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Texto de Apoio Polímeros

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Extensão de Cabo Delgado 
Campus de N’coripo, km 4, Montepuez, C.P. Tel: +258 27251160, Fax: +258 27251160 
Departamento de Ciências Tecnologia, Engenharia e Matemática 
POLÍMEROS 
Os polímeros são compostos químicos de elevada massa molecular relativa, resultantes de 
reacções químicas de polimerização. Estes contêm os mesmos elementos nas mesmas proporções 
relativas, mas em maior quantidade absoluta. Os polímeros são macromoléculas formadas a 
partir de unidades estruturais menores (os monómeros). O número de unidades estruturais 
repetidas numa macromolécula é chamado grau de polimerização. 
A polimerização é uma reacção em que as moléculas menores (monómeros) se combinam 
quimicamente (por valências principais) para formar moléculas longas, mais ou menos 
ramificadas com a mesma composição centesimal. Estes podem formar-se por reacção em cadeia 
ou por meio de reacções de poliadição ou policondensação. A polimerização pode ser reversível 
ou não e pode ser espontânea ou provocada (por calor ou reagentes). 
Exemplo: O etileno é um gás que pode polimerizar-se por reacção em cadeia, a temperatura e 
pressão elevadas e em presença de pequenas quantidades de oxigénio gasoso resultando uma 
substância sólida, o polietileno. A polimerização do etileno e outros monómeros pode efectuar-se 
à pressão normal e baixa temperatura mediante catalisadores. Assim, é possível obter polímeros 
com cadeias moleculares de estrutura muito uniforme. 
Na indústria química, muitos polímeros são produzidos através de reacções em cadeia. Nestas 
reacções de polimerização, os radicais livres necessários para iniciar a reacção são produzidos 
por um iniciador que é uma molécula capaz de formar radicais livres a temperaturas 
relativamente baixas. Um exemplo de um iniciador é o peróxido de benzoilo que se decompõe 
com facilidade em radicais fenilo. Os radicais assim formados vão atacar as moléculas do 
monómero dando origem à reacção de polimerização. 
História 
Polímeros são compostos orgânicos e reacções de difícil execução em laboratório, tanto que, até 
a primeira metade do século XIX acreditava-se na chamada Teoria da Força Vital enunciada por 
Berzelius. Até o século passado somente era possível utilizar polímeros produzidos 
naturalmente, pois não havia tecnologia disponível para promover reacções entre os compostos 
de carbono. Isso caracteriza a 1ª fase da história dos polímeros. 
Na 2ª fase WOHLER, discípulo de Berzelius, derruba a teoria da Força Vital. Com essa 
derrubada as pesquisas sobre química orgânica se multiplicam. Em 1883 GOODYEAR descobre 
a vulcanização da borracha natural. Por volta de 1860 já havia a moldagem industrial de plásticos 
naturais reforçados com fibras, como a goma-laca e a gutta-percha. Em 1910 começa a funcionar 
a primeira fábrica de rayon nos E.U.A. e em 1924 surgem as fibras de acetato de celulose. 
Na 3ª Fase, REGNAULT polimeriza o cloreto de vinila com auxílio da luz do sol, EINHORN & 
BISCHOFF descobrem o policarbonato. Esse material só voltou a ser desenvolvido em 1950 e 
finalmente em 1907, BAEKELAND sintetiza resinas de fenol-formaldeído. É o primeiro plástico 
totalmente sintético que surge em escala comercial. 
O período entre 1920 e 1950 foi decisivo para o surgimento dos polímeros modernos. Durante a 
década de 1960 surgem os plásticos de engenharia. Na década de 1980 observa-se um certo 
amadurecimento da Tecnologia dos Polímeros: o ritmo dos desenvolvimentos diminui, enquanto 
se procura aumentar a escala comercial dos avanços conseguidos. 
Finalmente na década de 1990 os catalisadores de metaloceno, reciclagem em grande escala de 
garrafas de PE e PET, biopolímeros, uso em larga escala dos elastómeros termoplásticos e 
plásticos de engenharia. A preocupação com a reciclagem torna-se quase uma obsessão, pois 
dela depende a viabilização comercial dos polímeros. 
 
Características 
As principais e mais importantes características dos polímeros são as mecânicas. Segundo ela os 
polímeros podem ser divididos em termoplásticos, termorrígidos (termofixos) e elastómeros 
(borrachas). 
Termoplásticos: São também chamados plásticos, e são os mais encontrados no mercado. Pode 
ser fundido diversas vezes, alguns podem até dissolver-se em vários solventes. Logo, sua 
reciclagem é possível, característica bastante desejável actualmente. Sob temperatura ambiente, 
podem ser maleáveis, rígidos ou mesmo frágeis. Estrutura molecular: moléculas lineares 
dispostas na forma de cordões soltos, mas agregados, como num novelo de lã. Exemplos: 
polietileno (PE), polipropileno (PP), poli (tereftalato de etileno) (PET), policarbonato (PC), 
poliestireno (PS), poli (cloreto de vinila) (PVC), poli (metilmetacrilato) (PMMA). 
Termorrígidos (termofixos): São rígidos e frágeis, sendo muito estáveis a variações de 
temperatura. Uma vez prontos, não mais se fundem. O aquecimento do polímero acabado 
promove decomposição do material antes de sua fusão, tornando sua reciclagem complicada. 
Estrutura molecular: os cordões estão ligados fisicamente entre si, formando uma rede, presos 
entre si através de numerosas ligações, não se movimentando com tanta liberdade os 
termoplásticos. Pode-se fazer uma analogia com uma rede de malha fina. 
Elastómeros (Borrachas): Classe intermediária entre os termoplásticos e os termorrígidos: não 
são fusíveis, mas apresentam alta elasticidade, não sendo rígidos como os termofixos. 
Reciclagem complicada pela incapacidade de fusão. Estrutura molecular: a estrutura é similar à 
do termorrígido, mas há menor número de ligações entre os "cordões". Como se fosse a rede, 
mas com malhas bem mais largas. 
Polímeros são materiais compostos por macromoléculas. Essas macromoléculas são cadeias 
compostas pela repetição de uma unidade básica, chamada por mero. Daí o nome: poli (muitos) 
+ mero. 
Os meros estão dispostos um após o outro, como pérolas num colar. Uma macromolécula assume 
formato muito semelhante ao de um cordão. 
Logo, pode-se fazer uma analogia: as moléculas de um polímero estão dispostas de uma maneira 
muito semelhantes a um novelo de lã. É difícil extrair um fio de um modelo de lã. Também é 
difícil remover uma molécula de uma porção de plástico, pois as cadeias “seguram-se” entre si. 
Por exemplo, o polietileno (ou, abreviadamente, PE) - plástico extremamente comum usado, por 
exemplo, em saquinhos de leite - é composto pela repetição de milhares de unidades da molécula 
básica do etileno (ou eteno): 
 
onde n normalmente é superior a 10.000. Ou seja, uma molécula de polietileno é constituída da 
repetição de 10.000 ou mais unidades de etileno. 
O parâmetro n é definido como sendo o Grau de Polimerização do polímero, ou seja, o número 
de meros que constitui a macromolécula. 
Vejamos agora a definição formal de polímero: materiais, cujo elemento essencial é constituído 
por ligações moleculares orgânicas, que resultam de síntese artificial ou transformação de 
produtos naturais. 
Alguns polímeros podem ser constituídos da repetição de dois ou mais meros. Neste caso, eles 
são chamados copolímeros. Por exemplo, a macromolécula da borracha sintética SBR é formada 
pela repetição de dois meros: estireno e butadieno. 
Aplicações 
O plástico é um dos materiais que pertence à família dos polímeros, e provavelmente o mais 
popular. É um material cada vez mais dominante em nossa era e o encontramos frequentemente 
em nosso dia a dia. 
Por exemplo: 
Por que há baldes em plástico e não de chapa metálica ou madeira, como antigamente? Resposta: 
O plástico é mais leve que os outros materiais. Os compósitos poliméricos são usados em 
aplicações estruturais devido à uma combinação favorável de baixa massa específica e 
desempenho mecânico elevado. Para que carregar um pesado balde metálico se o plástico torna o 
balde leve e estável o suficiente para transportar água? 
Por que os fios eléctricos são revestidos de plástico e não mais de porcelana ou tecidoisolante, 
como antigamente? Resposta: O revestimento plástico é mais flexível que a porcelana. Também 
é bem mais robusto e resistente às intempéries do que os tecidos. E tudo isso sem prejudicar o 
isolamento eléctrico que é absolutamente vital neste caso. 
Por que as geladeiras são revestidas internamente com plástico? Resposta: O plástico é robusto o 
suficiente e é um óptimo isolante térmico, exigindo menor esforço do compressor para manter os 
alimentos congelados. 
Por que o CD é feito de plástico? Resposta: O plástico utilizado neste caso – policarbonato (ou, 
abreviadamente, PC) - é tão transparente quanto o vidro, ao mesmo tempo que é mais leve e é 
bem menos frágil. 
Exemplos 
Polímeros termoplásticos 
PC - Policarbonato 
Aplicações: Cd´s, garrafas, recipientes para filtros, componentes de interiores de aviões, 
coberturas translúcidas, divisórias, vitrines, etc. 
PU – Poliuretano 
Aplicações: Esquadrias, chapas, revestimentos, molduras, filmes, estofamento de automóveis, 
em móveis, isolamento térmico em roupas impermeáveis, isolamento em refrigeradores 
industriais e domésticos, polias e correias. 
PVC - Rígido 
Aplicações: Telhas translúcidas, portas sanfonadas, divisórias, persianas, perfis, tubos e 
conexões para esgoto e ventilação, esquadrias, molduras para teto e parede. 
PS - Poliestireno 
Aplicações: Grades de ar condicionado, gaiútas de barcos (imitação de vidro), peças de máquinas 
e de automóveis, fabricação de gavetas de geladeira, brinquedos, isolante térmico, matéria-prima 
do isopor. 
PP - Polipropileno 
Aplicações: Brinquedos; Recipientes para alimentos, remédios, produtos químicos; Carcaças 
para electrodomésticos; Fibras; Sacarias (ráfia); Filmes orientados; Tubos para cargas de canetas 
esferográficas; Carpetes; Seringas de injecção; Material hospitalar esterilizava; Auto-peças 
(pára-choques, pedais, carcaças de baterias, lanternas, ventoinhas, ventiladores, peças diversas no 
habitáculo); Peças para máquinas de lavar. 
Polímeros termorrígidos (termofixos) 
Baquelite: usada em tomadas e no embutimento de amostras metalográficas. 
Poliéster: usado em carroceiras, caixas da água, piscinas, etc., na forma de plástico reforçado 
(fiberglass). 
Elastómeros (borrachas) 
Aplicações: pneus, vedações, mangueiras de borracha. 
 
 
Reciclagem 
Alguns polímeros, como termorrígidos e borrachas, não podem ser reciclados de forma directa, 
pois não existe uma forma de refundí-los ou de polimerizá-los. Na maioria das vezes a 
reciclagem de termoplásticos não é economicamente viável devido ao seu baixo preço e baixa 
densidade. Somente plásticos consumidos em massa, como o PE e PET, apresentam bom 
potencial económico. Outro problema é o fato dos plásticos reciclados serem encarados como 
material de segunda classe. Quando a reciclagem não é possível a alternativa é queimar os 
plásticos, transformando-os em energia. Porém os que apresentam halogânio, como o PVC e o 
PTFE, geram gases tóxicos na queima. Para que isso não ocorra esse material deve ser 
encaminhado para de halogenação antes da queima. 
 2- CLASSIFICAÇÃO DOS POLÍMEROS 
 2.1) Quanto à ocorrência: 
 Naturais - São polímeros que já existem normalmente na natureza. Dentre os mais 
importantes estão os carboidratos (celulose, amido, glicogénio etc), as proteínas (existente em 
todos os seres vivos) e os ácidos nucléicos (existentes no núcleo das células vivas e responsáveis 
pelas características genéticas dos seres vivos). 
 Sintéticos - São polímeros fabricados pelo homem, a partir de moléculas simples. Dentre 
eles estão o nylon, o polietileno, o PVC etc. No sector de fibras têxteis, além de falarmos em 
fibras naturais (algodão, seda, juta etc) e artificiais (naylon, poliéster etc), falamos também em 
fibras artificiais ou modificadas, como, por exemplo, o rayon. A fabricação do rayon já parte de 
uma macromolécula, que são as fibras naturais do algodão; a seguir, por meio de várias reacções 
químicas, purifica-se a macromolécula e no final faz-se uma nova fiação. Resultam então fios e 
fibras de composição química idêntica à macromolécula inicial, porém, de muito melhor 
qualidade, que constituem o rayon. 
 2.2) Quanto à natureza da cadeia: 
 Polímero de cadeia homogénea - Quando o esqueleto da cadeia é formada apenas por 
átomos de carbono. 
 Polímero de cadeia heterogénea - Quando no esqueleto da cadeia existe átomos 
diferentes de carbono (heteroátomos). 
 2.3) Quanto à disposição espacial dos monómeros: 
 Polímero Tático - Quando as unidades monoméricas dispõem-se ao longo da cadeia 
polimérica segundo certa ordem, ou seja, de maneira organizada. Os polímeros táticos podem 
ainda ser divididos em isotáticos e sindiotáticos. Nos polímeros isotáticos, os monómeros 
distribuem-se ao longo da cadeia de tal modo que unidades sucessivas, após rotação e translação, 
podem ser exactamente superpostas. Nos polímeros sindiotáticos, a rotação e translação de uma 
unidade monomérica, em relação à seguinte, reproduz a imagem especular desta última. 
 Polímero Atático - Quando as unidades monoméricas dispõem-se ao longo da cadeia 
polimérica ao caso, ou seja, de maneira desordenada. 
 
 
2.4) Quanto à estrutura final do polímero: 
 Polímero linear - Quando a macromolécula é um encadeamento linear de átomos. 
Ex: polietileno: ...(-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-)... 
 Mesmo que a cadeia apresente ramificações (desde que a ramificação não ligue uma cadeia à outra 
vizinha) o polímero continua sendo considerado linear. 
Ex: borracha sintética (neopreno). 
...[-CH2-C(CH3)=CH-CH2-CH2-C(CH3)=CH-]... 
Os polímeros lineares dão origem a materiais termoplásticos, isto é, plásticos que podem ser 
amolecidos pelo calor quantas vezes quisermos e, ao resfriarem, voltam a apresentar as mesmas 
propriedades iniciais. 
 Polímero tridimensional - Quando a macromolécula se desenvolve em todas as direcções, 
isto é, há ligações entre cadeias adjacentes, através de átomos localizados ao longo da cadeia. 
Esses polímeros dão origem a materiais termofixos ou materiais termoendurecentes. No 
primeiro caso, pelo menos a última fase de produção da macromolécula deve ser feita 
simultaneamente com a modelagem do objecto desejado, pois uma vez prontos, esses polímeros 
não podem ser novamente amolecidos pelo calor (um aquecimento excessivo causará a 
decomposição até a queima do material mas nunca seu amolecimento) e consequentemente, 
esses polímeros não podem ser reaproveitados industrialmente na moldagem de novos objectos. 
Os polímeros termoendurecentes, quando prontos, só podem ser fundidos uma vez, pois, durante 
a fusão, as moléculas reagem entre si, aumentando a massa molecular do polímero e este, 
endurecendo, torna-se insolúvel e infusível. 
 3- As reacções de polimerização 
Polímeros são macromoléculas formadas a partir de moléculas menores - os monómeros. O 
processo de transformação desses monómeros, formando o polímero, é chamado polimerização. 
A massa molecular de um polímero varia muito, sendo que em uma porção de material 
polimerizado existem moléculas maiores e menores; daí falamos sempre em massa molecular 
média. Ex: Celulose: (C6H10O5)n onde n varia de aproximadamente 1500 a 300 Polietileno: 
(CH2CH2)n onde n varia de aproximadamente 2000 a 100 000. 
Na fabricação de um polímero, a substância inicial constitui o monómero, e sua repetição 2, 3, ..., 
n vezes dá origem ao dímero, trímero, ..., polímero. Teoricamente a reação de polimerização 
pode prosseguir infinitamente, dando origem a uma molécula de massa molecular infinita. 
Fatores práticos, no entanto, limitam a continuação da reacção. A ligação entre os monómeros é 
feita através de pontos reactivos, isto é, átomos ou grupos de átomos do monómero, capazes de 
efectuar uma nova ligação química, seja pelo rompimento de insaturaçõesou pela eliminação de 
moléculas simples (H2O, NH3 etc). Se existirem três ou mais pontos reactivos no monómero, o 
polímero será tridimensional. 
 
 É possível romper a estrutura de um polímero por meio de agentes físicos ou químicos, 
reduzindo o seu grau de polimerização. A celulose, por exemplo, quando tratada a quente com 
uma solução ácida, tem rompida sua ponte de oxigénio (ligação -O-). Quando a 
despolimerização atinge seu limite máximo, o polímero natural reduz-se ao monómero 
glicosídico que lhe deu origem. 
 
Os polímeros podem também ser classificados pelo tipo de reacção que lhe deu origem. Vamos 
tratar essa classificação separadamente e com mais detalhes, por ser a mais importante delas. 
 3.1) Polímeros de Adição: 
 Esse tipo de polímero é formado pela adição de moléculas de um só monómero. 
 a) Polímeros vinílicos - Quando o monómero inicial tem o esqueleto C=C, que lembra o 
radical vinila. 
• Polietileno: É obtido a partir do etileno (eteno). Possui alta resistência à 
humidade e ao ataque químico, mas tem baixa resistência mecânica. O polietileno 
é um dos polímeros mais usados pela indústria, sendo muito empregado na 
fabricação de folhas (toalhas, cortinas, envólucros, embalagens etc), recipientes 
(sacos, garrafas, baldes etc), canos plásticos, brinquedos infantis, no isolamento 
de fios elétricos etc. 
 
• Polipropileno: É obtido a partir do propileno (propeno), sendo mais duro e 
resistente ao calor, quando comparado com o polietileno. É muito usado na 
fabricação de artigos moldados e fibras. 
 
• Poliisobuteno: É obtido a partir do isobuteno (isobutileno). Constitui um tipo de 
borracha sintética denominada borracha butílica, muito usada na fabricação de 
"câmaras de ar" para pneus. 
 
• Poliestireno: É obtido a partir do estireno (vinil-benzeno). Esse polímero também 
se presta muito bem à fabricação de artigos moldados como pratos, copos, xícaras 
etc. É bastante transparente, bom isolante eléctrico e resistente a ataques 
químicos, embora amoleça pela acção de hidrocarbonetos. Com a injecção de 
gases no sistema, a quente, durante a produção do polímero, ele se expande e dá 
origem ao isopor. 
 
• Cloreto de Polivinila (PVC): É obtido a partir do cloreto de vinila. O PVC é 
duro e tem boa resistência térmica e eléctrica. Com ele são fabricadas caixas, 
telhas etc. Com plastificantes, o PVC torna-se mais mole, prestando-se então para 
a fabricação de tubos flexíveis, luvas, sapatos, "couro-plástico" (usado no 
revestimento de estofados, automóveis etc), fitas de vedação etc. 
 
• Acetato de Polivinila (PVA): É obtido a partir do acetato de vinila. É muito 
usado na produção de tintas à base de água (tintas vinílicas), de adesivos e de 
gomas de mascar. 
 
• Politetrafluoretileno ou Teflon: É obtido a partir do tetrafluoretileno. É o 
plástico que melhor resiste ao calor e à corrosão por agentes químicos; por isso, 
apesar de ser caro, ele é muito utilizado em encanamentos, válvulas, registros, 
panelas domésticas, próteses, isolamentos eléctricos, antenas parabólicas, 
revestimentos para equipamentos químicos etc. A pressão necessária para 
produzir o teflon é de cerca de 50 000 atmosferas. 
 
b) Polímeros acrílicos - Quando o monómero inicial tem o esqueleto do ácido acrílico: 
H2C=C(CH3)-COOCH3. 
• Polimetacrilato: É obtido a partir do metacrilato de metila (metil-acrilato de 
metila). Este plástico é muito resistente e possui óptimas qualidades ópticas, e por 
isso é muito usado como "vidro plástico", conhecido como plexiglas ou lucite. É 
muito empregado na fabricação de lentes para óculos infantis, frente às telas dos 
televisores, em pára-brisas de aviões, nos "vidros-bolhas" de automóveis etc. 
Normalmente o plexiglas é transparente, mas pode ser colorido pela adição de 
outras substâncias. 
 
• Poliacrilonitrila: É obtido a partir da nitrila do ácido acrílico (acrilonitrila). É 
usado essencialmente como fibra têxtil - sua fiação com algodão, lã ou seda 
produz vários tecidos conhecidos comercialmente como orlon, acrilan e dralon, 
respectivamente, muito empregados especialmente para roupas de inverno. 
 
 c) Polímeros diênicos - Quando o monómero inicial tem o esqueleto de um dieno 
conjugado, C=C-C=C. Esses polímeros constituem as borrachas sintéticas. 
• Polibutadieno ou Buna: É obtido a partir do 1,3-butadieno (eritreno), por 
adicções 1,4. Este polímero constitui uma borracha sintética não totalmente 
satisfatória, e por esse motivo o 1,3-butadieno costuma ser copolimerizado com 
outras substâncias, como veremos mais adiante. 
 
• Poliisopreno: É obtido a partir do metil-butadieno-1,3 (isopreno). Este polímero 
possui a mesma fórmula da borracha natural (látex) e é muito empregado na 
fabricação de carcaças de pneus. 
 
• Policloropreno ou Neopreno: É obtido a partir do 2-cloro-butadieno-1,3 
(cloropreno). O neopreno é uma borracha sintética de óptima qualidade: resiste 
muito bem a tensões mecânicas, aos agentes atmosféricos e aos solventes 
orgânicos. É também empregado na fabricação de juntas, tubos flexíveis e no 
revestimento de materiais eléctricos. 
 
 
 3.2) Copolímeros: 
 Esses polímeros são formados a partir de dois ou mais monómeros diferentes. 
http://www.geocities.com/Vienna/Choir/9201/reacoes_dos_dienos.htm#1
• Saran: É obtido a partir do cloroetano (cloreto de vinila) e do 1,1-dicloroeteno. É 
um polímero muito resistente aos agentes atmosféricos e aos solventes orgânicos, 
sendo empregado na fabricação de tubos plásticos para estofados de automóveis, 
folhas para invólucros de alimentos etc. 
 
• Buna-S, Borracha GRS ou Borracha SBR: É obtido a partir do estireno e do 
1,3-butadieno, tendo o sódio metálico como catalisador. Essa borracha é muito 
resistente ao atrito, e por isso é muito usada nas "bandas de rodagem" dos pneus. 
 
• Buna-N ou Perbunam: É obtido a partir da acrilonitrila e do 1,3-butadieno. É 
uma borracha muito resistente aos óleos minerais, e por isso é muito empregada 
na fabricação de tubos para conduzir óleos lubrificantes em máquinas, automóveis 
etc. 
 
• Poliuretana: É obtido a partir do diisocianato de parafenileno e do etilenoglicol 
(1,2-etanodiol). Possui resistência à abrasão e ao calor, sendo utilizado em 
isolamentos revestimento interno de roupas, aglutinantes de combustível de 
foguetes e em pranchas de surfe. Quando expandido a quente por meio de 
injecção de gases, forma uma espuma cuja dureza pode ser controlada conforme o 
uso que se quiser dar a ela. Veja o mecanismo da síntese da poliuretana e como 
efectuar essa reacção em laboratório. 
 
 3.3) Polímeros de Condensação: 
 Esses polímeros são formados a partir de monómeros iguais ou diferentes, havendo 
eliminação de moléculas simples (H2O, NH3 etc). 
• Polifenol ou Baquelite: É obtido pela condensação do fenol com o formaldeído 
(metanal). No primeiro estágio da reacção, forma-se um polímero 
predominantemente linear, de massa molecular relativamente baixa, conhecido 
como novolae. Ele é usado na fabricação de tintas, vernizes e colas para madeira. 
A reacção, no entanto, pode prosseguir, dando origem à baquelite, que é um 
polímero tridimensional. A baquelite é o mais antigo polímero de uso industrial 
(1909) e se presta muito bem à fabricação de objectos moldados, tais como cabos 
de panelas, tomadas, plugues etc. 
 
• Polímero uréia-formaldeído: É um polímero tridimensional obtido a partir da 
uréia e do formaldeído. Quando puro é transparente, e foi por isso usado como o 
primeiro tipo de vidro plástico. No entanto, ele acaba se tornando opaco e 
http://www.geocities.com/Vienna/Choir/9201/sinteses_organicas.htm#5
rachando com o tempo. Este defeito pode ser evitado pela adição de celulose, mas 
ele perde sua transparência, sendo então utilizado na fabricação de objectos 
translúcidos. Esse polímero é também usado em vernizese resinas, na 
impregnação de papéis. As resinas fenol-formaldeído e uréia-formaldeído são 
usadas na fabricação da fórmica. 
 
• Polímero melamina-fomaldeído ou Melmae: É de estrutura semelhante à 
anterior, porém, trocando-se a uréia pela melamina (veja a estrutura abaixo). Foi 
muito utilizada na fabricação dos discos musicais antigos. 
 
• Poliésteres: Resultam da condensação de poliácidos (ou também seus anidridos e 
ésteres) com poliálcoois. Um dos poliésteres mais simples e mais importantes é 
obtido pela reacção do éster metílico do ácido tereftálico com etileno-glicol. É 
usado como fibra têxtil e recebe os nomes de terilene ou dacron. Em mistura com 
outras fibras (algodão, lã, seda etc) constitui o tergal. 
 
Outro poliéster importante é o gliptal, obtido pela reacção entre o anidrido ftálico e a glicerina e 
muito usado na fabricação de tintas secativas ou não. Os poliésteres também são utilizados na 
fabricação de linhas de pesca, massas para reparos, laminados, filmes etc. 
 
• Poliamidas ou Nylons: Estes polímeros são obtidos pela polimerização de 
diaminas com ácidos dicarboxílicos. Os nylons são plásticos duros e têm grande 
resistência mecânica. São moldados em forma de engrenagens e outras peças de 
máquinas, em forma de fios e também se prestam à fabricação de cordas, tecidos, 
garrafas, linhas de pesca etc. O mais comum é o nylon-66, resultante da reacção 
entre a hexametilenodiamina (1,6-diamino-hexano) com o ácido adípico (ácido 
hexanodióico). 
 
 Outros importantes são o nylon-6 ou perlon, obtido por aquecimento da caprolactama, e o 
nylon-10, obtido pela condensação de um aminoácido, o ácido 11-amino undecanóico. 
 
Por/: Eduardo Priceiro, MSc. 2021

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