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TCC - PRONTO - SUSTENTABILIDADE NA CADEIA DE SUPRIMENTOS: UMA REVISÃO DA LITERATURA

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SUSTENTABILIDADE NA CADEIA DE SUPRIMENTOS: UMA REVISÃO DA LITERATURA
Autor
José Márcio Lourenço da Silva –marciolourenco20@hotmail.com
Tecnólogo em Gestão em Logística – TGL/UPE – Universidade de Pernambuco 
Orientador
Helder Diniz – helder.lima@upe.br
Doutor em Engenharia de Produção - UFPE – Universidade Federal de Pernambuco
Resumo
O presente estudo realiza-se através de uma revisão teórico conceitual sobre a sustentabilidade na cadeia de suprimentos, na academia nacional e internacional. As constantes buscas pela sustentabilidade nas organizações como a adequação com as regulamentações têm feito com que as empresas agora tomem caminhos diferentes, e busquem o equilíbrio interno e externo de seus negócios. Dessa forma, o Triple Botton Line destaca-se como o principal ponto de partida para a pesquisa, já que remete ao histórico do desenvolvimento sustentável. A revisão teve como objetivo principal o estudo do tema, buscando destacar as principais dificuldades e vantagens da aplicabilidade do tripé da sustentabilidade nas cadeias de suprimentos. Como resultados, vemos que o tema apresenta constante crescimento em ambas as academias. A aplicabilidade e estudo do mesmo têm se diversificado e ampliado as áreas de aplicações, assim como a cooperação entre os fornecedores, que é mencionada como crucial para tal objetivo. O estudo ainda apresenta o periódico Multidisciplinary Digital Publishing Institute - MDPI como o periódico que mais realiza publicações com o tema da pesquisa.
Palavras-chave: Sustentabilidade. Cadeia de Suprimentos. Triple Bottom Line
1. INTRODUÇÃO
Para a ONU (1972), o contexto com respeito ao momento em que a população mundial vivia já merecia ser notado, onde o cuidado sobre as questões ambientais deveria ter uma atenção com âmbito global, onde as práticas e a maneira de pensar já precisavam ser revisadas, assim como alguns de nossos valores, do contrário, os danos causados com a degradação do meio ambiente chegariam a tais níveis onde seríamos seriamente prejudicados, afetando ainda, o bem estar das gerações futuras.
De acordo com Valle (2012, p.1).
No passado, a economia tradicional tratava o meio ambiente e os recursos naturais como inesgotáveis ou inalteráveis pelas atividades econômicas. Porém, isto tem mudado, principalmente a partir da Rio – 92. No Brasil, por exemplo, os debates sobre as questões ambientais vêm ganhando força nas últimas décadas, assim como no mundo. Elas deixaram de serem temas considerados radicais ou marginalizados para entrar nas agendas das políticas públicas, empresas e sociedade civil. 
Nos dias atuais, a discussão sobre práticas sustentáveis, como a otimização dos processos em fazer mais com menos (BERGER, YOKOYAMA e RODRIGUEZ, 2018), a proteção dos recursos naturais contra a degradação do meio ambiente e a enorme quantidade de resíduos sólidos sem tratamento adequado lançados no planeta, tem gerado uma grande pressão sobre as corporações por parte dos stakeholders (APICS, 2016; BARBIERI, FILHO, et al., 2014) a qual segundo (ABREU, CASTRO e LAZARO, 2013)“induz as empresas a se comprometerem com ações proativas”.
Ainda conforme Abreu, Castro e Lazaro (2013), a denominação de pressão ambiental é a influência recebida de forças externas sobre as organizações, com o objetivo de melhorar e desenvolver a gestão ambiental da empresa seja de uma forma direta ou indireta, sempre tomando o direcionamento correto. As atitudes tomadas por partes das organizações são consideradas pela proatividade ambiental como resposta às pressões de todas as partes envolvidas, de maneira que tem como objetivo principal a minimização dos impactos ambientais, frutos de suas operações. Ainda assim, prosseguindo para avanços e atitudes que vão além das exigências das leis.
Atualmente constata-se que a visão do cidadão comum difere da visão dos executivos (MESQUITA, SOUZA e BARBOSA, 2018), o primeiro pensa diretamente em desenvolvimento de produto, qualidade, na solidez da empresa, no respeito e na confiança que a empresa deposita em seus consumidores. Já os executivos possuem uma visão mais abrangente, o conceito está associado, primeiramente, à responsabilidade social e à preservação do meio ambiente, mas também a uma boa gestão e a um bom aproveitamento dos recursos humanos, vemos assim, que eles dão pesos diferentes para o que consideram pilares da sustentabilidade (FEBRABAN, 2007). 
Assim, as empresas têm buscado também se adaptarem aos gostos e mudanças do consumidor contemporâneo. Entretanto, para atingir tais objetivos, estando conforme com as leis ambientais, faz-se necessário não somente uma mudança nas práticas de manufatura é preciso repensar de uma forma sistêmica (SEHNEM e OLIVEIRA, 2016; AZEVEDO, 2017), enxergar desde a origem da matéria prima até o produto final, traduzindo-se como o ciclo de vida total do produto e trazendo à tona a discussão da eficácia do gerenciamento da cadeia de suprimentos e a sua efetividade como cadeia sustentável (COSTA, SILVA, et al., 2017).
	Dessa forma vemos que, as organizações terão que ser responsáveis por gerenciar não somente os impactos ambientais, como também os impactos sociais e econômicos, Causados por sua manufatura, através de todos os elos envolvidos na cadeia de suprimentos. Isto vem acontecendo graças à percepção da comunidade, que observou que o monitoramento deve estar presente não somente no produto final, mas permeando por todos os envolvidos da cadeia, tornando as empresas responsáveis pelo desempenho sustentável de seus fornecedores (ROCHA, GOMES, et al., 2015). É importante mencionar que, práticas sustentáveis visando à conformidade com o tripé da sustentabilidade, que buscam uma economia viável, uma ecologia correta e uma sociedade justa (econômica, ambiental e social), trazem também outros ganhos para as organizações, já que segundo Valle (2012), a gestão do meio ambiente é indispensável para o desenvolvimento de uma organização, não precisando ser vista como algo problemático.
De acordo com Srivastava (2007), a aproximação da sustentabilidade na cadeia de suprimentos não está acontecendo unicamente por procedimento amigável ambientalmente, mas porque tem gerado bons negócios e alta lucratividade. Ganhos também como melhoria da capacidade produtiva, economia dos recursos, eliminação de desperdícios e diminuição da poluição, além do aumento da competitividade empresarial, são mencionados na teoria de Porter de 1995.
Diante desse contexto, o presente estudo tem como objetivo principal por meio de uma revisão bibliográfica, estudar a sustentabilidade na cadeia de suprimentos, já que é um tema recente, o estudo do mesmo poderá colaborar para a sua compreensão, ajudando assim as organizações. Pretende também analisar e destacar os principais dilemas e desafios da aplicabilidade do Triple Bottom Line, que de acordo com Alves e Silva (2017), é um conceito relacionado à sustentabilidade, que fornece uma estrutura para medir o desempenho e o sucesso da organização usando três linhas: econômica, social e ambiental, nos elos das cadeias produtivas e trazer as ideias mais discutidas pelos principais autores, obras, assim como a análise de possíveis soluções para o desafio de um tema tão discutido nestes últimos dias, as práticas sustentáveis nas empresas, especificamente em suas cadeias de suprimentos.
O presente estudo além da introdução, possui mais 4 seções: a seção 2 do artigo mostra uma breve discussão teórica sobre o tema; a seção 3 mostra a metodologia de pesquisa utilizada para a construção do artigo; na seção 4 uma análise conjunta dos resultados e por fim, a seção 5, que apresenta as principais conclusões obtidas através da revisão da literatura.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Desenvolvimento sustentável
	De acordo com Valle (2012), os anos 1970 foram as décadas onde surgiram as regulamentações e cuidado ambiental controlado. Supostamente devido à Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, a qual ocorrera em 1972, começaram a surgir por parte das nações, ações relevantes, como reestruturação de órgãosambientais e o estabelecimento de legislações, que tinham como objetivo o controle de poluentes no meio ambiente. Alguns países começaram até mesmo a considerar crime, as agressões à fauna e flora.
Na Comissão Mundial para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CMMAD) ou Comissão de (BRUNDTLAND, 1987), foi desenvolvido e apresentado o relatório intitulado “Our Common Future” ou Nosso Futuro Comum, o qual consta um apanhado de informações reunidas ao longo de três anos de estudo, e têm como destaque as questões sociais, como o uso da terra e seu manejo, suprimento da água, moradias e serviços ligados à educação e higiene, além da desordem e descontrole do crescimento urbano que precisava ser administrado. 
Neste documento está presente um dos conceitos mais difundidos de desenvolvimento sustentável que é: “o desenvolvimento sustentável é aquele que atende as necessidades do presente sem comprometer as possibilidades de as gerações futuras atenderem suas próprias necessidades”. Diversos autores já mencionaram este documento, (AZEVEDO, 2017; ALHADDI, 2015). Já para a 14ª edição do dicionário do (APICS, 2016), sustentabilidade são “atividades que fornecem benefícios presentes sem comprometer as necessidades das gerações futuras”. Entretanto, em um estudo recente o conselho afirma que às vezes, a ideia de sustentabilidade é expressa como “Cuide de si, cuide dos outros e cuide do planeta”.
Na década de 1980, a proteção ambiental, que era vista sob um prisma defensivo, estimulando apenas soluções corretivas baseadas no estrito cumprimento da legislação, começou a ser considerada pelos empresários como uma necessidade, pois reduz o desperdício de matérias-primas e assegura uma boa imagem para a organização que adere às propostas ambientalistas. O comportamento passivo, designado “comando-controle”, cede lugar às atitudes proativas e participativas. Surgiu, então, o conceito da ecoeficiência: produzir bens e serviços melhores reduzindo continuamente o uso de recursos e a geração de poluentes (VALLE, 2012).
As organizações da era atual de acordo com (CAIADO, QUELHAS, et al., 2018) estão inseridas em um contexto inovador, que as fazem atuar com mais ênfase na sustentabilidade. Assim, o pensamento Lean funciona como um sistema transformacional que operacionaliza o aprendizado organizacional, impulsionando a inovação. Pois, para (BERGER, YOKOYAMA e RODRIGUEZ, 2018) ainda há espaço para melhorias nas teorias referentes à gestão da cadeia de suprimentos enxuta, o que traria mais eficácia para a implantação de práticas sustentáveis. 
Atualmente nota-se uma preocupação crescente por parte das empresas e governos em tornar seus processos mais sustentáveis, por meio do uso mais consciente dos recursos naturais e do investimento em tecnologia, almejando mais eficiência. Preservar o meio ambiente e combater ao aquecimento global têm alavancado as buscas por fontes de energia renováveis e pela eficiência energética no campo empresarial (CAMARGO, et al., 2017).
A evolução sociodemográfica e as mudanças climáticas, segundo (GRUCHMANN, MELKONYAN e KRUMME, 2018), serão as principais causas que afetarão a prosperidade social, econômica e ecológica.
Por isso a gestão para a sustentabilidade possui como premissa a incorporação de aspectos econômicos, sociais e ambientais na estratégia e nas operações das organizações, representando um desafio emergente para as mesmas (CERETTA, CUNHA e ROCHA, 2015).
É notável o papel desenvolvido pela Organização das Nações Unidas, para o crescimento do conceito de desenvolvimento sustentável, e tornou-se tão eficaz quando se trata da postura que as empresas precisavam efetivar, pois a sustentabilidade tem ganhado destaque, devido à crescente conscientização da necessidade de melhoria nas condições ambientais, econômicas e sociais, de forma a aumentar qualidade de vida de toda a sociedade, preservando o meio ambiente, assim como ter organizações sustentáveis econômicas e indivíduos socialmente sustentáveis. Desta forma nota-se que a adoção de mecanismos sustentáveis tem sido estrategicamente pensada como uma forma de diferenciação de produtos e também para inserção em alguns mercados (AZEVEDO, 2017).
2.2 Triple Bottom Line - Tripé da Sustentabilidade
O triple bottom line é um conceito relacionado à sustentabilidade, que impulsionado pela mesma, fornece uma estrutura para medir o desempenho do negócio e o sucesso da organização usando três linhas: econômica, social e ambiental (ALVES e SILVA, 2017; SANTOS e BRANCO, 2015; CERETTA, CUNHA e ROCHA, 2015; MORAIS, 2018; WU, ZHANG e LU, 2018), entretanto, alguns fazem um mau uso desse conceito dando mais importância para um que para os outros, causado um desequilíbrio, o qual contradiz a essência do termo sustentável (ALHADDI, 2015).
Assim Rocha et al., 2015, afirma que o gerenciamento da sustentabilidade possui como premissa a incorporação de âmbitos econômicos, sociais e ambientais na estratégia e nas operações das organizações, representando um desafio emergente para as empresas. A adoção de uma gestão sustentável, que incorpore estes três aspectos, que constituem o Triple Bottom Line (PAZ e KIPPER, 2016), na estratégia e nas operações das organizações, considerando os impactos socioambientais relacionados à manufatura, cada vez mais representa um desafio e está associada com a obtenção de vantagem competitiva pelas organizações. De acordo com o (APICS 2016), cada dia mais se fala em sustentabilidade tripla (TBL), que de uma maneira simples seria dividido entre pessoas, planeta e lucro. Quanto à responsabilidade social corporativa, o mesmo alega que ela vai de encontro com as regulamentações governamentais e o pedido do cliente, pressionando assim, as organizações a considerarem como as ações em suas cadeias de suprimentos influenciam essas três áreas.
Diante de todo dilema envolvido, (LIMA e MORAES, 2018) mencionam que sustentabilidade deve ser um tema cada vez mais discutido entre pesquisadores, acadêmicos, formuladores de políticas e profissionais de diferentes áreas do mundo. Em uma pesquisa bibliográfica realizada por (JÚNIOR, OLEA, et al., 2016), em uma revista nacional, identificou-se uma preocupação e interesse na área da sustentabilidade, que objetiva a redução do consumo de recursos naturais e custos, concomitante à busca de competitividade e fortalecimento de seus três pilares.
Através de um framework que teve como proposta a sinergia entre as duas temáticas Lean e sustentabilidade, (CAIADO, QUELHAS, et al., 2018), comprovaram que esse mixer traz a inovação, a diminuição dos desperdícios e o desenvolvimento econômico, social e ambiental dos negócios. Além do mais, destaca o papel do empreendedorismo sustentável e social como ferramenta de transformação criativa e inovadora nas organizações.
Para Costa, Silva et al., (2017); Paz e Kipper (2016), as práticas das empresas não se limitam unicamente ao aspecto econômico, influenciam também, impactando nas condições do meio ambiente e na sociedade, pois, o mundo atualmente vive o dilema da sustentabilidade no qual o pensamento deve ser holístico, no que diz respeito às interações complexas entre o social, econômico e ambiental, cooperando entre si. Paz e Kipper ainda contribuem afirmando que a sustentabilidade nas organizações, promove a inovação de produtos e tecnologia, competitividade, e destaca que todas as partes interessadas “stakeholders”, precisam ser ouvidas, além de que, qualquer organização que não se dispõe a repensar suas práticas, está pondo em risco sua sobrevivência.
	Na visão de Sehnem, Oliveira (2016) e Valle (2012), a crescente mudança nas práticas produtivas das organizações, visando o desenvolvimento sustentável provém dos requisitos legais como, a Política Nacional de Resíduos Sólidos, pressão do mercado internacional e a busca por certificação ambiental (QUEIROZ, SARDEIRO e CARNEIRO, 2017).
	A visão do termo sustentabilidade, ou desenvolvimento sustentável torna-se bastante abrangente, dessa forma Costa, Silva et al., (2017), afirma que, quando se fala em sustentabilidade,geralmente os exemplos remetem às questões ambientais, pois esta é a que tem maior evidência, sobretudo porque uma ação danosa ao ambiente em uma determinada região pode trazer sérios impactos e afetar de várias formas outras localidades, mesmo que distante geograficamente. Entretanto, a sustentabilidade não deve ser presa somente sob o prisma ambiental, pois outros aspectos estão relacionados a ela, como por exemplo, a sustentabilidade nas organizações de forma econômica e social (MORAIS, 2018).
Lima e Moraes (2018) sustentam que a incorporação dos vieses da sustentabilidade no escopo da gestão da cadeia de suprimentos é cada vez mais reconhecida como um “componente chave” para que as organizações possam de fato tornar suas operações sustentáveis.
2.3 Cadeias de Suprimentos Sustentáveis
	Cadeias de suprimentos são críticas para a economia mundial e essenciais para a vida moderna. Elas estão em constantes mudanças, não são estáticas, mudam de forma, tamanho e configuração. Entender o seu ciclo de vida e como se dar a sua evolução, nos oferece novas perspectivas para o design e o gerenciamento da cadeia de suprimentos contemporânea (MACCARTHY, BLOME, et al., 2016).
	Uma cadeia de suprimentos integrada com tecnologia da informação (TI) traz a possibilidade de elaboração de relatórios de toda a cadeia, melhorando a transparência, a tomada de decisões e o controle de cadeias de suprimentos, além de ser útil na redução de custos administrativos (NAIK e SURESH, 2018). Assim como a tecnologia da informação, a percepção e participação do cliente também são essenciais, pois (KIM e LEE, 2018) alegam que as empresas adotem estratégias que melhorem a percepção dos clientes de sua gestão sustentável da cadeia de suprimentos e ofereçam aos clientes oportunidades adequadas de participação nas práticas de SSCM, pois tal ação trará ganhos conjuntos.
	Ainda se falando de clientes (THONG e WONG, 2018), apresentam que práticas como ouvir os clientes e atender às demandas do mercado deve sustentar a participação de mercado. Já que se tratando de sustentar o desempenho do TBL, as empresas e os fornecedores devem continuar atentos às práticas baseadas no mercado e no processo, uma vez que essas são ligadas aos resultados de desempenho.
	De acordo com (CAMARGO, ROSA, et al., 2017), a complexidade de se analisar operações ligadas à matéria prima, produtos intermediários e finais, traz a necessidade de se realizar o gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, pois dessa forma, o impacto ambiental torna-se menor, já que a maioria desses processos não é sustentável além de dispendiosos.
	O desenvolvimento estratégico da cadeia de suprimento tem mudado exigindo das empresas, a busca por algo mais do que apenas o seu papel econômico. Dessa maneira, é notável, a perspectiva da sustentabilidade e, com isso, o crescimento de aspectos sociais e ambientais nas atividades de uma empresa e de sua Supply Chain (ALVES e SILVA, 2017).
	Analisando o cenário atual da China, na hipótese de encontrar fatores que influenciam a gestão sustentável da cadeia de suprimentos do país, (WU, ZHANG e LU, 2018), sugerem que a prática da cadeia de suprimentos sustentável se baseia nas três dimensões do TBL, apontam que fatores que influenciam a cadeia de suprimentos sustentável incluem a cognição do gerenciamento interno, a pressão da indústria, a pressão do consumidor e a participação do governo.
	Uma cadeia de suprimento sustentável de alimentos quando se analisa considerações ambientais, tecnológicas, de mercado, regulatórias e socioeconômicas só se desenvolve quando as partes interessadas na indústria de alimentos trabalharem juntas nas suas fronteiras organizacionais. Combater a perda de alimentos e o desperdício de alimentos é um bom ponto de partida para uma ação colaborativa eficaz (NAIK e SURESH, 2018). Ainda chegam a afirmar que, “O problema mais básico com o nosso sistema de sustentabilidade da cadeia de suprimentos é que estamos deixando de fora a parte interessada mais importante, o agricultor”.
	O surgimento de novas agendas de pesquisa sobre o gerenciamento de cadeias de suprimentos sustentáveis, têm se dado devido ao impacto social e ambiental dos seus produtos além da inovação e tecnologia nos mesmos (MESQUITA, SOUZA e BARBOSA, 2018). Dessa forma, (INCE e OZKAN, 2015) sustentam que a colaboração na cadeia de suprimentos ajuda as organizações a obterem otimização de custos, boa qualidade e inovação de produto, minimização de riscos e melhor posição no mercado. Os autores ainda apontam que tais desempenhos tanto em questões sociais e ambientais vêm de pressões como governos, clientes e partes interessadas.
Com a intenção de responder à pergunta, “Como avaliar a sustentabilidade das cadeias de suprimento?”, (KAHI, YOUSEFI, et al., 2017) sugerem o uso de uma DEA – dinâmica envoltória de dados para se obter resultados significativos, entretanto, apresenta a grande quantidade de dados de algumas cadeias produtivas como desvantagem, sendo a principal dificuldade dos gestores na aplicação. 
	Para Morais (2018), o surgimento do SSCM – Sustanaible Supply Chain Management, se dá através de uma divisão de ideias entre os autores, para alguns a origem de tal termo se deu através de estudos sobre sustentabilidade, com foco nas questões ambientais prinicipalmente. Já para o restante, a origem aconteceu através de pesquisadores que abordam a sustentabilidade fundamentada na perspectiva do TBL, ou seja, uma análise simultânea dos três aspectos, social, ambiental e econômico.
	Diante disso, uma avaliação na medida do desempenho sustentável na cadeia de suprimentos (SSCM) é atualmente um desafio-chave. E conseguir tal ação com uma literatura sobre SSCM muito limitada só aumenta as dificuldades, além das medidas de desempenho que precisam ter um quadro sistemático. Um bom exemplo é o BSC – Balanced Scorecard, recentemente desenvolvido, é uma medida de sistema que exige um conjunto equilibrado de medidas financeiras e não financeiras (TSENG, LIM e WONG, 2015).
	Entre os diversos campos de estudo de Supply Chain Management, temos a Gestão Verde da Cadeia de Suprimentos, ou (Green Supply Chain Management – GSCM), (SEHNEM e OLIVEIRA, 2016), que de acordo com (BARBIERI, FILHO, et al., 2014) e (BUSSE e MOLLENKOPF, 2017) é um assunto de interesse não só para acadêmicos como também para profissionais, principalmente no que se referem às novas obrigações legais, pressões sociais e de stakeholders de diversos tipos, e questões relacionadas à competitividade das empresas e das suas cadeias de suprimento.
	Para Chin, Tat e Sulaiman (2015), o GSCM - Green Supply Chain Management desempenha um papel vital em influenciar o impacto ambiental total de qualquer empresa envolvida nas atividades da cadeia de suprimentos podendo também contribuir para o aprimoramento do desempenho da sustentabilidade. Já para (RAHIM, FERNANDO e SAAD, 2016) a preocupação com o dilema de recursos limitados, energia e questões urgentes no meio ambiente, fez com que o Green Supply Chain Management (GSCM) revelasse que as implicações das práticas verdes podem economizar dinheiro, reduzir custos, aumentar a eficiência, reduzir o tempo de entrega e sustentar os negócios por mais tempo.
	Mesmo com o grande avanço e interesse pelo corpo de gerenciamento da cadeia de suprimentos verde (GSCM), ainda é complexo entender as práticas de sustentabilidade ambiental envolvidas nas atividades de gerenciamento da cadeia de suprimentos (SCM). Isto ocorre por se tratar de um campo interdisciplinar, o qual é também abrangente, iniciando-se desde a compra ecológica até o gerenciamento integrado do ciclo de vida total do produto (PIMENTA e BALL, 2015).
	Outra ferramenta apontada como capaz de colaborar com gerenciamento da cadeia de suprimentos, agregando possibilidades de sustentabilidade é o pensamento Lean. Em um estudo comparativo entre o gerenciamento convencional (SCM) e o gerenciamento enxuto (LSCM), foi constatado que com o pensamento enxuto é possível identificar mudanças em questões operacionais e de relacionamentosquando as empresas mudam de um modelo convencional para o modelo LSCM, já que este reside em agregar valor e eliminar desperdícios que ocorrem ao longo da cadeia (BERGER, YOKOYAMA e RODRIGUEZ, 2018).
	Quando se fala de gerenciamento da cadeia de suprimentos, e a incorporação da sustentabilidade em seu meio, destaca-se que são atitudes tomadas por diferentes organizações, de diferentes nichos de mercado, almejando obter diferenciais competitivos em relação aos seus concorrentes, e conquistar a longevidade em seu mercado (SANTOS e BRANCO, 2015). Dessa forma o engajamento das partes interessadas torna-se uma das mais importantes ações no entendimento, do real significado de desenvolvimento sustentável e como isso pode agregar valor e responsabilidade a partir das atividades organizacionais (ROCHA, GOMES, et al., 2015).
Tal gerenciamento tem se tornado um desafio para as empresas atualmente, pensando em resoluções (LEE, KANG, et al., 2018) realizaram um estudo único que considera o problema de gerenciamento da cadeia de suprimentos sustentável com vários fornecedores, vários veículos e vários modos de produção simultaneamente, e apontam um modelo de programação inteira mista e um modelo de otimização de enxame de partículas, como ferramentas capazes de auxiliar a gerência para tomar decisões relevantes sobre o gerenciamento da cadeia de suprimentos.
	Quanto à sustentabilidade na cadeia de suprimentos (BUSSE e MOLLENKOPF, 2017), afirma que já chegou o momento dos pesquisadores irem além da perspectiva ampla, a fim de mergulhar em aspectos mais restritos e mais focados do gerenciamento sustentável da cadeia de suprimentos.(MEINLSCHMIDT, FOERSTL e KIRCHOFF, 2016), o gerenciamento do suprimento sustentável (SSM) tem atraído considerável atenção de pesquisadores nos últimos anos. O foco fica precisamente em como as empresas desenvolvem e usam essas ferramentas para atender às demandas das partes interessadas. Pois absorver e divulgar o conhecimento de sustentabilidade com os fornecedores foi identificado como fator crítico de sucesso do SSM. 
	Em uma pesquisa realizada com 11 operadores logísticos do Brasil foi constatado, que 50% dessas empresas utilizam certificações emitidas por órgãos independentes, mas já adotam práticas sustentáveis para selecionar fornecedores. Entretanto, a dificuldade está em não haver inspeções periódicas ou indicadores de desempenhos que aprovem tais fornecedores como sustentáveis (QUEIROZ, SARDEIRO e CARNEIRO, 2017).
	Já em outro estudo, onde 7 dos grandes operadores logísticos da Europa tiveram seus dados empíricos estudados, com foco na sustentabilidade tripla, (KLUMPP, 2018) afirma que os forwarders ou expedidores são atores centrais no design da cadeia de suprimentos, e destaca que para eles as cadeias de suprimentos sustentáveis e conceitos específicos sobre como melhorar eficientemente a sustentabilidade são necessários em uma abordagem abrangente global de triple bottom line (TBL).
	Analisando o cenário dos setores logísticos, (GRUCHMANN, MELKONYAN e KRUMME, 2018), afirma que o design de tipos de negócios mais sustentáveis na logística pode enfrentar os desafios do presente para construir cadeias de fornecimento mais resilientes.
	Já que, em um estudo aplicado em cadeia de suprimentos com recursos sustentáveis (STRUBEL, SEBASTIAN, et al., 2018), analisaram a otimização de processos logísticos em um depósito subterrâneo de resíduos por meio da solução de problemas de programação e redução de tempos de setup, com a ajuda de um modelo de simulação, o resultado apresentado mostrou que através de algoritmos existe a possibilidades de alcançar processos mais exatos e aumento do desempenho dos processos em até 400% a mais.
	Quanto à cadeia de suprimentos agroalimentar sustentável, (NAIK e SURESH, 2018) afirmam que as cadeias de suprimentos e redes integradas, diferentemente das empresas com poucos relacionamentos em seus canais, oferecem oportunidades para criar valor agregado. O segredo para problemas como, urbanização, mudanças nas preferências dos consumidores e hábitos alimentares, maior desenvolvimento de infraestrutura, além de baixas margens e alta competição, podem ser solucionados com uma abordagem de várias empresas, formadoras de parcerias entre seus fornecedores, fornecedores de insumos, profissionais de marketing e clientes da cadeia.
	Segundo a visão de (KUMAR e RAHMAN, 2015) o relacionamento entre o comprador-fornecedor tem um papel fundamental, para a efetividade de uma cadeia de suprimentos sustentável, pois, o produto final e a sustentabilidade de toda a cadeia de suprimentos são afetados pelo desempenho que cada elo desta cadeia exerce. O que destaca o interesse que deve partir por parte dos gestores, relacionados à adoção de práticas de sustentabilidade através de relações de fornecimento.
3. METODOLOGIA
3.1 Tipo de Estudo
	O presente estudo tem caráter exploratório, que se realiza através de uma revisão bibliográfica, a qual de acordo com Gil (2008, p 50), “é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. A grande maioria das pesquisas se baseia neste tipo de método, porém há trabalhos especificamente e de forma exclusiva que usam apenas fontes bibliográficas.
De acordo com Ganga (2011), o papel da pesquisa e de uma revisão bibliográfica é investigar o estado daquela área de conhecimento, para dessa forma se deduzir, o que existe de mais avançado e atual no tema de pesquisa em que você usará para o desenvolvimento de seu trabalho. Ele ainda afirma que isso traz para o pesquisador a compreensão de todo um continuum evolutivo do conhecimento daquela área, ou seja, o que já está ultrapassado, quais paradigmas foram quebrados e quais perduram. Dessa forma a revisão bibliográfica originou-se com os seguintes passos:
3.2 Etapa 1 – definição do método de busca
Nesta primeira etapa do trabalho, realizou-se a ordenação da pesquisa pela busca do tema "Cadeia de Suprimentos sustentáveis" ou em inglês “Sustanaible Supply Chain", que teve como principal objetivo colaborar com a busca de artigos da literatura internacional. Na busca por tais termos era esperada a presença nos títulos dos artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais, não importando se seriam encontrados juntos ou separados. 
É válido salientar que na busca pelo termo “Cadeia de Suprimentos sustentáveis” na pesquisa, era frequente a aparição de artigos que continham em seus títulos outros três temas, que são, entretanto, ligados diretamente ao tema principal, são eles, “Sustentabilidade, Cadeia de Suprimentos e Triple Botton Line”.
Dessa forma, devido à relevância destes três temas, foi decidido usá-los como termos de busca pelos artigos. Assim, artigos que em seus títulos possuíam ao menos um deles, foram considerados e escolhidos para futura análise.
3.2 Etapa 2 – definição do período de pesquisa
O período adotado para pesquisa envolve publicações dos últimos 5 (cinco) anos, tanto tratando-se de artigos nacionais como também tratando-se de artigos internacionais. 
3.3 Etapa 3- definição das bases de dados alvo da pesquisa
Foi definida a busca em periódicos nacionais e internacionais, que tivessem relevância no meio acadêmico. As bases de dados que serviram de auxílio para o desenvolvimento deste trabalho foram ENEGEP (Encontro Nacional de Engenharia de produção), Google Acadêmico, Science Direct, Emerald Insight, APICS (Association for Supply Chain Management) e MDPI (Multidisciplinary Digital Publishing Institute).
Foram encontrados mais de 80 artigos relacionados diretamente ou indiretamente com o tema, após análise dos critérios, foram selecionados apenas 43 artigos, para a revisão bibliográfica. É importante mencionar que além dos artigos, foi usado o Livro “Qualidade ambiental. ISO 14000” de Cyro Eyer do Valle, que apesar de não está incluso no período dos últimos 5 anos, foi escolhido devido à sua relevância, por discutir com autoridade sobre o histórico do desenvolvimento sustentável, além de resíduos industriais. O mesmocritério é válido para a carta de Brundtland de 1987 das Nações Unidas.
3.4 Etapa 4 – coleta de dados
	A coleta de dados se deu da seguinte forma:
a) Inicialmente uma leitura exploratória de todo os artigos selecionados (leitura rápida que tem como objetivo verificar se a fonte consultada é de interesse para a pesquisa).
b) Posteriormente uma leitura seletiva (leitura mais aprofundada das partes mais relevantes e que interessam).
c) Registro das informações coletadas das fontes em campos específicos (autores, ano, metodologia, resultado final e conclusão).
A criação dos gráficos e tabelas, contidos neste trabalho, foi realizado com o software
Microsoft Excel e a parte de editoração, através do Microsoft Word.
4. ANÁLISE DOS RESULTADOS
	Nesta etapa serão apresentados e discutidos os resultados obtidos pela pesquisa bibliográfica realizada. Serão analisadas as características seguintes: autores dos artigos, os assuntos discutidos nos artigos, avaliação de publicação durante os anos, área de atuação dos artigos e etc.
4.1 Literatura nacional	
A primeira análise realizada refere-se aos autores nacionais e ano de publicação, metodologia e destaques, além das respectivas conclusões. Dessa forma, através desta tabela buscou-se de maneira sintética expor principalmente os resultados encontrados nas pesquisas dos autores, áreas de pesquisa estudadas, assim como os destaques, além da metodologia que foi essencial para tais objetivos.
	Tabela 1– Artigos nacionais, ano de publicação, métodos e conclusões.
	Autor/Ano
	Métodos e destaques 
	Conclusões
	Barbieri, filho, et al. - 2014
	O trabalho pode ser caracterizado como uma desk research que tem por objetivo analisar a produção acadêmica brasileira sobre o tema gestão verde da cadeia de suprimentos.
	Necessidade de novas pesquisas para o campo de estudo, pois, apesar do crescimento em alguns eixos, ligados ao tema como gestão verde e operações verdes, há um desequilíbrio de pesquisas, tornando alguns âmbitos inexplorados.
	Rocha, Gomes, et al. - 2015
	O estudo possui uma abordagem qualitativa e natureza exploratória e descritiva. Como estratégia de pesquisa, utilizou-se o método de estudo multicaso, desenvolvido a partir de entrevistas exploratórias e pesquisa documental.
	Os resultados sugerem que parte das organizações que atuam no setor mineral brasileiro está buscando atender às demandas dos seus stakeholders, principalmente no que se referem ao investimento em ações sustentáveis ligadas as dimensões ambientais e sociais.
	Paz e Kipper - 2015
	Foi realizada uma revisão sistemática da literatura para entender o “estado da arte” relativo à sustentabilidade nas organizações e dados e informações que foram coletados por meio da bibliometria realizada em artigos publicados em bases de periódicos.
	Evidência da sustentabilidade como vantagem e possíveis benefícios, além de uma carência de artigos na área abordada, e necessidade de uma averiguação da maturidade da organização na utilização de metodologias sustentáveis e o preparo dos recursos humanos para a mudança organizacional.
	Santos e Branco - 2015
	Foi realizada uma revisão da literatura com intuito de identificar as bases conceituais que compõem os temas, cadeias de suprimentos e sustentabilidade e identificar quais seriam as melhores práticas que levariam uma cadeia de suprimentos tradicional a se transformar em uma cadeia sustentável.
	Constatou o relacionamento entre diversos conceitos já consolidados na literatura tanto a respeito da cadeia de suprimentos quanto da sustentabilidade. Através de um mapa conceitual com seis categorias foi possível, identificar características que descrevem uma cadeia de suprimentos quando ela é considerada sustentável.
	Ceretta, Cunha e Rocha - 2015
	O estudo possui uma abordagem qualitativa de natureza exploratória e descritiva. Como estratégia de pesquisa, utilizou-se o método de estudo de caso, desenvolvido a partir de entrevistas exploratórias e pesquisa documental.
	Foi constatado que o pressuposto de que a integração da sustentabilidade na gestão da cadeia de suprimentos está associada à inovação em processos não foi corroborada, em um dos casos a adoção dessas práticas analisadas está colaborando para o seu desempenho inovador no âmbito de seus processos, já o outro, apresenta um perfil inovador em seus produtos e processos.
	Sehnem e Oliveira – 2016
	Trata-se de um estudo de caso, descritivo e cuja abordagem é qualitativa. Estudo aprofundado sobre o conhecimento de sustentabilidade por partes dos gestores da empresa Alfa
	Foi constatado que as principais práticas realizadas nas empresas avaliadas são em relação à gestão de resíduos sólidos. Apenas duas das empresas pesquisadas possuem a gestão padronizada e adequada dos resíduos gerados em seus processos.
	Júnior, Olea, et al.- 2016
	A metodologia utilizada na pesquisa possui abordagem qualitativa, com objetivo exploratório e descritivo, o procedimento técnico utilizado foi a revisão bibliográfica, em que foram analisados os artigos das revistas que abordavam o assunto pesquisado.
	Foi possível perceber a necessidade de estudos para verificar lacunas entre mercado e demanda de Green Logistic, bem como suas implicações práticas. Sobre Green Marketing é verifica do a necessidade de se adequar e consumir corretamente os produtos, também é notado a dificuldade de se estabelecer estratégias e adequar os custos para as novas demandas específicas.
	Queiroz, Sardeiro e Carneiro - 2017
	Pesquisa exploratória, contemplando uma pesquisa bibliográfica, bem como um questionário encaminhado a onze operadores logísticos brasileiros. Destacar a importância de se fazer negócio com empresas responsáveis de forma sustentável.
	Foi constatado que as empresas possuem certificações, entretanto, é mais devido à pressão das regulamentações que obrigam tal certificação por parte delas, do contrário são penalizadas. Não há um gerenciamento integrado de fluxos destas ações com os demais envolvidos no processo pela falta de inspeção periódica.
	Costa, Silva, et al.- 2017
	O objetivo deste trabalho foi fazer um ensaio bibliográfico sobre os modelos para mensuração da sustentabilidade empresarial a fim de colaborar com o conhecimento acadêmico e empresarial, pois, possibilitam que as organizações de acordo com as características e objetivos possam realizar adaptações a sua realidade a fim de possibilitar que a mensuração correta da sustentabilidade.
	Conclui-se que com o tempo vários modelos para a mensuração da sustentabilidade foram sendo desenvolvidos, deixando a responsabilidade para a empresa de decidir o modelo adequado às características organizacionais que se enquadram na sua situação.
	Alves e Silva - 2017
	Trata-se de uma pesquisa qualitativa por meio de um levantamento documental, em uma empresa do setor de confecções do Brasil, a partir de três critérios de coleta apontados, são eles: discurso do social, ações sociais e prática do social.
	Contatou-se que a negligência com as questões sociais pode trazer prejuízos para as organizações, repercutindo em pagamento de multas e manchando a imagem da organização negativamente junto ao mercado. Evidenciou-se que a preocupação com o que se pratica deve ser enfatizada, ao invés de uma lógica de discurso pelo discurso.
	Camargo, Rosa, et al. - 2017
	O presente estudo teve como objetivo analisar de três empresas do setor mineral brasileiro. A pesquisa caracteriza-se como qualitativa e adotou como delineamento o estudo de casos múltiplos. Para a coleta e análise de dados, utilizou-se o modelo de Liu et al. (2012) que visa analisar a gestão do uso da energia a partir da verificação dos fatores externos e internos da organização, utilizou-se também o modelo de Gunday et al. (2011) para verificar o desempenho inovador e GRI (2006; 2010) para medir o desempenho sustentável.
	As evidências permitem concluir que duas das empresas estudadas não apresentam uma gestão do uso da energia em seus processos, enquanto a terceira indústria pesquisada destaca-se pela gestão de energia e peloalto nível de inovação e sustentabilidade em seus processos.
	Caiado, Quelhas, et. - al. - 2018
	Visa promover a sinergia entre a sustentabilidade e o pensamento lean no contexto empreendedor. Para tanto, fez-se uma revisão da literatura com método de análise qualitativo, realizado por meio da análise de síntese de conteúdo em estudos selecionados.
	O resultado obtido foi um framework inovador, voltado para o ambiente empreendedor e com sinergia entre a filosofia lean e o triple bottom line. Do ponto de vista acadêmico, esse estudo ampliou as teorias do Lean e da sustentabilidade para a área do empreendedorismo e inovação, tema pouco explorado anteriormente.
	Berger, Yokoyama e Rodriguez - 2018
	A pesquisa realizada é caracterizada metodologicamente como revisão sistemática da literatura, com natureza teórica e abordagem qualitativa. A gestão da cadeia de suprimentos (GCS) é um tema relevante de pesquisa junto à comunidade acadêmica e empresarial.
	Crescente aumento em publicações referentes ao LSCM, e uma carência de teoria estável unidirecional sobre o tema.
	Azevedo, Angélico, et al. - 2018
	O presente trabalho possui como objetivo caracterizar o campo de pesquisa sobre cadeias produtivas sustentáveis. Para tanto, foi realizada uma análise bibliométrica, com o auxílio dos softwares Excel e Citespace, com o intuito de verificar as principais tendências do campo.
	Constata-se que se trata de um campo recente e em crescimento, com discussões globais. Com esforços para aplicação empírica e descrever as práticas de gestão e o desempenho dos atores envolvidos no processo. Também demonstram o desenvolvimento de um debate multidisciplinar no campo de estudos, que deixa de abranger apenas a administração e passa a inserir outras áreas, como a engenharia, tecnologia, ciências ambientais e ecologia.
	Lima e Moraes - 2018
	O presente artigo buscou apresentar, de forma sucinta, para reflexão, o tema Operações Sustentáveis, no escopo da gestão, a fim de fomentar a discussão sobre tão importante questão que, cada vez mais, impactará as organizações privadas e públicas. O campo de estudo baseou-se em se aprofundar no papel da Marinha do Brasil quanto a esse questionamento.
	Conclui-se que seria oportuna a reavaliação da estrutura do SAbM, que foi projetada há mais de trinta anos, levando em consideração o conceito de sustentabilidade, incluindo todos os aspectos que essa área abrange, com o intuito de responder o questionamento, sendo aplicado no respectivo campo estudado.
	Mesquita, Souza e Barbosa -2018
	Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com membros da empresa e investigados os dados publicados no relatório anual de sustentabilidade da empresa. Objetivando identificar, a partir da visão de membros de uma montadora e de seu relatório de sustentabilidade, quais as práticas direcionadas à criação de inovações sustentáveis na organização da cadeia de suprimentos (Green supply chain).
	O estudo denota a existência de políticas de sustentabilidade difundidas e presentes no cotidiano da empresa. No entanto, percebe-se uma incongruência existente entre as cobranças da sociedade por organizações sustentáveis em oposição à falta de percepção dos consumidores acerca dos esforços da organização em manter suas práticas de sustentabilidade.
	Morais - 2018
	O trabalho propõe uma investigação empírica por meio de um estudo de casos múltiplos, composto por seis casos.
	Conclui-se que, a maior ou menor incidência de poder do fornecedor influencia a extensão que a empresa focal consegue endereçar questões sociais em sua cadeia, se mais limitadas a questões centrais ou se alcançam questões periféricas e remotas. Sob a lente da Teoria de contingência, há indicações de que iniciativas sociais se relacionam a fatores como (des)equilíbrio de poder e dependência na relação com fornecedor. Em relação a Teoria Comportamental, os conceitos dessa lente teórica manifestam-se no âmbito da sustentabilidade e da sustentabilidade social na SCM.
	Fonte: Elaborado pelo autor 
Dos respectivos estudos vistos na tabela acima, foram extraídas as principais áreas de atuação, da aplicação da sustentabilidade na cadeia de suprimentos, ou termos afins. Vejamos na tabela e no gráfico a seguir:
	Tabela 2 – Artigos nacionais e suas respectivas áreas
	Sustentabilidade na Cadeia de Suprimentos – Áreas encontradas
	Área
	Quantidade de artigos
	Agroindústria 
	2
	Conceitos e Fundamentos
	8
	Setor Mineral
	2
	Setor Logístico
	1
	Indústria do Alumínio
	1
	Marinha do Brasil
	1
	Indústria Automobilística
	1
	Manufatura
	1
	Fonte: Elaborado pelo autor
	
Como nota-se na tabela acima, vemos as áreas das publicações sobre sustentabilidade na cadeia de suprimentos e a quantidade de artigos em cada uma delas. Através dessa ferramenta podemos perceber que ainda existe uma predominância na área de conceituação e fundamentos, isso demonstra um esforço da academia nacional, em buscar de conceituar o termo cadeia de suprimentos sustentáveis, pois, das 17 publicações encontradas nas bases de dados nacionais, 8 pertencem a esta determinada área, enquanto em segundo lugar temos o campo da agroindústria e do setor mineral, ambos com 2 publicações. As demais áreas todas apresentam apenas 1 publicação. Da mesma forma, também podemos perceber tais informações demonstradas através de um gráfico de pizza, contendo as respectivas áreas de aplicação dos artigos e a quantidade correspondente em porcentagem.
Figura 1 - Sustentabilidade na Cadeia de Suprimentos e áreas de aplicação encontradas
 (
Fonte: Elaborado pelo autor
)
Já na figura 2, temos a distribuição periódica da produção nacional, onde se percebe uma evolução do estudo da sustentabilidade na cadeia de suprimentos e uma tendência ao crescimento de publicações, pois dos 17 artigos publicados, 1 pertence ao ano de 2014, 3 para os anos de 2015 e 2016, 4 em 2017 e 6 no ano de 2018.
Figura 2 - Distribuição periódica da produção nacional
 (
Fonte: Elaborado pelo autor
)
4.2 Literatura internacional	
Nesta segunda análise, foi usado como campo de estudo os artigos pertencentes à literatura internacional. Seus respectivos autores, ano de publicação, metodologia e destaques, além das respectivas conclusões. Dessa forma, através da tabela abaixo se buscou de maneira simples expor principalmente os resultados encontrados nas pesquisas dos autores, áreas de pesquisa estudadas, assim como pontos principais, e o método utilizado que foi essencial para tais objetivos.
	Tabela 3 – Artigos internacionais, ano de publicação, métodos e conclusões.
	Autor/Ano
	Métodos e destaques 
	Conclusões
	Stefan e Roger–2014
	Revisão eficiente com consistência e suficiência como abordagens fundamentais para inovações orientadas à sustentabilidade e uma discussão de possíveis estratégias para eliminar, redesenhar ou melhorar as cadeias de suprimentos, a desenvolverem uma estrutura analítica para a avaliação de abordagens para a medição e gerenciamento do desempenho de sustentabilidade de cadeias de suprimentos.
	A gestão do desempenho de sustentabilidade superou a fase de gestão de risco com a crescente conscientização dos líderes empresariais, cresce a preferência por contribuir para o desenvolvimento sustentável e com a crescente conscientização em muitos mercados consumidores, as oportunidades de negócios estão surgindo para projetar produtos sustentáveis.
	Kumar e Rahman –2015
	Este trabalho tem como objetivo fornecer uma revisão sistemática da literatura existente sobre a adoção da sustentabilidade em toda a cadeia de suprimentos.
	Pode-se concluir que a maioria dos problemas relacionados à adoção da sustentabilidade pode ser resolvida com a ajuda do gerenciamento de relacionamentos, o qual aumenta o desempenho de sustentabilidade da cadeia de suprimentos e reduz a resistência à adoção da sustentabilidade.
	Pimenta e Ball -2015
	Uma revisão sistemática da literatura com enfoque nas atividades de gerenciamento da cadeia de suprimento a montante, que geralmente são responsáveis pela difusão de práticas desustentabilidade ambiental em toda a base de fornecimento. 
	A difusão de práticas de sustentabilidade ambiental em toda a oferta está fortemente relacionada à compra, avaliação de desempenho e colaboração. Essas atividades de upstream são afetadas por funções internas e pelo nível de maturidade ambiental e cultural da organização.
	Ince e Ozkan - 2015
	Revisão bibliográfica conduzida para analisar a relação entre o Gerenciamento Sustentável da Cadeia de Suprimentos e a colaboração e seus efeitos no desempenho das dimensões do SSCM.
	A colaboração na cadeia de fornecimento ajuda as empresas a obter otimização de custos, boa qualidade de produto e inovação, minimização de riscos e melhor posição no mercado. Além de lidar com as questões ambientais e sociais que vêm de pressões como governos, clientes e partes interessadas.
	Chin, Tat e Sulaiman - 2015
	O propósito deste artigo é duplo: (i) revisar a literatura existente sobre a relação entre GSCM, colaboração ambiental e desempenho de sustentabilidade e (ii) propor um modelo conceitual plausível para elucidar a relação entre essas três variáveis no contexto das empresas de manufatura da Malásia.
	A pesquisa revelou que, GSCM e desempenho de sustentabilidade são dois conceitos de SCM indissoluvelmente relacionados. Problemas, como envolver a colaboração com fornecedores na criação de produtos verdes e a adoção de práticas ambientais em processos, Para isso, a colaboração ambiental tem sido proposta como um moderador do elo desses dois conceitos, a qual também facilitará a implementação das práticas de GSCM.
	Tseng, Lim e Wong - 2015
	Este trabalho desenvolveu uma rede hierárquica BSC para SSCM em uma estrutura hierárquica de loop fechado. Um modelo de avaliação quantitativa generalizada baseada no Fuzzy Delphi Method (FDM) e no Analytical Network Process (ANP) foi então usado para considerar tanto a interdependência entre as medidas quanto a imprecisão das medidas subjetivas no SSCM
	Os resultados deste estudo indicam que o aspecto mais importante a ser considerado é o dos stakeholders, e os cinco principais critérios são design verde, sustentabilidade corporativa, planejamento estratégico para gestão ambiental, iniciativas de redução de custos e participação no mercado.
	Alhaddi -2015
	Revisão da literatura sobre o TBL e sustentabilidade. A pesquisa neste artigo foi parte de uma revisão maior conduzida por Alhaddi (2013). O consenso na pesquisa é que o TBL é um conceito relacionado à sustentabilidade.
	Conclui-se a existência de um uso inconsistente de sustentabilidade, onde vários estudos usaram o termo, mas estavam de fato se referindo a uma ou duas das três linhas conhecidas (sociedade, meio ambiente e economia). Dessa forma constata-se que os pesquisadores devem deixar explícito sobre qual das três óticas estão tratando com relação à sustentabilidade.
	Meinlschmidt, Foerstl e Firchoff - 2016
	Para abordar o objetivo da pesquisa, quatro estudos de casos longitudinais, dois líderes do setor em SSM e dois seguidores do setor foram conduzidos em múltiplos pontos consecutivos no período entre 2008 e 2013.
	Os resultados indicam os mecanismos que constituem uma sustentabilidade relacionada à capacidade absortiva e desorptativa e como elas dão suporte ao SSM. Também explica quais mecanismos apoiam as empresas para adquirir conhecimento de sustentabilidade, assimilá-la e explorá-la, além de compartilhá-la com seus fornecedores ao longo do tempo.
	Rahim, Fernando e Saad - 2016
	Empregou o método misto de desenho de pesquisa que combinou os métodos qualitativos e quantitativos em uma revisão da literatura. Tem como objetivo investigar as iniciativas nas práticas de GSCM e quais os elementos que possibilitam a melhoria do desempenho organizacional e a sustentabilidade dos negócios.
	Os resultados mostraram que as práticas de gerenciamento da cadeia de suprimentos verde e seus elementos podem melhorar o desempenho organizacional e ajudar a sustentar os negócios. O modelo proposto pode ser útil até certo ponto para as organizações que analisam os benefícios de investir no Green Supply Chain Management.
	Maccarthy, Blome, et al.- 2016
	O artigo analisa através de uma revisão bibliográfica e pesquisa exploratória, e desenvolve aspectos-chave, conceitos e temas principais sobre o surgimento e evolução das cadeias de suprimentos ao longo de seu ciclo de vida.
	Definição do ciclo de vida da cadeia de suprimentos se identificação de seis fatores que interagem e podem afetar uma cadeia de suprimentos durante seu ciclo de vida- tecnologia e inovação, economia, mercados e concorrência, política e regulamentação, aquisição e fornecimento, estratégias de cadeia de suprimentos e reengenharia.
	APICS - 2016
	Os relatórios de pesquisa do APCC SCC são baseados em pesquisas de profissionais que exploram os trending topics na cadeia de suprimentos e no gerenciamento de operações. O APICS SCC mantém o modelo SCOR (Supply Chain Operations Reference), a estrutura mais aceita da comunidade de gerenciamento da cadeia de suprimentos para avaliar e comparar as atividades e o desempenho da cadeia de suprimentos.
	O conceito de sustentabilidade não é consistente da alta administração para o chão de fábrica. a gerência sênior é, de longe, a melhor influência individual na prática de sustentabilidade da cadeia de suprimentos. O cliente é a segunda maior influência e os funcionários são a terceira maior influência.
	Kahi, Yousefiet al. - 2017
	Um modelo dinâmico de DEA para avaliar cadeias de suprimento sustentáveis nas quais as redes têm estrutura em série é proposto. Um modelo DEA de rede aditiva é desenvolvido para avaliar a sustentabilidade das cadeias de suprimento em vários períodos. Um estudo de caso demonstra a aplicabilidade da abordagem proposta.
	Contata-se que esse modelo pode ajudar os gestores a identificar cadeias de suprimentos ineficientes e tomar ações corretivas adequadas para otimização de desempenho. Além disso, os escores gerais de eficiência das cadeias de suprimentos têm menos flutuação. Ao utilizá-lo e determinar os fatores de dupla função, os gerentes podem planejar suas cadeias de suprimento de forma adequada e mais precisa.
	Busse e Mollenkopf - 2017
	A pesquisa teve como foco natural a identificação da importância da sustentabilidade da cadeia de suprimentos, no desenvolvimento de definições e estruturas para organizar os pensamentos acadêmicos em torno da sustentabilidade.
	O diálogo existente na literatura tornou-se rico com ideias amplas, mas valiosas, sobre a teoria e a prática da gestão sustentável da cadeia de suprimentos.
	Li, Xu, et al., 2017
	O objetivo deste artigo é investigar os efeitos da estrutura de poder na tomada de decisões gerenciais, incluindo preço de atacado, sustentabilidade e margem de varejo, sob três estruturas de energia da cadeia de suprimentos: fabricante Stackelberg, Nash e varejista Stackelberg.
	O varejista dominante sempre se beneficia de seu poder; Toda a cadeia de suprimentos obtém o maior lucro do jogo Nash, e o menos do varejista Stackelberg, respectivamente; à medida que a energia passa do fabricante para o varejista, a sustentabilidade do produto e o preço de varejo aumentam; o fabricante de energia não implica necessariamente baixo preço de atacado que beneficiaria o varejista; a integração vertical é sempre a melhor opção, pois alcança a maior eficiência da cadeia de suprimentos.
	Guo, Liu, et al., 2017
	Uma abordagem de otimização baseada em algoritmos genéticos híbridos é desenvolvida para lidar com a coordenação de produção e transporte ecológico e os efeitos da coordenação de produção e transporte na sustentabilidade da cadeia de suprimentos em um ambiente global, onde um algoritmo genético híbrido e procedimentos heurísticos são combinados.
	A abordagem proposta é validada por meio de várias instâncias de problemas. Pois, a coordenação da produção e do transporte ecológico tem um grande efeito na sustentabilidade geral da cadeia de suprimentos, o que pode reduzir o custo total da cadeia de suprimentosem 9,60% a 21,90%.
	Ha-Brookshire, Mcandrews, et al., 2017
	As situações de negócios da vida real foram interpretadas usando a teoria do estágio de desenvolvimento moral de Kohlberg. Onde foram realizadas entrevistas individuais com os gestores das indústrias têxtis. 
	O estudo conclui que, para que as empresas de assistência técnica sejam verdadeiramente sustentáveis, a capacidade moral dos profissionais é fundamental e, portanto, é necessária uma educação adequada para o desenvolvimento moral.
	León-bravo, Caniato, et al., 2017
	O estudo relata um conjunto de estudos de caso representando quatro estágios diferentes da cadeia de suprimento de alimentos (FSC): criação / crescimento, processamento, distribuição e varejo.
	São reconhecidas áreas variadas de desempenho de sustentabilidade ambiental e social, a montante e a jusante, como resultado de práticas colaborativas aplicadas em diferentes etapas do FSC, mostrando os diversos objetivos de sustentabilidade perseguidos ao longo da cadeia.
	Koster, Vos e Schroederb, 2017
	Em um estudo de processo sobre inovação gerencial, as sequências dos processos de inovação do SSM em duas empresas exemplares são estudadas para abordar: 'Quais são as sequências através das quais SSM surge dentro de organizações exemplares?', E De que maneira os processos de inovação gerencial? Influenciar as práticas resultantes do SSM? 
	Constatou-se que o conhecimento tácito é necessário tanto sobre a colaboração interfuncional interna quanto sobre as colaborações externas entre empresas; A profundidade e o escopo do desenvolvimento de conhecimento em pequena escala nas CoPs estão relacionados ao escopo do INoP resultante com suas práticas corporativas.
	Naik e Suresh, 2018
	O estudo teve como objetivo principal estudar o desenvolvimento da cadeia de suprimentos sustentáveis da Índia, a metodologia adotada foi a formação de uma mesa redonda onde eram analisadas questões referentes ao tema.
	Através do estudo e debate, destacou-se que as cadeias de suprimentos precisam ser analisadas de ponta a ponta, o agricultor também é um ponto chave nesse estudo, além da rede de relacionamentos entre fornecedores que se considera crucial para tal objetivo.
	Strubel, Sebastian, et al., 2018
	Este artigo discute a melhoria do desempenho de um sistema logístico usando abordagens de programação de máquina com o suporte de um modelo de simulação de planta. A sequência do processo é determinada por meio de um índice de prioridade. Algoritmos genéticos são então aplicados para melhorar o índice de prioridade para aumentar ainda mais o desempenho.
	Os resultados do modelo de simulação mostram que o desempenho do sistema de logística pode ser aumentado em até 400%, garantindo desempenho adequado do sistema para a demanda atual e futura, sem alterações nas capacidades e recursos do sistema.
	Gruchmann, Melkonyan e Krumme, 2018
	O objetivo deste estudo exploratório foi fornecer uma análise estruturada de caminhos de sustentabilidade para a transformação de negócios de logística. Realizaram uma abordagem em dois estágios (a) produzindo conhecimento com entrevistas com especialistas e (b) avaliando sistematicamente os resultados com o auxílio de abordagens quantitativas.
	O presente estudo define as estratégias de retenção do PSL para atender aos futuros requisitos sociais e ambientais. Além disso, o estudo contribui para a teoria através da construção do tipo de modelo de negócio Lead Service Provider (6PL) e seu papel nas transições sociais.
	Klumpp, 2018
	Objetiva buscar fatores explicativos para a eficiência da sustentabilidade com fornecedores de serviços logísticos (LSP) como atores centrais da cadeia de suprimento, a fim de derivar os princípios de design de gestão para as mesmas no futuro, alterando tais fatores especificamente. Isso é aplicado quantitativamente e motivado pelos seguintes antecedentes.
	Conclui-se que a aplicação do DEA é viável para LSP em uma avaliação longitudinal de eficiência de sustentabilidade em relação aos objetivos do triple bottom line e produz resultados interessantes; Existência de igualdade de condições entre os LSP maiores e de médio porte, pelo menos em uma perspectiva de sustentabilidade do TBL; Os PSL estudados lutam para manter melhorias positivas sustentadas na eficiência abrangente da sustentabilidade
	Wu, Zhang e Lu, 2018
	Baseando-se na indústria de manufatura na China, um modelo de hipótese de fatores que influenciam a gestão sustentável da cadeia de suprimentos foi estabelecido, o qual é um modelo de equação estrutural que foi usado para analisar os dados do questionário de 167 empresas em Pequim, China.
	Os resultados mostram que a cognição do gerenciamento interno e a participação do governo têm um efeito direto na prática de gestão sustentável da cadeia de suprimentos, e a cognição do gerenciamento interno tem uma forte influência positiva. A pressão do consumidor e a pressão da indústria têm um pequeno impacto positivo na cognição da gestão interna, enquanto o efeito da participação do governo na pressão da indústria é muito significativo.
	Kim e Lee, 2018
	Uma indústria de smartphones foi selecionada e um total de 367 dados foi utilizado para este estudo empírico, que visava identificar a relação entre o papel do cliente e a percepção e participação do cliente na gestão sustentável da cadeia de suprimentos (SSCM).
	Este estudo identificou os papéis dos clientes como usuários finais no gerenciamento sustentável da cadeia de suprimentos. Fornece insights gerenciais sobre a percepção dos clientes sobre o SSCM e sua participação nele, resultando em melhores resultados financeiros e melhoria da excelência operacional.
	Thong e wong, 2018
	Uma pesquisa foi adotada para reunir os dados necessários para este estudo. Um total de 118 questionários preenchidos foi recebido dos entrevistados, que eram gerentes e altos executivos na gestão da cadeia de suprimentos (SCM) na Malásia. Os dados foram analisados por meio da modelagem de equações estruturais com mínimos quadrados parciais (PLS-SEM) versão 3.0.
	As relações hipotéticas são significativas, exceto que as práticas sociais baseadas no processo e no mercado não poderiam impactar diretamente o desempenho econômico. Isto está em nítido contraste com as práticas ambientais. No entanto, a ligação significativa entre práticas sociais e desempenho social é um caminho para o primeiro desempenho econômico. Portanto, os benefícios econômicos derivados de práticas sociais são recuperados através de seus resultados de desempenho. 
	Lee, Kang, et al., 2018
	Um modelo de programação inteira mista é proposto primeiro para minimizar o custo total, que inclui o custo de pedido, custo de aquisição, custo de transporte, custo de emissão, custo de produção, custo de manutenção de estoque e custo de backlog, satisfazendo várias restrições no reabastecimento, transporte e produção. Um modelo de otimização de enxame de partículas é construído a seguir para lidar com problemas de larga escala que são muito complicados de serem resolvidos pela programação inteira mista. Aplicam as teorias a um estudo de caso.
	Os modelos propostos podem ser adotados pela gerência para tomar decisões relevantes sobre o gerenciamento da cadeia de suprimentos.
	Fonte: Elaborado pelo autor 
Da tabela 3, foram extraídas as principais áreas de atuação, da aplicação da sustentabilidade na cadeia de suprimentos na literatura internacional, ou termos afins. Vejamos na tabela e no gráfico que se seguem:
	Tabela 4– Artigos internacionais e suas respectivas áreas
	Sustentabilidade na Cadeia de Suprimentos – Áreas encontradas
	Área
	Quantidade de artigos
	Conceitos e Fundamentos
	7
	Indústrias Químicas e Farmacêuticas
	1
	Manufatura
	5
	Setor Alimentício
	3
	Setor Varejista
	1
	Setor de Eletrônicos
	2
	Setores variados (Indústria siderúrgica, aeroespacial, automobilística, de vestuário, de eletrônicos e etc.)
	3
	Setor logístico
	4
	Fonte: Elaborado pelo autor
	
Como resultado da análise dos dados acima, podemos notar que aindaexiste, assim como na literatura nacional, uma predominância na academia internacional em busca da definição, e estudos voltados para o conceito da sustentabilidade na cadeia de suprimentos. Pois, dos 26 artigos internacionais, 7 encaixam-se na categoria de “conceitos e fundamentos”. 
Em segundo lugar temos o “Setor de Manufatura” com 5 publicações, em seguida 4 artigos na categoria “Setores logísticos”. Em “Setores variados”, onde se realiza um estudo que engloba setores diferentes, e “Setor alimentício” temos 3 publicações cada, no “Setor de Eletrônicos”, 2 publicações na categoria e por fim a categoria “Indústrias Químicas e Farmacêuticas "juntamente com “Setor Varejista” que apresentam apenas 1 artigo.
Vejamos também essas informações no gráfico abaixo, o qual contém as respectivas áreas dos artigos, onde seus dados são expostos em porcentagem.
Figura 3 - Sustentabilidade na Cadeia de Suprimentos e áreas de aplicação encontradas
 (
Fonte: Elaborado pelo autor
)
Na figura 4 temos a distribuição periódica da produção internacional sobre sustentabilidade na cadeia de suprimentos, onde nota-se que a mesma com apenas 1 publicação no ano de 2014 subiu para 6 no ano seguinte, o que demonstrou o crescimento nessa área de estudo, em seguida temos uma leve queda entre no ano de 2016, entretanto, no ano de 2017, a produção científica internacional volta a crescer atingindo o ápice da produção no ano de 2018 onde apresenta 8 publicações sobre sustentabilidade na cadeia de suprimentos. Isto demonstra o quanto este assunto tem interessado aos pesquisadores e vem sendo pesquisado e estudado diante do cenário atual.
Figura 4 - Distribuição periódica da produção internacional
 (
Fonte: Elaborado pelo autor
)
	
	Nesta última seção foi produzido um quadro que contém a relação dos artigos encontrados sobre o tema e os respectivos periódicos onde se localizavam, dessa forma, será possível finalizar com um gráfico apresentando os periódicos que mais publicam.
	Quadro 1– Relação de artigos encontrados sobre o tema
	Título do artigo 
	Periódico/Revista
	Gestão da Cadeia de Suprimentos Verde: uma análise da relação fornecedor e agroindústria de uma empresa do sul do Brasil
	BBR – Brazilian Business Review
	Measuring and managing sustainability performance of supply chains
	Emerald Insight
	Synergic framework between Lean philosophy and Triple Bottom Line in the entrepreneurial environment
	Journal of Lean Systems
	Gestão sustentável da cadeia de suprimentos e desempenho inovador: Um estudo multicaso no setor mineral brasileiro
	RAI – Revista de Administração e Inovação
	How to evaluate sustainability of supply chains? A dynamic network DEA approach
	Emerald Insight
	Supply chain sustainability - Uncovering the triple bottom line
	APICS Insights and Innovations
	Um panorama sobre Lean Supply Chain Management: conceitos, princípios e impactos
	Journal of Lean Systems
	Sustainable supply chain management - A closed-loop network hierarchical approach
	Emerald Insight
	Triple Bottom Line and Sustainability: A Literature Review
	Redfame - Business and Management Studies
	Avaliação de cadeias de suprimentos sustentáveis: o caso dos operadores logísticos brasileiros
	REMIPE- Revista de Micro e Pequenas Empresas e Empreendedorismo da Fatec Osasco
	Características que transformam uma cadeia de suprimentos em sustentável: o caso da produção de cafés especiais.
	ENEGEP - Encontro Nacional de Engenharia de Produção
	Sustentabilidade nas organizações: vantagens e desafios
	GEPROS - Gestão da Produção, Operações e Sistemas
	Gestão verde da cadeia de suprimentos: análise da produção acadêmica brasileira
	Revista Científica Eletrônica de Engenharia de Produção
	Supply chain evolution – theory, concepts and science
	Emerald Insight
	Under the umbrella of sustainable supply chain management: emergent solutions to real-world problems
	Emerald Insight
	The role of absorptive and desorptive capacity (ACDC) in sustainable supply management - A longitudinal analysis
	Emerald Insight
	10 modelos que mesuram a sustentabilidade empresarial
	ENEGEP - Encontro Nacional de Engenharia de Produção
	Reflexões empíricas sobre a dimensão social da sustentabilidade em cadeias de suprimento: o que precisa mudar?
	Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade – GeAS
	Gestão sustentável na cadeia de suprimentos e desempenho inovador em processos: um estudo com empresas da indústria do alumínio do sudoeste do Paraná
	Revista Gestão Organizacional
	Cadeias de suprimentos sustentáveis: uma análise bibliométrica da produção científica
	RECC – Revista Eletrônica Científica do CRA-PR
	A transição para um modelo de operações sustentáveis na gestão das cadeias de suprimentos da marinha do Brasil - uma proposta de abordagem
	International Contemporary Management Review - ICMR
	Práticas de Green Supply Chain na indústria automobilística: Estudo de caso em uma montadora brasileira
	Revista da Universidade Vale do Rio Verde
	Green logistics e green marketing as sustainable practices
	Sustainable Business International Journal
	O pilar social - Dimensão invisível das cadeias de suprimentos sustentáveis
	FGV - Escola de Administração de Empresas de São Paulo
	Gestão do uso de energia e do desempenho inovador sustentável na cadeia de suprimentos da indústria mineral: análise de três empresas
	Fórum Internacional Ecoinovar
	Green Supply Chain Management, Environmental Collaboration and Sustainability Performance
	Science Direct
	Management innovation driving sustainable supply
Management - Process studies in exemplar MNEs
	Science Direct
	Sustainable Green Supply Chain Management and Impact on Organizations
	Journal of Emerging Trends in Economics Management Sciences
	The role of Supply Chain collaboration on sustainable Supply Chain management performance
	Journal of Management, Marketing and Logistics – JMML
	Analysis of environmental sustainability practices across upstream Supply Chain management
	Science Direct
	Sustainability adoption through buyer supplier relationship across supply chain: A literature review and conceptual framework
	Science Direct
	Scheduling Approach for the Simulation of a
Sustainable Resource Supply Chain
	Multidisciplinary Digital Publishing Institute-MDPI
	Logistics Business Transformation for Sustainability:
Assessing the Role of the Lead Sustainability Service
Provider (6PL)
	Multidisciplinary Digital Publishing Institute-MDPI
	Challenges of creating sustainable agri-retail supply chains
	Science Direct
	How to Achieve Supply Chain Sustainability Efficiently? Taming the Triple Bottom Line Split
Business Cycle
	Multidisciplinary Digital Publishing Institute-MDPI
	Empirical Research on Influencing Factors of
Sustainable Supply Chain Management—Evidence
from Beijing, China
	Multidisciplinary Digital Publishing Institute-MDPI
	The Effects of Customer Perception and Participation
in Sustainable Supply Chain Management: A Smartphone Industry Study
	Multidisciplinary Digital Publishing Institute-MDPI
	Pathways for Sustainable Supply Chain Performance - Evidence from a Developing Country, Malaysia
	Multidisciplinary Digital Publishing Institute-MDPI
	An Integrated Approach for Sustainable Supply Chain Management with Replenishment, Transportation, and Production Decisions
	Multidisciplinary Digital Publishing Institute-MDPI
	Impacts of Power Structure on Sustainable Supply
Chain Management
	Multidisciplinary Digital Publishing Institute-MDPI
	On Production and Green Transportation
Coordination in a Sustainable Global Supply Chain
	Multidisciplinary Digital Publishing Institute-MDPI
	Moral Education for Sustainable Development:
Exploring Morally Challenging Business Situations
within the Global Supply Chain Context
	Multidisciplinary Digital Publishing Institute-MDPI
	Collaboration for Sustainability in the Food Supply
Chain: A Multi-Stage Study in Italy
	Multidisciplinary Digital Publishing Institute-MDPI
	Fonte: Elaborado pelo autor 
Na figura 5 podemos analisar o resultado das informações acima,onde se destaca os periódicos que mais publicaram e a quantidade de publicações. O que demonstra a importância desses periódicos, além da relevância estabelecida entre a relação das publicações com os temas para esta pesquisa. 
Dessa forma, vemos que o periódico que mais realiza publicações é o MDPI ou Multidisciplinary Digital Publishing Institute, com um total de 11 artigos, em seguida temos o Emerald Insight com um total de 6 artigos, seguido do Science Direct com 5 publicações. Os periódicos do ENEGEP e Journal Lean Systems, ambos apresentam 2 publicações, e por fim todos os periódicos restantes, que apresentaram apenas 1 publicação.
O que podemos notar em uma comparação entre ambas as literaturas é que na literatura internacional, a sustentabilidade na cadeia de suprimentos é estudada e aplicada de uma forma mais equilibrada nos setores da indústria. Nota-se nas pesquisas uma preocupação constante em descobrir soluções, geralmente pensando no macro, em âmbito global. Na literatura nacional nota-se um afunilamento do estudo, onde o foco concentra-se mais naquele determinado setor ou empresa utilizada como objeto de estudo.
É válido destacar também que na academia internacional, o uso dos cálculos matemáticos, em busca de provar suas teorias é substancialmente maior que nas publicações do país. Uma semelhança entre ambas é a persistência pela conceituação e pesquisa do tema nas academias, o que fica constatado quando se analisa o número de publicações que se adéquam na categoria “Conceitos e Fundamentos”, sendo a maioria das publicações.
Figura 5–Número de Publicações por Periódicos
 (
Fonte: Elaborado pelo autor
) (
Quantidade de publicações
)
5. CONCLUSÕES 
	O presente estudo comprova o crescimento e a atualidade do tema “Sustentabilidade na Cadeia de Suprimentos”, pois nota-se um constante avanço nas publicações a respeito, tanto na academia nacional como na internacional. A academia internacional destaca-se pela diversidade de aplicações, tornando possível a amplitude das pesquisas teóricas, que são comprovadas em empresas tidas como ferramentas de estudo. A academia nacional destaca-se pelo constante esforço na busca de conceituar e revisar o tema. Ficou comprovado a diversidade de áreas em que este tema pode ser aplicado, possibilitando a gestores e pesquisadores desenvolverem e ampliarem ainda mais seus campos de pesquisa. 
A revisão bibliográfica destaca sua relevância ao expor a importância não somente para aplicá-lo de forma unidirecional ou específica, mas em torno da Cadeia de Suprimentos Global. A amplitude de seu estudo tem se destacado cada vez mais, devido à pressão estabelecida pelos stakeholders, às empresas têm pensado agora, não somente na dificuldade de estabelecer a sustentabilidade em suas Supply Chain, mas nas vantagens que esta ação pode trazer para os negócios.
O estudo mostra que o triple Botton Line ainda persiste para alguns gestores como a grande dificuldade de alcançar o sucesso da sustentabilidade de seus negócios, pois ainda insistem em definir sustentabilidade como algo unicamente levado para as questões ambientais, o que torna um erro grave, pois ela será estabelecida no encontro do equilíbrio dos âmbitos social, ambiental e econômico. Já para outros pesquisadores e gestores o segredo da sustentabilidade na cadeia de suprimentos, se dá pela união e integração dos fornecedores juntamente com o conhecimento empírico do cliente. É preciso pensar de forma sistêmica, onde todos os elos e envolvidos funcionem como um só.
Entre os periódicos que mais publicam artigos na área, destacam-se 3, que são o Emerald Insight, Science Direct e o MDPI - Multidisciplinary Digital Publishing Institute, sendo este último o destaque com 11 publicações.
Para futuras pesquisas futuras sugere-se que o estudo seja realizado utilizando uma única base de dados, pois resultados mais específicos podem ser extraídos, como por exemplo, através de uma revisão bibliométrica.
REFERÊNCIAS
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