@import url(https://fonts.googleapis.com/css?family=Source+Sans+Pro:300,400,600,700); DIREITO DAS OBRIGAÇÕES-RESUMO TARTUCEApós a leitura atenta do Livro Manual do Direito Civil \u2013 Tartuce, Flávio \u2013 Volume Único, disponível na plataforma - Teoria Geral das Obrigações \u2013 capítulo 3 - itens 3.3, 3.4 (3.4.1, 3.4.2, 3.4.3, 3.4.4)- págs. 340 a 348 (as páginas podem variar dependendo do número da fonte/letra ), responda as formulações abaixo: 1. Quando se trata das Fontes Obrigacionais do Direito Civil Brasileiro, afirma-se categoricamente que os contratos representam a fonte principal das obrigações, mas não a única, temos também a Lei, assim sendo apresente suas razões conceituando as fontes à luz do texto indicado relacionando o direito obrigacional a existência delas. Tartuce indica como fontes: \u2022 Lei : é \u201cfonte primária ou ime diata de todas as obrigações, pois, os vínculos obrigacionais são relações jurídicas\u201d. \u2022 Contratos: são tidos como fonte principal do direito obrigacional . (O contrato é fonte de obrigação no sentido de que o acordo entre as partes faz gerar um vínculo entre elas.) \u2022 Atos ilícitos e o abuso de direito: são fontes importantíssimas do direito obrigacional. Gerando o dever de indenizar , o abuso de direito também constitui fonte de obrigações. (art. 186 e 187 CC) \u2022 Atos unilaterais : são as declarações unilaterais de vontade, fontes do direito obrigacional que estão previstas no Código Civil , caso da promessa de recompensa, da gestão de negócios, do pagamento indevido e do enriquecimento sem causa. \u2022 Títulos de crédito: são os documentos que trazem em seu bojo , com caráter autônomo, a existência de uma relação obrigacional de natureza autônoma, a existência de uma relação obrigacional de natureza privada. Ex.: cheque, nota promissória, duplicata. 2. Quanto aos atos unilaterais, fontes do direito obrigacional, apresente seus estudos de forma pontual, explicando cada item abaixo, relacionado os artigos referentes a cada um deles fundamentando na legislação civil vigente. a) Promessa de recompensa. É declaração de vontade unilateral feita por quem faz a promessa, através de anúncio público, onde se compromete a cumprir obrigação em favor de pessoa indeterminada que preencha certa condição ou desempenhe tal serviço. - A promessa de recompensa só pode ser feita por uma pessoa capaz, (uma promessa feita por um adolescente de 12 anos não gera obrigação.) - O objeto da recompensa deve ser lícito, possível, determinado ou determinável. Art. 854. Aquele que, por anúncios públicos, se comprometer a recompensar, ou gratificar, a quem preencha certa condição, ou desempenhe certo serviço, contrai obrigação de cumprir o prometido. Há a necessidade de alguns requisitos. Exemplos: -Publicidade: jornais,cartazes, internet; -Especificação do serviço a ser executado;ter determinada característica ou fazer determinada coisa; -Indicação/promessa da recompensa/gratificação a ser paga (valor ou outra coisa que o promitente queira dar em troca da condição ou serviço). b) Gestão de negócios. Fundamentação: Artigos 861 a 875 do Código Civil È a administração oficiosa de negócios alheios, feita sem procuração. Dá-se quando uma pessoa, sem autorização do interessado, intervém na administração de negócio alheio, dirigindo-o segundo o interesse e a vontade presumível de seu dono, ficando responsável a este e às pessoas com que tratar. A ação do Gestor limitada a atos de natureza patrimonial, pois os de natureza extrapatrimonial requerem outorga de poderes. c) Pagamento indevido. Entende-se como pagamento indevido um pagamento sem causa que se faz a alguém,trazendo-lhe uma vantagem ou enriquecimento, empobrecendo ou prejudicando aquele que paga. É fonte de obrigação, em face do princípio da equidade, pelo qual não se permite o ganho de um, em detrimento de outro, sem causa justificada. \u201cArt. 964 - Todo aquele que recebeu o que lhe não era devido fica obrigado a restituir.\u201d Portanto, verifica-se que a obrigação de restituir o que foi pago indevidamente, tem origem na Lei. d) Enriquecimento sem causa. É da natureza da equidade que ninguém pode locupletar-se com o empobrecimento injusto de outrem, inexistindo causa jurídica para tanto. De acordo com o artigo 884, que determina que quem, sem justo motivo, enriquecer gerando danos ou perdas a outra pessoa, será obrigado a restituir o que foi indevidamente obtido. Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários. Parágrafo único. Se o enriquecimento tiver por objeto coisa determinada, quem a recebeu é obrigado a restituí-la, e, se a coisa não mais subsistir, a restituição se fará pelo valor do bem na época em que foi exigido. Há de se observar a necessidade de cinco requisitos simultâneos, (como afirma Caio Mário em seus fundamentos do direito francês): a) Enriquecimento do Réu; b) Empobrecimento do Autor; c) Relação de Causalidade; d) Inexistência de Causa Jurídica para o Enriquecimento; e) Inexistência de Ação Específica. Um exemplo corriqueiro de enriquecimento sem causa são cobranças por serviços não prestados,e multas contratuais desproporcionais.
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