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Produção Cultural Brasileira de 1950 a 1970 Produção Cultural Brasileira de 1950 a 1970 Alguns filmes do Cinema Novo foram lançados no período da ditadura civil-militar, o que lhes rendeu muitos problemas com a censura. Diversos longas tiveram de ser filmados novamente, em parte ou na totalidade, e alguns nem chegaram a ser lançados. As temáticas que abordavam os problemas sociais, políticos e econômicos do Brasil não agradavam ao regime militar, assim como os diálogos informais e com palavrões. Diante disso, cineastas como Glauber Rocha acabaram deixando o país em meio aos “Anos de Chumbo”. Influenciados pelo jazz e pelo samba, nomes como João Gilberto, Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Ronaldo Boscoli criaram um estilo musical dotado de um ritmo bastante cadenciado, com letras românticas e contempladoras das paisagens naturais e da beleza das mulheres Bossa Nova Cinema Novo Tratava-se de um movimento idealizado por jovens cineastas inseridos num contexto de decadência dos grandes estúdios cinematográficos brasileiros Inspirados no Neorrealismo italiano e na Nouvelle Vague francesa. Seus filmes tinham o intuito de mostrar a realidade brasileira. Por isso, eram comuns as temáticas sertanejas e das comunidades de favelas e periferias.Os grupos Oficina, capitaneado por José Celso Martinez Corrêa, Arena, liderado por Augusto Boal, e Opinião, de João das Neves, trouxeram à tona uma nova forma de escrever peças e de encená-las. Priorizando autores nacionais, inovaram na estética das produções e na forma de treinamento dos atores que subiam aos palcos. Concretismo Literatura Engajada priorizava a utilização de imagens, o uso da palavra como objeto e a disposição geométrica das palavras. pregava a necessidade de luta contra a opressão social e política, utilizando-se de elementos como a metalinguagem e a relação entre as linguagens verbais e visuais. santiagolopes.isabela@gmail.com Canções de Protesto tinham como principal objetivo demonstrar a insatisfação de uma parcela da sociedade com o golpe e o regime ditatorial implementado no país. A eclosão do golpe civil-militar, em abril de 1964, alterou completamente a cena artística brasileira. Começaram a surgir movimentos artísticos que, direta ou indiretamente, faziam críticas à ditadura e, em contrapartida, eram censurados pelo governo, que atuou de modo incisivo, principalmente por meio do Departamento de Censura de Diversões Públicas (DCDP). Parte 1 Produção Cultural Brasileira de 1950 a 1970 Embora criticados por alguns setores que acreditavam que a música tinha de cumprir um papel social e não podia ser “alienada”, os artistas da Jovem Guarda lançaram tendências de moda e gírias que viraram febre entre os jovens da época, como: “é uma brasa, mora?”, "papo firme”, “iê-iê-iê”. Um movimento que se baseava no Modernismo dos anos 1920, mas com nova roupagem. Eram adeptos do antropofagismo cultural, ou seja, da ideia de deglutir as influências artísticas externas e “vomitar” uma arte genuinamente brasileira. Tropicália Jovem Guarda Possivelmente o movimento musical mais popular de todo esse período, criado a partir do programa de televisão de mesmo nome. A alegria e a descontração foram as principais características desse estilo musical, que contava com artistas como Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa, muito influenciados pelo rock estadunidense e europeu. santiagolopes.isabela@gmail.comParte 2 Sem externar um posicionamento político claro, os tropicalistas compunham letras que criticavam tanto a ditadura quanto os movimentos de esquerda mais tradicionais. Produção Cultural Brasileira de 1950 a 1970
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