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TCC PERCEPÇÃO DE PAIS E PROFESSORES DE ALUNOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS EM RELAÇÃO À EDUCAÇÃO INCLUSIVA

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1. INTRODUÇÃO 
 
1.1. Educação Inclusiva 
 
A história da educação nos mostra, através de diversos fatores, que a escola já 
foi objeto de segregação por um longo período. Houve tempos em que homens e 
mulheres frequentavam escolas diferentes, com conteúdos também diferentes. 
Alguns não tinham nem mesmo o direito de frequentar a escola, como os negros e 
indígenas que eram excluídos do sistema educacional. Nesse contexto, também os 
portadores de necessidades especiais não tinham acesso à escola regular, 
frequentavam instituições especializadas. De acordo com Ferreira (2006, p. 87), 
essas instituições “primavam pelo caráter multidisciplinar/multiprofissional, reunindo 
atividades de assistência, reabilitação, saúde e escolarização”. 
A Educação Especial era vista como uma modalidade diferente de educação, o 
que fazia com que as crianças com necessidades especiais fossem separadas, 
colocadas em escolas diferentes, com conteúdos diferentes, das demais crianças 
que não apresentavam nenhuma necessidade especial, sendo assim a educação, 
uma educação segregada com conteúdos distintos (Sassaki, 1997). 
Stainback (1999, p. 43) ressalta que: 
 
(...) as práticas segregacionistas do passado tiveram efeitos 
prejudiciais às pessoas com deficiência, às escolas e à sociedade 
em geral. A ideia de que poderiam ser ajudadas em ambientes 
segregados, alijadas do resto da sociedade, fortaleceu os estigmas 
sociais e a rejeição. Para as escolas regulares, a rejeição das 
crianças com deficiência contribuiu para aumentar a rigidez e a 
homogeneização do ensino, para ajustar-se ao mito de que, uma vez 
que as classes tivessem apenas alunos normais, a instrução não 
necessitaria de outras modificações ou adaptações (...). 
 
Em busca de uma educação para todos, sem excluir ninguém, por ser diferente 
de alguma forma e por possuir um padrão de aprendizagem diferente, surge então a 
Educação Inclusiva. O processo de inclusão de alunos especiais no Brasil está 
relacionado com movimentos em outros países como os Estados Unidos da 
América, por exemplo, que em 1981, ao instituir o “Ano Internacional das Pessoas 
Deficientes” (AIPD) na Organização das Nações Unidas (ONU) oficializou o conceito 
de sociedade inclusiva. Na busca pela defesa dos direitos humanos, começa a luta 
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contra a discriminação e exclusão das pessoas desfavorecidas na sociedade. 
Apesar de iniciada essa luta e também um movimento em prol dessa educação 
numa perspectiva inclusiva, o grande impulso, que gera maior discussão e difusão 
do tema, só acontece a partir da Conferência Mundial de Educação para Todos, 
realizada em Jontiem, na Tailândia, em 1990 (Torres e González, 2002). 
Nesta Conferência foi elaborada a Declaração Mundial de Educação para 
Todos (DMET). A referida declaração trata a universalização do acesso à educação, 
enfatizando que esta deve ser garantida a todas as crianças, jovens e adultos. 
Assumindo, a necessidade de um compromisso efetivo em superar as disparidades 
educacionais, fazendo com que todos aqueles que pertencem aos grupos dos mais 
excluídos, deixem de sofrer qualquer tipo de discriminação no acesso às 
oportunidades educacionais. E alerta para uma atenção especial para com as 
necessidades básicas de aprendizagem das pessoas portadoras de deficiência, 
afirmando que as medidas de garantia à igualdade de acesso aos portadores de 
deficiência devem ser parte integrante do sistema educativo (Unesco, 1990). 
 Também a Conferência Mundial de Educação Especial, realizada em 
Salamanca (Espanha/1994), na qual foi elaborado o documento “Declaração de 
Salamanca”, que proclamou que o direito fundamental à educação deve ser 
assegurado a todas as crianças, independente de suas características, capacidades 
e necessidades, oferecendo a cada uma a oportunidade de alcançar e sustentar 
satisfatórios níveis de aprendizagem. Ressaltou ainda, a importância de um sistema 
de educação planejado e programas educativos implementados tendo em vista a 
vasta diversidade dessas características e necessidades inerentes aos portadores 
de necessidades especiais (Unesco,1994). 
 No Brasil, temos na esfera infraconstitucional alguns dispositivos da Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei número 9.394/96, no que tange a 
inclusão dos portadores de necessidades educacionais especiais, que, regulamenta 
a educação especial, dispondo que a mesma é uma modalidade de educação 
escolar, que deve ser ofertada preferencialmente na rede regular de ensino, 
prevendo ainda serviços de apoio especializado e atendimento em classes, ou 
escolas especializadas, conforme as condições específicas dos alunos, 
estabelecendo a mesma, que a educação especial é dever constitucional do Estado 
(Brasil, 1996). 
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Nessa linha de pensamento, surge então a proposta de uma educação para 
todos. O Brasil consolidou essa proposta ao garantir o direito constitucional de uma 
educação básica, gratuita a todos, onde crianças de diferentes raças, sexo ou credo 
recebem a mesma educação, incluindo também aquelas com necessidades 
especiais e nesse caso garantindo ainda, um cuidado e atendimento especializados, 
para que alcancem o melhor nível de desempenho possível, pois todas as crianças 
sem distinção devem ser aceitas e acolhidas independentemente de suas 
potencialidades e limitações (Mantoan, 1997). 
A escola é o ambiente propício para que as crianças troquem experiências, se 
deparem com o “novo”, nela ocorre a socialização tão necessária e importante nos 
primeiros anos de vida. Por isso, também, a escola deve ser aberta a todas as 
crianças, sendo elas especiais ou não, diferentes ou não, todas devem ter o mesmo 
direito ao ensino, à convivência social, às novas experiências, onde aprendam o 
respeito ao outro e o valor de suas diferenças. Assim, a escola contemporânea 
precisa redefinir seus planos para uma educação voltada à cidadania global, plena, 
livre de preconceitos e que reconheça e valorize as diferenças (Mantoan, 2003). 
Para Mantoan (1997, p.21): 
 
O motivo que sustenta a luta pela inclusão como uma nova 
perspectiva para as pessoas com deficiência é, sem dúvida, a 
qualidade de ensino nas escolas públicas e privadas, de modo que 
se tornem aptas para responder às necessidades de cada um de 
seus alunos, de acordo com suas especificidades, sem cair nas teias 
da educação especial e suas modalidades de exclusão. 
 
 Uma escola inclusiva é onde todos os alunos são beneficiados, pois ao 
conviver com a diversidade tem a oportunidade de valorizarem a cooperação, o 
respeito e o valor social da igualdade, uma vez que é na interação com o outro que a 
aprendizagem e o desenvolvimento acontecem (Sassaki, 1999). 
Ainda neste sentido Piaget (1988, p. 34) afirma que: 
 
Afirmar o direito da pessoa humana à educação é, pois assumir uma 
responsabilidade muito mais pesada que a de assegurar a cada um a 
possibilidade da leitura, da escrita e do cálculo: significa, a rigor, 
garantir para toda criança o pleno desenvolvimento de suas funções 
mentais e a aquisição dos conhecimentos, bem como dos valores 
morais que correspondam ao exercício dessas funções, até a 
adaptação à vida social atual. É antes de mais nada, por 
conseguinte, assumir a obrigação – levando em conta a constituição 
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e as aptidões que distinguem cada indivíduo – de nada destruir ou 
maltratar das possibilidades que ele encerra e que cabe à sociedade 
ser a primeira a beneficiar, ao invés de deixar que se desperdicem 
importantes frações e se sufoquem outras. 
 
São muitas as barreiras a serem superadas pelas escolas tradicionais para se 
tornarem escolas inclusivas, de fato. A começar pelas salas de aulas, equipamentos 
e recursos que são, por muitas vezes, inadequados à realidade das crianças 
especiais, passando pelos profissionais envolvidos no processo de aprendizagem, 
que precisam de constante preparação e englobando todos osgestores e até o 
poder público, para que somados todos os esforços, essas escolas se tornem 
ambientes de desenvolvimento e aprendizagem para toda e qualquer criança 
(Guijarro, 2005). 
Conforme aponta Carvalho (2003, p. 61): 
 
Em síntese, há que examinar todas as variáveis do processo 
educativo escolar, envolvendo as pessoas da escola (educadores, 
gestores, alunos, apoio administrativo); o ambiente físico (em termos 
de acessibilidade), os recursos financeiros e materiais (origens, 
quantidades, periodicidade de recebimento, manutenção de 
equipamentos e instalações), os graus de participação da família e 
da comunidade (parcerias), a filosofia de educação adotada (se 
tradicional ou não), o projeto político pedagógico construído pela 
comunidade escolar (natureza do documento, autores, destinação), a 
prática pedagógica (se mais centrada no ensino ou na 
aprendizagem), os procedimentos de avaliação (formativa, somativa, 
formal, informal), dentre outros aspectos. 
 
 
1.2. Educação Inclusiva do aluno com Síndrome de Down 
 
A Síndrome de Down (S.D.) foi descrita em 1866, pelo médico inglês John 
Langdon Douwn. É conhecida como Síndrome de Down ou trissonomia do 
cromossomo 21; é uma anomalia genética causada pela presença de um 
cromossomo extra, total ou parcial, que acarreta um retardo leve ou moderado no 
desenvolvimento intelectual da criança. Através do exame médico chamado cariótipo 
é possível detectar se a criança é portadora da Síndrome, que existe em 3 tipos: 
Trissonomia 21 simples (padrão), onde a pessoa possui 47 cromossomos em todas 
as células (95% dos casos de SD); Mosaico, onde apenas algumas células têm 47 
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cromossomos, outras 46, a alteração afeta assim parte das células (2% dos casos); 
Translocação, o indivíduo possui 46 cromossomos, mas ele é portador da Síndrome 
de Down (3% dos casos), (Puechel ,1993). 
Segundo Alves (2007, p. 41): 
 
[...] na criança com Síndrome de Down a prontidão para a 
aprendizagem depende da complexa integração dos processos 
neurológicos e da harmoniosa evolução de funções específicas, 
como a linguagem, percepção, esquema corporal, orientação 
espaço-temporal e lateralidade. 
 
O desenvolvimento intelectual de um portador de Down terá sua evolução de 
maneira diferente de um sujeito para outro; observa-se que algumas crianças 
aprendem a ler e escrever com certa facilidade e rapidez, ao passo que outras 
encontram uma maior dificuldade e levam um tempo maior para o mesmo. Assim 
não podemos destinar um tempo certo para esse desenvolvimento e nem mesmo 
limitá-lo. Observa-se também que o sujeito com Down perde a concentração com 
facilidade, fazendo-se necessário também não cobrar dessas crianças um tempo de 
atenção mais prolongado, assim as atividades devem ser adequadas a este tempo 
(Alves, 2007). 
Sabe-se também que as atividades educacionais para uma criança com Down 
não devem se limitar apenas a uma sala de aula, é preciso estender as barreiras da 
sala, da escola, torna-se necessário que ela tenha contato com pessoas diferentes, 
com situações diferentes, pois essa criança apresenta atrasos na articulação e 
produção de sons, assim, ela vai se deparar com situações comunicativas distintas, 
tendo então a oportunidade de aprimorar suas instalações de sons (Castro, 2002). 
Voivodic (2004, p. 45) afirma que: 
 
A criança não reproduz frases, pois retém somente algumas palavras 
do que ouve. Apresenta também déficit na memória a longo prazo, o 
que pode interferir na elaboração de conceitos, na generalização e 
no planejamento de situações. 
 
Atualmente ao entrar nas escolas observa-se que nas classes regulares de 
ensino o número de crianças especiais aumentou consideravelmente. De acordo 
com o MEC houve um aumento no número de matriculas de Educação Especial, o 
que possibilitou a exclusão de uma escola segregacionista e o aumento no número 
6 
 
de matriculas de crianças especiais. Somente com o apoio do governo, com a 
proposta de educação para todos e com a união de família e escola, foi possível 
alcançar tal avanço, pois sabe-se que este trabalho conjunto é importantíssimo para 
o desenvolvimento da criança, é notório que quando há troca de experiência, o 
processo de inclusão fica fundamentalmente favorecido (Buckley; Bird, 1998). 
A criança com Síndrome de Down quando é estimulada, pode ler e escrever, 
participar da vida familiar, ser independente em suas atividades e trabalhar, 
conforme é assegurado por lei. Assim tem-se que o desenvolvimento de crianças 
com Down acontece quando esta sofre estímulos em casa, na escola, e tem contato 
com diferentes situações, assim logo vai estar inserida na sociedade (Stainback e 
Stainback, 1999). 
Segundo Szymanski (2007, p.22) é na família 
 
[...] que a criança encontra os primeiros “outros” e, por meio deles, 
aprende os modos humanos de existir. Seu mundo adquire 
significado e ela começa a construir-se como sujeito. Isso se dá na e 
pela troca intersubjetiva carregada de emoções – o primeiro 
referencial para a construção da identidade pessoal. 
 
Atualmente observa-se que muitas pessoas com Down superaram as 
expectativas e metas que foram pré-estabelecidas para elas. Confirmam assim o 
pensamento de Saad (2003, p.70) que diz “dar visibilidade à pessoa com síndrome 
de Down é uma forma de informar sobre suas possibilidades”. 
Batista e Mantoan (2007, p. 17) acrescentam que: 
 
(...) aprender é uma ação humana individual, criativa, heterogênea e 
é regulada por quem está aprendendo, independentemente de sua 
condição intelectual é mais ou menos privilegiada. São as diferentes 
ideias, opiniões, níveis de compreensão que enriquecem o processo 
escolar e clareiam o entendimento dos alunos e professores. Essa 
diversidade deriva das formas singulares de nos adaptarmos 
cognitivamente a um dado conteúdo e da possibilidade de nos 
expressarmos abertamente sobre ele. Ensinar é um ato coletivo, no 
qual o professor disponibiliza a todos os alunos, sem exceção, um 
mesmo conhecimento. 
 
A escola tem papel fundamental no desenvolvimento social da criança, pois 
será na escola que ela aprenderá a conviver com a diversidade, com as diferenças, 
seja ela cultural, racial, étnica entre outras, na escola ela vai aprender a viver em 
7 
 
grupo, a respeitar e lidar com a diferença, na escola é que vai acontecer um dos 
primeiros passos para socialização da criança. Percebe-se então a importância da 
escola para a vida pessoal e social de uma criança com Down, pois na escola ela 
terá contato com realidades diferentes, com a diversidade, que é um fator essencial 
para estabelecer uma educação inclusiva (Guijarro, 2005). 
 
 
1.3. Metodologia de Ensino 
 
Para se tornar uma escola inclusiva algumas mudanças devem ocorrer, por 
exemplo, adaptar o currículo escolar para avaliar o desenvolvimento do aluno de 
outros meios, não ter somente a avaliação como esse critério, adaptar sua estrutura 
física, adaptar a metodologia de ensino, ter também a união de família e escola 
trabalhando juntos para um melhor ensino, também uma distribuição correta de 
alunos especiais, assim as classes aprenderão a lidar com a diversidade e respeita-
la, e também realizar a capacitação e especialização de professores para que 
possam estar aptos a lidar com alunos especiais (Mantoan, 2004 e Brasil, 2001). 
Para Guijarro (2005, p. 13) é preciso: 
 
Transformar a cultura das escolas para que se convertam em 
comunidades de aprendizagem e de participação. [...] é necessário 
um trabalho colaborativo entre os professores, entre professores e 
pais, professores e especialistas e entre os próprios alunos. [...] 
Enfoques metodológicos e materiais didáticos que facilitem a 
aprendizagem e a participação de todos os alunos. 
 
Neste cenário de adaptações que devem acontecer, o professor deve estar 
apto, para trabalhar em uma classe onde há aluno especial, ele deve estar prontopara lidar com a diversidade. E a forma com que o professor vai transmitir o 
conteúdo representa um forte aliado na consolidação da mudança, o professor deve 
trabalhar a atenção, memória, e a organização de ideias das crianças com Síndrome 
de Down, trabalhar sua percepção e não ficar preso à sala de aula, ele deve usar o 
espaço da escola como um todo, indo além, buscando aulas mais lúdicas e 
divertidas, pois se sabe que em crianças com Síndrome de Down o déficit de 
atenção é algo comum (Voivodic, 2007). 
Para Silva e Arruda (2014, p. 7) o professor precisa: 
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(...) ser capaz de organizar situações de ensino e gerar espaço em 
sala de aula capaz de incluir, com o intuito de que todos os alunos 
possam ter acesso a todas as oportunidades educacionais e sociais 
oferecidas pelo âmbito escolar sem qualquer distinção. O professor 
como mediador deverá promover um ensino igualitário e sem 
desigualdade, já que quando se fala em inclusão não estamos 
falando só dos deficientes e sim da escola também, onde a 
diversidade se destaca por sua singularidade, formando cidadãos 
para a sociedade. 
 
O professor terá uma função muito importante na vida social e pessoal dessas 
crianças, ele será também um multiplicador e transmissor de conhecimento, 
sabendo que cada criança é única, que todos os alunos são distintos uns dos outros, 
e que cada um deve ser respeitado, desenvolvendo assim na criança o valor da 
igualdade, construindo assim uma sociedade onde todos são ouvidos e respeitados 
(Silva; Arruda, 2014). 
Para Mantoan (1997, p. 120): 
 
[...] a inclusão é um motivo para que a escola se modernize e os 
professores aperfeiçoem suas práticas e, assim sendo, a inclusão 
escolar de pessoas deficientes torna-se uma consequência natural 
de todo um esforço de atualização e de reestruturação das condições 
atuais do ensino básico. 
 
Sobre essas adaptações Machado (2007, p. 36) complementa que: 
 
A criança com Down apresenta muitas debilidades e limitações, 
assim o trabalho pedagógico deve primordialmente respeitar o ritmo 
da criança e propiciar-lhe estimulação adequada para 
desenvolvimento de suas habilidades, assim, para que a proposta da 
inclusão escolar seja efetivada e favoreça o aprendizado dos alunos 
com Down, é preciso fazer adaptações curriculares. Essas 
adaptações não querem dizer um currículo isolado, mas ajustes 
realizados para que esse se torne mais adequado para acolher a 
diversidade dos alunos, essas adaptações curriculares, de modo 
geral, envolvem modificações organizativas, nos objetivos e 
conteúdos nas metodologias e na organização didática, na 
organização do tempo e na filosofia e estratégias de avaliação, 
permitindo o atendimento às necessidades educativas de todos os 
alunos, em relação à construção do conhecimento. 
 
9 
 
E para que a criança se desenvolva, juntamente com a escola, a família deve 
participar ativamente dos estudos, da vida da criança. (Bowlby, 1993). 
Assim a forma como essa família se comportará terá uma grande influência na 
vida dessa criança. Ela poderá ter um papel estimulador ou opressor em seu 
desenvolvimento, pois muitos pais abafam seus filhos, os escondem, influenciam em 
sua rotina, escola, amizades. Como já foi dito a família é a primeira forma de 
socialização com a qual a criança se depara, o contato com os diferentes membros 
dessa família, com opiniões e visões distintas, faz com que a criança, participando 
de tudo isso, experimente e conviva com essa diversidade. Os primeiros anos de 
uma criança com Down são um período importantíssimo para seu desenvolvimento 
cognitivo, e o papel da família nesse período é de suma importância, pois em grande 
parte sua relação com os pais terá influência direta na formação da identidade e no 
desenvolvimento dessa criança em sua vida (Pereira-Silva; Dessen, 2001). 
Ainda nesse contexto destaca Minuchin (1993) 
 
A família é o contexto natural para crescer e receber auxílio, ela 
cumpre o seu papel de garantir a pertença e ao mesmo tempo 
promove a individualização do sujeito. Aprender faz parte dessa 
individualização. 
 
Portanto o desenvolvimento da criança com Síndrome de Down será 
influenciado pelo ambiente que ela vai ter contato, e do incentivo de todos à sua 
volta, principalmente dos pais. Assim essas crianças com Down terão a capacidade 
de se desenvolver e terão uma vida normal (Pereira-Silva; Dessen, 2001). 
Com todos os avanços da educação no sentido de eliminar a segregação nas 
escolas, de oferecer oportunidades e espaços iguais a todas as crianças ainda que 
diferentes, em diversos aspectos de diferença como raça, classe social, e outros; e 
ainda oferecer inclusão aos alunos portadores de necessidades especiais, é visível, 
principalmente pela ótica das famílias, o quanto ainda se tem que percorrer para 
conquistar as metas desse avanço. Muitas escolas melhoraram e buscam 
constantes melhorias na estrutura física, nas metodologias de ensino, e na 
preparação dos profissionais da educação, contudo como já foi mencionado, a 
participação e interação da família com a escola tem potencial efeito nos estímulos e 
desenvolvimentos dessas crianças, a partir dessa busca pela maior e melhor 
parceria escola/família é imprescindível conhecer de perto a visão e as expectativas 
10 
 
dos responsáveis pelas crianças, no que diz respeito ao real cenário da educação 
inclusiva. 
Como bem lecionou Freire (2001, p.40) 
 
“ninguém nasce feito. Vamos nos fazendo aos poucos, na prática 
social de que tomamos parte." 
 
 
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2. Objetivo 
 
Analisar a percepção dos pais e professores de alunos, portadores de 
necessidades especiais, em relação à educação inclusiva. 
 
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3. Material e métodos 
 
3.1. Confecção do formulário 
 
Para realização deste trabalho, foi confeccionado um questionário (questionário 
1) semi-estruturado com questões abertas e fechadas, contendo 20 questões 
(apêndice 1), destinado aos pais dos alunos, e um questionário estruturado com 
questões abertas (questionário 2) contendo 14 questões (apêndice 2), destinado aos 
professores. 
As questões dos formulários foram elaboradas de forma a identificar qual a 
percepção dos pais e professores de alunos portadores de necessidades especiais 
em relação à educação inclusiva, como ocorre a inclusão destes alunos na escola e 
qual a visão do professor. 
 
3.2 Coleta de Dados 
 
A pesquisa foi realizada na escola privada “Recanto do Saber”, localizada no 
distrito de Comendador Venâncio, município de Itaperuna. 
Por meio do questionário 1, foram entrevistadas 3 mães de alunos especiais, 
matriculados na escola Recanto do Saber. As entrevistas foram realizadas na casa 
dos entrevistados, em um tempo médio de vinte minutos (quadro 1). 
 
Quadro 1: Lista de mães entrevistadas e a respectiva idade dos filhos. 
 
Entrevistado Aluno 
1 12 anos. 
2 16 anos. 
3 21 anos. 
 
Os três filhos em questão são do sexo masculino. (questão 2) 
 
Por meio do questionário 2, foram entrevistados três professoras do 4º e 5º ano 
do Ensino Fundamental da escola Recanto do Saber, em um tempo médio de dez 
minutos. As três professoras dão aulas nas duas turmas, com matérias diferentes, 
sendo então, professora dos três alunos, um aluno é do 4º ano, enquanto que os 
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outros dois são do 5º ano. As professoras foram entrevistadas separadamente, na 
escola. 
Todas as pesquisas ocorreram no período de fevereiro a março de 2015. 
Os dados obtidos na pesquisa de campo, por meio dos questionários 1 e 2, 
compõem os resultados deste trabalho. 
 
4. Resultados e Discussão 
 
4.1. Entrevista com as mães (questionário 1) 
 
Em relação ao tempo de matricula dos alunos na escola Recanto do Saber 
(questão 1), foi observado que todos os alunos possuem no mínimo 8 anos (Quadro 
2). 
 
Quadro 2: Há quanto tempo frequenta a escola regular? (Questão 4) 
 
Responsável Respostas 
1 9 anos.2 8 anos. 
3 9 anos. 
 
Quando questionadas se o filho já havia frequentado uma instituição 
especializada, o tempo que havia frequentado a instituição (questão 5), foram 
observadas as seguintes respostas: 
 
Responsável 1: "Sim, APAE, 4 anos." 
Responsável 2: "Sim , por 4 anos. APAE ." 
Responsável 3: " Já, APAE. Por 3 anos, 1 ano em Itaperuna, 2 anos em Laje 
do Muriaé" 
 
Vê-se que todos os três filhos já frequentaram uma instituição especializada, 
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), por no mínimo três anos. E 
que uma das crianças em questão já frequentou duas instituições diferentes em 
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cidades diferentes, por um ano frequentou a APAE na cidade de Itaperuna, e por 
dois anos frequentou a APAE do município de Laje do Muriaé. 
Observa-se assim que as mães buscaram matricular seus filhos em instituições 
especializadas. 
 
Quando consideradas as motivações que levaram a matricula dos alunos na 
escola Recanto do Saber, foram observados os seguintes discursos (questão 6): 
 
Responsável 1: "Para fazer inclusão social." 
Responsável 2: "Por falta de atendimento especializado." 
Responsável 3: "Invés de melhorar, piorou o comportamento." 
 
Nas respostas das mães vê-se que a adesão ao programa de educação 
inclusiva na vida de seus filhos se deu pela falta de uma educação adequada e 
direcionada à essas crianças dentro de uma instituição especializada. 
A mãe 3 chega a relatar que buscou a escola regular por perceber que na 
instituição especializada que seu filho frequentava ele teve uma piora no 
comportamento. 
Taylor (1994), afirma que o ambiente em que um indivíduo for inserido passar 
para ele uma imagem limitada, degradante, depreciada, pode causar neste indivíduo 
um verdadeiro dano. 
Observa-se que de acordo com o relato da mãe 3, em que a criança especial, é 
inserida em instituições especializadas e acabam regredindo por falta de estímulos 
que a mostrem do que ela é capaz, por falta de profissionais que enxerguem nessas 
crianças mais do que elas são no momento, mas sim o potencial que possuem para 
ir além. Tem-se assim, que para as mães das crianças com Down, a escola regular 
representa a porta de entrada para um mundo onde o filho possa ser visto como 
todas as demais crianças. 
 
Em relação ao cotidiano do aluno/filho na escola, todos os responsáveis 
declararam que os filhos gostam de ir para a escola (questão 7), se sentem bem na 
escola (questão 8) e se relacionam bem com os demais alunos da instituição 
(questão 9). Além disso, os entrevistados declararam que seus filhos gostam de 
desenvolver todas as atividades propostas (questão 10), mas apresentam 
15 
 
dificuldades na realização das atividades (questão 11), e que os filhos realizam 
atividades em grupo (questão 12). Esses pontos são vistos de modo mais claro no 
Quadro 3, abaixo. 
 
Quadro 3: Quadro representativo das respostas das mães as questões 7 a 12 do 
questionário 1. Respostas: SM: Sim, muito. S: sim; SP: Sim, pouco; N: Não; NS: Não sei. 
 
Questão 
SM S SP N NS 
7. Ele gosta de ir para a escola? 1 2 0 0 0 
8. Ele se sente bem na escola? 2 1 0 0 0 
9. Ele se relaciona bem com os demais alunos? 3 0 0 0 0 
10. Ele gosta de desenvolver as atividades propostas? 1 1 1 0 0 
11. Em relação ao conteúdo, ele possui dificuldades? 2 1 0 0 0 
12. Seu filho realiza atividades escolares em conjunto 
com outras crianças? 
0 3 0 0 0 
 
Como se pode observar as mães responderam que seus filhos apresentam 
dificuldades em relação ao conteúdo (questão 11). 
Essa dificuldade é explicada pelo déficit de atenção que os portadores de 
Down possuem; como afirma Voivodic (2007), em portadores de Síndrome de Down 
é comum o déficit de atenção, gerando assim um déficit no acúmulo de informações 
na memória imediata, acarretando assim dificuldades intelectuais, atrasos na 
linguagem, e processo de aprendizagem mais lento. 
Tem-se assim que um aluno com Síndrome de Down apresenta seu 
desenvolvimento mais lento que os outros alunos apresentando também um déficit 
de memória a longo prazo, levando assim esse aluno a apresentar alguma 
dificuldade para desenvolver certas tarefas. 
 
Em relação ao atendimento da escola duas mães declararam que a escola é 
adequada, enquanto a outra disse que é pouco adequada (questão 13), quando 
questionadas se a estrutura da escola é adequada (questão 14), se a formação dos 
professores é adequada (questão 15), se a metodologia é adequada (questão 16) e 
se o apoio pedagógico é adequado (questão 17), observa-se que duas mães 
responderam que sim, ao passo que uma mãe disse não para essas perguntas, 
16 
 
mostrando-se assim estar insatisfeita, e ainda que a escola deve se adaptar para o 
ensino das crianças com Síndrome de Down. 
 
Quadro 4: Quadro representativo das respostas das mães as questões 13 a 17 do 
questionário 1. Respostas: SM: Sim, muito. S: sim; SP: Sim, pouco; N: Não; NS: Não sei. 
 
Questão 
SM S SP N NS 
13. A escola é adequada? 0 2 1 0 0 
14. A estrutura da escola é adequada? 0 2 0 1 0 
15. A formação dos professores é adequada? 0 1 1 1 0 
16. A metodologia é adequada? 0 2 0 1 0 
17. O apoio pedagógico é adequado? 0 2 0 1 0 
 
Observa-se que para buscar uma educação inclusiva a escola regular deve 
passar por algumas adaptações, para atender as necessidades dos portadores de 
Síndrome de Down. E observamos que uma das mães, acha que a escola não é 
adequada para atender as crianças especiais, tendo assim que passar por algumas 
adaptações para melhor atender essas crianças. 
Sassaki, (1997), afirma que para ocorrer o processo de inclusão do aluno 
portador de necessidades especiais, a escola deve passar por adaptações na sua 
estrutura física, fazendo-se necessário também adaptar suas práticas pedagógicas. 
Sendo assim, a partir dessas adaptações a escola regular poderá atender as 
necessidades dos alunos especiais, e estes poderão alcançar o melhor 
desenvolvimento de suas aptidões. 
 
Quando foram questionados sobre a concordância em relação à educação 
inclusiva (questão 18), foram observados os seguintes discursos: 
 
Responsável 1: "Sim, melhora o convívio social." 
Responsável 2: "Sim. Porque as pessoas devem aprender a conviver com as 
diferenças e a socialização das crianças especiais." 
Responsável 3: "Sim. Na escola particular são poucas crianças e a professora dá 
atenção a todos e a relação com demais alunos é muito boa." 
 
17 
 
Todas as mães concordam com a educação inclusiva e apresentam algum 
benefício que esse formato de educação tenha agregado à qualidade de vida de seu 
filho. Todas as crianças apresentaram melhoria no convívio social e relação com as 
demais crianças. 
De acordo com estudos de Mantoan (2003) a educação inclusiva visa a 
integração de alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de 
ensino, trazendo assim o aluno especial a conviver com os alunos regulares, 
possibilitando assim a socialização destes, a valorização da diferença, trazendo 
assim melhorias para este aluno através da interação com os demais. 
O fato de imaginarem que o filho pode não conseguir ter uma convivência 
normal em sociedade, por ser portador de Down, assusta qualquer mãe, por isso ao 
matricular o filho em uma escola regular que o enquadra nos mesmos direitos das 
demais crianças, essas mães já sentem um certo alívio sobre o fato de que seu filho 
não está fadado a prender e desenvolver em um ambiente separado, que o aliena 
da sociedade e o impeça de estabelecer laços com toda e qualquer pessoa. 
 
Já em relação à pertinência da educação inclusiva (questão 19), foram 
observados os seguintes discursos: 
 
Responsável 1: "Sim. Porque ajuda a tirar um pouco do preconceito." 
Responsável 2: "Sim. Para acabar com o preconceito." 
Responsável 3: "Sim. Com a educação inclusiva as crianças especiais têm contato, 
convívio com os normais." 
 
Observa-se nos relatos acima, que as mães considerama educação inclusiva 
oportuna, pois elas acham que a partir do contato das crianças especiais, com as 
crianças “normais”, do convívio em uma escola regular, o preconceito em relação ao 
aluno com Down irá diminuir. 
O estudo realizado por Martins (1999) em algumas escolas mostrou que a 
inclusão de alunos com Down foi construtiva, foi observado que a partir da 
convivência em sala de aula de alunos especiais com os demais alunos, a turma 
mostrou maior grau de vínculos afetivos em relação a todos, foi observado também 
uma certa diminuição de julgamentos com base em concepções discriminatórias e 
uma diminuição do preconceito. 
18 
 
Tendo em vista este estudo, percebe-se que a interação em escolas regulares 
de crianças especiais com as demais crianças traz uma certa diminuição do 
preconceito, faz com que as crianças aprendam a respeitar e lidar com a diferença, 
seja essa qual for, e aprendam com essa diferença. 
 
Sobre a necessidade de haver mudanças na escola para atender as crianças 
com Síndrome de Down (questão 20), foram observados os seguintes discursos: 
 
Responsável 1: "Sim, professores mais preparados." 
Responsável 2: "Não, só com as com SD, mas crianças com outros problemas, a 
escola deveria ter pessoas preparadas para ajudá-las." 
Responsável 3: "Gostaria que tivesse mais material concreto, didático para ele." 
 
Observa-se que a primeira necessidade apresentada é a da escola contar com 
professores preparados para trabalharem com essas crianças. 
De acordo com Tesini e Manzine (1999), o processo de inclusão escolar tem 
como grande obstáculo a falta de capacitação não só dos professores, como 
também, de todos os profissionais que atendem essas crianças nas escolas 
regulares. 
A relevância dessa capacitação se deve ao fato de que, para identificar e 
atender ás reais necessidades desses alunos, esses professores precisam estar 
aptos a perceberem seus diferentes ritmos de aprendizagem e a usarem métodos 
que realmente atendam ás suas especificidades. 
 
Quando questionados se houve desenvolvimento dos filhos, no programa de 
educação inclusiva da escola (questão 21), foram observados os seguintes 
discursos: 
 
Responsável 1: "Sim. Convívio social e menos preconceito." 
Responsável 2: "Sim. A socialização, concentração, equilíbrio emocional." 
Responsável 3: "Sim. Comportamento social melhorou e intelectual." 
 
19 
 
Observa-se no quadro que todas as mães afirmam que houve desenvolvimento 
de seus filhos no programa de educação inclusiva e apontam resultados reais 
alcançados por esse programa. 
Até mesmo a mãe número um que no quadro 4 demonstrou total insatisfação 
com relação à escola, sua estrutura, seus professores, metodologia e apoio 
pedagógico relata aqui que o desenvolvimento do filho foi visível com melhoria no 
comportamento social e intelectual. É observado que esta mesma mãe apontou 
também a diminuição do preconceito como uma coisa que a educação inclusiva 
ajudou. 
Têm-se assim nos estudos de Goffredo (2007), que o preconceito está 
presente no dia-dia de pessoas portadores de necessidades especiais, e este deve 
ser combatido nas instituições de ensino, e a educação inclusiva deve acabar com 
este para um melhor desenvolvimento do aluno especial. 
Observa-se então que além de melhorar o comportamento social entre outros, 
a educação inclusiva também proporciona a diminuição do preconceito para com o 
aluno especial, trazendo assim melhorias para este como um todo. 
 
Além disso, os responsáveis declararam não haver dificuldades para matricular 
os seus filhos na escola (questão 22). 
 
4.2. Entrevista com os professores (questionário 2) 
 
O primeiro questionamento (questão 1), expresso no quadro 5, indagava se 
aqueles professores concordam com a educação inclusiva, onde se obteve de modo 
geral resposta afirmativa e observações semelhantes por parte deles, que 
comentaram que por meio deste modelo de educação, mesmo com as dificuldades 
encontradas nela, o aluno com necessidades especiais tem a oportunidade de ser 
tratado e se desenvolver como "igual" e não como um ser dotado de 
"anormalidades", segundo as professoras. 
 
Quadro 5: Levando em consideração a função como professor, você concorda com a 
educação inclusiva? Por quê? (Questão 1) 
 
Professor Respostas 
1 "Sim. Pois dá oportunidade aqueles alunos considerados "diferentes" do 
20 
 
padrão da anormalidade, serem incluídos na sociedade da qual ele tem 
direito." 
2 "Sim. Apesar de precisarem de um certo cuidado, eles são sociáveis, 
são capazes de aprender e de interagir com o outro e a educação é 
direito de todos." 
3 "Sim. Pois a educação é direito de todos e com a inclusão, as 
diferenças não são vistas como problemas, mas como diversidade." 
 
Observa-se, em todas as respostas que os professores envolvidos entendem e 
concordam que o processo de educação inclusiva é válido e necessário para as 
crianças com Down, destacando ainda que esse direito precisa ser garantido a 
essas crianças como a todas as outras. 
Assim tem-se que a atual política educacional brasileira tem como princípio 
promover a inclusão de alunos portadores de necessidades especiais no ensino 
básico regular. Segundo Sassaki (1997), é garantido ao aluno especial O direito ao 
acesso e permanência, sempre que possível, no ensino regular para que assim este 
alcance a possibilidade de uma vida independente. Assim a interação entre o aluno 
portador, o professor e os demais alunos, na educação inclusiva é fundamental para 
que o processo de ensino aprendizagem ocorra de forma satisfatória. Um processo 
de aprendizagem onde todos participam, a aquisição do conhecimento ocorrerá com 
mais facilidade. 
Tem-se que diante de uma turma regular onde são inseridas crianças especiais 
existe nos professores a consciência de que o Estado e a escola estão cumprindo 
seu papel de oferecer meios para que a educação chegue a todos, sem nenhuma 
distinção, essa é uma etapa que podem considerar alcançada, conscientização e 
claro entendimento sobre os direitos das crianças com Down, com relação à 
educação já existe nos professores. 
 
Quando as professoras foram questionadas sobre quais as limitações ou 
problemas da educação inclusiva (questão 2), observa-se que para estas o 
problema está relacionado com a falta de capacitação dos professores e demais 
profissionais para trabalharem com alunos especiais, relatam também a aceitação 
do aluno especial como problema. 
 
21 
 
 
Quadro 6: Levando em consideração a função como professora, quais as limitações ou 
problemas encontrados na educação inclusiva? (Questão 2) 
 
Professor Respostas 
1 "A verdadeira aceitação de toda comunidade escolar em especial o 
professor que terá que se dedicar verdadeiramente ao seu aluno." 
2 "Hoje infelizmente as escolas não possuem professores (funcionários) 
capacitados para atender a particularidade que eles tem e ainda o 
problema maior é o preconceito." 
3 A ENTREVISTADA NÃO RESPONDEU A QUESTÃO 
 
As entrevistadas não escondem que há sim problemas em relação a educação 
inclusiva (quadro 6) e que se faz necessário uma adequação da escola e do próprio 
educador, relatando que um dos maiores problemas para que a inclusão escolar 
seja praticada é a própria capacidade de mudar os paradigmas dos educadores e 
demais funcionários da rede de ensino. 
De acordo com Libânio (2004), O professor deve estar preparado para lidar 
com a diferença, pois quando se trata de escola inclusiva, estes profissionais e 
alunos terão que aprender a conviver com os alunos especiais, com suas diferenças, 
e cabe ao professor estar capacitado, e buscar meios para realizar a inclusão 
desses alunos especiais com os demais e também cabe ao professor buscar 
estratégias para transmitir o conhecimento aos alunos especiais, sabendo que estes 
possuem certas limitações, permitindo assim que ocorra o processo de ensino 
aprendizagemde todos os alunos. 
Essa situação deixa claro que em partes, falta certo esclarecimento e até 
mesmo capacitação para os profissionais da área de educação para aprender a 
interagir com esta nova realidade de ensino que condena a segregação 
independente de qual seja a necessidade especial de um determinado aluno. 
 
Quando as professoras foram questionadas sobre os benefícios da educação 
inclusiva (questão 3) estas relatam a possibilidade do aprendizado desses alunos, 
além da socialização destes a partir da convivência com todos da escola. 
 
 
22 
 
Quadro 7: Levando em consideração a função como professora, quais os benefícios da 
educação inclusiva? (Questão 3) 
 
Professor Respostas 
1 "O conhecimento adquirido com estudo para levar o aluno a um 
aprendizado significativo e prazeroso." 
2 "A quebra de preconceito que ainda existe, a socialização mostrando 
que eles são capazes como qualquer outro." 
3 "Ampliar a visão do mundo e desenvolver oportunidades de convivência 
a todas as crianças." 
 
Observa-se que para as professoras a educação inclusiva permite se 
desenvolver, buscar inovações na forma de ensinar, possibilitando assim realizar um 
ensino a todas as crianças, possibilitando a interação, diminuindo o preconceito para 
com o aluno especial, levado este a se sentir parte integrante da turma. 
De acordo com estudos de Mantoan (2005) o professor de uma escola 
inclusiva não é um palestrante que fica preso em ditar, levar o aluno a copiar, ele 
não fica preso a este modelo de ensino que utiliza recursos didático-pedagógicos 
básicos. Mas o professor inclusivo é aquele que explora os espaços educacionais 
com seus alunos, que partilha seus conhecimentos com dos alunos, buscando assim 
perceber o que cada um consegue aprender a partir do que está sendo trabalhado, 
entende melhor as dificuldades desses alunos e também suas possibilidades. 
Tem-se assim que a educação inclusiva possibilita o crescimento do professor 
como profissional, levando este a buscar sempre se capacitar, buscar inovações em 
suas aulas, ampliando assim seus conhecimentos e possibilitando levar um ensino 
prazeroso e de qualidade a todos os seus alunos, valorizado a diferença existente 
na sala de aula e aprenderem com ela. 
 
Após realizar esta observação pode-se dar continuidade às respostas dadas 
pelas professoras, que foram então questionadas levando em consideração o aluno 
regular, como demonstra os três quadros seguintes. 
Sobre estes alunos os educadores responderam que veem o fato dos mesmos 
conviverem e estudarem com alunos com necessidades especiais como algo 
positivo, pois assim estes vão aprender a lidar com a diferença (questão 4) e que o 
maior problema encontrado nesta vertente é a aceitação desse alunos com o 
23 
 
diferente, e falta de interesse e ausência dos pais e familiares (questão 5) porém 
relatam que a partir da educação inclusiva os alunos regulares aprendem a aceitar o 
diferente por estar mais próximo dos alunos e participar daquela experiência que, 
ainda segundo as entrevistadas, reduz o preconceito e amplia o horizonte e a 
capacidade de lidar com as diferenças daqueles alunos especiais (questão 6). 
 
Quadro 8: Levando em consideração o aluno regular, você concorda com a educação 
inclusiva? Por quê? (Questão 4) 
 
Professor Respostas 
1 "Sim. Porque o aluno vai aprender a conviver e a lidar com a diferença e 
a respeitá-la." 
2 "Sim, mostra que a diferença faz parte da vida, jogando por terra o 
preconceito." 
3 "Sim. Com isso o aluno passa lidar com a diferença e aprendi a 
respeitá-la." 
 
Observa-se nos resultado que os professores apontam a educação inclusiva 
como benéfica também para os alunos regulares, dizendo que estes aprendem a 
conviver e lidar melhor com as diferenças, a partir dessa experiência. 
Ao encontro disso, observa-se os estudos realizados por Sant’Ana(2003), que 
quando crianças regulares têm contato com alunos especiais, esses alunos 
regulares a partir dessa interação vão desenvolver a cooperação e tolerância, 
mostrando-se disponíveis para ajudar as crianças especiais, estabelecendo assim 
uma relação de ajuda e cuidado, sem preconceito, e respeitando sempre a diferença 
desse aluno especial. 
Assim a superação das diferenças a partir da convivência com alunos especiais 
proporciona que o aluno regular leve para a vida esse aprendizado e essa 
capacidade de saber que diferenças não são obstáculos, podem ser pontes. 
 
Quadro 9: Levando em consideração o aluno regular, quais as limitações ou problemas 
encontrados na educação inclusiva? (Questão 5) 
 
Professor Respostas 
1 "O problema é a falta de interesse por parte de alguns e a ausência de 
familiares." 
24 
 
2 "Aceitação dos alunos com o diferente, o não entender as limitações do 
outro." 
3 "Ausência de familiares, falta de interesse." 
 
As limitações e problemas apontados pelos professores com relação ao aluno 
regular e a educação inclusiva envolvem questões de aceitação e ausência e 
desinteresse por parte dos familiares. 
Ribas (1985, p.48) afirma que para ocorrer o processo de inclusão faz-se 
necessário não somente preparar o indivíduo com Síndrome de Down, mas deve 
trabalhar os diversos segmentos da sociedade como família, escola, trabalho, lazer, 
todos estão implicados neste processo, pois a sociedade constitui fonte da exclusão. 
Assim tem-se que quanto à aceitação e entendimento dos alunos regulares em 
relação às limitações e necessidades dos especiais, esta deve der trabalhada na 
escola, em casa, mostrando que alunos especiais são capazes, e podem realizar as 
mesmas coisa, talvez de maneiras e formas que não conheciam antes. Já a 
problemática que envolve a ausência e desinteresse por parte dos familiares 
merece atenção e empenho por parte da escola, da sociedade e de todos os 
envolvidos. 
 
Quadro 10: Levando em consideração o aluno regular, quais os benefícios da educação 
inclusiva? (Questão 6) 
 
Professor Respostas 
1 "Quebra do preconceito, aceitação das crianças consideradas 
especiais." 
2 "Quebra do preconceito, o olhar e aceitar o que é diferente a ele." 
3 "A aceitação das crianças especiais." 
 
As professoras relatam que a educação inclusiva traz vários benefícios aos 
alunos regulares, dizem que a partir da interação com o aluno especial o aluno 
regular aprendi que a diferença faz parte da sociedade, aprendi a respeitar, a aceitar 
essa diferença. 
Brien e Brien (1999) nos mostra em seus estudos que em escolas regulares 
através da interação com alunos especiais os demais alunos tiveram uma melhora 
em seu desempenho acadêmico, estes alunos também se tornaram mais 
25 
 
cooperativos e apresentaram aquisição de valores como respeito, solidariedade e 
aceitação às diferenças. 
Seguindo este raciocínio a educação inclusiva traz esses benefícios para os 
alunos regulares como valorização da diferença, respeito para com o colega, 
aceitação do diferente, esse alunos não terão mais comportamentos excludentes e 
segregadores. 
 
Após serem questionadas com base nos alunos regulares, foi pedido aos 
educadores que respondessem as mesmas questões sobre a concordância com a 
educação inclusiva, mas agora tendo como base o aluno especial, com a busca de 
compreender como as professoras veem aquele processo em referencia aos seus 
principais interessados, os alunos especiais. 
As respostas encontradas estão aqui descritas de acordo com os quadros 11, 
12 e 13, a seguir, que mostra que os professores concordam com a educação 
inclusiva, e relatam que através desta o aluno terá vários benefícios (questão 7), 
porém as entrevistadas acham que o aluno especial tem sim problemas na escola 
regular (questão 8), mas também tem benefícios importantes (questão 9). 
 
Quadro 11: Considerando o aluno especial, você concorda com a educação inclusiva? Por 
quê? (Questão 7) 
 
Professor Respostas 
1 "Sim. Deve-se incluir de fato oaluno na sociedade." 
2 "Sim, pois ele se socializará com os outros, aprendendo assim também 
a ser mais independente." 
3 "Sim, porque o aluno deve incluir-se na sociedade." 
 
Todas as professoras concordam com a educação inclusiva, avaliando que 
com esta forma de educação o aluno especial é inserido na sociedade, ele terá 
contato com outros alunos, tornando este mais independente. 
Neste sentido Guijarro (2005) diz que a educação inclusiva é uma oportunidade 
para otimizar o desenvolvimento pessoal e social de todos que fazem parte desta, 
além de enriquecer os processos de aprendizagem, afirma ainda que esta 
modalidade de educação permite assegurar a individualidade de cada sujeito na 
26 
 
sociedade, reconhecendo cada pessoa pelo que é e reconhecendo sua liberdade e 
autonomia. 
De acordo com esses estudos, a partir da interação do aluno especial com 
demais alunos em uma escola inclusiva, estes alunos começarão a se socializar, a 
viver em sociedade onde há diferenças e estas são respeitadas e valorizadas. 
 
Quadro 12: Considerando o aluno especial, quais as limitações ou problemas encontrados 
na educação inclusiva? (Questão 8) 
 
Professor Respostas 
1 "Preconceito, a falta de acessibilidade, o despreparo da comunidade 
escolar." 
2 "Se deparam com profissionais incapacitados, com preconceitos e 
escolas que não estão aptas fisicamente para atender as 
necessidades." 
3 "O despreparo da escola e o preconceito com esses alunos." 
 
Observa-se que as professoras citaram o preconceito como um problema 
referente a educação inclusiva, além profissionais despreparados e escolas que não 
estão aptas fisicamente para receber alunos especiais. 
Assim Stainback e Stainback (2007), em seus estudos mostram que a escola 
deve estar preparada como um todo para receber um aluno especial, deve ter sua 
estrutura física voltada também para esses alunos, sua metodologia de ensino 
também deve ser adaptada de acordo com as limitações destes, além é claro contar 
com profissionais capacitados para trabalharem com alunos especiais, esses 
educadores devem buscar constantes atualizações de suas habilidades, 
proporcionando assim um ensino inclusivo sem preconceito, pois este poderá 
comprometer a eficiência da educação inclusiva. 
De acordo com este estudo o preconceito pode se tornar um problema para 
implementação e sucesso da educação inclusiva, ainda nos dias de hoje, além das 
escolas não contarem com profissionais preparadas para trabalharem com alunos 
especiais e também estas não terem sua estrutura física voltada para receber estes 
alunos. 
 
 
27 
 
Quadro 13: Considerando o aluno especial, quais os benefícios da educação inclusiva? 
(Questão 9) 
 
Professor Respostas 
1 "Maior independência, auto confiança e controle." 
2 "A redução do preconceito, uma maior independência." 
3 "Auto confiança, controle e independência." 
 
As professoras relatam que a educação inclusiva possibilitou o aluno especial 
uma maior independência, autoconfiança, controle e também uma redução do 
preconceito para com estes. 
De acordo com estudos de Chalita (2004), a educação inclusiva deverá 
proporcionar ao aluno especial possibilidades para estes construírem seu 
conhecimento e desenvolver aptidões, assim a escola deverá oferecer a estes 
alunos um ensino de qualidade possibilitando que estes se desenvolvam como 
pessoa e alcancem seus objetivos de forma satisfatória. 
Seguindo este raciocínio a escola inclusiva possibilita que o aluno possa 
desenvolver não somente não somente seu intelectual, ou se socializar com os 
demais alunos, mas possibilita também que este aluno tenha uma independência 
para tomar suas decisões, tenha uma autoconfiança. 
 
No bloco seguinte da entrevista que tem como foco à educação especial em si, 
quando indagadas sobre como avaliam o relacionamento entre os alunos regulares 
e os alunos especiais (questões 10) a primeira professora avaliou como ótimo este 
relacionamento, a terceira avaliou como bom e já a segunda professora classificou 
como médio, pois afirma ainda encontrar no seu ambiente escolar, crianças que tem 
preconceito perante aqueles alunos e que por isso não sabem como interagir com os 
colegas portadores de necessidades especiais (quadro 14). 
 
Quadro 14: Como você avalia o relacionamento dos alunos regulares com os alunos 
especiais? Por quê? (Questão 10) 
 
Professor Respostas 
1 "Ótimo, porque conseguem se socializar e interagir de forma lúdica e 
prazerosa." 
2 "Médios, ainda hoje encontramos crianças que possuem preconceito e 
28 
 
não aceitam a diferença ou simplesmente não sabem como agir, pois 
tem medo de machucá-los." 
3 "Eles tem um bom relacionamento, pois interagem e há respeito entre 
eles." 
 
Os professores na maioria consideram que o relacionamento dos alunos 
regulares com os alunos especiais traz benefícios para interação e construção de 
valores na turma. O professor dois identifica que alguns alunos regulares ainda 
possuem resistências no relacionamento com os alunos especiais, e ela diz que esta 
resistência pode ser pelo fato desses alunos regulares não saberem como agir, por 
não terem recebido ainda informações sobre as diferenças do outro. 
De acordo com Mantoan (1997), a escola inclusiva deve ser estruturada 
considerando as necessidades de todos os indivíduos que fazem parte desta. Assim 
a escola deve trabalhar também as necessidades do aluno regular, tornando assim 
necessário trabalhar a tolerância deste para com as diferenças, para que assim 
ocorra uma educação integradora, possibilitando que os alunos cresçam em um 
ambiente propício para o desenvolvimento necessário desses alunos. 
Entende-se assim que os alunos regulares podem e devem participar desse 
processo, para isso, precisam ser orientados e motivados a serem agentes de 
transformação na educação e desenvolvimento dos colegas especiais. 
 
Quando as professoras foram questionadas sobre o relacionamento dos alunos 
especiais com os alunos regulares, observam-se também três opiniões diferentes, a 
primeira professora avaliou este relacionamento como excelente, já a segunda 
avaliou como médio, já a terceira classificou este relacionamento como ótimo 
(quadro 15). 
 
Quadro 15: Como você avalia o relacionamento dos alunos especiais com alunos regulares? 
Por quê? (Questão 11) 
 
Professor Respostas 
1 "Excelente, as coisas estão mudando a socialização é a chave para que 
o aluno interaja com o meio." 
2 "Médios, eles são arredios, pois tem um certo receio de como o outro 
vai reagir." 
29 
 
3 "Ótima, pois se relacionam bem e aprendem a lidar com todos." 
 
Os resultados dessa questão relatam que mesmo tendo certo receio no trato 
com os demais, os alunos portadores de Down se relacionam muito bem, 
aprendendo a interagir com todos e dão à própria escola onde estão inseridos a 
ideia de que a socialização é possível apesar das diferenças. 
De acordo com estudos de Mizukami (1986), vários aspectos estão 
relacionados ao ato de aprender, como aspectos técnicos, cognitivos, emocionais e 
culturais. Assim para que este processo de aprender obtenha evolução faz-se 
necessário o contato entre os alunos, a socialização, o respeito, para que os alunos 
especiais sintam-se valorizados.Seguindo este raciocínio quando percebem que estão em um ambiente onde 
são aceitos e que estão rodeados por pessoas, mesmo um pouco diferentes, mas 
que se esforçam para tratá-las com respeito, valorizam suas habilidades e são 
capazes de criar, com elas, uma relação de amizade e atenção, as crianças 
especiais ganham autoconfiança, sentem-se seguras e podem alcançar satisfatórios 
resultados na aprendizagem e no desenvolvimento intelectual e humano. 
 
As três últimas questões da entrevista em paralelo e as respostas encontradas 
por si só já resumem o porquê de ainda haver dificuldades em lidar com a educação 
inclusiva. Em um primeiro ponto pede que as professoras avaliem a participação dos 
pais dos alunos com necessidades especiais (questão 12), no segundo a 
participação dos funcionários da escola (questão 13) e em terceiro o apoio da equipe 
pedagógica (questão 14). 
 
Quadro16: Como você avalia a participação da família, do aluno especial, no processo de 
educação escolar? Por quê? (Questão 12) 
 
Professor Respostas 
1 "Boa, porque é de suma importância essa parceria e quando há 
interesse familiar a escola abraça a causa." 
2 "Média, alguns pais ainda têm medo." 
3 "É muito importante, porque com a ajuda da família a escola consegue ir 
alem com o aluno." 
 
30 
 
 
Quadro 17: Como você avalia a participação dos funcionários da escola no processo de 
educação escolar do aluno especial? Por quê? (Questão 13) 
 
Professor Respostas 
1 "Bom, todos são cooperativos mesmo que não tenham instrução por 
parte da escola, talvez por isso que não são melhores." 
2 "Médio, alguns ainda trazem o preconceito e desprezo." 
3 “ Bom, todos os funcionários tentam contribuir, ajudar da sua forma”. 
 
Quadro 18: Como você avalia o apoio pedagógico dado ao aluno especial e ao professor? 
Por quê? (Questão 14) 
 
Professor Respostas 
1 "Avalio como básico, pois podemos fazer bem mais por este aluno por 
eles incluindo-os de fato." 
2 "Médio, pois ainda há um despreparo, medo de encarar novos desafios 
e o preconceito." 
3 "O apoio é bom, mas podemos fazer mais por eles." 
 
No quadro 16 as professoras caracterizam a participação da família como de 
suma importância para ampliar a qualidade do ensino prestada aquele aluno e 
facilitar o processo de integração e inclusão, e afirmam que nas suas escolas 
sentem falta de que os pais de crianças com necessidades especiais estejam mais 
engajados no processo de ensino de seus filhos. 
Observa-e que os estudos de Luiz (2008) que um dos fatores primordiais e 
positivos para realização da educação inclusiva é a interação entre pais e escola, 
ressaltando ainda que através dessa boa interação é que a inclusão deste aluno 
acontecerá de forma satisfatória tanto para família e escola. 
Já no quadro 17 observa-se que duas professoras avaliam a participação dos 
funcionários da escola no processo de educação escolar do aluno especial como 
boa, dizendo que estes tentam ajudar de alguma forma, mesmo não sendo 
capacitados para essa tarefa, a outra professora, porém avaliou esta participação 
como média, ressaltando que alguns profissionais ainda têm certo preconceito e 
desprezo para com estes alunos. 
31 
 
De acordo com estudos (Araujo, 2006; Schmidt, 2006), a falta de escolas 
capacitadas para receber alunos especiais e livre de preconceito é ainda o que limita 
a educação inclusiva. Este fato além de limitar o desenvolvimento do aluno especial, 
carrega ainda certa discriminação para com estes alunos. 
E para que a escola inclusiva e seu processo de ensino aprendizagem possam 
se desenvolver faz-se necessário que haja respeito para com todos. 
Nota-se que no quadro 18 que uma das professoras relata que a equipe 
pedagógica age com desprezo e medo mediante os novos desafios como o de 
adequar o ambiente de ensino a todas as crianças, e que as outras duas concordam 
que podem fazer bem mais para realizar a inclusão deste aluno de fato. 
Rebatesse aí um ponto recorrente encontrado por meio da pesquisa e citado 
por diversos autores como Mantoan (2005), que faz-se necessário que a escola 
deve estar adaptada para receber um aluno especial e esta vai além da adaptação 
física, é necessário que esta possa adaptar todo seu método pedagógico e os 
profissionais que fazem parte deste, buscando meios e formas diferentes de ajudar 
este aluno, pois assim todas as necessidades desses alunos serão atendidas e com 
isso irá ocorrer o desenvolvimento deste de fato. 
De acordo com este estudo tem-se que para o processo de inclusão funcionar 
é necessário que toda a equipe de ensino e profissionais de suporte estejam aptos a 
trabalhar com ele e desenvolvê-lo. O aluno com SD deve ainda, ser tratado na 
escola regular como parte integrante daquele conjunto, sem diferenças e privilégios, 
onde os pais precisam estar prontos a complementar o processo de ensino e a 
manter a comunicação com a escola no que se refere a qualquer dificuldade que o 
seu filho tenha no processo de ensino. 
É fato e fica nítido por meio de toda esta pesquisa que nem sempre esta troca 
de informações, esta interação entre escola e família se faz presente, por vezes por 
resistência de uma ou de ambas as partes, mas cabe principalmente ao orientador 
pedagógico e aos pais quebrar seus próprios preconceitos e trabalharem como uma 
equipe a fim de garantir o desenvolvimento integral daquele aluno. 
Compreende-se ainda, por meio de estudos de Sassaki (1997) que a escola 
inclusiva traz benefícios para todos que fazem parte dela, seja aluno regular, aluno 
especial, professores e demais profissionais, esses benefícios são a partir do 
aprendizado conjunto, da aceitação da diferença, do ensino multicultural, e formas 
diferentes de aprendizagem. 
32 
 
O estudo abordado acima vai de encontro à pesquisa feita com mães de alunos 
com Síndrome de Down e professoras, que avaliam a participação deste grupo de 
alunos na escola regular como benéfica para realizar a socialização, acabar com o 
preconceito, realizar a integração do aluno especial, e levar a comunidade escolar 
como um todo a valorizar, respeitar e aprender com a diferença, trazendo assim 
benefícios para a sociedade como um todo. 
Entende-se através dos estudos de Fonseca (1995), que a continuidade e 
sucesso da educação inclusiva, estão na adaptação e na forma de lidar com os 
portadores de necessidades especiais, e que esta dificuldade ainda latente da 
sociedade e de alguns profissionais da educação em aceitarem que pessoas com 
necessidades especiais diferentes podem ser capacitadas a conviver dentro de uma 
mesma realidade escolar e social como um todo, será superada quando todos a 
enxergarem de fato e perceberem que a conscientização e o esforço de cada um, 
alcançarão o resultado ideal para todos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
5. Conclusão 
 
A inclusão da criança com Síndrome de Down na escola regular ultrapassa os 
limites dos muros da escola. O presente trabalho apresenta a visão de pais e 
professores de alunos com Síndrome de Down, no que diz respeito a educação 
inclusiva. 
Os pais de alunos com Down aparentam estar satisfeitos com a socialização de 
seus filhos com as demais crianças, porém há uma insatisfação recorrente no que 
tange ao papel da escola neste processo, mais especificamente no quesito 
aprendizagem e desenvolvimento cognitivo. 
Os relatos direcionam para a necessidade de adaptação e melhoria do 
ambiente escolar e melhor preparação dos profissionais integrantes do corpo 
docente e demais funcionários da escola, para uma efetiva inclusão dos alunos com 
Down. 
É também evidente nos relatos dos pais assim como no dos professores que a 
escola inclusiva ajudou a diminuir a discriminação, preconceito para com os alunos 
com Síndrome de Down, ajudou a promover a aceitação e socialização desses 
alunos. 
 Contudo, observa-se que, apesar de todas as dificuldadesidentificadas, os 
pais e professores de alunos com Down apresentam uma satisfação em relação à 
educação inclusiva, acreditando melhorar o desenvolvimento da criança de forma 
global, socializando-os e auxiliando-os na convivência com outras crianças, tenham 
elas necessidades especiais ou não. Neste diapasão tem-se como positiva a 
experiência da educação inclusiva, trazendo o aluno com Down para a escola 
regular, numa realidade já identificada de socialização, mista a uma esperança de 
mudança de paradigmas e metodologias de ensino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
6. Referencias bibliográficas 
 
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38 
 
7. Apêndices 
 
7.1. Questionário 1. 
 
 
 
 
Prezada mãe, esta pesquisa é parte das exigências para a realização do Projeto de 
Monografia, para obtenção do título de Licenciado em Ciências Biológicas pela Universidade 
Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - Consórcio CEDERJ. E temcomo objetivo: 
Analisar a percepção dos pais de alunos, portadores de necessidades especiais, em relação 
à educação inclusiva. 
Contamos com a sua colaboração! 
 
QUESTIONÁRIO DE PESQUISA 
 
Para as questões abaixo, assinale a opção que melhor representa a sua 
opinião. 
 
Em relação ao seu filho: 
 
1. Qual a idade? 
___________________________________________________________________ 
2. Qual o Gênero? 
___________________________________________________________________ 
3. Qual a necessidade 
especial?____________________________________________________________ 
4. Há quanto tempo frequenta a escola regular? 
___________________________________________________________________ 
5. Já frequentou uma instituição de ensino especializada? Qual? Durante quanto 
tempo? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
6. Por que decidiu matricular seu filho na escola regular? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
 
39 
 
Em relação a vida do seu filho na escola: 
7. Ele gosta de ir para a escola? 
( ) Sim, muito ( ) Sim, pouco ( ) Não sei 
( ) Sim ( ) Não ( ) 
 
8. Ele se sente bem na escola? 
( ) Sim, muito ( ) Sim, pouco ( ) Não sei 
( ) Sim ( ) Não ( ) 
 
9. Ele se relaciona bem com os demais alunos? 
( ) Sim, muito ( ) Sim, pouco ( ) Não sei 
( ) Sim ( ) Não ( ) 
 
10. Ele gosta de desenvolver as atividades propostas? 
( ) Sim, muito ( ) Sim, pouco ( ) Não sei 
( ) Sim ( ) Não ( ) 
 
11. Em relação ao conteúdo, ele possui dificuldades? 
( ) Sim, muito ( ) Sim, pouco ( ) Não sei 
( ) Sim ( ) Não ( ) 
 
12. Seu filho realiza atividades escolares em conjunto com outras crianças? 
( ) Sim, muito ( ) Sim, pouco ( ) Não sei 
( ) Sim ( ) Não ( ) 
 
Em relação ao atendimento que a escola dá ao seu filho: 
13. De modo geral, é adequado? 
( ) Sim, muito ( ) Sim, pouco ( ) Não sei 
( ) Sim ( ) Não ( ) 
 
14. A estrutura da escola é adequada? 
( ) Sim, muito ( ) Sim, pouco ( ) Não sei 
( ) Sim ( ) Não ( ) 
 
40 
 
15. A formação dos professores é adequada? 
( ) Sim, muito ( ) Sim, pouco ( ) Não sei 
( ) Sim ( ) Não ( ) 
 
16. A metodologia de ensino é adequada? 
( ) Sim, muito ( ) Sim, pouco ( ) Não sei 
( ) Sim ( ) Não ( ) 
 
17. O apoio pedagógico é adequado? 
( ) Sim, muito ( ) Sim, pouco ( ) Não sei 
( ) Sim ( ) Não ( ) 
 
Em relação ao desenvolvimento do seu filho: 
18. Concorda com o programa de educação inclusiva?Por quê? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
19. Em relação ao atendimento escolar especializado, você considera a educação 
inclusiva oportuna? Por quê? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
20. Em sua opinião, deveria haver alguma mudança na escola para atender as 
crianças com SD? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
21. Houve benefícios para o desenvolvimento do seu filho? Quais? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
22. Você encontrou alguma dificuldade para fazer a matricula do seu filho na escola 
regular? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
41 
 
7.2. Questionário 2. 
 
 
 
Prezado (a) entrevistado (a), esta pesquisa é parte das exigências para a realização do 
Projeto de Monografia, para obtenção do título de Licenciado em Ciências Biológicas pela 
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - Consórcio CEDERJ. E tem 
como objetivo: Analisar a percepção dos pais de alunos, portadores de necessidades 
especiais, em relação à educação inclusiva. 
Contamos com a sua colaboração! 
QUESTIONÁRIO DE PESQUISA 
 
Para as questões abaixo, assinale a opção que melhor representa a sua 
opinião. 
 
Levando em consideração a função, como professor: 
1. Você concorda com a educação inclusiva? Por quê? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
2. Quais as limitações ou problemas? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
3. Quais os benefícios? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
 Levando em consideração o aluno regular: 
 
4. Você concorda com a educação inclusiva? Por quê? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
5. Quais as limitações ou problemas? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
6. Quais os benefícios? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
42 
 
Levando em consideração o aluno especial: 
7. Você concorda com a educação inclusiva? Por quê? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
8. Quais as limitações ou problemas? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
9. Quais os benefícios? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
Em relação à educação especial: 
10. Como você avalia o relacionamento dos alunos regulares com os alunos 
especiais?Por quê? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
11. Como você avalia o relacionamento dos alunos especiais com os alunos 
regulares?Por quê? 
___________________________________________________________________ 
___________________________________________________________________ 
 
12. Como você avalia a participação da família, do aluno especial, no processo de 
educação escolar? Por quê? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
13. Como você avalia a participação dos funcionários da escola no processo de 
educação escolar do aluno especial? Por quê? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
14. Como você avalia o apoio pedagógico dado ao aluno especial e ao professor? 
Por quê? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

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