Buscar

PERSPECTIVA DO ENSINO COLABORATIVO NO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NAS ESCOLAS DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

Prévia do material em texto

PERSPECTIVA DO ENSINO COLABORATIVO NO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NAS ESCOLAS DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
 Nome do cursista: Pryscilla Laprovitera de Oliveira
 Nome da orientadora: Vera Lúcia Messias Fialho Capellini
RESUMO
	O ensino colaborativo é uma forma de contribuir para que a aprendizagem de todos os educandos seja garantida, onde a parceria entre o professor de sala comum e o professor especializado, é a peça chave para que esta estratégia seja concretizada e que desenvolva plenamente os educandos que necessitam de atendimento educacional especializado nas escolas públicas de São Paulo.
	Esta pesquisa será realizada em escola de ensino fundamental da rede municipal de São Paulo e os dados serão coletados através de questinário fechado. Os resultados serão indicativos sobre como a parceria entre os professores de sala comum e professores especializados estão realizando o trabalho pedagógico na rede municipal de São Paulo, na perspectiva do ensino colaborativo.
		Palavras-chave: Ensino colaborativo. Educação Inclusiva. Educação Pública.
	
 INTRODUÇÃO
Umas das propostas do Ensino Colaborativo é a parceria entre os professores da sala regular e o professor de educação especial, para que juntos sejam elaboradas estratégias de ensino que colaborem e desenvolvam estratégias de ensino que colaboram e desenvolvam plenamente os educandos com deficiência em sua vida social e escolar.
Esta pesquisa visa esclarecer como este trabalho vem sendo realizado nas Unidades Educacionais do município de São Paulo, quais são resultados deste na vida escolar dos educandos com deficiência, atendendo as discussões sobre os direitos dos mesmos, como previsto em lei, que garante o acesso e permanência destes educando na escola regular.
Pensando na responsabilidade profissional e acadêmica de discutir sobre a inclusão escolar como um processo que garanta a aprendizagem do educando, o ensino colaborativo possibilita a co-responsabilidade dos professores na elaboração de estratégias nas diferentes práticas pedagógicas, em forma de parceria entre os educadores.
OBJETIVO
	Este trabalho tem como objetivo analisar na perspectiva do ensino colaborativo como vem sendo desenvolvido e organizado o trabalho pedagógico do Atendimento Educacional Especializado nas escolas do município de São Paulo.
BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL
A Educação Especial no Brasil foi inciada na século XIX, inspirada em modelos norte americanos e europeus, porém de forma isolada e de iniciativa privada, por algumas pessoas que dispuseram a trabalhar com pesssoas com deficiência auditiva, visual e física neste país.
A História da Educação Especial no Brasil, pode ser dividida em 3 períodos:
- De 1854 a 1956 - Iniciativas isoladas
- De 1957 a 1993 - Ações oficiais de âmbito nacional
- De 1993 a atual - Movimentos favoráveis a inclusão escolar das pessoas com deficiência
	Criaram-se instituições como o Imperial Instituto dos Meninos Cegos, Imperial Instituto dos Surdos-Mudos, Santa de Misericórdia de São Paulo e AACD (Associação de à Criança Defeituosa), que seguiam um modelo com visão clínica especializada, incluindo a educação escolar, porém de forma que estas pessoas viviam em uma realidade fora da sociedade.
 A partir de 1957, o atendimento educacional às pessoas com deficiência foi assumido publicamente pelo governo federal, com campanhas voltadas para este fim.
 Criaram-se decretos como n 42.728, de 03 de dezembro de 1957 e portarias como n 114, de 21 de março de 1958, que tinham a finalidade de "promover por todos os meios a seu alcance, as medidas necessárias à educação e assistência, no mais amplo sentido, em todo o Território Nacional" e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que reafirmara o direito à educação das pessoas excepcionais.
 A partir de 1993, as campanhas se tornaram movimentos de fortes discussões sobre leis e direitos das pessoas com deficiência no Brasil.
 Com participação das próprias pessoas com deficiência nas Comissões, Coordenações, Fóruns e movimentos, visando assegurar, de alguma forma os direitos que conquistaram de serem reconhecidos e respeitados em suas necessidades básicas de convívio com as demais pessoas. 	Esses movimentos estão se infiltrando em todos os ambientes relacionados ao trabalho, transporte, arquitetura, urbanismo, segurança previdência social, acessibilidade em geral. As pessoas buscam afirmação e querem ser ouvidos, como outras vozes das minorias, que precisam ser consideradas em uma sociedade democrática, como a que hoje vivemos neste país.
O QUE É INTEGRAÇÃO?
A integração é o movimento onde a pessoa tem o acesso à educação, porém a mesma é que deve se integrar ao ambiente, a escola não oferece acessibilidade e vem de cima para baixo o conteúdo, de forma pradronizada e fragmentada, sem nenhuma flexibilização do currículo ou adaptação de ambiente.
O QUE INCLUSÃO ESCOLAR?
A Inclusão escolar é o acolhimento de todas as pessoas no sistema de ensino, independente de etnia, classe social ou condições físicas e psicólogicas, não podendo haver recusa na matrícula destas pessoas, pois caracteriza-se crime prevista na Lei Brasileira de Inclusão de 2016.
Segundo Mantoan: “Quanto à inclusão, esta questiona não políticas e a organização da educação especial e da regular, mas também o próprio conceito de integração. Ela é incompatível com a integração, pois prevê a inserção escolar de forma radical, completa e sistemática. Todos os alunos, sem exceção devem frequentar as salas de ensino regular.
A inclusão é que todas as pessoas acessem e permaneçam no sistema de ensino regular sem evasão e tendo acesso ao currículo de forma qualitativa e igualitária, dentro de seus limites e necessidades.
PERCURSO INVESTIGATIVO
O percurso investigativo foi pautado em pesquisa quantitativa e consiste no enfoque de investigação educacional com participação dos professores de Sala de Recursos Multifuncionais e professores de sala comum, na análise do desenvolvimento do trabalho pedagógico, do ponto de vista do ensino colaborativo e de como o mesmo se dá na rede municipal de ensino de São Paulo.
A pesquisa realizada via questionário, possibilitou qual é a realidade desta estratégia na rede e como esta pode auxiliar todos os educandos em classe regular e os professores, para que atinjam seus objetivos para / com os educandos.
É importante apontar que esta pesquisa está vinculada ao Projeto Integrado de Pesquisa “Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva: política edu ecacional, ações escolares e formação docente”, aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, da Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC), UNESP, campus de Marília e cadastrada na Plataforma Brasil sob o nº ......................., cujo parecer é de nº .......... datado de .........................
A PESQUISA
 	A pesquisa foi realizada com 17 professores da rede municipal de São Paulo, por questionário online com 7 perguntas sobre o Ensino Colaborativo.
Destas respostas 37,5% são professores na rede de 1 a 5 anos, 37,5% de 5 a 10 anos e 25% são professores na rede há mais de 10 anos.
67% dos professores entrevistados declararam conhecer o conceito colaborativo, enquanto que 29,4% declararam conhecer superficialmente e 3,6% declararam não conhecer o assunto.
100% dos entrevistados declararam ser importante que haja parceria entre os professores especializados e os professores de sala comum, ressaltando que é necessário interesse e introsamento entre os participantes.
88,2% declararam que a Educação Especial é um caminho importante para que a educação aconteça de forma efetiva, 11% dos professores declararam que talvez seja importante, mas não houve especificação.
52,9% declararam que em suas escolas o ensino colaborativo não acontece de forma efetiva, enquanto que 47,1% dos professores, declararam que em suas escolas o ensino colaborativo está em prática.Nas perguntas abertas:
Todos os professores entrevistados falaram da importância da troca de experiências, do favorecimento desta troca para o processo de formação dos professores, auxílio pedagógico, quebra de paradigmas.
Sugestões
Todas as respostas sugeriram como parceria, pesquisa, avaliação, potencialização das capacidades específicas de cada aluno, mais momentos coletivos para que estes possam trocar as melhores estratégias para os alunos, formações e cursos e ampliação de recursos humanos.
Sugeriram que por conta da escassez de horas coletivas com os professores especializados, o auxílio se torna supercial e pontual, apenas em casos de extrema urgência, o que dificulta que exista uma inclusão de todos os educandos de fato.
O ENSINO COLABORATIVO
A palavra colaborativo vem de colaboraçãoque é trabalhar com uma ou mais pessoas em caráter de auxílio.
A proposta do ensino colaborativo é o compartilhamento de decisões tomadas, conhecimento e elaboração de estratégias onde todos os componentes são responsáveis pela qualidadedo que é produzido em conjunto, dentro de suas possibilidades e interesses.
Esta proposta de trabalho inclui todos os educadores de uma unidade escolar, favorecendo a troca de conhecimentos, a reflexão sobre a prática e o desenvolvimentode trabalhos pedagógicos onde todos os educandos são atingidos.
Segundo Capellini (2007), “Pensa na prática significa refletir sobre o que está ocorrendo em sala de aula, considerando as condições em que o trabalho pedagógico se desenvolve na escola e tormar decisões sobre a melhor forma de orientara aprendizagem dos alunos . Um professor que tematiza a prática é aquele que se abre para a discussão do que realiza com seus alunos, que sabe fazer e utilizar registros escritos sobre os questionamentos com seus colegas de trabalho, procurando e oferecendo auxílio para a construção de propostas de ensino cada vez mais efetivas”.
Desta forma, o trabalho conjunto favorece na reflexão sobre a prática na sala comum e nos processos de formação dos professores, pois a discussão com os parceiros de trabalho auxiliará nas tomadas de decisões.
Para que o trabalho colaborativo aconteça de forma efetiva os professores necessitam conhecer o currículo que será trabalhado e juntos elaboraram o planejamento que será praticado em sala.
O professor especializado e o professor de sala comum devem envolvidos nesta elaboraçãopara discutirem os casos e ampliarem seus conhecimentos.
Segundo Wood, 1998:
“Os professores do Ensino Comum trazem especialização em conteúdo, ao passo que os de Educação Especial são mais especialistas em avaliação, instruções e estratégias de ensino. Entretanto, a meta do ensino colaborativo deve ser proporcionar a todos os estudantes da classe, tarefas apropriadas, seja desafiado e participe do processo de sala de aula.”
Para o ensino colaborativo acontecer os professores necessitam conhecer o aluno, conhecer os materiais e currículo a trabalhar, estarem dispostos a reflexão, reconhecimentos de seus pontos negativos e positivos e abertos ao diálogo e troca de ideias com o grupo.
O DESAFIO DA ESCOLA PÚBLICA 
Nas escolas da rede municipal de São Paulo, a Educação Especial ainda é um desafio, pois vivemos em uma sociedade desigual em todos os sentidos, o que contribui para que a educação não chegue igualmente a todos. O aluno que não se encaixava nos padrões da escola, reprovava até desistir dos estudos
Durante anos a evasão escolar na rede pública foi algo que passava despercebido, por conveniência dos governos e sociedade e por vivermos em desigualdade e uma educação fragmentada, muitos países vêm realizando esforços significativos para que haja o acesso universal à educação básica, porém isso significa uma maior diversidade dentro das Unidades Escolares, o que faz-se necessária uma mudança também nos sistemas educacionais, que não acompanham esta diversidade, deixando desafios para os para os professores da rede.
Muitos documentos foram redigidos para garantir os direitos de todos os educandos acessarem a educação, na prefeitura de São Paulo o Projeto Inclui contrata estagiários para auxiliar os professores em classe comum e Auxiliares de Vida Escolar, para caso de educandos que necessitem que auxílio em higiene, locomoção e alimentação.
O CEFAI (Centro de formação e acompanhamento à Inclusão), dispões de professores especializados, responsáveis pelo desenvolvimento de ações voltadas aos alunos com deficiência, Transtornos Globais de Desenvolvimento e Altas Habilidades/ Superdotação.
Este setor acompanha os casos de alunos com deficiências dentro das Unidades Escolares, oferecem formações aos professores de Sala de Recursos Multifuncionais e estagiários, contando com 13 CEFAIS, 1 para cada região de São Paulo.
As Salas de Recursos Multifuncionais, conta com professores especializados e atende em caráter complementar e suplementar no contraturno ou colaborativamente para estes acessem o currículo trabalhado em sala comum. O professor da Sala Recurso Multifuncional, também auxilia na formação dos professores de suas Unidades Escolares, elaborando estratégias junto aos professores de sala comum para que os educandos tenham garantido seu direito ao acesso ao currículo, dentro de suas possibilidades e necessidades.
A rede municipal de São Paulo, atende em média 14 mil crianças com deficiências em suas Unidades Escolares, sabemos que os recursos humanos ainda não são suficientes para que o atendimento seja pleno, mas houveram muitos avanços durante os anos.
O número de professores especializados ainda não é suficiente para atender todas as Unidades Escolares e muitos professores ainda se sentem desamparados quando recebem educandos com deficiência ou outras necessidades educacionais.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A formação continuada dos professores da rede municipal de São Paulo é de suma importancia dentro dos estudos realizados e aparece como uma das maiores aflições dos professores da rede, o ensino colaborativo vem como uma proposta para estas formaçõe acontecerem de forma significativa e efetiva para o desenvolvimento de trabalhos pedagógicos que atinjam com qualidade todos os educandos e professores.
Com base nestes estudos e pesquisa, o ideal ainda não acontece, pois há a necessidade de mais momentos coletivos e formações com os professores especialistas pra esclarecimento de pontos que necessitam de atenção e as dúvidas ainda afligem os professores da rede municipal de São Paulo.
A importância da Educação Especial é clara para os educadores e educadoras, porém o trabalho com o ensino colaborativo necessita de atenção e informação para que as trocas de experiências e o desenvolvimento pedagógico possam acontecer.
A teoria e a prática necessitam estar unidas para que as tomadas de decisões sejam pautadas e sólidas e saiam do senso comum, sabemos que as mudanças acontecem paulatinamente e através do diálogo e reflexão sobre a prática.
Apesar da maioria dos entrevistados ter conhecimento sobre o que é o Ensino Colaborativo, os mesmos declararam que necessitam de mais esclarecimentos sobre a proposta e se queixam da falta de mais momentos com os especialistas, pois sabem que acontecendo este trabalho em grupo, os objetivos dentro da sala comum serão alcançados mais facilmente e tanto professores como educandos serão beneficiados.
Os horários coletivos poderiam ser muito valiosos para os estudos de caso, troca de experiência e reflexão, porém, infelizmente, estes horários acabam resumidos em burocracias que os professores necessitam cumprir.
TRAJETÓRIA METODOLÓGICA..............................................
3.1 Universo da Pesquisa........................................
3.2 Participantes........................................................
3.3 Instrumentos.........................................................
3.4 Procedimentos para a Coleta de Dados...........
3.5 Procedimentos para a Análise de Dados .........
3.6 Cronograma.........................................................
REFERÊNCIAS
Capellini, VeraLúcia Messias Fialho. "Avaliação das possibilidades do ensino colaborativo no processo de inclusão escolar do aluno com deficiência mental." (2010).
Glat, Rosana, Márcia Denise Pletsch, and Rejane de Souza Fontes. "Educação inclusiva & educação especial: propostas que se complementam no contexto da escola aberta à diversidade." Educação (UFSM) 32.1 (2007).
Machado, Andréa Carla, and Maria Amélia Almeida. "Parceria no contexto escolar: uma experiência de ensino colaborativo para educação inclusiva."Revista Psicopedagogia 27.84 (2010): 344-351.
Ferreira, Bárbara Carvalho, et al. "Parceria colaborativa: descrição de uma experiência entre o ensino regular e especial." Revista Educação Especial 29 (2007).
LOIOLA, L. J. S. L. Contribuições da pesquisa colaborativa e do saber prático contextualizado para uma proposta de formação continuada de professores de educação infantil. In: REUNIÃO ANUAL DA ANPED, 28., Caxambu, 2005. Anais... Caxambu, 2005. p. 1-16. CD-ROM.
Machado, Andréa Carla, and Maria Amélia Almeida. "Parceria no contexto escolar: uma experiência de ensino colaborativo para educação inclusiva."Revista Psicopedagogia 27.84 (2010): 344-351.
David, Lilian, and Vera Lúcia Messias Fialho Capellini. "O ensino colaborativo como facilitador da inclusão da criança com deficiência intelectual na educação infantil." Nuances (2014): 189-209.
Capellini, Vera Lúcia Messias Fialho, and Enicéia Gonçalves Mendes. "O ENSINO COL O ENSINO COLABORATIVO FAVORECENDO O DESENVOL VORECENDO O DESENVOL VORECENDO O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL P PROFISSIONAL PARA A INCL ARA A INCL ARA A INCLUSÃO ESCOLAR." Revista de 2.4 (2007).
CONTINUADA, PROGRAMA DE FORMAÇÃO, and NA EDUCAÇÃO ESPECIAL DE PROFESSORES. "PRÁTICAS EDUCATIVAS: ENSINO COLABORATIVO."
MARIN, MÁRCIA, E MÁRCIA MARETTI. "ENSINO COLABORATIVO: ESTRATÉGIA DE ENSINO PARA A INCLUSÃO ESCOLAR."
APÊNDICE (se necessário)
ANEXOS (se necessário)
Agradecimentos: apenas se absolutamente indispensáveis (ao final do artigo).
 Pesquisa desenvolvida junto ao curso de Especialização em Educação Especial com ênfase em .............................................. , da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), Núcleo de Educação a Distância (NEaD), como exigência parcial para a obtenção do título de Especialista em Educação Inclusiva.
 Professor(a) da Escola ............., da Diretoria Regional de Educação de .............
 Orientador(a) da Pesquisa e docente do Departamento de .............. da Faculdade ...................... – Unesp - Campus de ..........

Continue navegando