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Fisiologia do sistema reprodutor feminino - FISIOLOGIA

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Leonan José – T5 
 FERNANDA – FISIOLOGIA – BBPM V 
Fisiologia do sistema reprodutor feminino 
O ÚTERO 
→ O útero possui 3 camadas: endométrio, miométrio e um tecido 
conectivo externo 
→ A espessura do endométrio varia ao longo do ciclo menstrual sob 
ação dos hormônios gonadais. Essas alterações estão 
relacionadas com as necessidades com o futuro feto 
→ Tanto o endométrio quanto o miométrio são extremamente 
irrigadas pela artéria uterina e suas ramificações 
→ A menstruação é a descamação do endométrio quando não 
ocorre fertilização 
 
OS OVÁRIOS 
→ Produzem gametas e hormônios. O gameta feminino é chamado 
de ovócito e fica dentro do folículo, no ovário. 
→ Análogo à produção de espermatozoides, o ovário também 
possui folículos em diferentes fases do desenvolvimento. 
→ O folículo é importante tanto para a maturação do ovócito quanto 
após liberar o ovócito, já que o que sobra do folículo (corpo 
lúteo) tem papel importante na produção de progesterona 
 
GAMETOGÊNESE 
→ Na vida embrionária, as ovogônias sofrem não somente uma 
mitose (↑número de células, forma ovogônias), mas também 
inicia uma meiose (46 cromossomos duplicados, gera um 
ovócito primário). Assim ficará até atingir a puberdade 
→ Na fase reprodutora, a gametogênese irá continuar e o ovócito 
primário, sob ação hormonal, sofre a primeira divisão meiótica, 
gerando 2 ovócitos secundários (com cromossomos duplicados) 
sendo que 1 deles se degenera 
→ Para separar os cromossomos duplicados, ocorre a segunda 
divisão meiótica, gerando um gameta haploide 
→ No sexo feminino, cada ovócito primário só irá gerar 1 ovócito 
secundário (diferente do sexo masculino, onde 1 gera 4) 
→ Se não fertilizado, o ovócito é eliminado na menstruação 
 
DESENVOLVIMENTO FOLICULAR 
→ Ao longo do processo de desenvolvimento do ovócito, o folículo 
ao redor dele também vai se desenvolvendo 
→ Existem 2 classes de células importantes nos folículos: 
▪ Células da granulosa/foliculares 
▪ Células da teca 
→ O folículo primordial contém o ovócito I, possui uma única 
camada de células da granulosa. 
→ Até aqui, o desenvolvimento ocorreu na via embrionária. Para 
avançar no desenvolvimento, é preciso que a mulher atinja a 
puberdade e, sob ação do hormônio folículo estimulante (FSH), 
as células da granulosa irão prosseguir o desenvolvimento 
→ No folículo primário há proliferação das células da granulosa, 
(pela ação do FSH), mas sem aumentar o número de camadas. 
Além disso, o ovócito I começa a dar origem à zona pelúcida 
→ No folículo primário multilaminar há extensa proliferação de 
células da granulosa, aumentando muito suas camadas. A zona 
pelúcida está completamente formada. Há inicio do 
desenvolvimento das células da teca (alvo importante para o LH) 
 
→ No folículo secundário, ocorre diferenciação da teca em interna 
(produz hormônios pela estimulação dos hormônios hipofisários) 
e externa (sustentação) além do início da formação do antro 
 
→ Na fase final, o folículo maduro 
(ou de Graaf) está pronto para 
liberar o ovócito. o antro está 
completamente formado. As 
células da granulosa ficam mais 
na periferia – seu afastamento 
forma a cavidade chamada antro. 
A teca interna está produzindo 
hormônios. Há formação da 
coroa radiada, uma camada de células da granulosa que reveste 
o ovócito prestes a romper. 
 
O CICLO MENSTRUAL 
→ Tanto os eventos dos ovários quanto do útero são marcados por 
variações hormonais (estrógeno e progesterona) 
→ Importante ressaltar que o estrógeno e a progesterona não 
atuam juntos no mesmo momento (de forma geral). 
→ Até o momento da ovocitação, o hormônio que predomina é o 
estrógeno, enquanto que, após a ovocitação, quem domina é 
a progesterona, já o principalmente produtor da progesterona é 
o corpo lúteo (estrutura que sobra após liberar ovócito). 
→ O grande evento que marca a ovocitação é o pico de LH. 
→ Porém, por que só o LH tem um pico enorme e o FSH não tem 
se o estímulo para produzir os dois é o mesmo? Isso acontece 
devido a alternância entre mecanismos de feedback + e – 
→ A fase uterina é dividida em 3: menstruação (↓hormonal), 
proliferativa (↑estrogênio) e secretora (↑progesterona) 
→ A fase secretora será mantida enquanto houver ↑progesterona 
pois, já que o estrogênio já está baixo, quando a progesterona 
baixar, ocorrerá a menstruação 
 
Leonan José – T5 
 FERNANDA – FISIOLOGIA – BBPM V 
CONTROLE HORMONAL DO CICLO MENSTRUAL 
a) Fase folicular inicial: imediatamente antes dela, houve uma 
baixa hormonal bem grande (menstruação). Quando os folículos 
começam um novo ciclo, o hipotálamo libera o hormônio liberador de 
gonadotrofinas (GnRH) que estimula a adenohipófise a liberar LH e 
FSH. Cada um deles atua preferencialmente em uma porção 
diferente do folículo. Nessa fase, o principal alvo do FSH são as 
células da granulosa para sua proliferação. 
Além disso, o LH está atuando nas células da teca para que seja 
produzidos androgênios. Esses androgênios são convertidos em 
estrógeno nas células da granulosa. Essa conversão é 
modulada/estimulada pelo FSH, já que ele estimula a enzima 
aromatase (que converte testosterona em estrógeno). 
• Resultado dessa fase: ↑estrógeno. Esse aumento inicial vai 
fazer feedback negativo na adenohipófise e hipotálamo. Porém, esse 
aumento vai fazer um feedback positivo nas células da granulosa 
(estrógeno estimulando a produção de estrógeno). 
 
b) Fase folicular tardia e ovocitação: devido o feedback positivo 
supracitado, temos uma enorme produção de estrógeno. Contudo, ao 
invés de inibir o eixo hipotálamo-hipófise-gônadas, essa quantidade 
gigante de estrógeno vai estimular o eixo. Isso acontece porque, no 
hipotálamo, há receptores para estrógeno que, ao invés de ativar uma 
via inibitória (via GABA), ativa uma via excitatória (via NA). Assim, o 
hipotálamo vai liberar mais GnRH, que vai estimular a adenohipófise 
a produzir mais LH e FSH. 
Aqui entra uma outra particularidade: no folículo, o FSH estimula 
não somente a produção de estrógeno, mas também a liberação de 
um hormônio chamado inibina (pelas células da granulosa). Esse 
hormônio age na adenohipófise inibindo somente a produção de FSH 
e não a de LH. Por isso ocorre aquele pico enorme de LH durante a 
ovocitação, mas o pico de FSH é um pouco menor. 
• Resultado dessa fase: ↑↑LH sem aumento tão grande de 
FSH. A alta do LH vai ser responsável pelo término do 
desenvolvimento do folículo e sua ruptura e liberação do ovócito 
(ovocitação). Além disso, esse LH vai atuar nas células da granulosa 
e ocorre o início da produção de progesterona. 
 
c) Fase lútea inicial: a partir do momento que o ovócito é 
liberado, a estrutura que sobra do folículo é chamada de corpo lúteo. 
Nesse momento, começa a haver uma transição entre o ↑estrógeno 
para um ↑progesterona. O corpo lúteo é capaz de produzir 
estrógeno, progesterona e inibina. Nesse momento, a produção 
desses hormônios vai inibir o hipotálamo e hipófise. O que vai 
acontecer daqui para frente depende se a fertilização ocorreu ou não. 
Se a fertilização ocorrer, o corpo lúteo não degenera. Isso é 
importante para que ele garanta a produção de progesterona que é 
necessária para manter o endométrio íntegro, uma vez que, caso 
estrógeno e progesterona fiquem baixos, o endométrio descama 
(menstruação), e isso não pode acontecer caso ocorra fertilização. 
 
d) Fase folicular tardia: se a fertilização não ocorrer, o corpo 
lúteo irá degenerar e, com isso, irá parar de produzir os hormônios 
(em especial, a progesterona). Com a queda hormonal, vem a 
menstruação. Sem o corpo lúteo influenciando o eixo hipotálamo-
hipófise-gônadas, a secreção tônica é retomada e novos folículos 
começam a se desenvolver. 
 
Leonan José – T5 
 FERNANDA – FISIOLOGIA – BBPM V 
EVENTOS UTERINOS 
Menstruação 
→ O marco para o início do ciclo menstrual é o 1º dia da 
menstruação. Com a baixa hormonal → endométrio não é 
sinalizado para se manter → descamação = menstruação 
→ A descamação do endométrio éo sinal que a fertilização não 
ocorreu e que um novo folículo pode começar a se desenvolver 
 
Fase proliferativa 
→ Com isso, começa a ocorrer um aumento de estrógeno e as 
células do endométrio começam a se proliferar 
 
Fase secretória 
→ Essa fase começa após o pico de estrógeno e de LH 
→ O endométrio, sob ação da progesterona, começa a secretar 
hormônios. Nessa fase, temos: ↑↑progesterona, ↑estrógeno 
e endométrio pronto para receber o embrião 
→ Nesse momento, temos também um pequeno ↑temperatura 
 
 
 
FERTILIZAÇÃO 
→ O primeiro espermatozoide que conseguir se fundir ao ovócito II 
irá gerar a fertilização. Ela acontece nas tubas uterinas 
→ A junção do espermatozoide com o ovócito forma o zigoto 
→ Apenas nesse momento o ovócito vai terminar sua meiose. 
Quando o espermatozoide adiciona seu material genético, o 
ovócito termina sua segunda divisão meiótica 
→ Entre o dia da fertilização (dia 1) até a implantação, demoram de 
5 a 9 dias. Nesse tempo, o zigoto vai se desenvolvendo e 
fazendo divisões celulares até se implantar como blastocisto 
→ Quando a fertilização acontece, o corpo lúteo não regride 
imediatamente, mas permanece ativo com 2 funções: 
▪ Produção de progesterona (isso precisa acontecer 
porque se a progesterona ↓, o endométrio descama) 
▪ Produção de gonadotrofina coriônica humana (hCG): 
hormônio dosado nos exames para confirmar gravidez 
→ Com o passar do tempo, o corpo lúteo vai regredir porque a 
placenta e outras estruturas vão garantir os níveis hormonais 
para que o endométrio não descame 
 
PARTO E LACTAÇÃO 
→ Durante a gestação, é necessária a presença de 2 hormônios 
que, fora dela, não são produzidos em grandes quantidades: 
▪ Ocitocina: dilatação para o parto 
▪ Prolactina: produção de leite e amamentação 
 
→ A ocitocina é um hormônio da neurohipófise, ou seja, é 
produzido nos corpos celulares do hipotálamo e fica parada nas 
terminações axonais até que chegue um estímulo para ser 
liberada. O principal estímulo é o estiramento do colo do útero 
pelo crescimento do feto. No parto, quanto mais estiramento, 
mais estímulo para produção de ocitocina (feedback positivo). 
→ O grande papel da ocitocina é contração de músculo liso, por 
isso, ela é importante não somente no parto, mas também na 
ejeção do leite (produzido por estímulo da prolactina) 
→ Em resumo, a amamentação exige os dois hormônios: 
prolactina para produção e ocitocina para ejeção 
 
→ A prolactina é um hormônio da adenohipófise. Fora da 
gestação, o hipotálamo está constantemente liberando um fator 
inibitório (vamos chama-lo de hormônio inibidor de prolactina) 
→ A mesma coisa acontece com a ocitocina na neurohipófise 
→ No caso da prolactina, a ocorrência de estímulos principalmente 
sensoriais (sucção do neném no seio da mãe) vão sinalizar para 
o hipotálamo parar de liberar o hormônio inibidor de prolactina, 
gerando ↑liberação de prolactina e ejeção do leite 
 
.

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