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Energia Celular Propriedade dos seres vivos: 1. Possuem uma estrutura complexa, cuja unidade básica de organização é a célula. 2. Adquirem, transformam, armazenam e utilizam energia. 3. Sentem e respondem aos meios externo e interno. 4. Mantêm a homeostase por meio dos sistemas de controle interno e retroalimentação. 5. Armazenam, utilizam e transmitem informação. 6. Reproduzem-se, desenvolvem-se, crescem e morrem. 7. Possuem propriedades emergentes que não podem previstas a partir da soma simples das partes. 8. Os indivíduos adaptam-se e as espécies evoluem. Para que tudo isso ocorra a energia é essencial, pois sem ela para o crescimento, o reparo e a manutenção do meio interno, a célula é como uma cidade fantasma cheia de edifícios que vão lentamente se transformando em ruínas. Todas as células utilizam energia do seu ambiente para crescer. As plantas capturam a energia do sol por meio da fotossíntese. Já os animais, não podem, eles têm de importar a energia das ligações químicas pela ingestão de biomoléculas de plantas ou de outros animais. Ao final, no entanto, a energia armazenada pela fotossíntese acaba sendo a fonte de energia para todos os animais, incluindo os seres humanos. • Os animais extraem energia de biomoléculas através da respiração. • Se ingerem mais energia do que o necessário, o excesso é armazenado nas ligações químicas, assim como ocorre nas plantas. (O glicogênio e as moléculas lipídicas são os principais estoques de energia). • Estas moléculas de armazenamento estão disponíveis para uso quando as necessidades de energia do animal excedem a sua ingestão alimentar. Conceitos: Energia pode ser definida como a capacidade de realizar trabalho e este trabalho significa três itens específicos: 1. Trabalho químico: é a síntese e quebra de ligações químicas. Permite que células e organismos cresçam, mantenham um ambiente interno favorável e armazenem informação necessária para a reprodução e outras atividades. 2. Trabalho de transporte: permite às células mover íons, moléculas e partículas maiores através da membrana celular e das membranas das organelas da célula. É particularmente útil para criar gradientes de concentração. 3. Trabalho mecânico: em animais é utilizado para gerar movimento. No nível celular, movimento inclui o movimento de organelas dentro de uma célula, mudança na forma das células e batimento de cílios e flagelos. No nível macroscópico nos animais, o movimento, em geral, envolve a contração muscular. A maior parte do trabalho mecânico é mediada por proteínas motoras que constituem certas fibras intracelulares e filamentos do citoesqueleto. Existe a divisão em dois tipos de energia: • Cinética: é a energia do movimento • Potencial: é a energia armazenada (nas ligações químicas, a energia potencial é armazenada na posição dos elétrons que formam a ligação) É medida em quilocalorias (kcal), durante o metabolismo. (Uma quilocaloria é a quantidade de energia necessária para elevar a temperatura de 1 litro de água em 1 grau Celsius.) Uma característica-chave de todos os tipos de energia é a capacidade da energia potencial de se converter em energia cinética e vice-versa. Mas essa conversão nunca é 100% eficiente, já que uma parte da energia é perdida para o meio sob a forma de calor. Exemplo: Muitos processos fisiológicos no corpo humano não são muito eficientes. Por exemplo, 70% da energia utilizada no exercício físico é perdida sob a forma de calor, em vez de ser transformada no trabalho da contração muscular Em sistemas biológicos, a energia potencial é armazenada em gradientes de concentração e ligações químicas. E é transformada em energia cinética quando necessária para realizar trabalho químico, de transporte ou mecânico. Termodinâmica: Lei que trata sobre a transferência de energia em sistemas biológicos e no universo. 1. Lei da conservação de energia: a quantidade total de energia no universo é constante. O universo é considerado um sistema fechado – nada entra e nada sai dele, “tudo se transforma” Divergência: o corpo humano não é um sistema fechado. Como um sistema aberto, ele troca matéria e energia com o seu meio externo. Como o nosso corpo não pode criar energia, ele a importa do exterior, na forma de alimento. Além disso, o nosso corpo perde energia, sobretudo na forma de calor, para o meio externo. A energia que permanece dentro do corpo pode ser convertida de um tipo em outro, ou pode ser utilizada para realizar trabalho. 2. Lei da Entropia: postula que processos espontâneos naturais vão de um estado de ordem (não aleatório) para uma condição de aleatoriedade ou de desordem. Exemplo: criar e manter a ordem em um sistema aberto como o corpo requer a entrada de energia. A desordem ocorre quando um sistema aberto perde energia para o seu meio externo sem recuperá-la. Isso significa que a entropia do sistema aberto aumentou. Analogia: cidade fantasma. Quando as pessoas colocam toda a sua energia em atividades fora da cidade, esta lentamente cai em abandono, tornando-se menos organizada (sua entropia aumenta). Esse fluxo de energia através de sistemas biológicos é conhecido como bioenergética. Reações químicas: Em uma reação química, uma substância torna- se diferente, pela ruptura e/ou formação de ligações covalentes. Uma reação começa com uma ou mais moléculas chamadas de reagentes e termina com uma ou mais moléculas chamadas de produtos. Taxa da reação: A taxa da reação é medida como a mudança na concentração durante certo período de tempo e é, muitas vezes, expressa em molaridade por segundo (M/s). Energia livre: É a energia potencial armazenada nas ligações químicas de uma molécula. Quanto mais complexas as moléculas, mais ligações químicas...portanto, mais energia livre. É esse fator de alta energia livre que define as moléculas utilizadas para armazenar energia – Glicogênio. Energia de ativação: É a entrada inicial de energia necessária para que ocorra uma reação. • Uma reação com baixa energia de ativação ocorre espontaneamente quando os reagentes são colocados juntos – vinagre + bicarbonato = dióxido de carbono. • As reações com alta energia de ativação não ocorrerão espontaneamente ou ocorrerão muito lentamente para serem úteis. Uma variação no nível da energia livre significa que a reação libera ou captura energia: • Reação exergônica: liberam energia porque os produtos possuem menos energia do que os reagentes. Um exemplo importante de uma reação exergônica é a combinação de ATP e água para formar ADP, fosfato inorgânico (Pi) e H. A energia é liberada durante esta reação quando a ligação fosfato rica em energia da molécula de ATP é quebrada: • Reação endergônica: capturam alguma energia de ativação nos produtos, que, então, possuirão mais energia livre do que os reagentes. São geralmente reações de síntese. Por exemplo, uma reação endergônica une várias moléculas de glicose para criar o polímero de glicose glicogênio. A molécula complexa de glicogênio possui mais energia livre que as moléculas simples de glicose utilizadas para a sintetizar. A maneira mais simples para uma célula adquirir energia de ativação é acoplar uma reação exergônica a uma endergônica. Algumas das reações acopladas mais conhecidas são aquelas que utilizam a energia liberada pela quebra da ligação de alta energia do ATP para impulsionar uma reação endergônica Neste tipo de reação acoplada, as duas reações ocorrem simultaneamente e no mesmo local, de modo que a energia do ATP pode ser utilizada imediatamente para impulsionar a reação endergônica entre os reagentes. Nem sempre é prático para as reações estarem diretamente acopladas desse modo.Consequentemente, as células vivas desenvolveram maneiras para capturar a energia liberada pelas reações exergônicas e poupá-la para ser utilizada depois. • O método mais comum é capturar a energia na forma de elétrons de alta energia conduzidos pelos nucleotídeos. As moléculas de nucleotídeos NADH, FADH2 e NADPH todas capturam energia nos elétrons dos seus átomos de hidrogênio. • NADH e FADH2 geralmente transferem a maior parte da sua energia para o ATP, o qual pode ser utilizado, então, em uma reação endergônica. Variação líquida da energia livre determina a reversibilidade da reação: A variação líquida da energia livre da reação em um sentido contribui para a energia de ativação da reação no sentido oposto. Quanto maior a energia de ativação, menor a probabilidade de que a reação ocorra espontaneamente. Teoricamente, todas as reações podem ser revertidas com entrada de energia suficiente, porém algumas reações liberam tanta energia que são essencialmente irreversíveis. Um dos principais motivos pelo qual muitas reações biológicas são reversíveis é o fato de serem auxiliadas por proteínas especializadas, chamadas de enzimas. Enzimas: Aceleram as reações químicas, através da diminuição da energia de ativação. E não são degradadas no processo. Podem ser ativadas, inativadas ou moduladas. Também são chamadas de catalisadores biológicos. Metabolismo: Refere-se a todas as reações químicas que ocorrem em um organismo. Essas reações extraem energia das biomoléculas dos nutrientes (como proteínas, carboidratos e lipídeos) e sintetizam ou degradam moléculas. Tipos: • Catabolismo: libera energia através da degradação de biomoléculas grandes. • Anabolismo: consome energia que resultam na síntese de biomoléculas grandes. Ambos ocorrem simultaneamente nas células por todo o corpo, de modo que, em qualquer momento, algumas biomoléculas estão sendo sintetizadas, ao passo que outras estão sendo degradadas. • Muita da energia liberada durante o catabolismo é armazenada em ligações fosfato de alta energia do ATP ou em elétrons de alta energia do NADH, FADH2 ou NADPH. As reações anabólicas, então, transferem energia desses transportadores temporários para as ligações covalentes das biomoléculas.
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