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Patologias da reprodução do macho

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Patologias da reprodução do macho
Patologias testiculares:
Alterações de desenvolvimento: 
1. Monorquidismo / anorquidismo/ criptorquidismo 
2. Apêndice testicular 
3. Tecido adrenocortical acessório 
4. Hipoplasia testicular
Alterações degenerativas: principal causa da queda de fertilidade de animais de produção. 
Degeneração testicular
Neoplasias:
Leydigocitoma 
Sertolioma 
Semioma
1. Monorquidismo
Ausência congênita de um dos testículos = não formou durante a fase embrionária.
2. Anorquidismo
Ausência congênita de ambos os testículos
3. Criptorquidismo
Falha na deiscência testicular – testículo intra-abdominal ou próximo do anel inguinal.
*Criptorquidismo
“Ausência de um ou ambos os testículos no escroto devido à interrupção do seu trajeto normal de migração na cavidade abdominal”
• Unilateral é mais comum
• Frequente em equinos e cães
• Fator hereditário
Muita incidência em quarto de milha devido a uma decisão política financeira.
*Deiscência testicular
• Desenvolvimento testicular 
– Caudal aos rins 
Durante a fase fetal o esperado é que ele seja deslocado em direção ao escroto.
• Gubernáculo testicular = ligamento.
Uma porção se liga no testículo e a outra na pele que dará origem ao escroto.
Seu crescimento tem velocidade menor do que o restante do corpo, consequentemente ele traciona o testículo em direção ao anel inguinal.
– Estrutura anatômica que orienta migração dos testículos 
– Se estende até o peritônio parietal, onde se desenvolve o escroto
O gubernáculo aparece na 7ª semana de gestação
Momento da deiscência testicular
O testículo deve migrar ainda na fase fetal – é muito pequeno.
Passa pelo anel inguinal 1 semana ou alguns dias antes do parto.
Controle da deiscência testicular
1. Fatores hormonais:
• Testosterona 
• LH
2. Fatores mecânicos 
• crescimento do gubernáculo testicular = é mais lento do que o restante do organismo.
• peso testicular 
• pressão intra-abdominal = devido ao crescimento dos órgãos, ajudando a tracionar o testículo em direção ao anel inguinal.
3. Substâncias não androgênicas
Etiologia do criptorquidismo
– Descida dos testículos T4, LH e FSH
– Falha na deiscência testicular
1. Ausência do gubernáculo testicular
 2. Desenvolvimento anormal/alteração de posição do gubernáculo.
 3. Crescimento excessivo/ausência de regressão do gubernáculo
4. Dilatação insuficiente do anel inguinal
Localização e características do testículo retido
O testículo acometido fica atrofiado devido a temperatura = bloqueio da espermatogênese (bilateral).
Seu comportamento sexual é mais acentuado, é mais agressivo devido a maior produção hormonal (testosterona).
• Localização:
– Cavidade abdominal 
– Anel inguinal
• Características:
1. Tamanho diminuído 
2. Consistência aumentada devido a fibrose.
3. Semelhante ao hipoplásico total ou degenerado 
4. Bloqueio da espermatogênese = alta temperatura intra-cavitária.
5. Muito susceptíveis ao desenvolvimento de neoplasias 
• Cães: risco 10 x maior de sertolioma
Diagnóstico e Tratamento do criptorquidismo
• Diagnóstico 
1. Anamnese / histórico 
• Agressividade 
• Descendência
2. Exame clínico 
• Ausência de testículo no escroto 
• Palpação do anel inguinal 
• Subcutâneo
2. Exames complementares 
• Ultrassonografia (intra-retal por exemplo).
• Radiografia 
• Dosagem hormonal (criptorquida bilateral = testosterona elevada).
Tratamento:
– Orquietomia total por ser um fator hereditário.
*Diferença de hipoplasia e degeneração testicular: ambos possuem alta incidência em animais de reprodução de todas as espécies. São sinais clínicos e achados laboratoriais são semelhantes.
Uma é uma alteração de desenvolvimento (hipoplasia), e a outra a causa é uma degeneração (adquirida), então se a causa é removida consegue reverter o quadro a tempo.
*Hipoplasia testicular
• Todas as espécies – especialmente touros, cavalos e varrões
• Unilateral 
• gene autossômico recessivo de penetrância incompleta (bovinos)
• Anatomopatológico 
a) Moderado 
b) Severa
c) Total
• Histopatológico
a) Túbulos seminíferos diminuídos 
b) Ausência de espermatogênese
*menor concentração espermática e maior a incidência de patologias (lesões de membrana, caudas dobradas, cabeças destacadas).
Quanto mais grave a hipoplasia menor a concentração espermática e maior a incidência de patologias.
Total = o testículo perde a capacidade de produzir espermatozoides, mas normalmente é unilateral.
1. Hiploplasia testicular moderada
- Somente alguns túbulos seminíferos são hipoplásicos (máx 50%) 
- Espermatogênese diminuída 
- Testículos clínica e macroscopicamente normais
- Diagnóstico difícil
2. Hipoplasia testicular total 
- Quase a totalidade dos túbulos seminíferos é hipoplásica 
- Testículo diminuído e consistente à palpação e resistente ao corte aumentado
 - Oligospermia/azoospermia.
Azoospermia = ausência de espermatozoide (hipoplasia bilateral).
Oligospermia: baixa produção de espermatozoide pelo testículo sadio se for unilateral.
- Altas taxas de patologia 
Hipoplasia testicular unilateral e bilateral
Tratamento:
• Afastar da reprodução, pois é uma alteração de desenvolvimento que pode ser perpetuada.
*Degeneração testicular
• Principal causa de infertilidade e subfertilidade em mamíferos domésticos
• Etiologia multifatorial 
– Difícil diagnóstico da causa primária: aumento de temperatura, coice, inflamação, infecção generalizada que compromete a irrigação do testículo, torção testicular etc.
• Gravidade 
a) Discreta 
b) Severa
Depende de quanto tempo a causa está atuando sobre o animal.
• Testículos acometidos 
a) Unilateral 
b) Bilateral
• Caracterização histológica:
a) degeneração espermática – aumento das patologias espermáticas.
b) queda da espermiogênese – quanto mais crônica a degeneração, menor a concentração e maior a incidência de patologias.
Aguda 
• Consistência flácida devido ao edema (processo inflamatório agudo).
• Tamanho 
a) normal 
b) levemente diminuídos 
• Prognóstico bom
Crônica:
• Diminuição do volume 
• Aumento da consistência testicular 
• Firme e resistente ao corte. 
Aumento do tecido conjuntivo intersticial 
Mineralização dos túbulos seminíferos 
• Prognóstico nebuloso
Principais causas
1. Temperatura elevada 
2. Infecção ou trauma 
3. Nutrição 
4. Lesões vasculares
5. Obstruções da cabeça do epidídimo 
6. Auto-imunidade 
7. Agentes físicos, químicos e tóxicos 
8. Fatores hormonais
Causas da degeneração testicular
1. Temperatura elevada 
• dermatite escrotal 
• excesso de gordura 
• edema 
• hidrocele 
• periorquite/ orquite 
• temperatura ambiente elevada e persistente
2. Infecções / traumas 
• orquitetraumática ou infecciosa
3. Nutrição 
• subnutrição 
• deficiência de vitamina A, fósforo e proteínas
 4. Lesões vasculares 
• torção/compressão do cordão espermático 
• obstrução embólica da artéria espermática 
• inflamações da artéria e veias espermáticas 
• varicocele 
• arteritepor Strongulusvulgaris(equinos)
5- Obstruções da cabeça do epidídimo 
• estenose dos dúctos eferentes
• lesões em outros pontos do epidídimo induzem a desintegração e absorção espermática
Diferenças entre degeneração e hipoplasia testicular
Ambos podem acarretar 
a) Diminuição de tamanho e aumento de consistência 
b) Distúrbios na espermatogênese
Concentrações espermáticas baixas e patologias altas.
Em casos de hipoplasia a concentração não melhora em nenhum momento, assim como as patologias. No caso de degeneração, se o fator for retirado a concentração espermática irá subir e as patologias diminuir.
Diagnóstico 
a) Histórico detalhado (sempre teve infertilidade/subfertilidade ou teve uma queda abrupta?).
b) Espermiogramas periódicos – a cada 60 dias pelo menos, que representa o ciclo completo da espermatogênese.
Espermograma constate: a concentração continua baixa e as patologias elevadas.
Na degeneração volta a ter características de um testículo normal.
Orquite
“Processo inflamatório devido à trauma ou infecção”
a) Aguda - aumento de volume e temperatura, dor, alteração de consistência, perda de função, diminui a libido
b) Crônica - aumento devolume, perda de sensibilidade, alteração de consistência e perda de função.
Tratamento:
Ducha 
Antibióticoterapia (sulfa + trimetropim; enrofloxacina)
Anti inflamatório 
• Etiologia 
a) Traumáticas = touros podem pisar no próprio testículo.
b) Infecciosas 
Podem acarretar uma degeneração.
Patologias do cordão espermático
Varicocele
Inflamação dos vasos sanguíneos que são responsáveis por levar o sangue ao plexo pampiniforme.
• Dilatação das veias do músculo cremáster e do plexo pampiniforme 
• Frequência 
a) Alta: ovinos 
b) Intermediária: equinos 
c) Baixo: bovinos 
• Normalmente acompanhado por trombos
• Predispões à degeneração testicular – falha no processo de termorregulação contracorrente e o sangue chega no testículo com a temperatura mais elevada.
“Dilatação dos vasos do plexo pampiniforme responsáveis pela irrigação do testículo”
• causas desconhecidas
• baixa incidência em animais de pequeno porte
• mesmo quando unilateral pode comprometer a fertilidade do testículo contra-lateral.
Torção do cordão espermático
• Equinos, cães e touros. 
• Pode envolver testículos criptorquidicos 
• Neoplasias predispõe torções
Há comprometimento vascular.
• Cronicidade 
a) Agudo: 24 horas 
b) Semi-agudo: 1 – 10 dias 
c) Crônico: mais de 10 dias
• Achados 
Ruptura vascular 
Hemorragia intersticial 
Isquemia ou Infarto testicular 
Dor
• Diagnóstico 
Sinais clínicos 
ultrassonografia Doppler para avaliar irrigação do testículo.
cirurgia exploratória
• Tratamento 
Agudo - Cirurgia reparativa ou tentar posicionar com mão.
Crônico – Orquiectomia
A medida que o cordão torce o animal tende a ficar com um testículo mais próximo do anel inguinal – pode tentar reposicioná-lo girando (se ele reclama ainda mais e vai mais pra cima, girar pro outro lado que a dor tende a diminuir).
Funiculite
• Etiologia 
a) Sequela de castração 
b) Migração de larvas de Strongyllus sp.
• Evolução 
Peritonite 
Tétano 
Septicemia
Patologias de pênis e prepúcio
*Alterações de desenvolvimento: Fimose / Parafimose
• Diminuição congênita ou adquirida do óstio prepucial
a) Fimose 
Impedimento de protrusão (exteriorizar) do pênis – estreitamento do prepúcio (adquirida ou congênita). Comum em cavalos.
b) Parafimose
Impedimento do recolhimento (retrair) do pênis. Comum em cães.
Etiologia 
a) Congênito
b) Inflamação / neoplasias
Patologias escrotais
Hidrocele
“Acúmulo de fluido límpido no interior da túnica vagina”
A túnica vaginal é muito delgada, possui quantidade pequena de líquido para evitar aderência do testículo na pele e devido a um processo inflamatório ou uma causa desconhecida começa a se observar um acúmulo de fluido nessa região.
• Aumento de volume escrotal
• Unilateral
• Ausência de dor 
– hidrocele primária
Etiologia
a) Primária
• Falha na drenagem linfática
b) Secundaria
• Orquite (traumas)
• Infecção
• Tumor
• Hérnia inguinal
• Pós-operatório
Tratamento:
a) Orquiectomia
b) Hidrocelectomia
Hematocele
“Extravasamento com formação de hematoma no interior do escroto, ao redor do testículo e ao longo do cordão espermático”
• Aumento de volume escrotal
• Unilateral
• Mais doloroso do que a hidrocele
• Secundária a trauma – ruptura de artéria ou vaso.
Piocele
“Acúmulo de fluido heterogêneo no interior da túnica vagina”
• Escroto agudamente inchado
• Dor e calor local
• Febre
• Leucocitose
• Coleção de fluído heterogêneo
• Formação de abscesso
• Secundário a infecção/inflamação

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