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Direito Tributário 112 02

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Aula 12
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA (part. 1)
I – Introdução: 
1) Relembrando: Relação passiva da obrigação tributária
a) Contribuinte – realiza o Fato Gerado
b) Responsável – sem realizar o Fato Gerador, possui vínculo com o mesmo, sendo responsabilizado por lei
2) Tipos de responsabilidade:
c) Por Sucessão
d) De Terceiros 
e) Por Infrações
Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.
I) Responsabilidade dos Sucessores
1) Responsabilidade por aquisição imobiliária 
“Quem compra um imóvel se torna responsável pelos tributos até a data da venda.”
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação. 
Exceção: 
a) Prova de quitação de tributo – certidão de regularidade fiscal:
a. Positiva 
b. Negativa 
c. Positiva com efeitos negativos 
b) Hasta Pública: arrematante não paga diferença tributária 
a. Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço.
b. Jurisprudência: “se expresso no edital do leilão, o arrematante poderá pagar arrematação + tributo”
2) Responsabilidade por aquisição por bens móveis 
Art. 131. São pessoalmente responsáveis:
I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos. 
Remição x Remissão 
- Aplicabilidade por meio de jurisprudência da mesma exceção de hasta pública dos bens imóveis.
3) Responsabilidade por sucessão causa mortis
Art. 131. São pessoalmente responsáveis:
III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.
II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação;
MORTE ABERTURA DA SUCESSÃO(INVENÁRIO) PARTILHA
I------------I----------------------------------------------------------I---------------->
 Espólio inventariante sucessor
4) Responsabilidade por mutações empresariais 
Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
Fusão: A + B C (c é responsável pelos tributos de A e B até a data da fusão)
Transformação: S.A LTDA. (LTDA. é responsável pelos tributos da S.A. até a data da transformação)
Incorporação: A + B A (A é responsável pelos tributos de B até a data da incorporação) 
Cisão: A B e C (B e C solidariamente independente de A deixar de existir) 
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual. 
Extinção: 
Pessoa Jurídica sócio remanescente que continue a atividade ou seu espólio SE continuar explorando a mesma atividade empresarial 
Pessoa Jurídica mesma ou outra razão social SE continuar explorando a mesma atividade empresarial
Pessoa Jurídica firma individual SE continuar explorando a mesma atividade empresarial
Sumula 554 STJ: “Na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade da sucessora abrange não apenas os tributos devidos pela sucedida, mas também as multas moratórias ou punitivas referentes a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão.” 
5) Responsabilidade por aquisição por fundo de comércio 
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: 
Se tiver responsabilidade, como o adquirente responde? 
Depende da forma que o alienante se comportar:
· Integralmente do adquirente se o alienante cessar suas atividades. 
· Se o alienante iniciar qualquer outra atividade após 06 meses: considera-se que cessou as atividades
· Subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração 
· Se o alienante iniciar qualquer outra atividade antes de 06 meses: responsabilidade subsidiaria
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.
*Observação 1: Sumula 554 STJ: “Na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade da sucessora abrange não apenas os tributos devidos pela sucedida, mas também as multas moratórias ou punitivas referentes a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão.” 
**Observação2: Falência e recuperação judicial.
Via de regra, para estimular a venda de negócios falidos ou recuperandos, não existe responsabilidade sobre o pagamento dos tributos devidos.
 
§ 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial: 
I – em processo de falência;
II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial.
***Observação 3: a falta de caráter empresarial 
§ 2o Não se aplica o disposto no § 1o deste artigo quando o adquirente for:
I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em recuperação judicial; 
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau, consangüíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou 
III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de fraudar a sucessão tributária. 
II – Responsabilidade de Terceiros
Art. 134 e 135
1) Responsabilidade geral:
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:
I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;
III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;
IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V - o síndico e o comissário (administrador judicial), pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório.
2) Responsabilidade pessoal 
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:
I - as pessoas referidas no artigo anterior; 
II - os mandatários, prepostos e empregados;
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado. 
Atenção:
HI FT OT CT 
“Deixar depagar tributo é uma infração legal suficiente para estender pessoalmente a responsabilidade empresarial?”
NÃO!!
Súmula nº 430 do STJ: “O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente.”
Súmula nº 435 do STJ: Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente. 
III – Questões 
1 – (OAB – 2016 – XX Exame Unificado) XYZ é um estabelecimento empresarial que foi alienado e cujo adquirente continuou a explorar a mesma atividade.
Considerando que também o alienante de XYZ continuou a exercer atividade empresarial no mesmo ramo de negócio, assinale a afirmativa correta.
A) O adquirente é integralmente responsável pelos tributos devidos até a data da alienação do estabelecimento, sem responsabilidade do alienante.
B) O adquirente e o alienante são responsáveis, cada qual, por 50% dos tributos devidos até a data da alienação do estabelecimento.
C) A responsabilidade pelos tributos devidos até a data da alienação é integralmente do alienante, sem responsabilidade do adquirente.
D) Como o alienante continuou a explorar atividade empresarial, a responsabilidade do adquirente pelos tributos devidos até a data da alienação é subsidiária com o alienante.
2 – (OAB – 2017 – XXIII – Exame Unificado) A pessoa jurídica XYZ, prestadora de serviços contábeis, é devedora de Imposto sobre a Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), além de multa moratória e punitiva, dos anos-calendário de 2014 e 2015. No ano de 2016, a pessoa jurídica XYZ foi incorporada pela pessoa jurídica ABC, também prestadora de serviços contábeis.
Sobre a responsabilidade tributária da pessoa jurídica ABC, assinale a afirmativa correta.
A) Ela é responsável apenas pelo IRPJ devido, não sendo responsável pelo pagamento das multas moratória e punitiva.
B) Ela é responsável integral, tanto pelo pagamento do IRPJ devido quanto pelas multas moratória e punitiva.
C) Ela não é responsável pelo pagamento do IRPJ e das multas moratória e punitiva, uma vez que não praticou o fato gerador do tributo.
D) Ela é responsável apenas pelo IRPJ e pela multa moratória, não sendo responsável pelo pagamento da multa punitiva.
3 – (OAB – 2019 – XXVIII Exame Unificado) Pedro tem três anos de idade e é proprietário de um apartamento. Em janeiro deste ano, o Fisco notificou Pedro para o pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), por meio do envio do carnê de cobrança ao seu endereço. Os pais de Pedro, recebendo a correspondência, decidiram não pagar o tributo, mesmo possuindo recursos suficientes para tanto.
Diante da impossibilidade de cumprimento da obrigação por Pedro, assinale a afirmativa correta.
A) O Fisco deve cobrar o tributo dos pais de Pedro, já que são contribuintes do IPTU.
B) O Fisco deverá aguardar Pedro completar 18 anos para iniciar o processo de execução da dívida.
C) Os pais de Pedro responderão pelo pagamento do tributo, uma vez que são responsáveis tributários na condição de terceiros.
D) Os pais de Pedro devem pagar o tributo, na qualidade de substitutos tributários.
4 – (OAB – 2018 – XXVII Exame Unificado) A pessoa jurídica Sigma teve lavrado contra si um auto de infração. A autuação fiscal lhe impôs multa pela falta de exibição de notas fiscais durante um determinado período. Após ser citada em sede de execução fiscal, a pessoa jurídica Sigma alegou, em embargos à execução, que não apresentou as notas fiscais porque elas haviam sido furtadas por seu antigo gerente geral, que, com elas, praticara ilícito criminal, tendo sido, por isso, condenado na esfera penal por sonegação fiscal e furto daquelas notas.
Com base nessa narrativa, no que tange ao pagamento da multa tributária, assinale a afirmativa correta.
A) A responsabilidade é pessoal do antigo gerente por ter cometido infração conceituada na lei como crime.
B) A empresa deve arcar com o pagamento da multa, sendo possível, posteriormente, uma ação de regresso em face do antigo gerente geral.
C) O antigo gerente não pode ser responsabilizado na esfera cível/tributária, por já ter sido condenado na esfera penal.
D) O caso é de responsabilidade solidária, por ter a empresa nomeado o antigo gerente para cargo de tamanha confiança.

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