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Discussão de casos clínicos: Gastroenterologia 
Primeiro caso clínico 
 
 
 
 
Ureia: 40 
Cr: 1,00 
 
1. Quais as complicações do paciente hepatopata crônico? (esquecendo o caso: ascite, 
hipertensão portal, encefalopatia hepática, hemorragia digestiva alta). 
 Ascite 
 Encefalopatia hepática (Sinal bem característico: flapping positivo + desorientação) 
 Peritonite pela dor abdominal (PBE: peritonite bacteriana espontânea) 
 Síndrome hepatorenal (alteração de escoria nitrogenada – função renal) 
 
2. Faltou algum exame para comprovas estas complicações? 
 Ultrassom de abdome total 
 Punção: paracentese (para avaliar o líquido ascitico) 
 TGO e TGP (para avaliar o grau da lesão hepatocelular) 
 Tomografia de crânio 
 
3. Detalhes as suas condutas? 
 Indicação de fazer expansão de albumina (prevenir/descartar hepatorenal) 
 Para tratar PBE: antibiótico 
 Encefalopatia hepática: lactulose (se não houvesse resultado, entraria com antibiótico: 
neomicina, metronidazol, mas a primeira opção é rifaximina). 
 Se tivesse HDA entraria com vasodilatador esplâncnico 
 Diurético após superar a encefalopatia hepática e os parâmetros renais, para tratar ascite. 
 Lembrar de todo paciente cirrótico avaliar os escores de gravidade de doença 
 
 
 
 
Segundo caso clínico 
 
1. Qual o diagnóstico sindrômico mais provável? 
 
 Síndrome infecciosa 
 Síndrome ictérica 
 Hipótese diagnóstica: hepatite viral 
 
2. Com relação à análise dos resultados dos marcadores sorológicos das hepatites virais, qual dos 
itens abaixo melhor se correlaciona com esse caso? 
 
 A Hepatite A aguda pode ser confirmada pela presença de anti-HVA igG? 
- Não, o que caracteriza a presença de hepatite A aguda é anti-HVA igM 
 A presença de anti-HBs isolado sugere hepatite pelo vírus B no passado 
- Não, o anti-HBS pode ser da vacina, não sugere infecção 
 O anti-HCV negativo não exclui a hepatite pelo vírus C 
- Exclui 
 A presença de anti-HVA igG, de HBsAg e de antiHBc igM sugere co-infecção pelo vírus da hepatite 
A e B 
- Sugere infecção ativa pelo vírus B e passado de vírus A 
 
Terceiro caso 
 
 
1. Quais exames sorológicos devem ser solicitados? 
 
 Pensando em hepatite A: Anti-HVA igM e igG 
 Pensando em hepatite C: Anti-HCV 
 Pensando em hepatite B: AgHbs, anti-HBC total e oAntiHBC igM e o igG, se quiser replicação 
viral: AgHBe o o anti-Hbe e o antiHBs 
 
Quarto caso 
 
1. Hipótese diagnóstica: 
 Hemorragia digestiva alta (hematêmese de grande volume); provável causa seria 
ruptura de varizes: varicosa (só poderia ter certeza após EDA) 
2. Qual a conduta frente ao caso? 
 Estabilização hemodinâmica: expansão volêmica: soro ringer lactato 
 Não faz Hemotransfusão (apenas c Hb < 7) 
 IBP (possibilidade de ser não varicosa) 
 HDA varicosa (droga vasoativa: vasoconstrictor esplâncnico, primeira opção 
terlipressina) 
 Profilaxia de PBE se for cirrótico, antimicrobiano profilático 
3. Pensando numa HDA varicosa, qual o tratamento endoscópico de escolha? Ligadura elástica 
4. Exames solicitados: 
 Endoscopia digestiva alta (12-24h após a entrada do paciente) 
 
Quinto caso 
 
 
 
1. Qual a hipótese diagnóstica do paciente? Justifique 
 Doença hepática gordurosa não alcoólica (alteração de enzimas) 
 Precisa descartar: consumo de álcool 
 Avaliar o perfil metabólito, avaliar o perfil lipídico. 
2. Quais exames solicitar para investigação do caso? 
 Enzimas canaliculares: fosfatase alcalina e gamaGT 
 Avaliar a função hepática: albumina, bilirrubinas, e o INR 
 Triglicerídeos, colesterol total e frações, glicemia 
 Avaliar a possibilidade de fibrose: elastografia, fibroscam e os escores: FIB-4, APRI, 
NFS, LF 
3. Quais as orientações iniciais? 
 Modificação do estilo de vida e controle das doenças associadas

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