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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ESPÍRITO SANTO DISCIPLINA: CIÊNCIAS DO AMBIENTE CURSO: QUÍMICA INDUSTRIAL Gislaine Ribeiro de Souza A DINÂMICA DAS POPULAÇÕES ARACRUZ 2019 Gislaine Ribeiro de Souza A DINÂMICA DAS POPULAÇÕES: CRESCIMENTO POPULACIONAL E BIODIVERSIDADE ARACRUZ 2019 Trabalho apresentado à disciplina de Ciências do Ambiente, como requisito parcial para avaliação. Professora: Inês Ribeiro Machado. SUMÁRIO 1.0 INTRODUÇÃO...........................................................................................………...04 2.0 DESENVOLVIMENTO ...............................................................………….….….….05 2.1 Ecologia……..…..…….…..….…..…….…..…..……..…..………..……………...05 2.2 Espécie…...….….….….….….…...….…..….….…..….…..….…..…...………....05 2.3 População.….…...….….….….….…..….…...….….….…...….….….….………..05 2.4 Biocenose...….….….…..….…...….….….…..….…...….….….………………....05 2.5 Habitat.….….…...….….….….….….….….….….….…...….….….….….……….05 2.6 Dinâmica das populações.….….….….….…..….…..….…..…...….….….…….06 2.7 Crescimento populacional.….….….….….….….….….….….….….….………..06 2.8 Mecanismos naturais de controle.….….….….….….….….….….….….….…...06 2.9 Densidade populacional.….….….….….….….….….….….….….….…….…….07 2.10 Biodiversidade...….….….….….….….….….….…..…...…..…..…..…..….…...07 2.11 Hotspot ecológico.….….….….….….….….….…...….….….….….….…...…...07 2.12 Ameaças a diversidade biológica.…..…..….…..….….….….…..….…..….....08 2.13 Nicho ecológico.….….….….….….….….….….….….….….….….…..…..…...08 2.14 Princípio da exclusão competitiva.….….….….….….…….….….….…….…..08 3.0 CONCLUSÃO.......................................................................................….………….09 4.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................…………….10 1.0 INTRODUÇÃO O presente trabalho propõe uma metodologia clara e objetiva para abordar conceitos que envolvem a ecologia, e assim, vizualizar de modo acadêmico como as espécies interagem entre si e compreender os motivos que as levam a se ausentar de certas áreas. 4 2.0 DESENVOLVIMENTO 2.1 Ecologia É o estudo científico das interações entre os seres vivos e o ambiente. Analisa a distribuição e abundância dos seres vivos e os fatores que os influenciam. Os primeiros registros do uso do termo ecologia foram feitos pelo biólogo, filósofo, médico, professor e artista alemão Ernest Haeckel (1834-1919), em 1869. A palavra deriva dos termos gregos “oikos”, que significa casa, e “logos”, que quer dizer estudo. (ODUM, p.2) A ecologia relaciona os termos: ➢ Ecobiose é a interação dos seres vivos com fatores ambientais; ➢ Alelobiose é a relação dos seres vivos entre si, sendo dividida em duas: Cenobiose → indivíduos da mesma espécie. Relação intraespecífica; Aloiobiose → indivíduos de espécies diferentes. Relação interespecífica. 2.2 Espécie Grupo de indivíduos com capacidade de reprodução, criando prole fértil. 2.3 População É o conjunto de indivíduos da mesma espécie que vivem na mesma área e no mesmo intervalo de tempo, cujos limites são normalmente delimitados pelo ecossistema no qual está presente essa população. (MOTTA, p.15) 2.4 Biocenose (comunidade biológica) Möbius (1877) introduziu o conceito de biocenose, estudando uma comunidade de organismos existentes em um banco de ostras. Um conjunto de populações de diferentes espécies na mesma área e no mesmo intervalo de tempo levam a uma comunidade biológica. (ODUM, p.6) 2.5 Habitat Região onde uma espécie (ou mais de uma espécie) vive, é o ambiente conveniente aos organismos por encontrarem condições de alimentação, abrigo e reprodução. 5 2.6 Dinâmica das populações Populações não são estáticas, são dinâmicas sempre, com entradas e saídas de indivíduos, sob a influência de inúmeros fatores que determinam as taxas de crescimento e distribuição, os quais incluem: clima, alimento, economia e trabalho. 2.7 Crescimento Populacional Está entre os conceitos de dinâmica das populações, é a densidade demográfica e está inteiramente relacionada aos aglomerados populacionais (o acúmulo dessa população nas zonas urbanas) e abandono das zonas rurais. (MILLER, p.326) Sua tendência é o infinito se não houver carência do meio. Sempre haverá limitações e restrições ao crescimento de uma população associado ao espaço e recursos. O dinamismo populacional envolve os seguintes conceitos: ➢ Potencial biótico: capacidade de crescimento e sobrevivência de uma população em um meio específico. Usualmente definido por sua eficácia na reprodução ou regeneração. ➢ Resistência do meio: Forças que restringem a evolução de uma população, por exemplo: competição, limite territorial, mudanças climáticas e eventos naturais. Os fatores ambientais delimitam e restringem o crescimento de uma população. A resistência do meio ocorre quando há privações, o desenvolvimento é substituído pela sobrevivência. 2.8 Mecanismos Naturais de Controle A capacidade de carga de um ambiente determina o surgimento de alguns mecanismos naturais de controle: ➢ Taxas de natalidade: número de indivíduos que nascem em um determinado período; ➢ Taxas de mortalidade: Número de indivíduos que morrem anualmente por mil habitantes; ➢ Migrações (emigrações e imigrações): número de indivíduos que, vindos de outras regiões, saem ou entram nas populações. Atualmente, devido as mudanças climáticas, degradação ambiental, exploração insustentável dos recursos naturais, já se tem registros de movimentos migratórios humanos. (MILLER, p.323) 6 Depleção dos recursos naturais, causam perda da biodiversidade, e por consequência geram redução de recursos naturais e empobrecimento de um meio que sustenta uma população, causando sua emigração. 2.9 Densidade Populacional É a grandeza que relaciona o número de indivíduos de uma população e o espaço onde habitam, por exemplo: a taxa de natalidade e imigração aumentam a densidade populacional, enquanto as taxas de mortalidade e emigração reduzem. Portanto, a densidade pode variar devido aos mecanismos naturais de controle. A densidade pode ser expressa por Km2 (populações terrestres ) ou m3 (populações aquáticas). Densidade (D)= Número de indivíduos da população (N) / Unidade de área ou de volume (A). (MILLER, p.321) 2.10 Biodiversidade Integra a quantidade de seres vivos no planeta e a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, os ecossistemas, fluxo de energia e ciclo de nutrientes. (MILLER, p.55) Pode ser dividida em três grandes níveis: ➢ Diversidade genética: diretamente relacionada a variabilidade genética existente em cada espécie. Considera as particularidades genéticas que criam características específicas do indivíduo; ➢ Diversidade orgânica: associada ao número de espécies presentes em um local, plantas, animais e até os microorganismos; ➢ Diversidade ecológica: especificidades do indivído referente ao ambiente e características que podem levar a modificações em comportamentos e adaptação do organismo. (FRANCO, 2013) 2.11 Hotspot ecológico Endemismo é quando uma espécie só pode ser encontrada em uma zona. Existem determinados locais onde aparecem, com maior frequência ou quantidade, espécies endêmicas. Hotspot de biodiversidade é um ponto crítico onde todas as atenções de conservação e preservação devem estar voltadas a proteção dessas espécias, caso contrário, há perda total do exemplar da biodiversidade na região. 7 Locais de grande biodiversidade no Brasil são a Amazônia, Recife de Corais e os Mangues, por consequência, são os pontos precípuos de hotspot. Aproximadamnete 20% das espécies conhecidas no mundo estão no Brasil, 50000 espécies de plantas diferentes são catalogadas e boa parte são endêmicas. 2.12 Ameaças a diversidade biológica Hodiernamente,a biodiversidade está sob ameaças que são negligenciadas, tais como: ➢ Poluição: São liberados toneladas de resíduos tóxicos, tanto na atmosfera quanto em meios aquáticos, que afetam demasiadamente o planeta, as comunidades, populações e arruína a biodiversidade, pois há uma força de pressão na seleção natural onde organismos mais resistentes ficarão e outros não; ➢ Destruição de habitat: Por exemplo o desmatamento, muito comum no Brasil. Resulta na emigração de animais ou extinção pela falta de condições do meio. Outro exemplo é a força do aquecimento global no Ártico, destruindo as calotas polares, o habitat natural do urso polar, o quê estimula o atual canibalismo nas populações por falta de alimento; ➢ Exploração de espécies: Remoção de determinada população da natureza reduzindo a variedade biológica; ➢ Seleção artificial: Por exemplo, o interesse econômico no cultivo de uma determinada planta, e para tal, há o extermínio de plantas nativas. 2.13 Nicho ecológico Função que a espécie desempenha em seu habitat. (MOTTA, p.16) 2.14 Princípio da exclusão competitiva O princípio de Georgy Gause (1910-1986) parte de estudos com “paramecium aurelia” , “paramecium caudatum” e “paramecium bursaria” (protozoários) e diz que duas espécies competidoras com nichos idênticos não podem coexistir em um ambiente estável, partindo do pressuposto que a competição interespecífica é forte. 8 3.0 CONCLUSÃO Compreender os conceitos de ecologia e seus níveis de organização permite melhor análise dos seres vivos e o meio em que vivem, relacionando as taxas de natalidade e imigração ao crescimento populacional efetivo e a mortalidade e emigração a um negativo desenvolvimento demográfico. Segundo o princípio de Gause, é possível ocupar o mesmo habitat desempenhando funções diferentes, visto que não há competição, contudo, quando há espécies competidoras com nichos idênticos, a competição é inevitável e a convivência é instável. Em virtude dos fatos mencionados, a ecologia não é uma ciência isolada é vasta e complexa, incorpora todos os aspectos da natureza. Está ligada a evolução e ao niilismo das espécies. .9 4.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FRANCO, J. L. Andrade. O conceito de biodiversidade e a história da biologia da conservação: da preservação da wilderness à conservação da biodiversidade. Universidade de Brasília, Distrito Federal, 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/his/v32n2/a03v32n2.pdf>. Acessado em: 12 de abril de 2019; MILLER, G. Tyler; SPOOLMAN, E. Scott. Ciência ambiental, 14ª ed., Cengage Learning Editores SA de CV, 2016; MOTTA, R. P. Coelho. Fundamentos em ecologia, Artmed Editora, 2009. Disponível em : <https://books.google.com.br/books? id=T4SSziT_vrsC&lpg=PR2&ots=liQ6uCKl0c&dq=crescimento%20populacional %20ecologia&lr=lang_pt&hl=pt-BR&pg=PR2#v=onepage&q&f=true>. Acessado em 11 de abril de 2019; ODUM, Eugene. Fundamentos em ecologia, São Paulo: Cengage Learning, 2008. SOLOMON, M.E. 1980. Dinâmica de Populações. Ed. Pedagógica e Universitária Ltda. São Paulo: 78p. 10 https://books.google.com.br/books?id=T4SSziT_vrsC&lpg=PR2&ots=liQ6uCKl0c&dq=crescimento%20populacional%20ecologia&lr=lang_pt&hl=pt-BR&pg=PR2#v=onepage&q&f=true https://books.google.com.br/books?id=T4SSziT_vrsC&lpg=PR2&ots=liQ6uCKl0c&dq=crescimento%20populacional%20ecologia&lr=lang_pt&hl=pt-BR&pg=PR2#v=onepage&q&f=true https://books.google.com.br/books?id=T4SSziT_vrsC&lpg=PR2&ots=liQ6uCKl0c&dq=crescimento%20populacional%20ecologia&lr=lang_pt&hl=pt-BR&pg=PR2#v=onepage&q&f=true http://www.scielo.br/pdf/his/v32n2/a03v32n2.pdf
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