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REDE DE ATENÇÃO, CLASSIFICAÇÃO DE RISCO E ACOLHIMENTO DO USUÁRIO DO SUS

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1 
 
FACULDADE DE MEDICINA DE MARÍLIA 
CURSO DE ENFERMAGEM 
 
 
 
RAYANA MARAYA DOS ANJOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTFÓLIO DO CICLO 2 DA UPP 
REDE DE ATENÇÃO, CLASSIFICAÇÃO DE RISCO E ACOLHIMENTO DO USUÁRIO 
DO SUS 
 
FACILITADORA: DANIELA MARTINEZ FAYER NALOM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARÍLIA-SP 
2020 
2 
 
SUMÁRIO: 
1. Narrativa reflexiva ........................................................................................................ 3 
2. Síntese Provisória.......................................................................................................... 4 
2.1 Avaliação da Síntese Provisória...................................................................... 5 
3. Busca Qualificada......................................................................................................... 5 
3.1 Vivência da Busca e Escolha das Fontes ....................................................... 5 
3.2 Resposta da Questão 1 ................................................................................... 5 
3.3 Resposta da Questão 2 ................................................................................... 8 
3.4 Resposta da Questão 3 ................................................................................... 8 
3.5 Resposta da Questão 4 ................................................................................... 9 
3.6 Resposta da Questão 5 .................................................................................. 11 
4. Nova Síntese............................................................................................................... 12 
4.1 Avaliação da Nova Síntese .......................................................................... 14 
5. Avaliação.................................................................................................................... 14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
1. Narrativa Reflexiva: 
No dia 01 de outubro fomos convidados a assistir ao episódio da série “Unidade Básica” 
como disparador para a Narrativa Reflexiva do Ciclo 2 da UPP, que trata sobre Rede de 
Atenção, Classificação de Risco e Acolhimento do Usuário do SUS. 
 O foco principal do episódio é o caso do paciente Eraldo, que tem uma parada cardíaca 
e na internação é diagnosticado com cirrose hepática grave, quando é inserido na fila para 
a recepção de um transplante de fígado. Eraldo mora com a ex-mulher Cícera, a filha Elizete 
e o marido dela, Jeferson. Cícera e Elizete são conhecidas na unidade como pacientes 
poliqueixosas, enquanto Eraldo e Jeferson estão em batalha contra o alcoolismo. Cícera 
recebe uma ligação da central de transplantes informando que há um fígado disponível para 
Eraldo, porém para receber o transplante ele deveria estar sem beber, o que o médico 
responsável pela unidade sabia que não estava ocorrendo e, portanto, não pôde autorizar o 
transplante. Ao final do episódio, o médico recebe uma ligação de Cícera e segue até sua 
residência, descobrindo que Eraldo veio a falecer. Jeferson traz seus exames para o médico 
e relata que parou de beber, dando a entender que a vida e saúde do casal estão melhorando. 
Várias “sutilezas” me chamaram a atenção durante o episódio, como o fato de o médico 
retratar que já teve problemas com o álcool e atualmente ser tabagista, a postura da médica 
e da estudante de medicina da unidade que desejam encaminhar as pacientes poliqueixosas 
para atendimento psicológico e o momento de elaboração do genograma para relacionar as 
mulheres poliqueixosas com seus maridos alcoolistas, retratando um dos conflitos 
familiares ocasionados pelo vício. Me senti aflita acompanhando o caso de Eraldo pois 
gostaria que ele sua família tivesse encontrado um “final feliz”, porém fiquei feliz por 
Jeferson e Elizete. Compreendi que o vício é composto por inúmeros fatores biológicos, 
psicológicos e sociais enraizados, e é um quadro de difícil abordagem e tratamento. 
Além disso, acredito que a postura do médico com a família de Eraldo foi de grande 
exemplo para a nossa prática profissional, pois demonstra como o estabelecimento de um 
vínculo entre o(s) paciente (s) e a unidade de saúde é importante em busca de compreender 
as particularidades de cada caso individual e auxiliar no cuidado integral de cada pessoa, 
além de aumentar as chances de adesão adequada ao tratamento e, consequentemente, 
melhoria da saúde e qualidade de vida. 
 
 
 
4 
 
2.Síntese Provisória 
No dia oito de outubro de 2020 o grupo 5 reuniu-se de forma remota para fazer a leitura 
das narrativas e discutir acerca dos temas deste segundo ciclo da Unidade de Prática 
Profissional (UPP) “Rede de Atenção, Classificação de risco e Acolhimento do usuário do 
SUS”. 
Primeiramente, foi destacado pelo grupo que vídeos são uma forma interessante de 
disparadores. Com o episódio da série, ficou nítido o foco do ciclo, pois, no vídeo, foi visto 
um paciente que precisou ser encaminhado de uma unidade de atenção primária para outra 
unidade de saúde, de atenção terciária. Desse modo, a discussão permeou no tema de Redes 
de atenção, já estudado no primeiro ano. 
Além disso, o grupo pode perceber a necessidade de entender como funcionam as 
classificações de risco nas unidades de saúde. Surgiram dúvidas com relação a quais 
profissionais realizam a classificação de risco. 
Ademais, foi exposto nas narrativas dos estudantes do grupo que o médico da série que 
serviu como disparador buscou ajudar seus pacientes conhecendo também todo o contexto 
em que o paciente estava inserido, seu histórico familiar, e suas dificuldades familiares, não 
se restringindo apenas a queixa atual e a resolução. Foi possível notar a preocupação da 
equipe de saúde em resolver a causa do problema do paciente, e não apenas o problema, 
utilizando-se de reuniões de equipe, genogramas e diálogos com a rede de apoio. 
Diante das ideias levantadas, foram elaboradas as seguintes hipóteses: 
1. A classificação de risco é feita inicialmente para atender melhor o paciente e direcioná-
lo para o tratamento adequado 
2. O acolhimento não ocorre em um único espaço, mas em todos os momentos desde a 
entrada do paciente na unidade até sua saída 
3. Pacientes poliqueixosos tendem a ser negligenciados por profissionais de saúde, sendo 
necessário uma escuta atenta dos seus relatos para que o cuidado seja garantido. 
4. A ocorrência de pacientes poliqueixosas é decorrente, dentre outras causas, de um 
processo de determinação social de saúde e doença. 
 
Tendo em vista os problemas elencados, as questões para a Busca Qualificada foram: 
1. Explique quais são os critérios para realizar a classificação de risco levando em 
consideração os diversos modelos. 
2. Quais são os passos para a realização do acolhimento e da triagem? Faça a diferenciação 
entre eles. 
5 
 
3. Quais profissionais podem realizar o acolhimento e a triagem? 
4. Cite quais são as redes de atenção à saúde (RAS) e seus principais objetivos. 
5. O que é determinação social do processo de saúde e doença e como isso interfere na 
saúde da população? 
 
2.1 Avaliação da Síntese Provisória: 
Acredito que o levantamento de ideias foi bem elaborado, assim como as lacunas de 
conhecimento. O levantamento de hipóteses servirá para melhor organizar os processos de 
Busca e Nova Síntese. Considero a participação do grupo e da facilitadora plena e essencial 
para a processo. Em comparação com a Síntese Provisória do Ciclo 01, a minha participação 
foi mais presente. 
 
3. Busca Qualificada: 
3.1 Vivência da Busca e Escolha das Fontes: 
Achei as questões formuladas pelo grupo de fácil interpretação e não enfrentei 
dificuldades para encontrar as informações que buscava em fontes confiáveis. Como a 
disponibilidade de fontes era ampla, optei por utilizar artigos e sites de órgãos oficiais, como 
Ministério Público, Ministério da Saúde, CREMESP entre outros. Também não encontreiconflito para interpretar os conteúdos. 
3.2 Questão 1: Explique quais são os critérios para realizar a classificação de risco 
levando em consideração os diversos modelos. 
 
A Portaria 2.048 do Ministério da Saúde propõe a implantação nas unidades de 
atendimento de urgências o acolhimento e a “triagem classificatória de risco”. 
Além disso, é a identificação dos pacientes que necessitam de intervenção médica e de 
cuidados de enfermagem, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de 
sofrimento, usando um processo de escuta qualificada e tomada de decisão baseada em 
protocolo e aliada à capacidade de julgamento crítico e experiência do enfermeiro, pois, é o 
enfermeiro, com auxílio do técnico de enfermagem, que faz a avaliação para classificação de 
risco do paciente. 
O Acolhimento com Classificação de Risco -ACCR- possibilita a ampliação da 
resolutividade ao incorporar critérios de avaliação de riscos, que levam em conta toda a 
complexidade dos fenômenos saúde/ doença, o grau de sofrimento dos usuários e seus 
6 
 
familiares, a priorização da atenção no tempo, diminuindo o número de mortes evitáveis, 
sequelas e internações. 
A Classificação de Risco deve ser um instrumento para melhor organizar o fluxo de 
pacientes que procuram as portas de entrada de urgência/emergência, gerando um atendimento 
resolutivo e humanizado. 
 De acordo com o Protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco, feito pela 
Prefeitura de São Luís, existe critérios a serem avaliados e dados a serem coletados para serem 
colocados na ficha de atendimento, sendo eles: 
Critérios: Apresentação usual da doença; Sinais de alerta (choque, palidez cutânea, febre 
alta, desmaio ou perda da consciência, desorientação, tipo de dor etc.); 
Situação: queixa principal; 
Pontos importantes na avaliação inicial: sinais vitais –Sat. de O2 –escala de dor -escala 
de Glasgow –doenças preexistentes –idade –dificuldade de comunicação (droga, álcool, retardo 
mental etc.). 
Dados para a ficha de atendimento: Queixa principal; Início –evolução –tempo de 
doença; Estado físico do paciente; Escala de dor e de Glasgow; Classificação de gravidade; 
Medicações em uso, doenças preexistentes, alergias e vícios; Dados vitais: pressão arterial, 
temperatura, saturação de O2. 
Além disso, ao realizar a classificação de risco, o profissional de saúde atribui ao 
paciente uma cor (através de uma pulseira ou adesivo), indicando sua classificação/prioridade 
de atendimento. São elas: 
0. Prioridade zero (vermelha); 
1. Prioridade I (amarela); 
2. Prioridade II (verde); 
3. prioridade III (azul). 
A cor Vermelha indica que o paciente precisa ser encaminhado para a sala de 
ressuscitação imediatamente. A cor Amarela indica que o paciente precisa de consulta médica 
imediata, com tempo de espera para atendimento de no máximo 30 minutos; no caso do paciente 
classificado com a cor Verde, é preciso encaminhar para a consulta médica, mas, a urgência é 
menor, podendo esperar até uma hora para avaliação médica. Por fim, a cor Azul indica 
urgência menor, podendo o paciente esperar até uma hora e trinta minutos. 
Para mais, segundo o Protocolo de Manchester, existem 5 níveis em relação ao tempo 
máximo de espera por atendimento médico, sendo eles vermelho, laranja, amarelo, verde e azul. 
7 
 
Pacientes de nível vermelho (nível 0) deverão receber atendimento imediato pois estão 
na iminência de morte ou complicação, como politraumatizados, grandes queimados, pacientes 
com traumatismo encefálico, pacientes em coma, com comprometimento da coluna vertebral, 
desconforto respiratório grave, dor no peito associada à sintomas cardiovasculares, grandes 
perdas de sangue, convulsões, tentativas de suicídio, choques, paradas cardiorrespiratórias e 
alterações graves dos sinais vitais. 
O nível laranja (nível 1) diz respeito às chamadas “bandeiras vermelhas “como vítimas 
de acidentes com veículos motorizados, vítimas de quedas ou explosões, fraturas de costelas, 
possíveis aspirações e danos pulmonares, e devem ser atendidos em até 10 minutos. 
Já o nível amarelo (nível 2) inclui os pacientes que podem aguardar atendimento por até 
30 minutos, como politraumatizados em regular estado de consciência e sem alterações dos 
sinais vitais, cefaleia intensa e progressiva acompanhada de fatores de risco, TCE leve, 
alterações do nível de consciência ou comportamentais e psicológicas, desmaios, pacientes 
desidratados, com dores abdominais intensas, náuseas, vômitos e sangramentos persistentes, 
febre alta, intoxicados e vítimas de abuso sexual. 
Por sua vez, os pacientes de nível verde (nível 3) estão em condições agudas e de 
urgência relativa, podendo ser atendidos em até 60 minutos. Aqui estão incluídos os pacientes 
idosos, deficientes, quadro sem melhora em menos de 24h, enxaquecas, dores de ouvido, dores 
abdominais, sangramentos leves, vômitos e diarreias recentes, lombalgia intensa e lesões 
ortopédicas. 
Por fim, no nível azul (nível 4) as condições são semelhantes ao nível 3, entretanto, as 
queixas são crônicas e sem alterações agudas, podendo aguardar por até 120 minutos. 
Especificamente sobre o Protocolo de Manchester, ele deve ser feito por meio de sistema 
informatizado no qual se inserem as queixas e dados do paciente (discriminantes) que serão 
lançados em um fluxograma contendo diversos sinais e sintomas, resultando em um nível de 
classificação. 
 
Referências Bibliográficas 
AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR. Acolhimento com Classificação de Risco. 
Ministério da Saúde, Brasília, 2012. Disponível em: 
http://www.ans.gov.br/images/stories/prestadores/E-ACE-01.pdf. Acesso em: 13 out. 2020. 
NÚCLEO TÉCNICO DA POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO. Acolhimento com 
Avaliação e Classificação de Risco. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. 49 p. Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/acolhimento.pdf. Acesso em: 13 out. 2020. 
8 
 
 
3.3 Questão 2: Quais são os passos para a realização do acolhimento e da triagem? Faça 
a diferenciação entre eles. 
 
De início, o acolhimento é uma espécie de tecnologia leve, uma técnica, que deve ser 
empregada desde a entrada do paciente, durante todo o seu permanecimento no serviço de saúde 
e por todas as etapas do tratamento. O acolhimento envolve a efetivação dos princípios e 
diretrizes do SUS, passando pelo estabelecimento de vínculo, receptividade e resolubilidade 
das demandas trazidas pelo paciente, visando o cuidado integral e a abordagem de todos os 
aspectos da saúde. Um bom acolhimento envolve a inclusão do paciente como protagonista do 
seu cuidado, a obediência aos princípios da bioética, a garantia de acesso aos serviços 
necessários, a escuta qualificada e a boa articulação com outros serviços de saúde. 
A triagem, por sua vez, é efetivada quando um funcionário do serviço se baseia na escuta 
qualificada das queixas do paciente, antes da avaliação diagnóstica e terapêutica, para 
determinar para qual profissional ele deverá ser encaminhado e qual o tempo de espera possível. 
Dentro da triagem, a classificação de risco é uma ferramenta utilizada nos serviços que atendem 
à demanda espontânea, que tem como objetivo selecionar os pacientes para atendimento de 
acordo com o risco de evoluírem para morte ou complicações sérias. 
O objetivo de se utilizar a triagem e, dentro dela, a classificação de risco, é garantir que 
os pacientes de maior gravidade sejam atendidos prioritariamente (equidade), diminuir o tempo 
de espera e a superlotação dentro dos serviços de saúde, organizar o atendimento e aumentar a 
resolutividade e satisfação dos pacientes. 
 
Referência Bibliográfica 
BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE. Qual a diferença entre triagem e acolhimento?. Disponível 
em: https://aps.bvs.br/aps/qual-a-diferenca-entre-triagem-e-acolhimento/. Acesso em: 13 out. 2020. 
 
3.4 Questão 3: Quais profissionais podem realizar o acolhimento e a triagem?O acolhimento não é um espaço ou um local, mas uma postura ética: não pressupõe hora 
ou profissional específico para fazê-lo, implica compartilhamento de saberes, angústias e 
invenções, tomando para si a responsabilidade de “abrigar e agasalhar” o outro em suas 
demandas, com responsabilidade e resolutividade sinalizada pelo caso em questão. 
9 
 
De acordo com a Portaria 2.048 do Ministério da Saúde, o processo de triagem “deve 
ser realizado por profissional de saúde, de nível superior, mediante treinamento específico e 
utilização de protocolos pré-estabelecidos e tem por objetivo avaliar o grau de urgência das 
queixas dos pacientes, colocando-os em ordem de prioridade para o atendimento”. 
 
Referências Bibliográficas 
SAÚDE, Ministério Da. Acolhimento nas Práticas de Produção de Saúde. Núcleo Técnico da Política 
Nacional de Humanização, Brasília, v. 1, n. 2, p. 3-43, jan./2010. 
Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/acolhimento_praticas_producao_saude.pdf. 
Acesso em: 10 out. 2020. 
AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR. Acolhimento com Classificação de Risco. 
Ministério da Saúde, Brasília, 2012. Disponível em: 
http://www.ans.gov.br/images/stories/prestadores/E-ACE-01.pdf. Acesso em: 13 out. 2020. 
 
3.5 Questão 4: Cite quais são as redes de atenção à saúde (RAS) e seus principais 
objetivos. 
 
Segundo a portaria 4.279/2010 do Conselho Nacional de Saúde, Redes de Atenção à 
Saúde são “arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades 
tecnológicas, que integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, 
buscam garantir a integralidade do cuidado.” 
As principais características de uma RAS são: 
- Relações horizontais entre os pontos de atenção; 
- Atenção Básica como centro de comunicação; 
- Centralidade nas necessidades de saúde da população; 
- Atenção contínua e integral; 
- Cuidado multiprofissional; 
- Compartilhamento de objetivos; 
- Compromisso com resultados sanitários e econômicos. 
Já os requisitos observados para a constituição de uma RAS são: 
- Definição clara da população e território; 
- Diagnóstico situacional; 
- Criação de objetivos para suprir as carências do território; 
- Articulação público-privado; 
10 
 
- Planejamento de acordo com as necessidades; 
- Criação de um sistema logístico e de suporte; 
- Investimento nas equipes; 
- Criação de sistemas de regulação e governança; 
- Financiamento sustentável e suficiente com vinculação a metas e resultados. 
 Segundo a mesma portaria, as RAS prioritárias são a Rede Cegonha, a Rede de Atenção 
às Urgências e Emergências, a Rede de Atenção Psicossocial, a Rede de Cuidado à Pessoa com 
Deficiência e a Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas. 
A Rede Cegonha abrange a atenção durante o pré-natal, parto e puerpério além de toda 
a saúde da criança até os dois primeiros anos de vida. 
A Rede de Atenção às Urgências e Emergências tratam da promoção e prevenção, 
Unidades Básicas de Saúde, Unidades de Pronto Atendimento, SAMU, atenção hospitalar e 
hospitais-dia. 
 A Rede de Atenção Psicossocial é composta por 5 eixos: 
- Atenção integral aos usuários de álcool e drogas; 
- Qualificação da Rede de Atenção Integral; 
- Ressocialização e reabilitação; 
- Ações de prevenção e redução de danos; 
- Operacionalização da rede. 
A Rede de Cuidado à Pessoa com Deficiência além da Atenção Básica e de Urgência e 
Emergência também é responsável pela reabilitação auditiva, física, visual, intelectual, ostomia 
e múltiplas deficiências. 
Por fim, a Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas se encarrega 
da atenção especializada, sistemas de apoio, sistemas logísticos e regulação. 
 
Referência Bibliográfica 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Implantação das Redes de Atenção 
à Saúde e outras estratégias da SAS. 2014. Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/implantacao_redes_atencao_saude_sas.pdf. Acesso em: 
13out. 2020. 
 
 
 
11 
 
3.6 Questão 5: O que é determinação social do processo de saúde e doença e como isso 
interfere na saúde da população? 
 
Importante analisar o conceito de que as condições de vida e trabalho dos indivíduos e 
grupos da população estão relacionadas com sua situação de saúde. Para a Comissão Nacional 
sobre os Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS), estabelecida em 2006, os DSS são: “os 
fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que 
influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população”. 
As relações entre determinantes sociais e saúde consistem em estabelecer uma 
hierarquia de determinações entre fatores mais distais, sociais, econômicos e políticos e mais 
proximais relacionados diretamente ao modo de vida, sendo distintos os fatores que afetam a 
situação de saúde de grupos e de pessoas. A análise da situação de saúde compreende os 
seguintes itens: 
- Situação e tendências da evolução demográfica, social e econômica do país: traça um 
panorama geral de referência para a análise da situação de saúde, descrevendo a evolução destes 
macros determinantes, particularmente nas últimas quatro décadas. Inclui dados sobre 
crescimento populacional, fecundidade, mortalidade, migrações, urbanização, estrutura do 
mercado de trabalho, distribuição de renda e educação; 
- A estratificação socioeconômica e a saúde: apresenta a situação atual e tendências da 
situação de saúde no país, destacando as desigualdades de saúde segundo variáveis de 
estratificação socioeconômica, como renda, escolaridade, gênero e local de moradia; 
- Condições de vida, ambiente e trabalho: apresenta as relações entre situação de saúde 
e condições de vida, ambiente e trabalho, com ênfase nas relações entre saneamento, 
alimentação, habitação, ambiente de trabalho, poluição, acesso à informação e serviços de saúde 
e seu impacto nas condições de saúde dos diversos grupos da população; 
- Redes sociais, comunitárias e saúde: inclui evidências sobre a organização comunitária 
e redes de solidariedade e apoio para a melhoria da situação de saúde, destacando 
particularmente o grau de desenvolvimento dessas redes nos grupos sociais mais 
desfavorecidos; 
- Comportamentos, estilos de vida e saúde: inclui evidências existentes no Brasil sobre 
condutas de risco como hábito de fumar, alcoolismo, sedentarismo, dieta inadequada, entre 
outros, segundo os diferentes estratos socioeconômicos da população; 
12 
 
- Saúde materno-infantil e saúde indígena: por sua importância social e por 
apresentarem necessidades específicas de políticas públicas, são dedicadas seções especiais 
sobre saúde materno-infantil e saúde indígena. 
A análise dos determinantes sociais de saúde nos permite intervenções no sentido de 
ampliar políticas púbicas que possam reduzir as iniquidades, desigualdades consideradas 
injustas, e avançar para políticas de saúde com mais equidade. 
Para além do conceito epidemiológico de determinantes sociais de saúde como fatores 
de risco, é necessário ainda, compreender a determinação social da saúde como um conceito 
mais ampliado e politicamente construído que envolve a caracterização da saúde e da doença 
mediante fenômenos que são próprios dos modos de convivência do homem, um ente que 
trabalha e desfruta da vida compartilhada com os outros, um ente político, na medida em que 
habita a polis, como afirmava Aristóteles. 
 
 
Referências Bibliográficas 
NOGUEIRA, R. P. (org.). Determinação social da saúde e reforma sanitária. Rio de Janeiro: Cebes, 
2010. 
CAPONIS. A saúde como abertura ao risco. In: Czerina D., Freitas, CM org. Promoção da saúde: 
conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003. in Enfermagem e saúde do adulto. 
Org. Ana Cristina Passarella Brêtas A. e Monica Antar Gamba. São Paulo, Manole, 2006. 
 
4. Nova Síntese: 
No dia quinzede outubro o grupo 5 reuniu-se para realizar a Nova Síntese. 
Foi discutido sobre acolhimento, triagem e classificação de risco. O acolhimento é uma 
técnica essencial no cuidado que envolve toda a jornada do paciente no sistema de saúde e deve 
ser praticado para estabelecer um melhor vínculo, melhorar a adesão ao tratamento e buscar o 
maior nível possível de resolução das queixas do paciente. A triagem e a classificação de risco 
são processos e técnicas complementares, que devem ser efetuadas pelo profissional de nível 
superior da enfermagem visando melhorar a dinâmica e o atendimento dentro dos serviços de 
saúde. 
O grupo caracterizou então todos os níveis, utilizando como referência o Protocolo de 
Manchester e explanou algumas dúvidas, como a diferença entre os níveis verde e azul, por 
exemplo, que diz respeito ao caráter agudo ou crônico da queixa. Foi observado também que 
muitos serviços adaptam o protocolo e retiram o nível azul, encaminhando tais pacientes para 
a Atenção Primária. 
13 
 
Sobre a conceitualização das Redes de Atenção à Saúde, concluímos que elas são 
sistemas articulados de serviços de saúde que visam o atendimento integral e que tenham uma 
população alvo, uma estrutura operacional e um modelo de atenção à saúde. É aceito na 
literatura internacional que o sistema articulado em Redes de Atenção é mais eficaz na prática 
do que modelos que apresentam uma Atenção Primária enfraquecida, está sendo no sistema do 
SUS a porta de entrada do sistema. O foco das RAS está no cuidado à pessoa, à família e à 
comunidade. As fases para implantação de uma RAS são: diagnóstico, adesão, desenho da rede, 
contratualização dos pontos de atenção, qualificação dos componentes da rede e certificação da 
rede. As principais características de uma Rede de Atenção são a horizontalidade entre os níveis 
de atenção, a centralização na Atenção Primária, centralidade das necessidades de saúde da 
população, responsabilidade com a saúde contínua e integral, cuidado multiprofissional, 
compartilhamento de objetivos e o efetivo comprometimento com resultados sanitários e 
econômicos. 
A definição do Ministério da Saúde fala de população e território bem definidos com 
amplo conhecimento de suas necessidades e preferências, extensa gama de estabelecimentos de 
saúde que prestem serviços de promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento, gestão de casos, 
reabilitação e cuidados paliativos e integralização dos programas e serviços de saúde focados 
em doenças, riscos e populações específicas. 
Após a Nova Síntese o grupo elaborou uma questão para enviar à professora, indagando 
sobre a diferença entre triagem e classificação de risco. Um vídeo resposta da professora 
informou que a classificação de risco é uma ferramenta para garantir a equidade no atendimento 
por meio da priorização dos casos mais graves ou com potencial de gravidade. Quem realiza o 
processo de triagem é exclusivamente o profissional da enfermagem, por meio de uma boa 
coleta de dados, anamnese e raciocínio clínico, destacando que, em hipótese alguma o 
enfermeiro pode dispensar qualquer paciente, o que configuraria crime de ato médico. 
Quanto à conferência, a professora explicou diversos modelos de classificação de risco, 
como o Australian Triage Scale (ATS), Protocolo de Manchester, CanadianTriage and 
AcuityScale (CTAS)e Emergency Severity Index (ESI), ressaltando que os modelos possuem 
semelhanças entre si e que o estabelecimento das condutas para cada nível é parecido. Foi dito 
pela professora que a escolha do Protocolo de Manchester para a utilização no SUS foi feita por 
um movimento corrupto, já que as estruturas dos serviços de saúde no Brasil muitas vezes não 
comportam adequadamente um software para efetivar o protocolo e os discriminantes da 
triagem não se adequam à realidade brasileira. 
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Por conta disso, muitas vezes são realizadas adaptações no método como perguntas e 
respostas em fichas de papel e diminuição no número de níveis, o que acaba prejudicando a 
eficiência da classificação. 
 
4.1 Avaliação da Nova Síntese: 
Acredito que o processo de Nova Síntese tenha sido muito eficiente, senti a participação 
de todos no grupo durante a discussão e com contribuições muito importantes e 
complementares, gostei das intervenções da facilitadora e aprendi muito com a conferência da 
professora. 
 
5. Avaliação: 
Acredito que esse ciclo tenha sido muito interessante e necessário, para retomarmos o 
estudo de redes de atenção, além de entender sobre a classificação de risco realizada pelas 
unidades de saúde e sobre o acolhimento, que descobrimos ser algo além do que 
imaginávamos. Além disso, considerei uma boa opção o disparador ser por meio de um 
vídeo, pois, foi possível entender quais eram os temas a serem discutidos neste ciclo de 
forma mais clara do que por meio de textos. 
Com relação ao grupo, minha percepção é de que a participação está bem distribuída 
entre os estudantes. Ademais, notei que neste ciclo da UPP 2 muitos realizaram as buscas pelas 
mesmas fontes, mas apesar disso, conseguimos nos complementar na discussão. 
Quanto à minha participação, acredito que minha Busca foi efetiva, procurei utilizar 
fontes variadas e confiáveis e avalio que consegui me inserir bem na discussão, trazendo 
contribuições relevantes. 
Por fim, considero a participação da facilitadora satisfatória e essencial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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