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Formas, Materiais, Absorção e Tempo de Reverberação Som Raios diretos e refletidos. Ao encontrar uma superfície o som pode ser refletido, absorvido ou transmitido, em proporções que dependem da dimensão, da forma e do material dessa superfície. A direção dos raios refletidos é influenciada pela forma da superfície, ou seja, analogamente à luz, o ângulo de incidência = reflexão (Lei da reflexão) Reflexão em superfícies côncavas – concentração dos raios sonoros Reflexão em superfícies convexas- difusão Nível sonoro dos Raios refletidos • equivale a porcentagem de energia que não é absorvida pelo material da superfície • Boa difusão – quando a onda sonora se distribui em todas as direções, com igual energia • Superfícies de tetos, pisos, paredes, além de objetos e móveis são responsáveis pela forma como o som se difunde. • O som direto emitido pela fonte decai com a área de expansão e o som que permanece no ambiente, como conseqüência de sucessivas reflexões, é o som reverberante. • Perto da fonte – predomina o som direto • Longe da fonte – predomina o som reverberante Reverberação • Resultado de reflexões da fonte sonora, ocorridas uma ou mais vezes no ambiente. • Tempo de Reverberação - tempo decorrido para que o som deixe de ser ouvido. Depende da freqüência sonora, do volume, da absorção. • É o tempo que o som demora para cair 60db depois de cessada a fonte. • Também vai depender do tipo e objetivo da sala. Considerações Importantes Requisitos necessários para um bom desempenho acústico de uma sala: • Boa inteligibilidade do som; • Ausência de interferência de ruídos externos sobre o som de interesse; • Distribuição sonora uniforme; • Difusão sonora e tempo de reverberação adequado; • Em alguns lugares como teatros e sala de música - equipamentos de amplificação. Freqüências e Níveis de Pressão Sonora Desenho acústico • Primeira consideração – uso que vai ser dado a sala. • Espaços de múltiplo uso – previsão de superfícies móveis, de forma que possam ser alterados o volume, a planta e os materiais do ambiente. • Estabelecer atividade principal e secundária. • Compatibilizar através de uma solução intermediária, sabendo dos erros projetuais. FORMA A forma é tão importante para o campo sonoro gerado quanto o tempo de reverberação. Deve-se evitar erros acústicos- • Ecos, • Ondas estacionárias, • Pontos de intensidade sonora insuficiente. CUIDADOS COM AS SUPERFÍCIES côncavas, circulares ou elípticas – promovem concentração, focalização e distribuição não uniforme dos sons. Materiais absorventes – amenizam efeito dessas superfícies. O deslocamento da fonte e do receptor para posições externas a área de projeção do círculo que contém a superfície côncava evita a influência da focalização sobre o som de interesse. PARALELISMO DE PAREDES • Geram ondas estacionárias • Elementos difusores e diferenciação das paredes por pequenas inclinações podem solucionar o problema. • Evitadas se a largura, altura e comprimento não forem múltiplos entre si. • Ângulos retos e agudos – pontos de grande superposição sonora e, em alguns casos, podem resultar em excesso de som refletido, retornando à própria fonte. • Dar prioridade a ângulos obtusos. ARESTAS LUGARES Lugares muito afastados da fonte sonora com distância entre os raios direto e refletidos de 11m, estão sujeitos a eco. Materiais absorventes sobre a superfície refletora, atenuam a energia sonora. Em paredes localizadas atrás dos últimos lugares da audiência, também a aplicação de materiais absorventes pode amenizar o efeito do eco das reflexões. DIRECIONALIDADE • Algumas fontes sonoras apresentam uma tendência de melhor propagação para determinadas direções, que devem ser respeitadas para o posicionamento apropriado da audiência. • Plantas alongadas são melhores que plantas quadradas. INTELIGIBILIDADE • Com base no contorno de mesma inteligibilidade da palavra falada, os seguintes limites para a distância entre a fonte e a última fileira devem ser respeitados: PISO • Diferença de altura mínima entre fileiras de 0,75m – suficiente para garantir a recepção sonora do som direto pela audiência. • Como o ouvido e os olhos encontram-se aproximadamente na mesma altura relativa da cabeça, cumprir um requisito acaba contemplando outro. BALCÕES E GALERIAS • Aproveitam sons que ficam acima do nível da audiência. • Cuidado com o eco. • Teto serve para reflexões. • Por outro lado, podem promover sombras acústicas. Espelhos Acústicos • Superfícies de reflexão sonora utilizados para reforçar o nível de intensidade sonora, compostos de materiais de baixa absorção sonora, dimensão maior ou igual ao comprimento de onda sonora promovida pela reflexão. • Os espelhos devem ser POSICIONADOS com ângulos que favoreçam a projeção do som para locais mais prejudicados acusticamente. Espelhos acústicos Absorção • Coeficiente de Absorção – representa a porcentagem de som que é absorvido, ou deixa de ser refletido, em relação ao som incidente. Varia de 0 a 1, e não é o mesmo para sons graves, médios e agudos. • Materiais menos absorventes e mais refletores, valores de absorção próximos a zero. • Esses são geralmente materiais mais impermeáveis, resistentes a passagem do ar (pouca porosidade)- pedras, azulejos e resinas. Coeficiente de Absorção • Absorção da Superfície = Coeficiente de absorção X Área do material Unidade – Sabine-métrico(Sm) Absorção de uma Sala Soma da absorção promovida por cada superfície que compõe o ambiente MAIS a absorção promovida pelas pessoas (40 pessoas X 0,40). Tempo ótimo de Reverberação Toda vez que se tem o objetivo de adequar o ambiente acusticamente, deve- se procurar obter um tempo de reverberação próximo àquele considerado ótimo para a função daquela sala. TR TR • Identificar Tr ótimo • Determinar Tr real. • Comparar valores encontrados com Tr ótimo. • Verificar acréscimo ou diminuição da área de materiais absorventes, em função da comparação, para alcançar valores próximos do Tr ótimo. • Tr calculado = 1,70s • Tr ótimo = 0,80s • Necessário acréscimo de absorção sonora, para alcançar o tempo ótimo de reverberação. • Aplicar novos materiais com coeficientes de absorção maiores. • Deve-se evitar a concentração excessiva de materiais absorventes ou reflexivos em áreas impróprias. • Palcos: materiais refletores são mais adequados • Paredes posterior à platéia: materiais absorventes podem ajudar a amenizar as reflexões que provocam o eco. Novos valores
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