberta Röntgen, ganhou o primeiro prémio Nobel na física. Até 1904 não se discutia sobre efeitos colaterais ou nocivos causados pelo raio x até que aconteceu a morte de Clarence Dally assistente de Thomas Edison que fabricava e testava raio x. 
Roentgen ainda dizia que a radiação possuía algumas propriedades que ele descobriu: "Ela produzia luminescência em certos materiais fluorescentes, sensibilizava chapas fotográficas, mas em si era invisível ao olho humano, não parecia sofrer refração, nem reflexão, nem polarização. Não se tratava de luz (por ser invisível e atravessar grandes espessuras de madeira ou papel), não era igual aos raios catódicos (não sofria desvio com ímãs e tinha poder de penetração muito superior), nem aos raios ultravioleta ou infravermelho (pelo seu poder de penetração)". 
Atualmente tem-se o conhecimento que os raios-x são radiações eletromagnéticas de alta energia oriundas de transições eletrônicas de níveis e subníveis mais internos no átomo e possuem alta energia e são radiações ionizantes, podem ser: por interações nucleares ou por freamento.
Aplicações do RAIO-X
Cerca de 2 anos após os trabalhos de Roentgen aplicou-se a visualização das estruturas ósseas com o raio-x, pois permitiam a aplicação da fotografia para fins médicos e clínicos e a localização de corpos estranhos que facilitavam as cirurgias de retirada. As primeiras radiografias foram feitas em um hospital de Birmingham (Inglaterra) em fevereiro de 1896 e a sua interpretação exigia treinamento do médico ou operador.
Além da importância na realização de exames clínicos, a radiação também foi importante para o tratamento terapêutico de tumores malignos, sem necessidade do uso de cirurgias. Na sequência para melhorar a visualização e exploração de órgãos introduziu-se a técnica de contraste, que consistia na ingestão de substâncias radiopacas, que praticamente não absorviam a radiação. Inicialmente foi usado o sulfato de bário, que se revelou desastroso, devido a toxicidade ao corpo humano com possibilidade de liberação de H2S no suco gástrico. Seu uso clínico não foi positivo devido a tendência de sedimentação, o que comprometia a qualidade da imagem e ao risco de constipação intestinal. Posteriormente outro tipo de contraste foi utilizado o dióxido de tório coloidal que produzia imagens mais nítidas e consistentes, e diminuía a chance de constipação intestinal, esse composto também não teve bons resultados, levando ao aparecimento de canceres com muita incidência, pois se acumula no fígado e na medula óssea.
Tipos de radiografia
Ressonância magnética: é um dos métodos mais completos de diagnóstico por imagem é possível produzir imagens bidimensionais e tridimensionais para o estudo de diversas partes do corpo. É indolor, não invasivo e não usa radiação ionizante, usa energia potencial armazenada nos átomos de hidrogênio do corpo. 
Tomografia computadorizada: é o método mais engenhoso da radiologia, porque permite examinar grandes extensões do corpo de forma rápida e confortável para o paciente. Há formação de imagens 3D (bidimensionais em todas as posições possíveis e tridimensionais sofisticadas) de alta resolução possibilitando a avaliação de forma detalhada qualquer região do corpo em todos os planos. 
Mamografia: exame fundamental para o diagnóstico precoce do câncer de mama, é possível detectar lesões, tumores e inflamações da mama e diferenciar os tipos. 
Ultrassom ou ecografia: é a tecnologia mais barata e a mais inofensiva na radiologia, razão pela qual é muito usada. Para a observação de órgãos, tecidos e do feto as imagens são formadas por meio de ondas sonoras (energia acústica acima da frequência audível) emitidas pelo aparelho em tempo real. O exame ainda é útil para analisar intervenções como biopsias e terapias invasivas. A principal vantagem do método é ausência de radiação ionizante.
Densitometria óssea: é indicado para a avaliação de densidade mineral óssea e predição de risco de fraturas, sendo fundamental instrumento para o combate à osteoporose.
Raio-X digital: através dos raios X que atravessam o corpo do paciente são geradas imagens pelo computador que permitem avaliar as estruturas dos tecidos internos, principalmente dos ossos e pulmões.
Fluoroscopia: usado para avaliação das partes do corpo, do fluxo administrado do contraste e das mudanças do posicionamento dos ossos e das junções através de raios X que permitem a visualização em tempo real. A desvantagem desse método são as altas taxas de radiação comparadas a radiografia tradicional.
Os impactos da radiação Raio-X na saúde humana
Ao longo da história da radiologia foram questionados e descobertos efeitos e consequências advindas da radiação utilizada nesses exames, depende da dosagem e frequência usada essa radiação poderia se tornar nociva à saúde humana. Devido a essa preocupação no ano de 1925 ocorreu o primeiro congresso mundial de radiologia na cidade de Londres para junto a uma comissão elaborar uma proposta de medida e de uma unidade para a radiação a nível internacional, afim de chegar ao uso seguro e a proteção da população, coincidentemente no mesmo ano foi fundada a Sociedade Internacional de Radiologia. Em 1936 foi fixada a dose de 0,1 R por dia, como tolerável. Em 1956 a dose total por ano foi limitada a 5R. Em 1975 o sistema internacional de medida adotou unidades relativas à radiação e radioatividade.
Thomas Edison inventou um instrumento que permitia ver a radiografia numa tela fluorescente, sem necessidade de revelar filmes, o fluoroscópio. Isso acabou divulgando o raio-X para a população no geral, devido as facilidades de acesso e haviaaté mesmo o Vitascope que era usado como brinquedo nas casas, a tecnologia do raio-x era de certa forma usada como diversão, lojas começaram a usar a aparelhagem de raio-x como forma de publicidade para atrair clientes.
As pessoas se fascinavam com o fato de poder ver o interior do corpo humano, isso gerou uma venda desenfreada de fluoroscópios pelas ruas e comércios. Comerciantes que desejam demostrar o produto chegavam a se expor por horas a radiação, até então desconhecida e perigosa, sem nenhuma proteção e/ou experiência o resultado disso foram aparecimento de úlceras, abcessos, queimaduras graves que não cicatrizavam e levavam a cirurgias, amputações e até mesmo a morte por câncer. Em março de 1896 já se alertava sobre o perigo para os olhos. Nesse período os aparelhos emitiam doses muito altas de radiação desordenadamente. Além disso casos de morte ou invalidez mesmo gerando devido impacto eram tidos como apenas acidentes.
Considerações finais
A descoberta do raio-x foi de grande valia e de suma importância para o diagnóstico por imagem se tornar preciso e confiável, além de trazer novas condutas terapêuticas no tratamento de tumores malignos, porém sem os devidos cuidados, proteção ou se usado indevidamente ou para outros fins, a radiação pode ser algo extremamente nocivo. Para isso comissões, congressos e estudos visam pela seguridade desse método e buscam estabelecer padrões limites sobre a radiação e a radioatividade que esses equipamentos podem liberar.
Referências:
LIMA, Rodrigo da Silva. Raios-x: fascinação, medo e ciência. vol.32 no.1. ed. São Paulo: Quím. Nova, 2009. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422009000100044. Acesso em: 1 ago. 2020.
O QUE é radiologia e sua importância no diagnóstico médico. [S. l.]: Ecomax, 2020. Disponível em: https://ecomax-cdi.com.br/blog/o-que-e-radiologia-e-sua-importancia-no-diagnostico-medico/. Acesso em: 5 ago. 2020.
MEŠTROVIĆ, Tomislav. Que é radiologia?. [S. l.]: News Medical, 23 ago. 2018. Disponível em: https://www.news-medical.net/health/What-is-Radiology-(Portuguese).aspx. Acesso em: 12 ago. 2020.

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