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Direitos Humanos

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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS DIREITOS HUMANOS:
A noção de direitos humanos foi moldada ao longo dos últimos três milênios da civilização.
· Código de Ur-Nammmu cerca de 2040 a.C na Suméria, tinha o principio da reparabilidade dos atualmente chamados “danos morais” (em dinheiro)
· ** Código de Hamurabi, século XVIII a.C, para disciplinar a vida em sociedade Assírio, Babilonica. Este tinha penas cruéis, mas para a sua época foi a primeira norma criada. Três classes sociais do código de Hamurabi: 
1ª “Filho do Homem” – Se descumprissem as regras eram aplicadas penas pecuniárias (R$).
2ª “Cidadão Livre” – Classe intermediaria: se violassem as normas, ora teriam penas reparatórias pecuniárias, ora teria penas capitais.
3ª “Escravo marcado” – penas cruéis e de morte habitualmente.
Nesse código, quanto às leis criminais, vigorava a pena de morte, seja na fogueira, na forca, seja por afogamento ou empalação. A mutilação era infligida de acordo com a natureza da ofensa.
· ** A Lei das 12 tábuas, 450 a.C: conjunto de regras da vida do povo romano. Foram 12 peças de madeiras colocadas em frente ao fórum romano para que todas as pessoas pudessem vê-las. Aqui nasce o princípio da publicidade das normas. Foi uma das primeiras leis que ditavam normas eliminando as diferenças de classe – aqui nasceu o principio de igualdade entre todos os habitantes. O rei Justiniano reuniu e publicou essas regras e estas influenciaram o direito moderno. Tratavam de direito processual, de família, sucessório. Tem importância na história.
· A mágna carta de 1215, após uma seqüência de fracassos o rei João que era absoluto, se viu obrigado a assinar um documento delegando poderes. O rei se torna submisso à lei. Nesta prevê alguns princípios, dentre eles o da supremacia da justiça, o do devido processo legal, a ninguém será negado o direito a justiça, trouxe o direito a habeas corpus, liberdade religiosa.
· Tratados de Westfaler (1648): foram muito importantes para os direitos humanos, pois houve pela primeira vez na historia a concepção de Estado Moderno, trouxe ainda o conceito de soberania, até então inexistente.
· A Lei de Habeas Corpus de 1679.
· BILL OF RIGTHS – A declaração de direito de 1689, é um documento feito na Inglaterra pelo Parlamento que repetiu os direitos da Carta Magna e incrementou outros, como a previsão de independência do parlamento, determinou entre outras coisas, a liberdade, a vida e a propriedade privada, assegurando o poder do parlamento na Inglaterra. Essa declaração eliminava a censura política. Aqui nasce a divisão dos poderes!
· Declaração de Direitos do Povo da Virgínia (1776), declaração de direitos formulada pelos representantes do bom povo de Virgínia, reunidos em assembléia geral e livre; direitos que pertencem a eles e a sua posterioridade, como fundamento do governo. Primeiro documento a manifestar princípios democráticos, soberania popular, direitos inerentes a todo ser humano. Todo poder emana do povo!
I – que todos os homens, são por natureza, igualmente livres e independentes, e tem certos direitos inatos, dos quais quando entram em estado de sociedade, não podem [...].
II – que todo poder é inerente ao povo e, conseqüentemente, dele procede.
III – O poder é instituído, ou deveria sê-lo, para proveito comum, proteção e segurança do povo, [...].
· Declaração da Independência dos Estados Unidos, foi inscrita por Tomas Gefferson e aprovada pelo parlamento. Foi inspiração para os Direitos Humanos em todo o mundo. Traz a previsão dos Direitos Naturais.
“Consideramos estas verdades como auto evidentes, que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão vida, liberdade e busca da felicidade”.
· Constituição dos Estados Unidos: foi discutida e aprovada pela convenção constitucional de Filadélfia, na Pensilvânia entre 25 de maio e 17 de setembro de 1787. Introdução do sistema presidencialista (eleições e mandatos de 4 anos). Aqui o povo delega poder aos representantes! Institui ainda o Poder Judiciário.
· Revolução Francesa: foi um período de intensa agitação política e social na França; a sociedade francesa passou por uma transformação épica, quando privilégios feudais, aristocráticos e religiosos evaporaram-se sob um ataque sustentado de grupos políticos radicais de esquerda. Quebra da Bastilha. Lema: Liberdade, Igualdade e Fraternidade! Surge aqui a 
· Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão: proclamada pela assembléia nacional constituinte em 26 de agosto de 1789, cujos principais pontos eram: 
I – O respeito pela dignidade das pessoas
II – direito a propriedade individual
III – direito de resistência a opressão política
IV – Liberdade de pensamento e opinião
V – Inicio do Estado Laico
VI – princípio da legalidade
· Constituição Francesa: em 1791 foi concluída pelos membros da assembléia constituinte; fim dos privilégios do clero e nobreza; igualdade jurídica entre os indivíduos; liberdade de produção e de comercio; liberdade de crença; proibição de greve; separação do Estado da Igreja; Criação dos três poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário);
· Após a 1ª Guerra Mundial surgem:
· Tratado de Versalhes: foi um tratado de paz que determinou os termos de paz na Europa pondo fim oficialmente a 1ª Guerra mundial. A data de sua assinatura é 28 de junho de 1919 na cidade de Versalhes, antiga residência do monarca da França. Além do acordo de paz esse documento abordava a criação da Liga das Nações, organização destinada a promover a paz e a prevenir conflitos entre seus membros. 
· OIT – Organização Internacional do Trabalho: foi criada pela Conferência de Paz após a 1ª Guerra. A sua constituição converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes. Sua criação se baseou nos seguintes princípios: humanitários (condições injustas e degradantes dos trabalhadores); políticos; econômicos.
· Constituição Mexicana (1917) e Constituição Alemã (1919): importante porque elegeram e elevaram a mesma condição de direitos fundamentais, os interesses trabalhistas e previdenciários.
· Liga das Nações ou Sociedades das Nações: organização internacional idealizada em 28 de abril de 1919 em Versalhes, nos subúrbios de Paris, onde as potências vencedoras da 1ª Guerra Mundial se reuniram para negociar um acordo de paz. Sua última reunião ocorreu em abril de 1946, sendo já o fim da 2ª Guerra Mundial, portanto a liga das Nações não foi efetiva, porque seu objetivo inicial era prevenir uma 2ª guerra. Aqui transferiram as responsabilidades para a recém criada ONU.
· Após a 2ª Guerra Mundial surgem:
· A ONU: Em 25 de abril de 1945 na cidade de São Francisco foi criada a Organização das Nações Unidas – ONU com a presença de 50 países. O documento que criou a ONU foi a Carta das Nações Unidas. Essa carta é a Lei que regula a ONU. Esta foi muito importante para a promoção dos Direitos Humanos.
TRATADOS INTERNACIONAIS: quando os Estados Nacionais e as organizações Internacionais estipulam direitos e obrigações entre si. Um Estado pode, ao ratificar um tratado, formular reservas a ele, indicando que, embora consinta em se comprometer com a maior parte das disposições, não concorda com se comprometer com certas disposições. No entanto, uma reserva não pode derrotar o objeto e o propósito do tratado.
 São eles: 
· Convenção para a Repressão e Prevenção do Crime de Genocídio de 1948: foi o 1º tratado internacional sobre os direitos humanos; seu motivador foi às atrocidades cometidas na 2º guerra mundial, principalmente os genocídios contra judeus. Entende por genocídio qualquer dos seguintes atos, cometidos com a intenção de destruir no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, tal como: assassinato de membros do grupo; dano grave a integridade física ou mental de membros do grupo; submissão intencional do grupo a condições de existência que lhe ocasionem a destruição física total ou parcial; medidas destinadas a impedir o nascimento no seio do grupo familiar; transferência forçada de crianças de um grupo para outro grupo; 
· DeclaraçãoUniversal dos Direitos Humanos (1948): presença das três dimensões dos direitos humanos – as liberdades públicas, os direitos econômicos e sociais e os direitos de fraternidade ou solidariedade. Porém, a Declaração não teve força de tratado, e sim apenas uma recomendação, não havendo penas ou sansões caso houvesse descumprimento de seus artigos. Então os Estados criaram dois tratados com o objetivo de promover a executoriedade da Declaração Universal dos Direitos Humanos, são eles:
· ***O Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, aprovado em 1966: reconhece inúmeros direitos da Declaração Universal, com maior detalhamento e aumentou o elenco. Ele é suplementar, ou seja, o Pacto não substitui a legislação local, ele só age quando não há mais chance de resolução interna do problema. No Brasil esse pacto só foi incorporado 26 anos depois, em 1992 pelo presidente Fernando Collor de Melo. Através desse Pacto criou-se o Comitê dos Direitos Humanos. Esse pacto estabelece direitos dos indivíduos como a vida, integridade física e psíquica, direito a liberdade, direito de votar e ser votado, de locomover-se, entre outros. Tem efeito imediato!
· Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais: esse pacto estabelece direitos e deveres dos Estados; (referentes a trabalho, emprego, direito de greve, assistência social e previdência, proibição do trabalho infantil, direito a educação e cultura. entre outros) Esse pacto tem uma clausula de proibição do retrocesso social. Esses direitos seriam incorporados de forma progressiva. Direitos Humanos de 2ª Geração! 
· Convenção Internacional sobre a eliminação de todas as formas de discriminação racial de 1965: surgiu a partir do ingresso de 19 países africanos na ONU; Essa convenção assinala a intolerância sobre qualquer doutrina que defenda a superioridade baseada na raça. Ela instituiu o Comitê sobre a Eliminação da Discriminação Racial.
· Convenção para Eliminação de todas as formas de discriminação contra as mulheres, 1979: começou a ser idealizado em 1975 no ano internacional da mulher e na conferencia mundial da mulher nesse mesmo ano, vindo a ser aprovado em 1979. Estabeleceu o Comitê sobre a eliminação da discriminação contra a mulher. Em 1999 foi adotado o protocolo adicional a convenção, sendo definido que quando as mulheres não têm suas questões resolvidas em âmbito nacional podem recorrer ao Comitê. O Brasil ratificou em 1984 com algumas reservas (exceções) e em 1994 retirou as reservas. Quanto ao protocolo adicional o Brasil se tornou parte em 2002. Essa convenção considera “Discriminação contra as mulheres”, toda distinção, exclusão ou restrição fundada no sexo...
· Convenção sobre os direitos da Criança: aprovado em 1989, só entrou em vigor um ano depois em 1990; no mesmo a no foi acolhida pelo Brasil; O ECA veio antes do Tratado, pois foi promulgado em 13 de julho de 1990. Hoje pertencem a essa convenção 193 Estados, não ratificada somente pelos Estados Unidos e Somália. É a convenção com maior abrangência. Ela tem caráter de Lei Internacional, portanto, sua aplicação é obrigatória, não podendo ser discutidas pelos Estados signatários. Abrange crianças e adolescentes menores de 18 anos. Quatro princípios gerais permeiam essa convenção: a proibição da discriminação; o direito a vida e ao desenvolvimento ideal; o direito à participação; a orientação ao melhor bem-estar da criança. Em 1991 foi criado o Comitê para os direitos da criança com a função de monitorar a Convenção. Há 3 protocolos facultativos à Convenção, um sobre vendas de crianças, prostituição e pornografia; outro sobre situações de crianças em conflitos armados; e o terceiro que prevê um mecanismo de denúncias particulares a serem apreciadas pelo Comitê. Os dois primeiros documentos já foram ratificados pelo Brasil.
· Convenção Contra a Tortura, 1984: obriga os Estados-partes a tomar medidas eficientes para impedir a tortura, nem mesmo em casos e situações excepcionais como guerra ou ameaça. É proibida totalmente, ou seja, em nenhuma hipótese. O Brasil aderiu a essa Convenção em 1989. O termo “tortura” designa qualquer ato pelo qual uma violenta dor ou sofrimento, físico ou mental, é infligido intencionalmente a uma pessoa. Em 2007 o Brasil ratificou o Protocolo Facultativo à Convenção contra a Tortura e Outros Tratamentos e penas cruéis, desumano ou Degradantes e lançou o Plano Nacional de Ação para Prevenir a Tortura.
· Estatuto de Roma, 1998: é um tratado que instituiu o TPI – Tribunal Penal Internacional. Dispõem sobre a criação do tribunal com jurisdição sobre as pessoas responsáveis pelos crimes de maior gravidade com alcance internacional, é complementar as legislações dos Estados. É um tribunal de última instancia que só age se houver recusa de autoridades nacionais de ingressar processo judicial. Para que o TPI fosse criado era necessário que no mínimo 60 países ratificassem o Estatuto. Este quorum foi atingido em 11 de abril de 2002, numa cerimônia da ONU, sendo que 10 países assinaram o Estatuto simultaneamente. Em 1º de julho de 2002 o Estatuto entrou em vigor. O TPI começou suas atividades em 2003. Ele não julga Estados, somente pessoas. Ele é composto por 18 juízes e está localizado em Haia na Holanda. Ele julga os seguintes crimes: crime de genocídio; crimes contra a humanidade; crimes de guerra; o crime de agressão. O Brasil aderiu ao Estatuto em 2002. 
· Convenção Internacional para a proteção de todas as pessoas contra os desaparecimentos forçados: foi baseada na declaração para a proteção de todas as pessoas contra desaparecimentos forçados, adotada em 1992 pela Assembléia da ONU. Todo o ato de desaparecimento forçado constitui um ultraje à dignidade humana, é uma violação grave dos direitos humanos. A Convenção foi adotada pela ONU em 2006. Em 2010 o Tratado entrou em vigor após a vigésima ratificação. Instituiu o Comitê de desaparecimento forçado e os mecanismos de comunicação por parte de particulares ou Estados. A convenção define que a disseminação ou prática do desaparecimento forçado constitui crime contra a humanidade. É vitima de um desaparecimento forçado, tanto a pessoa desaparecida, quanto todo individuo que tiver sofrido dano como resultado direto de um desaparecimento forçado.
· Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência: é um tratado internacional de direitos humanos, aprovado na Assembléia Geral da ONU em 13 de dezembro de 2006 e assinado pelo Brasil em 2007, entrou em vigor, juntamente com seu protocolo facultativo em 2008 após ter sido ratificado por 20 países. O decreto nº. 6.949 de 25 de agosto de 2009 promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu protocolo facultativo, assinados em Nova York em 2007. Este Decreto tem força de emenda constitucional, pois passou pelos córuns nas duas casas legislativas. O objetivo dessa convenção é Promover, proteger e assegurar o exercício pleno e equitativo de todos os direitos e liberdades fundamentais por pessoas com deficiência, bem como promover o respeito pela sua dignidade. Definição de Pessoas com Deficiência “pessoas com deficiências físicas, psíquicas, mentais ou sensoriais, que em conjunto com diversas barreiras, podem impedir a participação plena e igualitária com outros na sociedade. Os Estados partes se comprometem a: adotar todas as medidas legislativas, administrativas e de qualquer outra natureza, necessárias para a realização dos direitos reconhecidos na presente convenção; adotar todas as medidas necessárias, inclusive legislativas para modificar ou revogar leis, regulamentos, costumes e práticas vigentes, que constituírem discriminação contra pessoas com deficiência; levar em conta, em todos os programas e políticas, a proteção e a promoção dos direitos humanos das pessoas com deficiência; tomar todas as medidas apropriadas para eliminar a discriminação baseada em deficiência, por parte de qualquer pessoa, organização ou empresa privada; realizar ou promover a pesquisa e o desenvolvimento de produtos, serviços, equipamentose instalações com desenho universal, que exijam o mínimo possível de adaptação e cujo custo seja o mínimo possível, destinados a atender as necessidades especificas das pessoas com deficiência; realizar ou promover a pesquisa e o desenvolvimento, bem como a disponibilidade e o emprego de novas tecnologias, inclusive as tecnologias de informação e comunicação, ajudas técnicas para locomoção, dispositivos e tecnologias assistivas, adequados as pessoas com deficiência, priorizando as de custo acessível; propriciar informação acessível as pessoas com deficiência; promover a capacitação em relação aos direitos reconhecidos pela convenção; Através do Protocolo facultativo o comitê recebe as denúncias de pessoas ou grupos, desde que identificados, ou seja, eles não recebem denúncia anônima, sendo fundamentada em provas e só pode ser feita após esgotados todos os mecanismos internos de recursos do país de origem, ou se houve uma demora injustificada ou não resolvida pelo país.
· Convenção Americana sobre direitos humanos ou Pacto de San José da Costa Rica: assinada em 1969, mas só entrou em vigor em julho de 1978 este pacto promoveu reformas profundas no mecanismo de proteção dos direitos individuais criados pela OEA – Organização dos Estados Americanos. A Comissão e a Corte Interamericanas de Direitos Humanos tornaram-se os principais responsáveis pelo funcionamento do sistema interamericano. Essa Corte foi criada em 1969 pelo Pacto de San José da Costa Rica. Duas importantes nações não se submeteram a Convenção Americana, são eles: Estados Unidos e Canadá. O Brasil assinou e ratificou o tratado em 1992. Aqui no Brasil ele é supra legal, ou seja, acima da lei e abaixo da Constituição, portanto não tem força constitucional, porque não foi aprovado pelas casas legislativas. Esse Pacto assegura a um catalogo de direitos civis e políticos (direitos de 1ª geração), ele não enuncia de forma específica nenhum direito social, cultural ou econômico (direitos de 2ª geração), e somente em 19888 com a adoção de um protocolo adicional (Pacto de San Salvador) passou a constar tais direitos. No Pacto os direitos de 1ª geração devem ter aplicação imediata. E os de 2ª geração devem ter aplicação progressiva.
A Convenção estabelece os deveres dos Estados de respeitar as liberdades e direitos reconhecidos e de garantir o livre gozo e exercício desses direitos, criando assim para os Estados deveres negativos e deveres positivos. A Convenção elenca os direitos ao reconhecimento da personalidade jurídica, direito a vida desde o momento da concepção, a integridade pessoal, a proibição da escravidão, a liberdade pessoal, as garantias judiciais, a legalidade e irretroatividade das leis, a indenização por erro judiciário, a proteção da honra e da dignidade, a liberdade de consciência e religião, de pensamento e expressão e de retificação ou resposta, o direito de reunião e associação, os direitos à proteção da família, direito do nome e direito da criança, o direito à nacionalidade, à propriedade privada, de circulação e residência, direitos políticos, de igualdade perante a lei, de proteção judicial, proibição de expulsão coletiva de estrangeiros. Dentro do Pacto está prevista a proibição da tortura. O Protocolo adicional sendo o pacto de San Salvador que trouxe os direitos de 2ª geração (direitos sociais, culturais e econômicos), e o Protocolo adicional relativo à Abolição da Pena de Morte ou conhecido como Protocolo de Assunção, pois foi promulgado em Assunção no Paraguai em 1990. Este protocolo foi ratificado pelo Brasil em 1998, com a reserva (exceção) de pena de morte em caso de crime de guerra.
O Pacto de San José da Costa Rica prevê que não se pode restabelecer a pena de morte nos Estados que a hajam abolido. Bem como, não se pode impor pena de morte para menores de 18 anos, maiores de 70 anos e a mulher gestante. Nem aplicada para crimes políticos. No Pacto as penas privativas de liberdade devem ter por finalidade essencial a reforma e a readaptação social dos condenados (ressocialização). Prevê a separação do julgamento e cumprimento de pena de adultos e adolescentes. Prevê que toda pessoa privada da liberdade tem direito a recorrer a um juiz ou tribunal competente, a fim de que este decida, sem demora (principio da celeridade). Proíbe a escravidão e servidão.
A Convenção Americana estabelece um aparato de monitoramento e implementação dos direitos: A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (com função administrativa) e a Corte Interamericana de Direitos Humanos (com função jurisdicional). Na verdade a Comissão não foi criada pela Convenção e sim fortalecida por ela. Já a Corte foi criada pela Convenção.
A Comissão é composta por 7 membros eleitos a título pessoal para um mandato de 4 anos. Sua principal função é promover a proteção dos direitos humanos na América. Para tanto, cabe à Comissão fazer recomendações aos governos dos Estados Membros, prevendo a adoção de medidas adequadas a proteção desses direitos; a Comissão também prepara estudos e relatórios necessários; solicita informações aos governos sobre suas ações; e submete um relatório anual à Assembléia Geral da Organização dos Estados Americanos. Compete a ela também examinar as denúncias que chegam de grupos pessoas individuais ou ONG dos Estados Membros. Primeiramente a Comissão buscará uma solução amistosa. Só podem denunciar para a Corte os Estados partes ou a própria comissão. Em casos de gravidade e urgência a Comissão poderá, por iniciativa própria ou mediante petição da parte, solicitar ao Estado em questão à adoção de medidas cautelares para evitar danos irreparáveis. Pode ainda solicitar à Corte medidas provisórias para evitar danos irreparáveis sobre causa que ainda não tenha sido julgada pela Corte.
A Corte foi criada pela Convenção e é composta por 7 juízes, sendo que não pode haver mais de um juiz com a mesma nacionalidade, com mandatos de 6 anos, possibilitando uma reeleição; o quorum para deliberação na Corte é de 5 juízes. O Brasil só passou a aceitar a competência obrigatória da Corte em 1998. As funções primordiais da Corte são: Função Consultiva (se estende automaticamente a todos os Estados membros da OEA, mesmo que não tenham assinado o Pacto de San José); Função Contenciosa – solução de conflitos (não se entende automaticamente, é necessário que o Estado aceite e declare a obrigatoriedade da Corte, como fez o Brasil em 1998). Na Corte, ao contrario da Comissão, não ocorre o direito individual de petição, admitindo apenas denúncias de Estados, ou denúncias encaminhadas pela Comissão. Se a Corte decide que houve violação, pode ordenar que a parte ofendida seja recomposta, ou indenizada. As decisões da Corte são mandatórias e são executadas nos Estados condenados, assim como qualquer outro título judicial.
No Brasil a Comissão e a Corte realizaram algumas intervenções, sendo que a 1ª e mais histórica foi à responsabilização internacionalmente do Brasil pelo desaparecimento de cerca de 70 pessoas em 1972 2 1974, na região conhecida como Araguaia. Entre as medidas de reparação a Corte determinou que fossem investigadas, processadas e sancionadas as pessoas (no caso agentes estatais) responsáveis pelo desaparecimento, decidindo que a Lei de Anistia não pode ser utilizada como escudo para proteger ex-agentes da ditadura. Em outra intervenção a Corte ordenou medidas provisórias para evitar novas mortes de internos do presídio de Urso Branco, em Porto Velho – Rondônia, onde mais de 35 presos foram brutalmente assassinados em 2002.
O Brasil ratificou a Convenção Americana, a qual foi promulgada pelo decreto 678, de 06 de novembro de 1992.
· Protocolo de San Salvador: protocolo adicional ao de San José da Costa Rica, o qual foi efetivado em 1988 e prevê a progressividade na implementação dos direitos econômicos, sociais e culturais. Alguns direitos previstos nesse protocolo: não discriminação, direito ao trabalho, direitos sindicais, de greve, condições justas de trabalho, direito a previdência social, à saúde, ao meio ambiente, à educação,à cultura, direito à família (crianças, proteção de pessoas idosas e dos deficientes). Esse protocolo foi adotado no Brasil em 1999 através do Decreto 3.321. 
Classificação dos Direitos Humanos:
a) Direitos humanos de 1ª geração: referem-se às liberdades públicas e aos direitos políticos, ou seja, direitos civis e políticos a traduzirem o valor de liberdade. Surgiram com a Magna Carta em 1215, esta muito importante para os direitos humanos, pois colocou uma limitação nos poderes do rei, e a garantia de propriedade e do direito de ir e vir.
b) Direitos humanos de 2ª geração: referem-se aos chamados direitos sociais, como saúde, educação, emprego entre outros. Documentos históricos: Constituição Mexicana (1917) e a Constituição alemã (1919), e o Tratado de Versalhes, 1919. Alguns autores dizem que surgiu depois da Revolução Industrial, pelas péssimas condições de trabalho.
c) Direitos humanos de 3ª geração: direitos de solidariedade e fraternidade, interesses difusos e coletivos orientados para o progresso da humanidade. Envolve o direito ambiental, direito a comunicação, e também o direito do consumidor. Surgiram após a 2ª Guerra Mundial.
d) Direitos humanos de 4º geração: direitos dos povos e tem por objetivo a preservação do ser humano, como por exemplo, Biossegurança, Biodireito.
e) Direitos humanos de 5ª geração: Paulo Bonavides defende essa ideia. Para ele, essa geração refere-se ao direito à paz mundial. A paz seria o objetivo da geração a qual vivemos, que constantemente é ameaçada pelo terrorismo e pelas guerras (Portela: 2013: 817).
O segundo critério de classificação dos direitos humanos que leva em consideração os direitos e garantias fundamentais, nesse aspecto o 1º item: direitos individuais e coletivos; 2º item: direitos sociais (educação e saúde); 3º item: direitos de nacionalidade; 4º item: direitos políticos.
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS:
· Vedação do Retrocesso (uma vez concedido um direito, não pode o Estado retroceder; exemplo: pena de morte, só permitida em caso de crime de guerra).
· Imprescritibilidade: não podem ser atingidos pelo lapso temporal. Exemplo na constituição o racismo, sendo o rol exemplificativo, podendo ser incluídos outros crimes, como de guerra, contra a humanidade, etc.
· Irrenunciabilidade: não podem ser renunciados. Ex.: querer morrer no lugar de alguém.
· Inalienabilidade: são intransferíveis, qualquer manifestação nesse sentido é nula. Exemplo: cumprir pena no lugar de outra pessoa.
· Inviolabilidade: não pode ser violado.
· são universais: o que quer dizer que são aplicados de forma igual e sem discriminação a todas as pessoas;
· Os direitos humanos são indivisíveis, inter-relacionados e interdependentes, já que é insuficiente respeitar alguns direitos humanos e outros não.
No plano internacional podemos afirmar que o principal documento que positivou os Direitos Humanos foi a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) da ONU.
No plano interno, a Constituição de 1988 positivou em seu texto diversos direitos fundamentais. Vale ressaltar, que o rol do art. 5º é exemplificativo, podendo haver ampliação desses direitos, mas nunca sua redução ou supressão. Até porque a CF/88 considera os direitos e garantias individuais e coletivos como claúsula pétrea  (art. 60, §4º,IV).
  Todas as gerações de direitos humanos foram positivados no texto constitucional. As liberdades individuais constam no art. 5º. Os direitos sociais no art. 6º. Os direitos políticos nos arts. 14 a 16. O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado no art. 225. A saúde no art. 6º e no art. 196 e assim por diante.
A Emenda 45/2004, acrescentou ao art. 5º,  o §3º, o qual dispõe  que os tratados internacionais sobre direitos humanos, que forem aprovados em cada casa do Congresso Nacional, por 3/5 de seus membros, em dois turnos, equivalem às emendas constitucionais, ou seja, esses tratados ganham status de norma constitucional.
Desse modo, com a Emenda 45/2004, os tratados sobre direitos humanos aprovados nos termos do § 3º, do art. 5º da CF/88, ampliaram o bloco de constitucionalidade, juntando-se às normas jurídicas do texto constitucional.
Alguns anos depois, foram adotados dois Pactos Internacionais pela Assembléia Geral da ONU e postos à disposição dos Estados para ratificação, são eles: o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, o qual foi aprovado em 1966 e entrou em vigor em 23 de março de 1976 e o Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, o qual foi aprovado em 1966 e entrou em vigor em 3 de janeiro de 1976. O primeiro foi completado por dois protocolos facultativos, um deles instituiu o direito de petição individual que entrou em vigor dia 23 de março de 1976 e o outro vedou a pena de morte que entrou em vigor 11 de julho de 1991. Esse conjunto de documentos expedidos pela ONU recebe o nome de Carta Internacional dos Direitos Humanos devido à origem comum, o caráter dito universal e a abrangência das espécies de direitos mencionados nos textos.
O que são os direitos humanos?
Os direitos humanos são direitos inerentes a todos os seres humanos, independentemente de raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição.
Em 16 de fevereiro de 1946, durante uma sessão do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, ficou estabelecido que ao ser criada a Comissão de Direitos Humanos os seus trabalhos se desenvolveriam em três etapas. Na primeira, era necessário elaborar uma declaração de direitos humanos, de acordo com o disposto no artigo 55 da Carta das Nações Unidas.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi aprovada pela assembléia de forma unânime em 10 de dezembro de 1948. Ela foi reiterada pela Declaração de Direitos Humanos de Viena de 1993. Foi realizada em Viena, no ano de 1993, a Conferência Mundial sobre Direitos Humanos, sob o sistema da Organização das Nações Unidas, na qual mais de 180 dos Estados-membros presentes reafirmaram os termos universais da Declaração dos Direitos do Homem. Portanto, a Conferência de Viena veio consagrar e reafirmar o compromisso universal datado de 1948
A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) é um documento marco na história dos direitos humanos. Ela estabelece, pela primeira vez, a proteção universal dos direitos humanos.
Desde sua adoção, em 1948, a DUDH foi traduzida em mais de 360 idiomas – o documento mais traduzido do mundo – e inspirou as constituições de muitos Estados e democracias recentes. A DUDH, em conjunto com o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e seus dois Protocolos Opcionais (sobre procedimento de queixa e sobre pena de morte) e com o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais e seu Protocolo Opcional, formam a chamada Carta Internacional dos Direitos Humanos.
A ONU – ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS
Quando a ONU foi fundada, em 24 de outubro de 1945, ficou definido, na Carta da ONU que para seu melhor funcionamento seus membros, vindos de todos os cantos do planeta se comunicariam em seis idiomas oficiais: inglês, francês, espanhol, árabe, chinês e russo.
De acordo com a Carta, a ONU, para que pudesse atender seus múltiplos mandatos, teria seis órgãos principais, a Assembléia Geral, o Conselho de Segurança, o Conselho Econômico e Social, o Conselho de Tutela, a Corte Internacional de Justiça e o Secretariado. As mais importantes funções são do Conselho de Segurança que tem como missão: a responsabilidade primaria pela manutenção da paz e da segurança internacional. 
A Assembléia Geral é um órgão deliberativo, nele estão presentes 1 membro de cada Estado com direito a um voto e com a representação de no máximo 5 membros.
O Conselho de Tutela foi criado para administrar territórios sob tutelas (regiões que ainda não tinham governo autônomo e estavam sob a proteção de países maiores, afim de prepará-los para a emancipação política. Em 1994 foi suspensa as atividades desse conselho por não ter territórios assim.
A Corte Internacional de Justiça é composta por 15 juízes que julgam países, criada parasolucionar conflitos e disputas internacionais
O Secretariado constitui o órgão administrativo por excelência da ONU, logo possui autoridade, sobretudo administrativa
A figura mais publicamente visível da ONU é o Secretário Geral, cargo ocupado desde 2007 por Ban Kimoon, da Correia do Sul.
Além dos 6 órgãos principais, existem ainda órgãos subsidiários, e ainda coordena a ação de outros organismos especializados como: a OIT – Organização Internacional do Trabalho, a UNESCO, a OMS – Organização Mundial da Saúde, o FMI – Fundo Monetário Internacional, a OMC – Organização Mundial do Comércio, o UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Infância.
A história da Organização
Depois da II Guerra Mundial, que devastou dezenas de países e tomou a vida de milhões de seres humanos, existia na comunidade internacional um sentimento generalizado de que era necessário encontrar uma forma de manter a paz entre os países. Porém, a idéia de criar a ONU não surgiu de uma hora para outra. Foram necessários anos de planejamento e dezenas de horas de discussões antes do surgimento da Organização.
O nome Nações Unidas foi concebido pelo presidente norte-americano Franklin Roosevelt e utilizado pela primeira vez na Declaração das Nações Unidas, de 1º de janeiro de 1942, quando os representantes de 26 países assumiram o compromisso de que seus governos continuariam lutando contra as potências do Eixo.
A Carta das Nações Unidas foi elaborada pelos representantes de 50 países presentes à Conferência sobre Organização Internacional, que se reuniu no Opera House em São Francisco no dia 25 de abril a 26 de junho de 1945.
As Nações Unidas, entretanto, começaram a existir oficialmente em 24 de outubro de 1945, após a ratificação da Carta por China, Estados Unidos, França, Reino Unido e a ex-União Soviética, bem como pela maioria dos signatários. 0 24 de outubro é comemorado em todo o mundo como o “Dia das Nações Unidas”.
Durante a primeira reunião da Assembléia Geral que aconteceu na capital do Reino Unido, Londres, em 1946, ficou decidido que a sede permanente da Organização seria nos Estados Unidos.
Em dezembro de 1946, John D. Rockefeller Jr. ofereceu cerca de oito milhões de dólares para a compra de parte dos terrenos na margem do East River, na ilha de Manhattan, em Nova York. A cidade de NY ofereceu o restante dos terrenos para possibilitar a construção da sede da Organização. Primeira sessão da Assembléia Geral da ONU aconteceu em Londres, em 1946.
Hoje em dia, a estrutura central da ONU fica em Nova York, com sedes também em Genebra (Suíça), Viena (Áustria), Nairóbi (Quênia), Addis Abeba (Etiópia), Bangcoc (Tailândia), Beirute (Líbano) e Santiago (Chile), além de escritórios espalhados em grande parte do mundo.
Organizações internacionais que precederam a ONU
No fim do século 19, países começaram a criar organismos internacionais para cooperar em assuntos específicos. Por exemplo, já em 1865 foi fundada a União Telegráfica Internacional, conhecida hoje como União Internacional de Telecomunicações (ITU) e, em 1874, surgiu a União Postal Universal (UPU). Hoje, ambas são agências do Sistema das Nações Unidas.
Em 1899, aconteceu a primeira Conferência Internacional para a Paz, em Haia (Holanda), que visava a elaborar instrumentos para a resolução de conflitos de maneira pacífica, prevenir as guerras e codificar as regras de guerra.
As Nações Unidas são regidas por uma série de propósitos e princípios básicos aceitos por todos os Países-Membros da Organização. Os propósitos das Nações Unidas são:
· Manter a paz e a segurança internacionais;
· Desenvolver relações amistosas entre as nações;
· Realizar a cooperação internacional para resolver os problemas mundiais de caráter econômico, social, cultural e humanitário, promovendo o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais;
· Ser um centro destinado a harmonizar a ação dos povos para a consecução desses objetivos comuns.
Os princípios da ONU:
· A Organização se baseia no principio da igualdade soberana de todos seus membros;
· Todos os membros se obrigam a cumprir de boa fé os compromissos da Carta;
· Todos deverão resolver suas controvérsias internacionais por meios pacíficos, de modo que não sejam ameaçadas a paz, a segurança e a justiça internacionais;
· Todos deverão abster-se em suas relações internacionais de recorrer à ameaça ou ao emprego da força contra outros Estados;
· Todos deverão dar assistência às Nações Unidas em qualquer medida que a Organização tomar em conformidade com os preceitos da Carta, abstendo-se de prestar auxílio a qualquer Estado contra o qual as Nações Unidas agirem de modo preventivo ou coercitivo;
· Cabe às Nações Unidas fazer com que os Estados que não são membros da Organização ajam de acordo com esses princípios em tudo quanto for necessário à manutenção da paz e da segurança internacionais;
· Nenhum preceito da Carta autoriza as Nações Unidas a intervir em assuntos que são essencialmente da alçada nacional de cada país.
Países-membros da ONU:
A ONU possui hoje 193 Países-membros. O total de membros fundadores da ONU é de 51 países, entre eles o Brasil.
MEMBROS-FUNDADORES
Chamam-se Membros-fundadores das Nações Unidas os países que assinaram a Declaração das Nações Unidas de 1º de janeiro de 1942 ou que tomaram parte da Conferência de São Francisco, tendo assinado e ratificado a Carta. Outros países podem ingressar nas Nações Unidas por decisão da Assembléia Geral mediante recomendação do Conselho de Segurança.
O sistema dos direitos humanos das Nações Unidas - em síntese:
 A par da manutenção da paz e da segurança e dos esforços com vista à realização do desenvolvimento em todas as partes do mundo, um dos três pilares das Nações Unidas é a promoção e a proteção de todos os direitos humanos, para todos os povos. Estes princípios estão consagrados na Carta das Nações Unidas e no direito internacional dos direitos humanos.
 As Nações Unidas esforçam-se por promover e proteger os direitos humanos, principalmente através de três meios: 
1. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACDH) é a principal organização das Nações Unidas em matéria de promoção e proteção dos direitos humanos. Trabalha em estreita colaboração com as agências especializadas, os fundos e os programas das Nações Unidas (por exemplo, a Organização Mundial da Saúde, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, a UNICEF, a Organização Internacional do Trabalho, a UNESCO, etc.), de modo a otimizar o impacto da ação no domínio dos direitos humanos. 
2. Os tratados internacionais relativos aos direitos humanos (pactos e convenções) estabelecem comités de peritos independentes, ou órgãos de tratados, encarregues de examinar, regular e periodicamente, a implementação pelos respectivos Estados Partes das suas obrigações em matéria de direitos humanos. 
3. Os órgãos intergovernamentais, ou assembleias, compostos por Estados Membros das Nações Unidas, são criados para discutir as questões de direitos humanos. O principal órgão intergovernamental criado com esse fim é o Conselho de Direitos Humanos, apoiado nos seus trabalhos por peritos independentes, denominados Procedimentos Especiais, e por um mecanismo designado Revisão Periódica Universal, entre outros. 6 Guia prático para a sociedade civil Os três meios são independentes mas complementares
O BRASIL NA ONU
O Brasil participa dos processos de tomada de decisão e do trabalho das Nações Unidas principalmente por meio de quatro representações permanentes — nas cidades de Nova York (Estados Unidos), Genebra (Suíça), Roma (Itália) e Paris (França). A função das representações é acompanhar de perto a agenda da ONU, ter informações mais específicas sobre os trabalhos e ampliar a participação do País no Sistema. As despesas destas representações são inteiramente custeadas pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
O Brasil nas Forças de Paz da ONU
Desde 1948, o Brasil participou de mais de 30 operações de manutenção de paz da ONU, tendo cedido um total de mais de 24 mil homens. Integrouoperações na África (entre outras, no Congo, Angola, Moçambique, Libéria, Uganda, Sudão), na América Latina e Caribe (El Salvador, Nicarágua, Guatemala, Haiti), na Ásia (Camboja, Timor-Leste) e na Europa (Chipre, Croácia).
Além de ter enviado militares e policiais a diversas missões ao longo da história da ONU, o Brasil empregou unidades militares formadas em cinco operações: Suez (UNEF I), Angola (UNAVEM III), Moçambique (ONUMOZ), Timor-Leste (UNTAET/UNMISET) e Haiti (MINUSTAH).
Atualmente o Brasil é o maior contribuinte de tropas para a Missão da ONU para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH). De 2004 a fevereiro de 2010, o País manteve um contingente de 1.200 militares, com rotação semestral. Após o terremoto, que atingiu o país em janeiro de 2010, passou a manter contingente maior, formado por cerca de 2.200 soldados e oficiais. Desde o início da participação brasileira até hoje, mais de 13 mil militares brasileiros serviram no Haiti. Desde 2004, o comando militar de todas as tropas que compõem a MINUSTAH, provenientes de 19 países, é exercido por generais brasileiros.
Na sede das ONU, em Nova York, o Brasil mantém a Missão Permanente junto às Nações Unidas, que é chefiada pelo Embaixador Antonio de Aguiar Patriota. O quadro de serviço exterior — diplomatas, oficiais de chancelaria e assistentes de chancelaria brasileiros — é composto por cerca de 30 pessoas, sem contar os funcionários de outras nacionalidades.
A missão é responsável pela participação do Brasil em todos os eventos da ONU que interessem ao país, nas reuniões da Assembléia Geral e, periodicamente, do Conselho de Segurança, onde o Brasil ocupa um assento não-permanente. No segundo maior escritório da ONU, em Genebra, a delegação permanente do Brasil é composta, também, por cerca de 30 pessoas. A equipe participa das ações da sede suíça, responsável, fundamentalmente, por trabalhos relativos à África, ao Oriente Médio e à Ásia.
Na representação brasileira junto à FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), sediada em Roma, o quadro de serviço trabalha integrado à agência para aumentar o nível de nutrição das pessoas, ampliar a produtividade agrícola dos países e melhorar a qualidade de vida das populações rurais.
Na UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), em Paris, a delegação permanente do Brasil trabalha, assim como toda a equipe da agência, para promover a educação, a paz e os direitos humanos.
A Conferência das Nações Unidas sobre Meio-Ambiente e Desenvolvimento ocorrida no Rio de Janeiro, em 1992;
A 34º Conferência Mundial de Direitos Humanos ocorrida em Viena, em 1993;
A Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento ocorrida no Cairo, em 1994;
A Cúpula Mundial de Desenvolvimento Social ocorrida em Copenhagen, em 1995;
A IV Conferência Mundial sobre a Mulher ocorrida em Beijing, em 1995;
A Conferência das Nações Unidas sobre Assentamentos Humanos (Habitat II) ocorrida em Istambul, em 1996;
E a Cúpula Mundial sobre Alimentação, ocorrida em Roma, em 1996
Declaração de Durban (2001)
A III Conferência foi realizada em 08 de setembro de 2001, em Durban, na África do Sul, e contou com mais de 16 mil participantes de 173 países. A conferência resultou em uma Declaração e um Plano de Ação que expressam o compromisso dos Estados sobre os temas abordados.
Relatório do Relator Especial sobre Execuções Extrajudiciais, Sumárias e Arbitrárias, Philip Alston, em sua missão ao Brasil de 4 a 14 de novembro de 2007.
Algumas conferências realizadas pela ONU:
1968 – I Conferência Mundial de Direitos Humanos (Teerã)
1990 – Conferência Mundial da Criança (Nova York)
1992 – Conferência Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio de Janeiro) criação da ECO 21
1993 – II Conferência Mundial de Direitos Humanos (Viena)
1994 – III Conferência sobre População e Desenvolvimento (Cairo)
1995 – Conferência Mundial para o Desenvolvimento Social (Copenhagen)
1995 – Conferência Mundial sobre as mulheres (Beijing)
1996 – Conferência Mundial sobre alimentação (Roma)
1996 – Conferência Mundial sobre assentamentos humanos (Istambul)
2001 – Conferência Mundial Contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerâncias Correlatas (Durban, África do Sul)
Datas Importantes no BRASIL:
1982 -  I Encontro Nacional do Movimento Nacional de Direitos Humanos MNDH
1992 - Massacre no Carandiru (SP): a polícia militar executa 111 prisioneiros, deixando outros tantos feridos.
1996 – I Conferência Nacional dos Direitos Humanos
1997 - Galdino Jesus dos Santos, cacique pataxó, é queimado vivo em Brasília, por jovens de classe média que “só queriam brincar e achavam que era só um mendigo”. Os pataxós estavam na cidade para exigir a demarcação de 36 mil hectares de sua reserva.
1997 – Criação do Comitê para refugiados no Brasil e regulamentado o Estatuto do Refugiado
2002 - Promulgada, no Brasil, a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher, pelo Decreto n° 4.377, de 13/9/2002
2004 – Criação do Estatuto do Desarmamento
2006 – Criação do Conselho de Direitos da ONU

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