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Administração III

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AN
O2018
MÓDULO III
Sumário
ADMINISTRAÇÃO MÓDULO III
Gestão da Produção e de Materiais 09
Direito Tributário e Previdenciário 61
Direito Administrativo 99
Gestão de Qualidade 239
Administração
MÓDULO III
Gestão da Produção e de Materiais 11
PROFISSIONAL DO
EDUCAÇÃO
TRABALHO, EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Administração Módulo III
UNIDADE I – EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO
1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO
Na pré história já acontecia a industrialização quando o homem polia a pedra para transformá-
la em ferramentas. O artesão foi o primeiro a produzir organizadamente. Com o passar do tempo o 
artesão foi sendo substituído pela indústria. Neste caso podemos citar a evolução da produção em 
pequenas para grandes escalas, como a produção em série e utilizando cada vez mais a tecnologia 
para produzir mais com menos recurso, ou seja, buscando sempre maior produtividade para ter 
mais competitividade de mercado. A cultura de melhoria contínua através de técnicas sofisticadas 
sempre ocorreu através do tempo.
A industrialização são atividades que levam a transformação de um bem tangível para outro 
com maior utilidade.
Com a revolução industrial surge a necessidade de padronização em massa, a preocupação era 
produzir o máximo. O Japão após a Segunda Guerra Mundial desenvolvem estratégias empresariais, 
voltada para exportação e conquistar o mercado mundial. O americano estava atrelado em 
quantidade de produção e o Japonês se preocupava em atender em qualidade.
As empresas foram obrigadas a ouvir o mercado e saber o que o mercado quer. Isto define e 
revoluciona todo o processo industrial onde as empresa começam a traçar estratégias competitivas, 
como: inovação, flexibilidade, custo competitivo, qualidade, produtividade.
PROFISSIONAL DO
EDUCAÇÃO
TRABALHO, EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Administração Módulo III
12 Gestão da Produção e de Materiais
Gestão da Produção e de Materiais 13
PROFISSIONAL DO
EDUCAÇÃO
TRABALHO, EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Administração Módulo III
2. O PLANEJAMENTO EMPRESARIAL
Auxilia no andamento eficaz da empresa, diz respeito a capacidade de planejar as atividades, 
principalmente no sentido de fazer agora para chegar depois ao lugar ou situação desejada.
• Fatores para o planejamento da micro e pequena empresa
- Facilidades em adequar as novas situações
- Relacionar diretamente com os clientes
- Expansão de mercado
- Diferencial da empresa
- Recursos disponível
- Sazonalidade
- Parcerias com outras empresas
- Tecnologia e informática
• Benefícios do planejamento
- Maior produtividade
- Melhora o direcionamento da empresa
- Antecede fatos importantes
- Reduz a margem de erro
• Etapas do planejamento
- Reconhecimento da situação atual
- Definição da situação ideal desejada
- Identificação do que falta para chegar lá
- Levantamento de solução possíveis
- Escolha da melhor solução
- Organização dos recursos e atividade para executar
- Implantação ou ação
- Controle ou acompanhamento
UNIDADE II – O PLANEJAMENTO EMPRESARIAL
PROFISSIONAL DO
EDUCAÇÃO
TRABALHO, EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Administração Módulo III
14 Gestão da Produção e de Materiais
Gestão da Produção e de Materiais 15
PROFISSIONAL DO
EDUCAÇÃO
TRABALHO, EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Administração Módulo III
3. ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO
As empresas buscam um melhor posicionamento competitivo nos mercados mundiais, mas 
principalmente quanto se trata de micro e pequenas empresas, a preocupação é a sua sobrevivência, 
e para isto deve ter todas as informações necessárias para antever os acontecimentos.
3.1 CONCEITO DA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO
Área da administração que cuida dos recursos físicos e materiais que realizam o processo 
produtivo. Seu objetivo é alcançar a eficiência e eficácia com efetividade, sendo seus fatores e 
recursos:
Fatores:
• Insumos – matéria-prima qualificada e mais barata;
• Trabalho – mão-de-obra adequada, reciclada e atualizada;
• Capital – dinheiro (investimento);
3.2 SETORES DA PRODUÇÃO e SETORES DA ECONOMIA SETORES DA PRODUÇÃO
O setor primário (no Brasil), ou sector primário (em Portugal), é o conjunto de atividades 
econômicas que produzem matéria-prima. Isto implica geralmente a transformação de 
recursos naturais em produtos primários. Muitos produtos do setor primário são considerados 
como matérias-primas levadas para outras indústrias, a fim de se transformarem em produtos 
industrializados. Os negócios importantes neste setor incluem agricultura, agronegócio, a pesca, a 
silvicultura e toda a mineração e indústrias pedreiras.
As indústrias fabris em sentido diversificado, que agregam, embalam, empacotam, purificam 
ou processam as matérias-primas dos produtores primários, normalmente se consideram parte 
deste setor, especialmente se a matéria-prima é inadequada para a venda, ou difícil de transportar 
a longas distâncias. Embora o tráfego atualmente está um caos, vale a pena produzir alimentos 
para a subsistência e comercializar. Segundo a nomenclatura econômica, o "setor primário" está 
dividido em seis atividades econômicas:
• Agricultura - Pecuária - Extrativismo vegetal - Caça - Pesca - Mineração
O setor secundário é o setor da economia que transforma produtos naturais produzidos pelo 
setor primário em produtos de consumo, ou em máquinas industriais (produtos a serem 
utilizados por outros estabelecimentos do setor secundário).
Geralmente apresenta porcentagens bastante relevantes nas sociedades desenvolvidas. É 
nesse setor, que podemos dizer que a matéria-prima é transformada em um produto manufaturado. 
A indústria e a construção civil são, portanto, atividades desse setor. Existe grande utilização do 
factor capital.
UNIDADE III – ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO
PROFISSIONAL DO
EDUCAÇÃO
TRABALHO, EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Administração Módulo III
16 Gestão da Produção e de Materiais
O sector terciário (em Portugal), também conhecido como setor serviços, no contexto da 
economia, envolve a comercialização de produtos em geral, e o oferecimento de serviços 
comerciais, pessoais ou comunitários, a terceiros.
Definição
O setor terciário é definido pela exclusão dos dois outros setores[1]. Os serviços são definidos 
na literatura econômica convencional como "bens intangíveis".
O setor terciário é o setor da economia que envolve a prestação de serviços às empresas, bem 
como aos consumidores finais. Os serviços podem envolver o transporte, distribuição e venda 
de mercadorias do produtor para um consumidor que pode acontecer no comércio atacadista ou 
varejista, ou podem envolver a prestação de um serviço, como o antiparasitas ou entretenimento. 
Os produtos podem ser transformados no processo de prestação de um serviço, como acontece no 
restaurante ou em equipamentos da indústria de reparação. No entanto, o foco é sobre as pessoas 
interagindo com as pessoas e de servindo ao consumidor, mais do que a transformação de bens 
físicos.
As últimas décadas foram marcadas por importantíssimas conquistas científicas e fantásticas 
inovações tecnológicas, que acabaram por provocar profundas transformações no estilo de vida 
das pessoas. Diante dessa conjuntura as empresas, que vendem excelência, trataram de reinventar 
as suas estruturas.
SETORES
Ao Primeiro Setor, representado pelo Governo, cabe a missão de daroportunidades (iguais) 
para que a população tenha acesso a serviços públicos de excelente qualidade, como uma das 
formas de eliminar o perverso abismo que separa a ilha dos ricos do oceano dos pobres. A política 
de desenvolvimento econômico deve privilegiar a geração de empregos e a melhoria da distribuição 
de renda, como pré-requisitos para que o país melhore a sua classificação no ranking mundial do 
IDH - índice de desenvolvimento humano.
Na iniciativa privada vamos encontrar o Segundo Setor, que tem no lucro a sua singular 
motivação. Estatísticas divulgadas pela imprensa comprovam que o índice de mortalidade de 
pequenas empresas tem sido excessivamente elevado. Entre as causas desses tropeços destacam-se 
falhas de planejamento e de pesquisas de mercado, recursos financeiros insuficientes para capital de 
giro, inexperiência em gestão empresarial e relacionamento insatisfatório junto à clientela. Apostar 
na melhoria contínua do processo é uma das mais inteligentes estratégias gerenciais.
No Terceiro Setor encontram-se os mais diversos tipos de instituições sem fins lucrativos e 
os investimentos em projetos sociais desenvolvidos pela iniciativa privada. Este setor,que movimenta 
bilhões de dólares mundialmente e gera milhões de empregos,tem como objetivo maior tornar a 
sociedade mais justa economicamente e mais igualitária socialmente. A importância do tema nos 
leva à uma reflexão sobre o editorial da revista "Falando de Qualidade" (edição de 04/2004): "Tem 
como base de sustentação a ética, que se expressa por meio dos princípios e valores adotados pela 
organização,pois não adianta remunerar mal os funcionários, corromper a área de compras dos 
clientes, pagar propinas aos fiscais do governo e, de outro lado, desenvolver programas junto a 
entidades sociais da comunidade. Esse comportamento não segue uma linha de coerência entre o 
discurso e a ação."
O Quarto Setor, sinônimo da economia informal, sobrevive através de criativos artifícios para 
fugir das garras do leão do imposto de renda. Com passaporte multinacional, o setor não tem 
preconceito, não discrimina e não provoca exclusão social, profissional, racial, eleitoral, empresarial 
ou digital.
Gestão da Produção e de Materiais 17
PROFISSIONAL DO
EDUCAÇÃO
TRABALHO, EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Administração Módulo III
Recursos:
• De materiais (adm. De produção);
• Financeiros (adm. Financeiro);
• Humanos (adm. De pessoal);
• Mercadológicos (adm. Mercadológica);
• Administrativo (adm. Geral);
3.3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Segundo Chiavenato, pg. 208, o desenho ou estrutura organizacional decorre da diferenciação 
de atividade dentro da empresa. Ou seja, a empresa é dividida em departamento, áreas no qual 
cada uma tem suas atividades sendo representada por um organograma.
organograma
Obs. “Aplicar aquilo que conhecemos e buscar aquilo que não conhecemos.” - Base do 
Administrador.
3.4 CLASSIFICAÇÃO DOS PRODUTOS / SERVIÇOS
Área produtiva é classificada em produção de bens tangíveis e intangíveis:
Bens tangíveis:
De consumo
Duráveis (geladeira) 
Semiduráveis (roupas) 
Perecíveis (alimentos)
De produção
Equipamentos industriais
Bens intangíveis ou serviços
Prestadores de serviços
PROFISSIONAL DO
EDUCAÇÃO
TRABALHO, EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Administração Módulo III
18 Gestão da Produção e de Materiais
3.5 COMPONENTES DOS PRODUTOS / SERVIÇOS
A. Embalagem: madeira, plástico, vidro, etc...
- Tem as funções técnicas sobre o produto;
- Tem as funções logísticas sobre o transporte e armazenagem;
- Tem as funções de comunicação, ou seja, as orientações ao consumidor; 
B. Qualidade: interna e externa
C. Custo: custo de produção, custo de armazenagem/estocagem e custo de distribuição.
- Custo de produção – direto e indireto:
Direto – materiais (insumos) e mão-de-obra (direta);
Indireto – despesas gerais de produção e despesas de mão-de-obra indireta;
- Custo de armazenagem / estocagem: 
Aluguel de deposito / salário;
Seguro / despesas financeiras;
Máquina / equipamentos de movimentação;
- Custo de distribuição: 
Transporte.
3.6 DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS / SERVIÇOS
Estudo e pesquisa, criação, adaptação, melhorias na empresa. Levar em consideração os 
seguintes passos para desenvolvimento de novos produtos: geração da idéia, especificações 
funcionais, seleção do produto, projeto preliminar, construção do protótipo, testes, projeto final, 
introdução e avaliação.
3.7 - SISTEMA DE PRODUÇÃO
O sistema produtivo pode ser exemplificado da seguinte forma: 
Processo Produtivo
 Entrada Saídas
 Fornecedores Clientes
 
 Produção
Sob encomenda em lotes contínua
pedido volume volume
Almoxarifado
de matérias primas
Produção Máquinas
Mão de Obra
Materiais e Equipamentos
Almoxarifado/
Depósito de 
Produtos Acabados
Gestão da Produção e de Materiais 19
PROFISSIONAL DO
EDUCAÇÃO
TRABALHO, EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Administração Módulo III
3.8 O IMPACTO NA TECNOLOGIA DO CONHECIMENTO E EQUIPAMENTO
Implementação da informática na empresa com intuito de dinamizar e otimizar tempo nas 
informações de dados.
Tecnologia no processo produtivo trazendo otimização de recursos, buscando maior eficiência 
na produção como rapidez, qualidade, segurança e produção. Nas áreas do:
Conhecimento:
- Mão-de-obra não qualificada;
- Mão-de-obra qualificada;
- Mão-de-obra especializada;
Equipamento:
- Com tecnologia – intensiva;
- Com média tecnologia;
3.9 CAPACIDADE INSTALADA E CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
Capacidade instalada - é a capacidade máxima que a empresa comporta produzir.
Capacidade de produção - é a capacidade instalada com os recursos: materiais, humanos e 
financeiros.
*obs. Para calcular esta capacidade terá que levar em consideração os seguintes itens:
Medidas de tempo: 
Homens hora de trabalho; 
Carga horária da maquina; 
Tempo de atendimento;
3.10 LOCALIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES
• Proximidade Da Mão-De-Obra;
• Proximidade Da Matéria-Prima – Fornecedor;
• Proximidade do mercado consumidor;
• Facilidade do transporte;
• Infra-estrutura;
• Tamanho do local;
• Incentivos fiscais;
3.11 - LAYOUT / ARRANJO FÍSICO
É a disposição física dos equipamentos, pessoas e materiais da melhor maneira, mais adequada 
ao processo produtivo.
Importância de um bom arranjo físico
De acordo com Petrônio G. Martins e Fernando P. Laugeni (1998 – pg 108) “a 
sequência lógica a ser seguida para o layout é: localização da unidade industrial, 
determinação da capacidade, layout da empresa. Os tipos de layout são: por 
processo ou funcional; em linha; celular; por posição fixa e combinados.
PROFISSIONAL DO
EDUCAÇÃO
TRABALHO, EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Administração Módulo III
20 Gestão da Produção e de Materiais
Etapas para a elaboração do layout:
- Determinar a quantidade a produzir
- Planejar o todo e depois as partes
- Planejar o ideal e depois o prático
- Seguir a sequência: local – layout global – layout detalhado
- Calcular o número de máquinas
- Selecionar e elaborar o tipo de layout considerando o processo e as máquinas
- Planejar o edifício
- Desenvolver instrumentos que permitam a clara visualização do layout
- Utilizar a experiência de todos
- Verificar o layout e avaliar a solução
- “Vender” o layout
- Implantar
-
 Layout por produto – é a disposição que demonstra as operações do produto; Entrada
- Layout por processo – é a disposição que demonstra as etapas, seções de cada processo;
3.12 - PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUÇÃO
Tem a finalidade aumentar a eficiência e eficácia da produção. Planeja, organiza, direciona e 
controla op desempenho produtivo.São quatro as fases de Planejamento e Controle de Produção (P.C.P.).
- Projeto de Produção:
- Quantidade e características das maquinas e equipamentos;
- Quantidade de pessoal disponível – inventario das pessoas, cargos e funções em cada 
área;
- Volume de estoques e tipos de matéria-prima – inventario de estoques;
- Métodos e procedimentos de trabalho – cálculos;
- Coleta de informações:
- Movimentação / fluxograma da produção – capacidade produtiva;
- Horário de trabalho – cronograma;
- Volume necessário – estoque (compra, venda, produção p/ alcançar as metas);
- Tempo padrão / tarefas;
Entrada
Seção
B Saída
Seção
A
Seção
C
Gestão da Produção e de Materiais 21
PROFISSIONAL DO
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TRABALHO, EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Administração Módulo III
- Planejamento de Produção:
 Capacidade de produção
- Implementação do plano;
Seções JAN FEV MAR ABR MAI
A
B
C
- Execução do Plano de execução – emissão de ordens que deverão ser executadas: (ordem 
de produção, montagem, serviço, compra);
- Controle de Produção – acompanhar, avaliar e regular as atividades produtivas; tem a finalidade 
de correção e prevenção das falhas, avaliando a produção composta por:
- Estabelecimento de padrões: padrão de quantidade, padrão de qualidade, padrão de tempo 
e padrão de custos;
i. Padrão de quantidade: volume de produção, nível de estoque, nível de horas 
trabalhadas.
ii. Padrão de qualidade: controle de qualidade de matérias-primas / produtos acabados,
especificação de produtos.
iii. Padrão de tempo: tempo padrão, tempo médio de estocagem, padrões de rendimento. iv. 
Padrão de custos: ver anterior
- Avaliação e comparação de dados – Benchmarketing (melhor resultado).
- Manutenção É a técnica utilizada para aumentar e aproveitar melhor a vida de máquinas 
e equipamentos. Há dois tipos de manutenção: preventiva e corretiva.
- A manutenção preventiva estabelece parada periódicas para que sejam realizadas trocas 
de peças gastas, apertos, assegurando um funcionamento perfeito do maquinário ou 
equipamento.
- Manutenção corretiva – quando repara os defeitos após problemas já ocorrido
Previsão de vendas
Capacidade de Produção
Plano de Produção
Nível de Estoque
PROFISSIONAL DO
EDUCAÇÃO
TRABALHO, EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Administração Módulo III
22 Gestão da Produção e de Materiais
Principais objetivos do planejamento e controle da produção são:
- Atender a clientela dentro dos prazos e quantidade negociadas
- Reduzir Custos
- Fornecer informações sobre o que, quando e quanto comprar de matérias-primas e 
insumos
- Assegurar a plena utilização da capacidade instalada e do pessoal disponível
- Aumentar a rapidez de circulação do material, evitando a formação de estoques 
intermediários desnecessários, reduzindo assim o prazo de produção
- Para planejar melhor a produção é preciso conhecer todos os fatores que estão 
no processo produtivo como materiais, pessoas, qualidade desejada, capacidade de 
produção dos equipamentos, prazo de entrega, pedidos existentes e outros. Estabelecer 
sequência nas operações, elaborar um programa de produção
O controle da produção são os registros das atividades exercidas e comparando o que foi 
planejado e o realizado.
Produtividade
Significa produzir o máximo possível com as pessoas, máquinas e materiais com menor recurso 
possível, podendo ser representado também pela fórmula:
Quadro da pagina 3 da obra Controle da Qualidade Total - TQC de Vicente Falconi Campos - 1992.
Pessoas treinadas e motivadas aumentam em muito a produtividade, reduzindo sobremaneira 
os acidentes e o custo final do produto.
3.13 - ESTOQUES
A avaliação de estoques parece ter sido a primeira das aplicações gerenciais da Contabilidade 
de Custos é geralmente aceito que os problemas de avaliação de estoques estão na própria origem 
da Contabilidade de Custos – foi para resolvê-las que procedimentos típicos de análise e apuração 
de custos começaram a ser desenvolvidos.
3.13.1 - CONCEITO DE ESTOQUE
O termo "estoque" designa o "conjunto" dos itens materiais de propriedade da empresa que:
• São mantidos para venda futura;
• Encontra-se em processo de produção; ou
• São correntemente consumidos no processo de produção de produtos ou serviços a serem 
vendidos. Ativos considerados estoques:
• Mercadorias para comércio ou produtos acabados (matéria-prima e mercadorias mantidas 
para venda);
• materiais para produção (materiais comprado com a intenção de incorporá-los ao produto 
final através do processo produtivo);
Produtividade =
número de peças produzidas(Valor produzido)
esforço e recurso utilizado p/ produzir(Valor Consumido)
Gestão da Produção e de Materiais 23
PROFISSIONAL DO
EDUCAÇÃO
TRABALHO, EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Administração Módulo III
• materiais em estoque não destinados à produção normal, chamados também de indiretos, 
auxiliares ou não produtivos (itens fisicamente não incorporados ao produto final, como 
ferramentas, material de limpeza e segurança);
• produtos em processo de fabricação ou elaboração (que inclui material direto, mão-de-
obra direta e custos gerais de fabricação) – devem refletir o custo atual dos produtos em 
processo;
• custo das importações em andamento referente a itens de estoque.
As empresas comerciais – tendo como função a revenda de bens adquiridos prontos de seus 
fornecedores- têm avaliação de seus estoques simplificada.
Os estoques limitam-se, em geral, ao estoque de produtos destinados à comercialização e 
ao estoque de materiais diversos ou auxiliares que, referindo-se a itens adquiridos prontos, tem 
o seu custo disponível nos documentos de aquisição, restando, apenas para a devida avaliação do 
estoque, aplicar, sobre esse custo, o método de apuração definido na legislação em vigor.
As empresas industriais, por sua vez, transformando matérias-primas e acoplando componentes 
para compor o produto final, apresenta, além dos estoques encontrados nas empresas comerciais, 
os estoques de matérias- primas para produção e os estoques de produtos em processamento, cujos 
itens, uma vez concluídos, são transferidos para o estoque de produtos acabados, correspondente 
ao estoque de bens para venda das empresas comerciais.
3.13.2 – CLASSIFICAÇÃO E NÍVEIS DE ESTOQUE
A empresa precisa conhecer seus estoques e obter as informações necessárias p/ saber o 
estoque ideal para um item. Para que isso ocorra há necessidade de pelo menos dois itens: fichário 
de estoque e classificação A, B, C.
Classificação de estoques mais importantes
Recomenda-se controlar aqueles mais importantes, que consomem um grande volume de 
recursos. Para identificar quais os produtos a serem controlados, subdivide-se em três classes de 
ítens, A, B e C. 
Classe A – os mais importantes, consomem grande volume de recursos.
Classe B – Corresponde a quantidade média de ítens e com um valor expressivo.
Classe C – Representam grande quantidade de controle , mas com pouco volume de recursos.
- Fichário de Estoque
Banco de dados sobre os materiais, um conjunto de informações contendo: identificação
(nome, número, especificações), controle (lote mínimo, demanda, preço unitário), rotação
(pedido de reposição, recebimento e retiradas do material), saldo existente (pedido e reserva).
- Classificação A,B, C,
Dividir o estoque em três classes:
Classe A-
Classe B-
Classe C-
15 a 20%-
40%-
40%-
representa 80% valor do estoque.
representa 15% valor do estoque. 
representa 05% valor do estoque.
PROFISSIONAL DO
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TRABALHO, EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Administração Módulo III
24 Gestão da Produção e de Materiais
Níveis de estoque
Deve-se levar em consideração vários aspectos:
- Tempo de reposição: emissão do pedido, preparação do pedido, transporte
- Estoque Mínimo
- Estoque Máximo
3.13.3 – PRINCIPAIS TIPOS DE ESTOQUE
- Matéria prima
- Materiais de expediente e limpeza
- Peças e componentes
- Produtos em processo de elaboração
- Produtosacabados
- Mercadorias
- Ferramentais
- Embalagens
3.13.4 - MÉTODOS HABITUAIS DE CODIFICAÇÃO DE ESTOQUE
O objetivo da classificação de materiais é definir uma catalogação, simplificação, 
especialização, normatização, padronização e codificação de todos os materiais componentes do 
estoque da empresa, para existir um controle eficiente dos estoques.
No método mais usual, as mercadorias ou produtos são classificados da seguinte maneira:
1. GRUPO
1.1 SUB GRUPO
1.1.1 ESPECIFICAÇÃO EX. 1.1.1 CANETA AZUL
GRUPO 1 – MATERIAL DE ESCRITORIO
SUB-GRUPO 1.1 CANETA
ESPECIFICAÇÃO 1.1.1 MARCA/COR
3.13.5 - CONTROLE DE ESTOQUE
As informações deverão estar sendo monitoradas para ajudar nas decisões, nestes controles 
também deve verificar a rotatividade dos produtos, para isto é calcular rotatividade = consumo 
médio : estoque médio. Podendo ser diário, semanal, quinzenal, mensal, bimestral, anual conforme 
a necessidade da empresa.
3.13.6 - OBJETIVO PRINCIPAL DO CUSTEIO DOS ESTOQUE E A SELEÇÃO DOS MÉTODOS DE CUSTEIO.
O maior objetivo do custeio do estoque é a determinação de custos adequados às vendas, de 
forma que o lucro apropriado seja calculado.
Em adição ao fator lucro, existe um número de outros fatores que influenciam as decisões 
relativas à seleção dos métodos de custeio de estoque.
A lista destes fatores, excluindo a definição de lucro, incluiria:
• aceitação do método pelas autoridades do Imposto de Renda;
Gestão da Produção e de Materiais 25
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Administração Módulo III
• a parte prática da determinação do custo;
• objetividade do método;
• utilidade do método para decisões gerenciais.
3.13.7 - AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES
O princípio contábil de Custo de Aquisição determina que se incluam no custo dos materiais, 
além do preço, todos os outros custos decorrentes da compra, e que se deduzam todos os descontos 
e bonificações eventuais recebidas.
O método de avaliação escolhido afetará o total do lucro a ser reportado para um determinado 
período contábil. Permanecendo inalterados outros fatores, quanto maior for o estoque final 
avaliado, maior será o lucro reportado, ou menor será o prejuízo. Quanto menor o estoque final, 
menor será o lucro reportado, ou maior será o prejuízo.
Considerando que vários fatores podem fazer variar o preço de aquisição dos materiais entre 
duas ou mais compras (inflação, custo do transporte, procura de mercado, outro fornecedor, etc.), 
surge o problema de selecionar o método que se deve adotar para avaliar os estoques.
Os métodos mais comuns são:
• Custo médio;
• Primeiro a entrar, primeiro a sair (PEPS);
• Último a entrar, primeiro a sair (UEPS).
Custo Médio
Este método, também chamado de método da média ponderada ou média móvel, baseia-se 
na aplicação dos custos médios em lugar dos custos efetivos. O método de avaliação do estoque ao 
custo médio é aceito pelo Fisco e usado amplamente.
Para ilustrar numericamente, suponha-se que uma empresa, no início do mês de março, 
possua um estoque (inicial) de 20 unidades de certa mercadoria avaliada a R$ 20 cada uma, ou 
seja, um total de R$ 400 de Estoque Inicial. A movimentação dessa mesma mercadoria em março é 
a seguinte:
Data Operação
5/mar. compra de 30 unidades a $ 30 cada
11/mar. Venda de 10 unidades
17/mar. Venda de 20 unidades
23/mar. compra de 30 unidades a $ 35 cada
29/mar. Venda de 10 unidades
Suponha as seguintes informações:
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Administração Módulo III
26 Gestão da Produção e de Materiais
• As 10 unidades vendidas dia 11/mar. saíram do lote comprado dia 5/mar.;
• As 20 unidades vendidas dia 17/mar. saíram do estoque inicial;
• As 20 unidades vendidas dia 29/mar. saíram do lote comprado dia 23/mar.
Primeiro a entrar, primeiro a sair (PEPS)
Com base nesse critério, dá-se saída no custo da seguinte maneira: o primeiro que entra é o 
primeiro que sai (PEPS). À medida que ocorrem as vendas, vamos dando baixas no estoque a partir 
das primeiras compras, o que eqüivaleria ao raciocínio de que vendemos/compramos primeiro as 
primeiras unidades compradas/produzidas, ou seja, a primeira unidade a entrar no estoque é a 
primeira a ser utilizada no processo de produção o ou a ser vendida.
Dentro desse procedimento, o estoque é representado pelos mais recentes preços pagos 
apresentando, dessa forma, uma relação bastante significativa com o custo de reposição. 
Obviamente, com a adoção desse método, o efeito da flutuação dos preços sobre os resultados é 
significativo, as saídas são confrontadas com os custos mais antigos, sendo esta uma das principais 
razões pelas quais alguns contadores mostra-se contrários a esse método. Entretanto, não é objeto 
do o procedimento em si, e sim o conceito do resultado (lucro).
As vantagens do método são:
• Os itens usados são retirados do estoque e a baixa é dada nos controles de maneira lógica 
e sistemática;
• O resultado obtido espelha o custo real dos itens específicos usados nas saídas;
• O movimento estabelecido para os materiais, de forma contínua e ordenada, representa 
uma condição necessária para o perfeito controle dos materiais, especialmente quando 
estes estão sujeitos a deterioração, decomposição, mudança de qualidade, etc. Primeiro 
a entrar, primeiro a sair (PEPS).
Último a entrar, primeiro a sair (UEPS)
O UEPS (último a entrar, primeiro a sair) é um método de avaliar estoque muito discutido. O 
custo do estoque é determinado como se as unidades mais recentes adicionadas ao estoque (últimas 
a entrar) fossem as primeiras unidades vendidas (saídas) (primeiro a sair). Supõe-se, portanto, que 
o estoque final consiste nas unidades mais antigas e é avaliado ao custo destas unidades. Segue-se 
que, de acordo com o método UEPS, o custo dos itens vendidos/saídos tende a refletir o custo dos 
itens mais recentemente comprados (comprados ou produzidos, e assim, os preços mais recentes). 
Também permite reduzir os lucros líquidos relatados por uma importância que, se colocada à 
disposição dos acionistas, poderia prejudicar as operações futuras da empresa.
O método UEPS não alcança a realização do objetivo básico, porque são debitados contra a 
receita os custos mais recentes de aquisições e não o custo total de reposição de todos os itens 
utilizados.
As vantagens e desvantagens do método UEPS são:
• É uma forma de se custear os itens consumidos de maneira sistemática e realista;
• Nas indústrias sujeitas a flutuações de preços, o método tende a minimizar os lucros das 
operações;
Gestão da Produção e de Materiais 27
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• Em períodos de alta de preços, os preços maiores das compras mais recentes são 
apropriados mais rapidamente às produções reduzindo o lucro;
• O argumento mais generalizado em favor do UEPS é o de que procura determinar se a 
empresa apurou, ou não, adequadamente, deus custos correntes em face da sua receita 
corrente. De acordo com o UEPS, o estoque é avaliado em termos do nível de preço da 
época, em que o UEPS foi introduzido.
Outros Métodos
• Custo de mercado na data de entrega para consumo – itens de estoque padronizados e 
comercializados em Bolsas de Mercadorias, tais como algodão, café, trigo cru, etc., são, 
às vezes, apropriados à produção pelo preço de cotação na Bolsa na data de entrega para 
consumo. Este procedimento substitui o custo de compra pelo custo de reposição e tem 
a virtude de apropriar os itens pelo custo corrente, que é, sem dúvida, mais significativo.
• Custo de mercado ou reposição – através de um sistema pelo qual os ganhos ou perdas, 
na avaliação de estoques, sejam registrados separadamente dos lucros operacionais, 
a administração será informada sobre os efeitos da variação dos preços nos lucros da 
empresa e sobre o valor de mercado corrente, útil na área de planejamento e na de 
tomada de decisão. Um elemento-chave desse sistema é o valorde mercado (custo de 
reposição) dos itens de estoque. O objetivo principal do custo de reposição é determinar o 
custo de compra atual de um bem que pode estar no estoque há diversos meses, devendo 
prevalecer para fins de determinação inicial do preço de venda.
3.14 - CONTROLE DE QUALIDADE
Programa do 5 S
De acordo com Vicente Falconi Campos (1992 – p 173) “O 5S é um programa para todas 
as pessoas da empresa, do presidente até os operadores. O programa deve ser liberado pela alta 
administração da empresa e é baseado em educação, treinamento e prática em grupo.”
Ferramenta de trabalho com os conceitos de qualidade que inicia com pequenas atitudes 
e que tem resultado rápido, fácil de aplicar e tem aceitação de todos os empregados. Por isto é 
utilizado em muitas empresas com muito êxito. Muitas empresas iniciam o processo de qualidade 
com certificação da ISO 9000 com a implantação dos 5 sensos:
1) Senso de utilização – Seiri
Descarte dos supérfluos, eliminar todas as coisas que não tem utilidade, vendendo, jogando fora, 
doando, etc.
2) Senso de ordenação – Seiton
Organização da empresa – lugar certo para a coisa certa, evita acidente, rapidez na localização de 
objetos, é a arrumação de tudo.
3) Senso de Limpeza – Seisou
Ambiente limpo, seguro, sadio para todos
4) Senso de Saúde – Seiketsu
Manter todos empregados com a integridade física e mental, para isto programas de medicina no 
trabalho, combate a Lér, Aids, Cipas - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, Sipat – Semana 
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Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho. Programas que tem adesão e comprometimento 
de todos na segurança, dentro e fora da empresa.
5) Senso de auto-disciplina – Shitsuke
Independência de cada colaborador em realizar os sensos individualmente, sabendo 
diferenciar o certo do errado, o justo do injusto, o companheirismo, a criatividade em participar e 
ajudar a empresa conseguir seus objetivos.
Programas de melhorias da qualidade: Motivação; Treinamento; Melhorias / métodos; 
Aplicações de técnicas;
C.C.Q. (Circulo de Controle de Qualidade): Pequeno grupo p/ estudar, desenvolver e aplicar as 
normas;
Programa Zero Defeito: Envolvimento; Reuniões; Atualizar os colaboradores (empregados); 
Detectar / analisar;
Técnicas de C.Q. (Controle de Qualidade): Estatísticas;
-
Tipos de C.Q. (Controle de Qualidade): 100%; Amostra;
O controle de qualidade
Todo consumidor, ao adquirir o seu produto ou serviço, deseja duas coisas:
- Qualidade do produto/serviço - satisfaça as suas expectativas quanto a durabilidade, 
eficiência.
- Preço - seja o menor possível.
O controle de qualidade facilita você prever e eliminar os defeitos. Tem como benefício: 
aumento do prestígio de sua empresa no mercado, redução de seus custos de retrabalho (fabricar 
outro) e reprodução da devolução de peças com defeito.
De acordo com Antonio Robles Jr (1.996, p.101) “As premissas estratégicas para a utilização 
plena do Sistema de Custos da Qualidade são três: 1) para cada falha, sempre haverá uma causa, 
2) as causas são evitáveis e 3) a prevenção sempre é mais barata”.
3.15 - ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS
Materiais necessários, na hora certa, no dia certo, na quantidade certa. Utilizam os conceitos 
básicos em:
 ► Administração de Materiais: é o planejamento e controle de materiais, das compras, 
recepção, transporte, estocagem, movimentação; é a administração dos fluxos dos materiais.
Classificamos em cinco etapas.
- 1ª Etapa - em matéria-prima / insumos básicos p/ produção;
- 2ª Etapa - materiais em processamento – processo produtivo;
- 3ª Etapa - materiais semi-acabados (produtos parcialmente acabados);
- 4ª Etapa - materiais acabados prontos p/ anexar (falta embalar, agregar valor);
- 5ª Etapa - produtos acabados – prontos para consumo;
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 ► Conceito de Suprimento: aquisição e movimentação de materiais a disposição – é a 
programação das necessidades para suprir, fornecer os produtos p/ o processo produtivo.
 ► Conceito de Compras: é a localização dos fornecedores, aquisição e pagamento de acordo 
com as necessidades.
O ciclo de compra é:
- Análise das ordens de compra;
- Localização e seleção dos fornecedores;
- Negociação com o fornecedor;
- Acompanhamento e recebimento dos materiais;
Funções e importância do responsável pela compra
Por ser uma atividade responsável pela maior fatia do Capital de Giro de uma empresa, 
comprar bem é tão importante quanto produzir e vender. As funções são:
- Conhecer o mercado
- Conhecer o nível de estoque
- Manter atualizado o cadastro de fornecedores
- Estar em sintonia com as áreas de produção, vendas e finanças da empresa.
Preços – pesquise, compare e negocie sempre para reduzir os custos dos produtos, ter um 
bom preço para o cliente e vender com certa margem de lucro.
Qualidade – conheça as exigências de seus clientes e compare o que melhor se adapte a 
eles; procure melhorar os produtos, evite desperdícios; conferir os produtos nos detalhes e 
especificações;.
Quantidade – Conheça os estoques mínimos e máximos, compre mais vezes em menos 
quantidade, evite ao máximo estoques.
Prazo de pagamento – o prazo de pagamento deverá ser superior ao giro dos estoques e 
maior que o prazo de recebimento das vendas.
Seleção de fornecedores – tenha no seu fornecedor um parceiro, onde atende os requisitos 
de prazo, valor, confiabilidade e qualidade.
 ► Conceito de Logística: coordena a estocagem, o transporte, o inventário das informações 
e entrega de produtos acabados.
O ciclo da administração de materiais é ilustrado abaixo
Fig 4.1 Petrônio G Martins e Fernando P. Laugeni - Administração de produção
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A necessidade do cliente deverá ser analisado e atendido pelo estoque existente ou pela 
reposição da compra. O recebimento e armazenamento deverá estar sendo conferido e 
controlado pela área responsável, observando a qualidade.
A distribuição dos materiais deverá ser considerada os seguintes fatores: local, prazo, custo, 
em condições de qualidade.
3.16 – SEGURANÇA NO TRABALHO
A prevenção de acidentes, cujo objetivo principal é resguardar a vida e saúde do homem, 
deve ser
preocupação não só do empresário, mas de todos na empresa. É preciso identificar as 
situações de riscos de acidentes (atos e ambientes inseguros). Implantando programas de caça aos 
riscos, com bonificações, prêmios. Cumprir e fazer cumprir as exigências de segurança estabelecida 
nas normas.
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UNIDADE IV – LOGÍSTICA EMPRESARIAL
4 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL
4.1 - LOGÍSTICA COMO FERRAMENTA COMPETITIVA
O meio empresarial está vivenciando uma fase em que a competitividade esta cada vez mais 
acirrada nos diversos segmentos de mercado, isto devido a globalização econômica que tem se 
acompanhado.
Neste ambiente as empresas têm buscado alternativas para manter sua competitividade 
através de dois tipos básicos de vantagem competitiva: menor custo e diferenciação nos serviços.
Portanto, não basta às empresas tentarem se sustentar apenas na marca de seu produto, a 
qualidade também é um ponto muito importante. Qualidade entendida não apenas do produto, 
mas qualidade também no nível de serviço oferecido aos clientes, isto faz com que surja canais 
alternativos tal como a logística com o intuito de auxiliar a empresa tornar-se competitiva.
Para que a logística possa obter êxito é necessário considerar um fator muito importante que 
é a capacitação e o treinamento. Devehaver a capacitação de profissionais nesta área para que 
estes possam desenvolver e aplicar programas de treinamento aos funcionários destas empresas. 
Mas, para alcançar o objetivo proposto, é necessário haver o comprometimento e a conscientização 
por parte das pessoas envolvidas no processo.
No que se trata de pesquisas e publicações científicas, encontram-se vários estudos que 
tratam de problemas logísticos funcionais, como roteirização e dimensionamento de frota de 
veículos, localização, dimensionamento e layout de armazéns, seleção de fornecedores etc. Em 
contra partida são escassos estudos direcionados à integração das atividades logísticas na empresa, 
à quantificação e definição do nível de serviços aos clientes, transportadores e à integração de 
todos estes fatores dentro da cadeia logística.
Em outras palavras, a execução das atividades relativas à movimentação de materiais e ao fluxo 
de informações, é feita de forma segmentada. Este enfoque fracionado incutido nas empresas 
traz algumas consequências nocivas:
 → Ciclos logísticos de maior duração.
 → Custos logísticos elevados.
 → Nível de serviço ao cliente aquém do desejado.
Aliado ao tratamento fracionado dado às atividades logísticas, deve-se destacar a falta de 
profissionais que dominem e possuam habilidades para planejar, executar e analisar todas as 
atividades de forma integrada.
A logística busca o elo de ligação entre o mercado e a atividade operacional da empresa, 
estendendo- se sobre toda a organização desde a aquisição da matéria-prima até a distribuição do 
produto ao seu cliente.
O eficiente gerenciamento da cadeia logística pode ser alcançado através da logística integrada, 
a qual consiste no reagrupamento das atividades logísticas em um único processo, onde se 
busca a máxima coordenação entre as atividades logísticas, desde a entrada da matéria-prima, 
produção até a entrega do produto acabado.
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4.2 - O AMBIENTE EMPRESARIAL
As empresas desenvolvem suas atividades no meio de um macroambiente com a qual elas 
interagem, o qual condiciona de forma considerável seu funcionamento.
O êxito destas empresas dependerá da sua capacidade em encontrar um ponto de equilíbrio 
dinâmico e permanente.
O ambiente não permanece estático ele está em constante mutação de época para 
época. Se fosse estabelecida uma comparação com um processo hidrodinâmico para caracterizar 
o macroambiente, poderia se distinguir uma mudança de caráter laminar e outra de turbulento 
(quadro 1).
Características
Ritmo da mudança
Laminar Turbulento
Demanda Crescente e sustentada Variável e restrita
Custos materiais Baixos Altos
Custos financeiros Baixos Altos
Previsões Confiáveis Pouco confiáveis
Modelo empresarial ProdutividadeCulto à Quantidade
Competitividade
Culto do serviço ao cliente
Quadro 1 – Macroambiente Empresarial
O primeiro caso consiste em um tipo de mudança em que as trajetórias do que está em 
movimento se mantêm estáveis com o decorrer do tempo. As previsões são confiáveis, a demanda 
é sustentada e o foco passa a ser o volume.
No segundo tipo de mudança, de caráter turbulento, as trajetórias das mudanças não 
se mantêm estáveis. A demanda é variável, as previsões tornam-se pouco confiáveis e, por isso, 
a necessidade de realizar mais previsões, já que é essencial antecipar-se às mudanças que irão 
ocorrer para poder reagir com maior rapidez.
Estas características da mudança do macroambiente condicionam a forma de gerenciar 
as empresas. Para que uma empresa possa sobreviver em um ambiente turbulento, precisa 
oferecer resultados – em quantidade, variedade, qualidade, preços, prazos – compatíveis com as 
necessidades e expectativas dos clientes (fig. 1). Nesse contexto, a logística pode tornar-se um 
diferencial competitivo para a empresa.
Fig. 1 – Modelo de competitividade
Inputs
Sistema Produtivo
Outputs
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Para atingir esses resultados a empresa sofre pressões do ambiente externo com a qual ela 
mantem inter- relação, como: políticas do governo, infra estrutura, religioso, cultural, ecológico, 
jurídico, sanitário, financeiro.
4.3 - EVOLUÇÃO DA LOGÍSTICA
Ela é uma atividade muito antiga, porém experimentou uma grande evolução principalmente 
nas últimas décadas, como exemplos têm a II Guerra Mundial e mais recentemente na Guerra do 
Golfo em 1991.
A evolução da logística pode ser dividida em três períodos distintos:
1) Antes de 1950
Diferentes áreas eram responsáveis pelas atividades logísticas.
• Transporte era responsabilidade da gerência de produção
• Estoque era responsabilidade de marketing, finanças ou produção.
• Processamento de pedido era responsabilidade finanças ou produção.
2) Entre 1950-1970
• Ambiente propício para as novidades na área administrativa ocasionando uma decolagem 
tanto a nível prático como teórico.
• Ênfase na importância da distribuição física por parte de professores e estudiosos americanos.
• Mudanças na distribuição física - entregas mais rápidas e minimização de custo de estocagem.
• Adoção de modelos matemáticos e programação linear, teoria de controle de estoques e 
simulação para solucionar problemas logísticos.
3) Entre 1970-1990
• Os princípios básicos amplamente estabelecidos começam a proporcionar benefícios as 
empresas.
• Preocupação na geração de lucros e não no controle de custos.
• Competição mundial dos bens manufaturados, a falta de matérias-primas, elevação do 
preço do petróleo e aumento da inflação, filosofia direcionada a gestão dos suprimentos em vez do 
estímulo à demanda.
O tratamento das atividades logísticas nas empresas pode ser classificado em várias fases, de 
acordo com o grau de inter-relação existente entre os diversos agentes da cadeia. Esse relacionamento 
inicia-se na fase em que a empresa trata os problemas logísticos somente em sua óptica interna, 
passa em seguida pelos primeiros rumos à integração empresa-cliente, progride posteriormente 
em direção ao tratamento integrado empresas-fornecedores e atinge a fase da logística integrada
4.4 - FLUXOS LOGÍSTICOS
Os fluxos logísticos podem ser definidos como o mapeamento de todo o processo de 
atendimento ao cliente, através de um fluxograma.
O processo de atendimento ao cliente vai desde a emissão do pedido, administração de 
vendas, PCP, suprimento, fabricação, armazenagem até a distribuição física.
A redução do “lead-time” deste processo trás benefícios e um melhor serviço, proporcionando 
assim uma real vantagem competitiva.
São três os fluxos logísticos:
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 → Fluxo material - é o mapeamento através de fluxograma, de como fluem as matérias-
primas, produtos em processo e produtos acabados pelas diversas áreas por onde passam.
 → Fluxo de Informações - são todas as informações adjuntas ao fluxo material e onde são 
processadas, também descritas por meio de fluxograma. O fluxo informativo é que comanda o Fluxo 
Material.
 → Fluxo financeiro - também descrito em um fluxograma, demonstra como são feitos os 
pagamentos e cobranças que possibilitam a movimentação fluxo material.
4.5 - CONCEITUAÇÃO DE LOGÍSTICA
O termo logística origina-se no verbo loger que significa alojar. Adotada como estratégia 
militar, era responsável pelo: planejamento, transporte, armazenamento e abastecimento das 
tropas no campo de batalha.
Logística pode ser conceituada como sendo a atividade responsável pela aquisição, 
movimentação, armazenamento, produção e distribuição de produtos até o seu cliente final, através 
dos fluxos que os coloca em movimento.
De acordo a maior organização profissional de logística no mundo The Council of LogisticManagement dos Estados Unidos, logística é o processo de planejar, implementar e controlar 
o fluxo e armazenagem eficiente e efetivo de matérias-primas, estoques em processo, produtos 
finais, serviços e a correspondente informação desde o ponto de origem até o ponto de consumo, 
incluindo movimentos de entrada de saída, internos e externos, para os propósitos e tendo em 
conta os requerimentos dos cliente.
A logística empresarial estuda como a administração pode prover melhor nível de rentabilidade 
nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, por meio de planejamento, organização e 
controles efetivos para as atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo 
de produtos.
A logística, portanto, engloba desde a cadeia de suprimentos (supply chain) até a distribuição 
física, procurando administrar eficientemente o fluxo material, financeiro e de informações que os 
coloca em movimento.
A missão do profissional da área de logística, é portanto, colocar os bens e serviços certos, no 
lugar certo, na hora certa, na quantidade certa e nas condições desejadas, ao menor custo.
A logística empresarial pode ser representada pela seguinte relação:
Logística empresarial = suprimento físico + logística de produção + distribuição física
A logística está presente nos diversos tipos de empresa e para cada o desenho esta tem 
funções distintas.
 → Empresas transformadoras de matéria-prima em insumos para outras indústrias - 
dedicam especial atenção à Logística de suprimento, pois é nessa fase de seu sistema industrial 
que se concentram os maiores problemas. A distribuição de seus produtos é uma operação 
relativamente mais simples, pois são adquiridos em quantidades maiores, entregues em menor 
número de destinos.
 → Empresas atacadistas – se caracteriza pelo fato de que os produtos são idênticos aos 
insumos, uma vez que não há fabricação, mas apenas comercialização em larga escala.
 → Empresas transportadoras – possui semelhanças com os atacadistas. Recebem mercadorias 
diversas numa ponta, e as transportam para destinos diversos. O tempo de armazenagem é mínimo, 
apenas durante o curto período necessário para efetuar a triagem e o despacho.
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 → Certas empresas se especializam em carga fracionada ou parcelada. Nesse caso, o 
processo de coleta e distribuição adquire aspecto distinto em termos de frota (tipo de 
veículo), roteiros, operações nos depósitos.
 → Empresas varejistas – se caracterizam por receber mercadorias concentrada em 
grandes lotes, proveniente diretamente das indústrias ou de atacadistas, e distribuição pulverizada, 
atendendo aos inúmeros clientes que adquirem os produtos nas suas lojas. O processo de distribuição 
de produtos aos clientes é bastante complexo porque, muitas vezes, envolve veículos especiais, 
problemas de roteirização, etc., além de excessivo número de itens para processar, documentar e 
coordenar.
 → Banco – apesar da automação bancária, a maior parte das transações implica 
na emissão de documentos. O próprio cheque, quando é depositado numa conta corrente, deve 
chegar à agência do emitente para conferir assinatura, etc. Dessa forma, a operação bancária 
exige, com muita freqüência, o transporte de documentos que deve atender as restrições rígidas de 
temo (os cheques, compensados de uma agência devem chegar com tempo suficiente para serem 
verificados e retornados à compensação no caso de não terem fundos, quando a assinatura não 
confere, etc.).
Em Logística, tanto o suprimento quanto a distribuição são igualmente importantes. A maior 
ênfase num ou noutro dependerá das características de cada empresa.
A logística para alcançar seus objetivos desempenha atividades primárias e de apoio.
4.5.1 - ATIVIDADES PRIMÁRIAS
As atividades primárias são essências para a coordenação e realização da tarefa logística:
 → Transportes:
• É a atividade logística mais importante, pois nenhuma empresa moderna pode operar 
sem movimentar suas matérias-primas ou produtos.
• Encontra problemas financeiros quando há a ocorrência de greves e aumento no preço 
dos combustíveis, ocasionando atrasos na entrega e deterioração dos produtos.
• Adiciona valor de lugar ao produto.
• Existem vários modais utilizados para movimentar produtos, tais como: rodoviário, 
ferroviário e aeroviário.
• Envolve decisões quanto a escolha de modal, roteirização e utilização da capacidade 
do veículo.
 → Manutenção de estoques:
• Agem como amortecedores entre oferta e demanda.
• Agrega valor de tempo ao produto.
• Produtos mais próximos aos consumidores e/ou fábricas.
• Manutenção de baixos estoques provendo disponibilidade de produtos aos clientes.
 → Processamento de pedidos:
• Elemento crítico em termos de tempo necessário para levar bens e serviços aos clientes.
• Refere-se a coleta, verificação e transmissão de informações sobre vendas.
• Atividade que inicializa a movimentação de produto e entrega de serviços.
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Este conjunto de atividades formam o ciclo crítico de atividades logísticas, conforme exposto 
na figura abaixo.
Fig. 4 – Relação entre as atividades logísticas primárias para atender clientes – Ciclo Crítico
4.5.2 - ATIVIDADES DE APOIO
As atividades primárias necessitam de uma série de atividades adicionais que lhes dão apoio. 
As atividades de apoio são:
 → Armazenagem: administração do espaço necessário para manutenção de estoques. 
Localização, dimensão da área, layout, recuperação do estoque, projeto de docas ou baias de 
atracação e configuração do armazém.
 → Manuseio de materiais: é uma atividade relacionada a armazenagem. Refere-se à 
movimentação do produto no armazém. São problemas importantes: seleção do equipamento de 
movimentação, procedimentos para formação de pedidos e balanceamento da carga de trabalho 
(formação de pedidos).
 → Embalagem de proteção: a embalagem de proteção do produto tem o objetivo de 
garantir a movimentação sem quebras, além do que também propiciam o manuseio e armazenagem 
de forma eficiente.
 → Obtenção: Trata do fluxo de entrada (suprimento). Refere-se a seleção das fontes de 
suprimentos, quantidades a serem adquiridas, programação de compras e a forma pela qual o 
produto é comprado.
 → Programação do produto: A programação trata do fluxo de saída (distribuição). Que 
quantidades devem ser produzidas e quando e onde devem ser fabricadas.
 → Manutenção de informação: essências para o correto planejamento e controle logístico. 
Fornece informações importantes sobre custo e desempenho.
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Fig. 5 – Relações entre as atividades logísticas primárias e de apoio e o nível de serviço planejado.
4.6. A LOGÍSTICA COMO SISTEMA
4.6.1 - ENFOQUE SISTÊMICO DE LOGÍSTICA
Sistema pode ser definido como um conjunto de partes coordenadas que interagem entre si 
para realizar um conjunto de finalidades.
Na logística, o enfoque sistêmico é vital. Os setores que se inter-relacionam dentro de uma 
empresa, quando um problema logístico surge, são vários e possuem visões diferentes: marketing, 
produção, comercialização, transporte, finanças etc. Portanto, os conceitos de Teoria de Sistemas 
constituem uma das bases fundamentais da Logística Aplicada.
Fig. 6 – Visão geral das atividades logísticas dentro das atividades tradicionais da empresa.
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Segundo o enfoque sistêmico é muito importante a identificação com clareza das relações de 
causa e efeito entre os elementos que constituem osistema.
A logística numa visão moderna procura rearranjar as atividades existentes na firma de 
modo que o gerenciamento seja facilitado. Na fig. 6 a logística ocupa posição intermediária entre 
produção e marketing, ela procura criar atividades de interface que facilitem a otimização entre os 
elementos que formam o sistema.
Exemplo: a formação de preços ou embalagens são exemplos de atividades administradas 
conjuntamente por logística e marketing. A formação de preço tem componentes tanto geográficos 
como competitivos. Já compras e programação de produção são exemplos de áreas de interface 
entre logística e produção. A produção deve adquirir bens a custo e qualidade aceitáveis, enquanto 
a logística se preocupa com a localização das fontes de suprimentos e os tempos para abastecimento. 
O setor de compras toma estas decisões. A programação da produção toma decisões similares. 
Ela se interessa pela seqüência e tamanho dos lotes de produção a serem fabricados, enquanto a 
logística novamente se preocupa com a localização e os tempos da produção.
Os sistemas apresentam diversas características dentre as quais podem ser destacadas sete.
 → O sistema é formado por componentes que interagem. Os sistemas, sejam eles mais ou 
menos complexos, são formados por componentes que se inter- relacionam entre si e com 
o meio ambiente. Os componentes que formam parte de um sistema – seus subsistemas 
– não são apenas colocados juntos, numa simples justaposição de elementos um ao lado 
do outro. Ao contrário, quanto mais complexo o sistema, maior a interação entre eles: 
o funcionamento de um deles resulta, quase sempre, na participação orquestrada dos 
demais, ou de boa parte deles.
 → Quando o sistema está otimizado, os componentes também o estão. Não se pode analisar 
de modo isolado cada componente do sistema e otimizá-lo separadamente, como se os 
outros componentes e o conjunto não existissem. Isso levaria a resultados errôneos e 
sem conseqüências práticas. Para se chegar a sistemas bem projetados, é necessário que 
seus subsistemas também estejam otimizados, porém não de forma autônoma, e sim 
considerando as inter-relações entre eles.
 → Todo sistema tem pelo menos um objetivo. Os sistemas de alguma forma têm um ou mais 
objetivos bem definidos, pois o homem, antes de mais nada, precisa definir claramente o 
que ele pretende com a sua criação. No que se refere aos problemas logísticos, a definição 
dos objetivos, geralmente implica na compatibilização de metas conflitantes entre 
diversos setores, como por exemplo : venda x produção.
 → A avaliação do desempenho de um sistema exige medida(s) de rendimento. As medidas 
de rendimentos são úteis para nos indicar em que estágio estamos no processo 
evolutivo, ou se já alcançamos nosso objetivo. Como medidas de rendimento temos: nível 
de serviço, produtividade, qualidade, eficácia, eficiência, etc..
 → Sistemas criados pelos homens requerem planejamento. Como a aplicação do enfoque 
sistêmico não é fácil, deve ser desenvolvido um planejamento, seguindo as seguintes 
etapas:
1. Identificar claramente os componentes (subsistemas), formando uma estrutura 
adequada à análise.
2. Considerar cada componente como um sistema.
3. Estabelecer com clareza o objetivo pretendido.
4. Estabelecer as medidas de rendimento do sistema e definir as variáveis que irão representá-
las.
5. Criar alternativas viáveis, envolvendo processos e/ou tecnologias diferentes e cobrindo 
uma gama ampla de rendimento.
6. Analisar as implicações de cada alternativa em cada um dos componentes (subsistemas).
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7. Otimizar os subsistemas de forma integrada.
8. Calcular o rendimento e o custo, para cada alternativa, de cada componente ou subsistema.
9. Integrar os subsistemas de cada uma das alternativas de forma a gerar soluções consistentes 
para o sistema.
10. Avaliar as alternativas por meio da relação custo/benefício, custo/nível de rendimento ou 
outra metodologia de avaliação econômica.
 → A manutenção do nível de desempenho requer controle permanente.
Não basta planejar e implantar bem um sistema. Para garantir seu bom funcionamento sem 
perder o seu objetivo e nível de serviço é necessário estabelecer formas de controle.
Para se efetuar o controle, há a necessidade de garantir os objetivos pretendidos, não se 
pode deixar os objetivos mudarem conforme as circunstâncias vão se apresentando. Deve-se atuar 
sobre as variáveis que influem no rendimento, nos custos e na interação do sistema com o ambiente 
externo. Em termos práticos são estabelecidos controle de qualidade, controle de custos, controle 
dos prazos de entrega, controle jurídico. Estes controles servirão como feedback (retroalimentação) 
no sistema, o quais permitem que se façam correções de rumo, de forma a garantir os objetivos 
desejados.
 → Interação do sistema com o ambiente.
Tudo aquilo em que o responsável pelo sistema (gerente) não pode interferir, faz parte do 
ambiente (mundo externo). O ambiente limita o desenvolvimento livre de um determinado sistema 
por meio de restrições, normas, premissas etc.
Há restrições reais e fictícias, sendo que as fictícias muito perigosas pois impedem muitas 
vezes a evolução e o progresso. O homem sistêmico, trabalhando na área de logística, deve 
sempre considerar as restrições externas como fictícias, enquanto estivem no papel, na cabeça ou 
na boca dos outros.
Esta postura, de supor fictícia até que se prove em contrário é saudável. As pressões contrárias 
quese seguirão, devidamente discutidas e esplanadas, fazem com que o responsável pelo sistema 
perceba com segurança as fronteiras do possível, encontrando os verdadeiros limites das restrições.
4.6.2 - NÍVEL DE SERVIÇO LOGÍSTICO
O nível de serviço logístico é a qualidade com que o fluxo de bens e serviços é gerenciado.
De acordo com especialistas, o nível de serviço refere-se especificamente à cadeia de atividades 
que atendem as vendas, em geral inicia na recepção do pedido e termina na entrega do produto 
ao cliente, sendo que em alguns casos, continua com serviços ou manutenção do equipamento ou 
outros tipos de apoio técnico.
O nível de serviço está composto dos seguintes fatores: prazo de entrega, avarias na carga, 
extravios e reclamações diversas, sendo que cada um destes fatores pode ser medido através de 
um indicador.
Há três grupos que estão ligados diretamente ao controle da logística os quais são classificados 
de acordo com a venda do produto. Estes são:
 → Elementos de pré-transação: refere-se a políticas ou programas adotados pela 
empresa (por escrito) para a realização de um serviço.
 → Elementos de transação: são elementos que estão diretamente relacionados aos 
resultados obtidos com a entrega do produto ao cliente.
 → Elementos de pós-transação: correspondem aos serviços realizados após a entrega do 
produto que se encontra em uso pelo cliente
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A reunião de todos estes elementos forma o nível de serviço, e os clientes reagem a todo este 
conjunto. Se uma empresa não oferecer um bom nível de serviço ao seu cliente, provavelmente 
perderá uma grande fatia do mercado.
A figura 7 representa os elementos do nível de serviço.
Fig. 7 – Elementos do nível de serviço logístico.
Um fator muito importante a ser observado é que a medida que a empresa aumenta o seu 
nível de serviço o seu custo logístico também tende a aumentar, pois parte-se do pressuposto que 
melhores níveis de serviços custam mais caros, figura 8.
Portanto, deve-se estabelecer patamares de nível de serviço que suportem o serviço logístico, 
identificando-se quais os elementos que determinam o serviço e estabelecer medidas que permitam 
a administração e planejamento deste serviço.
Apartir de pesquisas e teorias disponíveis, foi comprovado que as vendas tender a aumentar 
ser o serviço for melhorado além daquele oferecido por fornecedores concorrentes. Nota-se na 
figura 8 que a curva tem três estágios distintos: limiar, retornos decrescentes e declínio. Cada estágio 
mostra que melhorias no nível de serviço não trazem os mesmos ganhos de vendas.
Fig. 8 – Relação geral entre nível de serviço da distribuição física e vendas
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4.6.3 - CUSTOS LOGÍSTICOS
O gerenciamento, controle e minimização dos custos logísticos têm se mostrado cada 
vez mais necessário se a empresa quiser competir no mercado.
Um dos grandes desafios da logística está no gerenciamento do binômio custo/nível de serviço.
Isto se deve ao fato de que os clientes têm exigido diariamente melhores níveis de serviço, 
entretanto sem querer pagar a mais por isso. Assim o fator preço tem sido o ponto mais importante 
em relação ao nível de serviço o qual é considerado como fator secundário, além de que este deve 
ser capaz de agregar valor aos seus clientes.
Os seguintes serviços de acordo com a necessidades e características de cada cliente podem 
agregar valor:
a) Redução no prazo de entrega de um produto.
b) Disponibilidade de produtos.
c) Confiabilidade na entrega (tempo, n.º de entrega).
d) Entrega do pedido na hora certa.
e) Maior facilidade de colocação do pedido.
Para atenderem a todas estas exigências e manterem-se competitivas no mercado as empresas 
têm segmentado seus canais de distribuição e atendimento.
Os principais custos logísticos são:
a) Transporte: roteirização, frota própria ou de terceiros, número e capacidade de veículos e 
modo de transporte.
b) Armazenagem e movimentação: número de armazéns, localização, tamanho, 
mecanização e automação próprios e ou de terceiros.
c) Processamento de pedidos: automação, informação.
d) Estocagem: estoque básico, estoque de segurança, freqüência de compras, tamanho do 
pedido.
e) Custo de produção: programação da produção.
f) Serviço ao cliente: custo da venda perdida.
Assim, a administração integrada de custos logísticos pressupõe “trade-offs”, ou seja, 
custos individuais não otimizados para permitir a redução do Custo Total.
4.6.4. LOGÍSTICA DE SUPRIMENTOS
4.6.4.1 - SISTEMA LOGÍSTICO DE SUPRIMENTOS (ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS)
A logística de suprimento se refere a relação fornecedor-empresa.
Os suprimentos são o primeiro passo na cadeia logística e também a maior distância até o 
consumidor, por isso é a mais afetada pelas variações do mercado e o mais difícil de sincronizar com 
a demanda dos consumidores.
Suprimentos são a fonte de todas as matérias-primas, embalagens, componentes e outros 
insumos para preencher as necessidades de conversão da logística de produção.
Trata do fluxo de produtos para a firma ao invés de a partir dela. Muitas atividades de 
administração de materiais são compartilhadas com a distribuição física.
Para reduzir os tempos de fornecimento de materiais, receber produtos de melhor qualidade, 
reduzir os estoques tanto na empresa quanto no fornecedor, ter produtos disponíveis sempre que 
necessário, planejar de forma precisa a produção, é vital integrar os processos da empresa com os 
fornecedores e estabelecer relações estreitas e duradouras.
A logística de suprimentos é um subsistema dentro da indústria e seus principais componentes 
são:
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a) Aquisição da matéria-prima no seu ponto de origem e preparo da mesma para o transporte.
b) Deslocamento da matéria-prima desde a jazida até o local de manufatura, que corresponde 
ao transporte da mesma.
c) Estocagem da matéria-prima na fábrica, aguardando que os produtos sejam manufaturados. 
As atividades identificadas no canal de suprimento podem ser consideradas fundamentais para a 
administração de materiais, pois elas afetam principalmente a economia e a eficácia do movimento 
de materiais.
As tarefas mais importantes são:
 → Inicialização e transmissão das ordens (pedidos) de compras,
 → Transporte dos carregamentos até o local da fábrica.
 → Manutenção dos estoques na planta. .
Dentre os problemas encontrados na logística de suprimentos podem ser citados a 
diversificação da aquisição de matéria-prima. Muitas vezes não é ideal para a indústria ter apenas 
um fornecedor, por questões estratégicas.
Fig. 10 - Descrição do canal de suprimento físico
4.6.4.2 – OBJETIVOS DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS
A importância da boa administração de materiais pode ser mais bem apreciada quando 
os bens necessários não estão disponíveis no momento correto para atender as necessidades de 
produção ou operação.
Boa administração significa coordenar a movimentação de suprimentos com as exigências 
de operação. Ou seja, o objetivo da administração de materiais é prover o material certo, no local 
certo, no instante correto, em condição utilizável ao menor custo possível.
A administração de materiais atende a poucos clientes sendo que as vezes um único, enquanto 
que a distribuição física atende a muitos.
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O cliente da administração de materiais é o sistema de operações. Existem duas 
maneiras de providenciar os suprimentos:
 → Suprimentos para produção.
 → Suprimentos para estoque.
Suprimento para Estoque
Estoques agem como amortecedores entre suprimento e demanda ou, neste caso, entre 
suprimento e necessidade de produção. São benéficos ao sistema de suprimento porque garantem:
 → Maior disponibilidade de componentes para a produção.
 → Diminuem o tempo para manter a disponibilidade desejada.
 → Podem reduzir custos de transporte.
Para item ser mantido economicamente em estoque, ao invés de ser comprado sob 
encomenda, deve geralmente seguir as seguintes características:
 → Ser comprado em quantidades maiores ou iguais a um lote mínimo.
 → A tabela de preços do fornecedor deve ter desconto por volume.
 → Ser de valor relativamente baixo.
 → Ser econômico comprá-lo juntamente com outros itens.
 → Poder ser usado numa larga variedade de modelos ou produtos.
 → Ter tabelas de fretes ou requisitos de manuseio que facilitem a compra em grandes lotes
 → Ter algo grau de incerteza na entrega ou na continuidade do suprimento.
Suprimento para a produção
Manter em estoque todo material necessário para a produção pode ser ineficiente. Se em 
algum dos materiais tiver alto valor individual e puder ser utilizado apenas num número limitado de 
modelo e produtos, encomendá-lo diretamente para atender às necessidades de produção torna-
se o modo mais econômico de realizar seu suprimento. Estes materiais fluem em quantidades 
pequenas comparadas com os volumes daqueles comprados para estoques e precisam de maior 
atenção por parte da administração, como aumentar comunicações ou acelerar os pedidos.
A idéia de “puxar” peças, materiais e subconjuntos através do canal de suprimento à medida 
que haja necessidade operacional, é comum em empresas industriais. Um nome freqüentemente 
utilizado para esta técnica é planejamento ou cálculo de necessidades.
Escolha de Fornecedores
Para se realizar a escolha de seus fornecedores é necessário estabelecer um banco de dados 
de fornecedores de classe mundial. Para estabelecer este banco de dados podem ser utilizadas 
as seguintes fontes: consultoria de especialistas nos diversos ramos de indústria, federações de 
indústria, órgãos de classe, câmaras de comércio dos diversos países, consulados, referências de 
outras empresas etc.
Uma equipe composta de membros de diversas áreas da empresa (suprimentos, 
engenharia, planejamento, custos e logística) vai definira lista final de fornecedores de classe 
mundial, sejam eles locais ou do exterior. Eles serão selecionados segundo critérios estabelecidos 
pela equipe. Os critérios são:
 → Preço, prazo, quantidade e qualidade.
 → Localização geográfica (próxima ao mercado)
 → Garantia e assistência técnica.
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Um método adotado para a seleção do fornecedor é a medição do desempenho.
De acordo com Ching, estabelece-se pesos para cada critério a ser analisado variando de 
acordo com o grau de importância do item conforme as características de cada empresa. O resultado 
é uma média ponderada.
O resultado dessa avaliação vai mostrar se o fornecedor está em condições de seguir 
fornecendo o material ou se deve ser rejeitado e descontinua seu fornecimento.
A título de exemplo, imaginemos que uma empresa tenha escolhido os seguintes critérios e 
aplicado os respectivos pesos para cada um deles:
 → Qualidade: peso 3;
 → Prazo de entrega: peso 3;
 → Quantidade: peso 2;
 → Preço: peso 2;
 → Total: peso 10.
Ao final de um período de tempo, o desempenho do fornecedor foi mensurado da seguinte 
maneira:
 → Qualidade : 98% de lotes aprovados x peso 3 = 2,94;
 → Prazo de entrega: 95% de lotes entregues na hora certa x peso 3 = 2,85;
 → Quantidade: 100% lotes entregues na quantidade certa x peso 2 = 2,00;
 → Preço: 95% das vezes competitivo x peso 2 = 1,90;
 → Total: 9,69.
A tabela de graduação dos resultados dessa empresa mostra o seguinte:
Resultado de 0 a 7 - reprovado
Resultado de 7,1 a 8 - aprovado
Resultado de 8,1 a 9 - qualificado
Resultado de 9,1 a 10 - certificado
Este fornecedor, portanto, pelos resultados obtidos, teria condições de seguir fornecendo 
material para a empresa.
Produto Logístico
Uma empresa pode oferecer dois tipos básicos de produto: bens ou serviços.
O produto serviço é composto de intangíveis como: conveniência, distinção e qualidade. Se 
o produto oferecido for um bem físico, ele tem atributos físicos, tais como: peso, volume, forma os 
quais têm influência no custo logístico.
Os produtos podem ser classificados em bens de consumo e bens industriais.
Os bens de consumo são dirigidos aos consumidores finais e estes podem ser: de conveniência, 
de comparação e de uso especial.
Os bens industriais são dirigidos a indivíduos ou organizações que os utilizam para 
produzir outros produtos ou serviços. Os bens industriais podem ser: matérias-primas, edifícios, 
equipamentos, material de escritório ou serviços administrativos.
Outro fator muito importante a ser considerado é o ciclo de vida do produto (fig. 11) que 
passa por quatro estágios: introdução, crescimento, maturidade e declínio. A cada fase haverá uma 
estratégia de distribuição distinta, e isto deve ser acompanhado e ajustado com máxima eficiência.
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Fig. 11 - Curva do ciclo de vida do produto.
O conhecimento do ciclo de vida permite: antecipar as necessidades de distribuição e o 
planejamento com maior brevidade possível.
São características do produto, que influenciam a estratégia de distribuição os seguintes 
atributos:
a) Peso-volume (densidade). Este atributo está diretamente relacionado aos custos de 
transporte e armazenagem. Para produtos densos os custos de armazenagem e transporte 
tendem a serem baixos, enquanto que, para produtos pouco densos a capacidade 
volumétrica do modal de transporte é preenchida antes de seus limites de carregamento 
em peso ser atingido.
Ex.: pisos cerâmicos.
b) Relação valor-peso. O valor do produto que está sendo movimentado e estocado é 
um fator muito importante para o desenvolvimento de uma estratégia logística. Custos de 
estoques são particularmente susceptíveis ao valor. Quando expressamos o valor com relação 
ao peso , algumas compensações óbvias de custos emergem e auxiliam a planejar o sistema 
logístico.
c) Substitubilidade. um produto é substituível quando o comprador não percebe muita 
diferença entre o produto de uma empresa e de seus concorrentes, caso do “commodities”.
A logística não tem controle sobre a substitubilidade do produto e trata esta situação como 
vendas perdidas, através de alternativas como: transporte, estocagem ou ambas.
d) Características de riscos (periculosidade). são consideradas características de risco: valor, 
perecibilidade, flamabilidade, tendência à explosão e facilidade de roubo. Tanto os custos de 
transporte como de estoque são maiores em termos tanto absolutos como em termos de 
porcentagem do preço de venda, conforme pode se observa na fig. 15. Estas características 
implicam em várias restrições ao sistema de distribuição.
Embalagem do produto
“Elemento que protege o que vende, além de vender o que protege”.
A embalagem tem por objetivo oferecer aos produtores uma forma que garanta sua 
integridade, facilite a armazenagem e manuseio, ao menor custo possível.
O embalamento do produto pode ter os seguintes objetivos:
a) Facilitar o manuseio e armazenagem.
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b) Promover melhor utilização do equipamento de transporte. c) Proteger o produto.
d) Promover a venda do produto. e) Alterar a densidade do produto. f) Facilitar uso do produto.
g) Prover valor de reutilização para o consumidor.
Nem todos estes objetivos podem ser atingidos mediante a administração logística, porém 
alterações na densidade do produto e em sua embalagem protetora pode fazer diferença.
O custo da embalagem pode ser compensado em forma de fretes, custos de estoques 
menores e menor número de quebras.
4. 7 DISTRIBUIÇÃO FÍSICA DE PRODUTOS
4.7.1 - O SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO FÍSICA
A distribuição física torna-se cada vez mais importante na solução de problemas logísticos, 
é o ramo da logística que trata da movimentação, estocagem e processamento de pedidos dos 
produtos finais da firma.
Hoje as empresas têm buscado trabalhar com uma menor quantidade de produtos em estoque 
visando à diminuição no custo de armazenagem procurando agilizar o manuseio, transporte e 
distribuição de seus produtos.
No caso brasileiro é comum encontrar problemas mais ou menos sérios na distribuição física de 
produtos. Este problemas envolvem desde o planejamento (frota, depósitos, coleta, transferência, 
distribuição, etc.) e projetos dos sistemas até sua operação e controle.
4.7.2 - CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO
Existem basicamente dois tipos de mercados:
a) Usuários finais: são aqueles que usam o produto para satisfazer suas necessidades ou para 
criar novos produtos.
b) Usuários intermediários: não consomem o produto, revendem-no para outros consumidores 
finais. Ex.: distribuidores, varejistas e usuários finais.
As cadeias de distribuições são canais através dos quais os produtos chegam ao mercado de 
consumo, e podem ser:
• Fábrica - consumidor.
• Fábrica – centro de distribuição – consumidor.
• Fábrica – atacado - consumidor.
• Fábrica – varejista – consumidor.
• Fábrica – atacadista – varejista – consumidor.
• Fábrica – centro de distribuição – atacadista – varejista – consumidor.
• Fábrica – operador logístico – consumidor.
• Fábrica – operador logístico – atacadista – varejista – consumidor.
• Venda por catálogo ou correspondência.
4.7.3 - ESCOLHA DO CANAL DE DISTRIBUIÇÃO
Ao escolher a forma de distribuição a ser utilizada deve-se considerar:
1) Qual serviço de transporte deve ser utilizado para movimentar os produtos a partir da 
fábrica? E a partir do armazém?
2) Quais procedimentos de controles a serem utilizados para os itens de inventário.
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3) Localização dos depósitos, suas dimensões e quantidades.
4) Quais arranjos

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