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DIREITO TRIBUTÁRIO
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Livro Eletrônico
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Maria Christina Barreiros D Oliveira
Responsabilidade Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
Responsabilidade Tributária ............................................................................................3
1. Noções Gerais .............................................................................................................3
2. Tipos de Responsabilidade Tributária ..........................................................................4
3. Responsabilidade por Transferência ...........................................................................5
3.1. Responsabilidade por Solidariedade .........................................................................5
3.2. Responsabilidade dos Sucessores .......................................................................... 11
3.3. Responsabilidade de Terceiros ...............................................................................24
4. Por Infrações ...........................................................................................................29
4.1. Arts. 136 e 137 do CTN ...........................................................................................29
4.2. Denúncia Espontânea ou Confissão Espontânea .................................................... 31
5. Por Substituição Tributária .......................................................................................37
5.1. Substituição Tributária Progressiva, para Frente, que Antecipa o Pagamento do 
Tributo .........................................................................................................................38
5.2. Substituição Tributária Regressiva, para Trás, que Posterga o Pagamento do 
Tributo ......................................................................................................................... 41
5.3. Substituição Tributária Concomitante ....................................................................42
Resumo ........................................................................................................................43
Questões Comentadas em Aula ....................................................................................45
Questões de Concurso ..................................................................................................55
Gabarito .......................................................................................................................59
Gabarito Comentado .................................................................................................... 60
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Maria Christina Barreiros D Oliveira
Responsabilidade Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
1. Noções Gerais
A responsabilidade tributária é descrita no Código Tributário Nacional e subdividia em res-
ponsabilidade dos sucessores, de terceiros e por infrações. Para um estudo completo do tema, 
analisaremos também a responsabilidade por solidariedade e por substituição tributária.
Para começar a análise do tema, alguns conceitos básicos são fundamentais, tais como a 
definição de sujeito ativo e de sujeito passivo.
O sujeito ativo, em Direito Tributário, é o credor da obrigação tributária. É aquele que cobra 
o tributo, fiscaliza e constitui o crédito por meio do lançamento. É a pessoa jurídica de direito 
público titular da competência atribuída pela Constituição, no caso, os quatro entes federativos 
(União, estados, DF e municípios), conforme disposto no art. 119 do CTN.
Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência 
para exigir o seu cumprimento.
Um ponto que merece destaque é a redação do art. 120 do CTN, que dispõe que, caso um 
estado seja criado por desmembramento territorial de outro, este irá se sub-rogar nos direitos 
daquele e sua legislação tributária será aplicada até que outra seja aprovada e entre em vigor.
Art. 120. Salvo disposição de lei em contrário, a pessoa jurídica de direito público, que se constituir 
pelo desmembramento territorial de outra, subroga-se nos direitos desta, cuja legislação tributária 
aplicará até que entre em vigor a sua própria.
Exemplo: o estado de Tocantins foi criado pelo desmembramento territorial do estado de Goiás. 
Desse modo, Tocantins utilizará a legislação tributária do estado de Goiás até que aprove a sua 
própria legislação.
O sujeito passivo, por sua vez, pode ser definido como o contribuinte e/ou responsável 
tributário. Contribuinte é aquele que tem relação direta com o fato gerador do tributo, estabele-
cendo uma relação contributiva determinada por lei para pagar os tributos (art. 121, parágrafo 
único, I, CTN). Responsável é aquele que tem relação indireta com o fato gerador, atribuída mediante 
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Responsabilidade Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
lei, contribuindo com a administração para simplificar, facilitar ou garantir a arrecadação do 
tributo (art. 121, parágrafo único, II, CTN).
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou 
penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I – contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo 
fato gerador;
II – responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de dispo-
sição expressa de lei.
Logo no início do Capítulo V do Código Tributário, no tema de Responsabilidade Tributária, 
vemos a redação do art. 128 do CTN, que dispõe:
Art. 128. A lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira 
pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do con-
tribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida 
obrigação.
Conforme podemos inferir do dispositivo, a atribuição de responsabilidade tributária de-
pende da edição de uma lei em sentido formal, ou seja, de uma lei ordinária, sob pena de viola-
ção ao princípio da legalidade.
Por esse motivo, mesmo que o terceiro não tenha vinculação com o fato gerador, a sua 
responsabilidade pelo pagamento do tributo pode advir da edição de uma lei, excluindo, assim, 
a responsabilidade do contribuinte – momento em que atuará como substituto tributário – ou 
atribuindo a este caráter supletivo (responsabilidade solidária ou subsidiária).
2. Tipos de respoNsabilidade TribuTária
Por transferência:
• solidariedade (arts. 124 e 125 do CTN);
• dos sucessores;
• responsabilidade de terceiros.
Por infrações.
Por substituição tributária progressiva, regressiva ou concomitante.
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Responsabilidade Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
3. respoNsabilidade por TraNsferêNcia
3.1. respoNsabilidade por solidariedade
A responsabilidadepor solidariedade ocorrerá quando houver vários sujeitos ativos e/ou 
passivos responsáveis por uma mesma dívida, que poderá ser cobrada de um, de alguns ou de 
todos eles.
Em Direito Civil, há a responsabilidade solidária ativa (vários credores por uma mesma dívi-
da), a solidariedade passiva (vários devedores por uma mesma dívida) e a solidariedade mista 
(vários credores e devedores ao mesmo tempo por uma mesma dívida).
Em Tributário, há apenas a responsabilidade tributária por solidariedade passiva. Qual 
o motivo? Se for permitida a solidariedade ativa em Direito Tributário, haverá a possibilidade 
de cobrança de um mesmo tributo por vários entes federativos distintos, o que ocasionará 
a bitributação, instituto terminantemente vedado em nosso ordenamento, sendo passível, 
inclusive, de questionamento judicial por meio de ajuizamento de ação de consignação em 
pagamento.
A responsabilidade tributária por solidariedade somente será admitida com relação ao seu 
polo passivo, ou seja, vários contribuintes e/ou responsáveis por uma mesma dívida.
Tal responsabilidade poderá ocorrer por interesse comum no fato gerador ou por disposi-
ção legal, conforme disposto no art. 124 do Código Tributário Nacional.
Art. 124. São solidariamente obrigadas:
I – as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação 
principal;
II – as pessoas expressamente designadas por lei.
A responsabilidade por solidariedade por interesse comum no fato gerador ocorre, por 
exemplo, quando João, Maria e José são proprietários de uma mesma área urbana. Nessa 
situação, o Fisco Municipal poderá efetuar a cobrança do IPTU contra qualquer um deles, já 
que os três possuem interesse comum no fato gerador, qual seja, ser proprietário daquela área 
urbana respondendo pela integralidade do pagamento do imposto.
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DIREITO TRIBUTÁRIO
A outra situação de responsabilidade tributária ocorre quando a lei assim estabelecer, con-
forme disposto no art. 134 do CTN.
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo 
contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões 
de que forem responsáveis:
I – os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
II – os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;
III – os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;
IV – o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V – o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
VI – os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos 
praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
VII – os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter 
moratório.
Vale destacar que, embora o art. 134 do CTN faça menção a uma responsabilidade solidá-
ria, é sabido na doutrina que trata-se de uma responsabilidade subsidiária. Vejamos:
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo 
contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões 
de que forem responsáveis:
As pessoas dispostas no rol do mencionado artigo somente responderão de forma solidá-
ria diante da impossibilidade do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte. Caso o 
contribuinte não consiga arcar com sua obrigação, serão chamadas, de forma subsidiária, as 
pessoas listadas e estas responderão de forma solidária.
Outro ponto que merece destaque acerca do posicionamento doutrinário sobre o tema é 
que tais terceiros só responderão pelos tributos devidos pelos contribuintes nos casos em que 
intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis. Não responderão pelas multas pu-
nitivas porventura impostas, mas tão somente pelas multas moratórias.
Art. 134, Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de 
caráter moratório.
Outro ponto cobrado com frequência nas provas do exame de ordem dispõe sobre os efei-
tos da solidariedade, previsto no art. 125 do Código Tributário Nacional.
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Responsabilidade Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
Exemplo: João possui dois anos de idade e é dono de 20% da área rural; Maria tem 50 anos de 
idade e é dona de 30% da área; José possui 90 anos de idade e é dono de 50% da propriedade. 
Diante da situação apresentada, vemos que João, Maria e José são solidariamente respon-
sáveis pelo pagamento do ITR por terem interesse comum no fato gerador: ser prioritário da 
mesma área rural.
Com relação aos efeitos, vemos que não existe benefício de ordem na responsabilidade 
solidária exatamente por não haver preferência na ordem de pagamento, podendo a dívida ser 
cobrada de qualquer um dos devedores em sua integralidade. Mas o que seria tal benefício? 
Seria a situação em que um devedor subsidiário pode exigir que a dívida seja cobrada pelo 
Fisco primeiro com relação ao devedor principal para somente depois alcançar seu patrimô-
nio.
No Direito Tributário, ocorre o que chamamos de responsabilidade solidária passiva pura 
e simples, pois não é admitido o benefício de ordem entre os sujeitos passivos. Cada qual 
poderá ser acionado pelo Fisco, independentemente de ordem prévia de pagamento em sua 
totalidade.
Art. 124, Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.
Com relação ao pagamento, caso seja realizado por um dos devedores solidários, a todos 
a aproveitará.
Exemplo: se Maria, com 50 anos de idade e com 30% da propriedade da área rural, efetuar o 
pagamento integral do ITR, aproveitará todos os demais proprietários, gerando a extinção da 
dívida. Tal situação não impede que Maria ingresse na Justiça Cível para cobrar regressiva-
mente os valores de José e João.
Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
I – o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;
A prescrição poderá ser interrompida pelo despacho que ordena a citação, pelo protesto ju-
dicial, por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor e por qualquer ato inequívoco 
ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do débito pelo devedor.
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Art. 174, Parágrafo único. A prescrição se interrompe:
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal;
II – pelo protesto judicial;
III – por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
IV – por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito 
pelo devedor.
Caso a prescriçãoseja interrompida por qualquer uma das situações acima descritas com 
relação a qualquer um dos devedores solidários, os seus efeitos para determinação da extin-
ção ou para interrupção atingirão todos os demais devedores.
Exemplo: se for expedido o despacho de citação contra Maria, a prescrição será interrompida 
com relação a todos os devedores solidários.
Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
III – a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos 
demais.
Por fim, a isenção ou remissão do crédito exonerará todos os devedores solidários, salvo 
se outorgada pessoalmente a um deles, caso em que subsistirá a solidariedade quanto aos 
demais pelo saldo remanescente.
Exemplo: João possui dois anos de idade e é dono de 20% da área rural; Maria tem 50 anos de 
idade e é dona de 30% da área; José possui 90 anos de idade e é dono de 50% da propriedade. 
Diante da situação apresentada, vemos que João, Maria e José são solidariamente respon-
sáveis pelo pagamento do ITR por terem interesse comum no fato gerador: ser prioritário da 
mesma área rural.
A União editou uma lei ordinária determinando a isenção de ITR para os proprietários que 
tenham mais de 80 anos de idade. Desse modo, o único beneficiado com o instituto seria José, 
por cumprir integralmente os requisitos subjetivos e pessoais da lei.
João e Maria continuarão solidariamente responsáveis pelos outros 50% do ITR, ou seja, 
pelo saldo remanescente.
Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
II – a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente 
a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo;
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Conclusão: responsabilidade solidária tributária passiva ocorre quando duas ou mais pes-
soas se apresentam na condição de sujeito passivo da obrigação tributária e cada um respon-
derá pela totalidade da dívida.
QuesTão 1 (2ª FASE/X EXAME DE ORDEM) O Município “Z” ingressa com execução fiscal 
por conta de débito do ISS em face da empresa Bom Negócio Arrendamento Mercantil, da qual 
o Banco Bom Negócio S/A é sócio, pertencendo ambas ao mesmo grupo econômico. Com 
base no caso apresentado, responda justificadamente, utilizando todos os fundamentos jurídi-
cos aplicáveis à espécie.
a) Poderia o Banco Bom Negócio S/A ser parte legítima na execução fiscal? Resposta funda-
mentada. (Valor: 0,65)
Não há legitimidade do banco, pois sócio e sociedade não se confundem. Além disso, o fato 
de serem empresas do mesmo grupo econômico não torna o banco responsável. Não incide o 
art. 124, I, do CTN, ou o art. 128 do CTN. Não há interesse comum.
b) Quais são os requisitos que devem estar presentes para o reconhecimento de eventual so-
lidariedade entre as duas empresas? (Valor: 0,60) A simples menção ou transcrição do dispo-
sitivo legal não pontua.
Os elementos que deveriam estar presentes, para ser reconhecida a solidariedade, são: expres-
sa previsão da legislação, relação pessoal com o fato gerador do tributo e interesse comum;
QuesTão 2 (FCM/2020/PREFEITURA DE CONTAGEM-MG/AUDITOR-FISCAL/FISCALIZA-
ÇÃO) Com base nas regras do Código Tributário Nacional, avalie o que se afirma acerca da 
solidariedade e da responsabilidade tributária.
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DIREITO TRIBUTÁRIO
I – São solidariamente obrigadas as pessoas que tenham interesse comum na situação que 
constitua o fato gerador da obrigação principal, bem como aquelas que a lei designar.
II – O sócio quotista é pessoalmente responsável pelos créditos correspondentes a obriga-
ções tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de 
lei, contrato social ou estatutos.
III – A solidariedade tributária respeita o benefício de ordem, de modo a se exigir, inicialmen-
te, a obrigação do contribuinte principal, entendido como aquele que praticou o fato 
gerador em maior proporção.
IV – Os sucessores e o cônjuge meeiro são, pessoalmente, responsáveis pelos tributos devi-
dos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade 
ao montante do quinhão, do legado ou da meação.
Está correto apenas o que se afirma em
a) II.
b) IV.
c) II e III.
d) I e IV.
e) I, II e III.
Letra d.
I – Certa. Art. 124 do CTN.
II – Errada. No caso da responsabilidade solidária, a responsabilidade pessoal deve estar con-
dicionada à instauração de incidente de desconsideração de personalidade jurídica, conforme 
julgamento do STF.
III – Errada. Não há que se falar em benefício de ordem na responsabilidade solidária por não 
haver ordem para efetuar o pagamento (art. 124, parágrafo único, CTN).
IV – Certa. Art. 131, II, do CTN.
QuesTão 3 (GUALIMP/2019/PREFEITURA DE PORCIÚNCULA-RJ/ANALISTA DE TRIBU-
TOS) As pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador tribu-
tário da obrigação principal, são:
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Responsabilidade Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
a) Sujeitos Ativos.
b) Solidariamente Obrigadas.
c) Solidariamente Dispensadas.
d) Percentualmente Obrigadas.
Letra b.
Vide o art. 124 do CTN.
3.2. respoNsabilidade dos sucessores
A responsabilidade tributária por transferência, na modalidade de sucessão, pode ocorrer 
por ato inter vivos (art. 131, I, do CTN), causa mortis (art. 131, II e III, do CTN), sucessão socie-
tária ou sucessão comercial (arts. 132 e 133 do CTN).
3.2.1. Ato Inter Vivos
Bem imóvel: a sucessão por ato inter vivos com relação aos bens imóveis é regulada pelo 
art. 130 do Código Tributário Nacional e dispõe que a responsabilidade tributária incidente 
sobre bens imóveis e sub-roga-se na pessoa do adquirente no que diz respeito aos impostos, 
contribuições de melhoria e taxas de serviços sobre o bem.
As taxas de poder de polícia, fiscalização, continuarão sendo de responsabilidade do anti-
go proprietário em caso de alienação da propriedade.
QuesTão 4 (XII EXAME DE ORDEM) Pedro adquire imóvel de João, que o alugava anterior-
mente a uma sociedade empresária. Sobre esse imóvel estavam pendentes de pagamento os 
seguintes tributos: o IPTU, a Contribuição de Melhoria, a Taxa de Coleta Domiciliar de Lixo e a 
Taxa de Inspeção Sanitária devida pelo exercício do poder de polícia, em função da atividade 
ali desenvolvida. Com relação à responsabilidade tributária, assinale a afirmativa correta.
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Responsabilidade Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
a) Pedro só se torna responsável tributário do IPTU, da Taxa de Coleta Domiciliar de Lixo e 
da Contribuição de Melhoria, permanecendo João como sujeito passivo da Taxa de Inspeção 
Sanitária.
b) Pedro só se torna responsável tributário do IPTU e da Taxa de Coleta Domiciliar de Lixo, 
permanecendo João como sujeito passivo da Taxa de Inspeção Sanitária e da Contribuição de 
Melhoria.
c) Pedro é o responsável tributário de todos os tributos, devido à sucessão imobiliária.
d) João continua sendo o sujeito passivo de todos os tributos, muito embora o imóvel tenha 
sido adquirido por Pedro.
Letra a.
Pedro só se torna responsável tributário do IPTU, da Taxa de Coleta Domiciliar de Lixo e da Con-
tribuição de Melhoria, permanecendo João como sujeito passivo da Taxa de Inspeção Sanitária.
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domí-
nio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços 
referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, sub-rogam-se na pessoa dos respectivos 
adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
O adquirente poderá se eximir das obrigações tributárias caso conste no título a prova de 
quitação da dívida ou inexistência de débito.
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domí-
nio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços 
referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, sub-rogam-se na pessoa dos respectivos 
adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
O art. 130, parágrafo único, do Código Tributário Nacional, apresenta uma importante ex-
ceção acerca dos imóveis arrematados em hasta pública: todos os impostos incidentes sobre 
o imóvel, cujo fato gerador seja a propriedade, deverão ser descontados do preço pago pelo 
arrematante do bem, uma vez que a arrematação judicial configura como causa de aquisição 
originária de propriedade, devendo bem ser transferido para o arrematante sem qualquer ônus.
Art. 130, Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o 
respectivo preço.
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Responsabilidade Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
Segundo Hugo de Brito Machado:
Se o bem imóvel é arrematado em hasta pública, vinculado ficará o respectivo preço. Não o bem. O 
arrematante não é responsável tributário (CTN, art. 130, parágrafo único). A não ser assim, ninguém 
arremataria bens em hasta pública, pois estaria sempre sujeito a perder o bem arrematado, não 
obstante tivesse pago o preço respectivo. Justifica-se o disposto no art. 130 do Código Tributário 
Nacional porque entre o arrematante e o anterior proprietário do bem não se estabelece relação ju-
rídica nenhuma. A propriedade é adquirida pelo arrematante em virtude de ato judicial e não de ato 
negocial privado.1
Professora, caso o valor da arrematação não seja suficiente para quitar os débitos tributá-
rios, o arrematante ficará responsável pelas dívidas tributárias existentes sobre o imóvel?
Segundo o posicionamento doutrinário e jurisprudencial acerca do tema, os débitos tributá-
rios pendentes sobre o imóvel arrematado não serão de responsabilidade do arrematante dian-
te da inexistência de vínculo jurídico, mas poderão ser exigidos do antigo proprietário perante 
o Fisco em futura ação de execução.
(STJ - REsp: 1059102 RS 2007/0172311-0, Relator: Ministro LUIZ FUX, Data de Julga-
mento: 03/09/2009, T1 - PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 07/10/2009). PRO-
CESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. IPTU SOBRE IMÓVEL ARREMATADO 
EM HASTA PÚBLICA. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ILEGITIMIDADE PASSIVA. DÉBI-
TOS TRIBUTÁRIOS. SUB-ROGAÇÃO QUE OCORRE SOBRE O PREÇO. PARÁGRAFO ÚNICO, 
DO ART. 130, DO CTN. IMPOSSIBILIDADE DE IMPUTAR-SE AO ARREMATANTE ENCARGO 
OU RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA PENDENTE, QUE PER-
SISTE PERANTE O FISCO, DO ANTERIOR PROPRIETÁRIO. 1. O crédito fiscal perquirido 
pelo fisco deve ser abatido do pagamento, quando do leilão, por isso que, finda a arrema-
tação, não se pode imputar ao adquirente qualquer encargo ou responsabilidade tribu-
tária. Precedentes: (REsp 716438/PR, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA 
TURMA, julgado em 09/12/2008, DJe 17/12/2008; REsp 707.605 - SP, Relatora Ministra 
ELIANA CALMON, Segunda Turma, DJ de 22 de março de 2006; REsp 283.251 - AC, Rela-
tor Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS, Primeira Turma, DJ de 05 de novembro 
de 2001; REsp 166.975 - SP, Relator Ministro Ministro SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA, 
1 MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 27 ed. São Paulo: Malheiros, 2006. p. 163.
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Responsabilidade Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
Quarta Turma, DJ de 04 de outubro der 1.999). 2. Os débitos tributários pendentes sobre 
o imóvel arrematado, na dicção do art. 130, parágrafo único, do CTN, fazem persistir a 
obrigação do executado perante o Fisco, posto impossível a transferência do encargo 
para o arrematante, ante a inexistência de vínculo jurídico com os fatos jurídicos tributá-
rios específicos, ou com o sujeito tributário. Nesse sentido: Se o preço alcançado na arre-
matação em hasta pública não for suficiente para cobrir o débito tributário, nem por isso 
o arrematante fica responsável pelo eventual saldo. (BERNARDO RIBEIRO DE MORAES, 
Compêndio de Direito Tributário, 2º vol., Rio de Janeiro: Forense, 1995, p. 513). 3. A regên-
cia normativa em tela é a do CTN, parágrafo único do art. 130, dispositivo especial quanto 
ao caput, posto ser este aplicado nas relações obrigacionais de transferência de domínio 
ou posse de imóvel. In casu, a situação é especialíssima e adversa, não havendo que se 
falar em transferência de domínio por fins de aquisição dentro relações obrigacionais 
civis, seja de compra e venda, cessão, doação etc. 4. Deveras, revela-se inadequado impri-
mir à questão contornos obrigacionais, sendo impróprio aduzir-se a alienante e adqui-
rente, mas sim em executado e arrematante, respectivamente, diante da inexistência de 
vínculo jurídico com os fatos jurídicos tributários específicos, ou com o sujeito tributário. 
O executado, antigo proprietário, tem relação jurídico-tributária com o Fisco, e o arrema-
tante tem relação jurídica com o Estado-juiz. 5. Assim, é que a arrematação em hasta 
pública tem o efeito de expurgar qualquer ônus obrigacional sobre o imóvel para o arre-
matante, transferindo-o livremente de qualquer encargo ou responsabilidade tributária. 6. 
Recurso especial desprovido.
STJ - REsp n. 39.122-SP, 2ª Turma, Rel. Min. Peçanha Martins, j. 19/08/1996). PROCES-
SUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. IMÓVEL ADQUIRIDO EM HASTA PÚBLICA. CRÉDITOS TRIBUTÁ-
RIOS ANTERIORES. SUB-ROGAÇÃO NO PREÇO. ART. 130, § ÚNICO, DO CTN.
1. A teor do art. 130 e seu parágrafo único do CTN, operando-se a transmissão do imóvel 
por venda em hasta pública, os créditos tributários referentes a impostos, taxas e contri-
buições de melhoria sub-rogam-se sobre o preço depositadopelo adquirente.
TJPR - AI: 7075398 PR 0707539-8, Relator: Paulo Habith, Data de Julgamento: 
01/02/2011, 3ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ: 585. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO 
FISCAL. IPTU SOBRE IMÓVEL ARREMATADO EM HASTA PÚBLICA. ILEGITIMIDADE PAS-
SIVA. DÉBITOS TRIBUTÁRIOS. SUB-ROGAÇÃO QUE OCORRE SOBRE O PREÇO. PARÁ-
GRAFO ÚNICO, DO ART. 130, DO CTN. IMPOSSIBILIDADE DE IMPUTAR- SE AO ARRE-
MATANTE ENCARGO OU RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA 
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Responsabilidade Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
PENDENTE, QUE PERSISTE PERANTE O FISCO, DO ANTERIOR PROPRIETÁRIO. RECURSO 
CONHECIDO E NÃO PROVIDO. - O crédito fiscal perquirido pelo fisco deve ser abatido do 
pagamento, quando do leilão, por isso que, finda a arrematação, não se pode imputar ao 
adquirente qualquer encargo ou responsabilidade tributária.
QuesTão 5 (VUNESP/2019/CÂMARA DE SÃO ROQUE-SP/PROCURADOR JURÍDICO) Pe-
dro arrematou em hasta pública um apartamento sobre o qual incidiam dívidas de IPTU no 
importe de R$ 6.000,00. Sabe-se que o valor oferecido por Pedro na arrematação foi de R$ 
220.000,00. A respeito da situação hipotética, é correto afirmar que Pedro
a) deve pagar R$ 226.000,00, na qualidade de responsável por sucessão.
b) se sub-roga pela quantia de R$ 220.000,00, por sua qualidade de arrematante.
c) é responsável subsidiário e, nessa qualidade, deve pagar R$ 226.000,00
d) na qualidade de responsável tributário, deve pagar o valor de R$ 214.000,00, de modo a ser 
abatida a dívida do imóvel.
e) possui a qualidade de substituto tributário e, como tal, deve ao Fisco municipal o valor de 
R$ 6.000,00.
Letra b.
Vide o art. 130, parágrafo único, do CTN.
Bem móvel: a sucessão por ato inter vivos com relação aos bens móveis é regulada pelo 
art. 131, I, do Código Tributário Nacional. É muito parecida com a responsabilidade tributária 
incidente sobre bem imóvel, sub-rogando-se as dívidas à pessoa do adquirente, só que, nesse 
caso, sem exceções.
Art. 131. São pessoalmente responsáveis:
I – o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos;
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DIREITO TRIBUTÁRIO
Exemplos: João resolveu alienar seu automóvel para Pedro, com dívidas em atraso de IPVA. 
Pedro, adquirente, se tornará responsável tributário por todas as dívidas de IPVA incidentes 
sobre o veículo por ser o adquirente do bem.
No caso da remição (remir, redimir e são perdão – remissão), diante do resgate do bem penho-
rado mediante pagamento da dívida, o remitente será o responsável pessoal pela dívida.
3.2.2. Dos Sucessores
Na sucessão tributária causa mortis, prevista no art. 131, II e III, do Código Tributário Nacio-
nal, há duas situações. A primeira, prevista no inciso III, diz respeito aos fatos geradores ocor-
ridos à época em que o de cujus ainda era vivo. Nesse caso, o espólio será o responsável pelo 
pagamento dos tributos em aberto até o limite da herança. A segunda diz respeito aos fatos 
geradores ocorridos após a abertura da sucessão e antes da partilha, em que os sucessores e 
o cônjuge meeiro serão os responsáveis tributários.
Art. 131, II e III, do CTN
MORTE
Abertura da 
sucessão
Partilha
IPTU em aberto dos 
anos de 2030 e 2031 2032
IPTU em aberto dos 
anos de
2033 e 2034
2035
Da partilha para frente, 
cada sucessor e o cônjuge 
meeiro serão contribuintes 
do tributo correspondente 
a sua quota parte.
Contribuinte: de cujus
Contribuinte: espó-
lio na pessoa do 
inventariante
Responsável: espólio
Responsável:
sucessor e cônjuge 
meeiro
TRIBUTO Até a morte
Após a morte e 
descoberto antes da 
sentença de partilha
Até a morte e não 
pagos até a 
sentença de 
partilha
Após a morte e não 
pagos até a sentença de 
partilha
Contribuinte De cujus Espólio De cujus Espólio
Responsável Espólio Inventariante
Sucessores e 
cônjuge meeiro
Sucessores e cônjuge 
meeiro
Tipo Pessoal Solidária Pessoal Pessoal
Dispositivo legal
Art. 131, III 
CTN
Art. 134, IV, do CTN
Art. 131, II, do 
CTN
Art. 131, II, do CTN
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Responsabilidade Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
3.2.3. Da Sucessão Empresarial
Sucessão societária: as empresas resultantes de processo de fusão, transformação ou 
incorporação de empresas de direito privado serão responsáveis tributárias pelos tributos, ju-
ros, multas punitivas moratórias devidas até a data em que foram fusionadas, incorporadas 
ou transformadas, aplicando-se ainda os casos de extinção das pessoas jurídicas quando a 
exploração do ramo continue a ser exercida por qualquer sócio remanescente.
Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação 
de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas 
de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de 
direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio re-
manescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.
A fusão ocorre quando duas empresas se unem para formar uma nova que será responsá-
vel por todas as dívidas anteriores, como ocorreu no caso da fusão entre a Antarctica e Brah-
ma, dando criação ao novo grupo da Ambev. A transformação ocorre quando, por exemplo, 
uma Sociedade Limitada se transforma em uma Sociedade Anônima sem ser extinta. A incor-
poração ocorre quando uma empresa é absorvida pela outra, deixando a primeira de existir.
O maior objetivo da redação do art. 132 do Código Tributário Nacional é evitar que a trans-
formação societária seja uma forma de se eximir da responsabilidade pelo pagamento dos 
tributos, coibindo, assim, o instituto da elisão fiscal.
O art. 132 do CTN é omisso quanto ao instituto da cisão. Nesse caso, parcial ou total, a respon-
sabilidade pelo pagamento dos tributos devidos será solidária.
Exemplo: a sociedade A transfere todo o seu patrimônio para B e C (cisão total) ou transfere 
parte (cisão parcial). Seja em um ou em outro caso, segundo a jurisprudência, a cisão da socie-
dade também é modalidade de modificação empresarial e, portanto, está sujeita aos efeitos 
da responsabilidade tributária com o mesmo tratamento jurídico conferido às demais espécies 
de sucessão (STJ. 1ª Turma. REsp 852.972/PR, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, julgado em 
25/05/2010).
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ResponsabilidadeTributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
QuesTão 6 (2ª FASE/IV EXAME DE ORDEM) A empresa Nova Casa atua no ramo de venda 
de eletrodomésticos e como tal encontra-se sujeita ao recolhimento do ICMS e ao dever de 
entregar arquivos magnéticos com as informações das vendas efetuadas em cada período 
de recolhimento. Em fiscalização realizada em 01/02/2009, o Fisco Estadual constatou a in-
suficiência do recolhimento do ICMS no período entre 01/01/2008 a 01/02/2009 e lavrou auto 
de infração exigindo o tributo não recolhido acrescido de multa no montante correspondente 
a 80% do tributo devido, na forma da legislação estadual. Ainda como consequência da fisca-
lização, foi lavrado outro auto de infração para aplicar a penalidade de R$ 1.000,00 por cada 
arquivo magnético não entregue no mesmo período. Ocorre que, no prazo para apresentação 
da impugnação administrativa, os sócios da empresa Nova Casa finalizaram as negociações 
anteriormente iniciadas com a sua concorrente Incasa e decidiram vender a empresa, a qual 
foi incorporada pela Incasa. Ao se deparar com as autuações em questão, a Incasa aciona o 
seu corpo jurídico.
Com base nesse cenário, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos 
apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.
a) Existe a possibilidade de cancelar, total ou parcialmente, o auto de infração lavrado para 
cobrança do tributo devido e da sua respectiva penalidade? (Valor: 0,8)
O artigo 132 do CTN prevê que a:
[...] pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra 
ou em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas jurídicas de direito 
privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
Ao utilizar a expressão “tributos”, segundo a interpretação consolidada pelo STJ em sede de 
Recurso Repetitivo n. 923.012/MG, o legislador não quis restringir a sucessão dos créditos tri-
butários somente aos débitos decorrentes de inadimplemento no pagamento do tributo, mas 
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Responsabilidade Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
também às multas de caráter moratório ou punitivo. No art. 129 do CTN, o legislador utilizou 
a expressão “créditos tributários”, sem qualquer restrição. Portanto, as multas constituídas ou 
em fase de constituição até a data do ato de incorporação permanecem como devidas pela 
empresa incorporadora (Súmula n. 554 do STJ).
b) Existe a possibilidade de cancelar, total ou parcialmente, o auto de infração lavrado para 
exigir a penalidade por falta de entrega dos arquivos magnéticos? (Valor: 0,45)
Na mesma linha, as obrigações chamadas de acessórias também são consideradas como de-
vidas pela empresa incorporadora, pois, conforme prevê o art. 113, § 3º, do CTN, as obrigações 
acessórias, pelo simples fato de sua inobservância, convertem-se em obrigação principal. Por-
tanto, não há fundamento jurídico para excluí-las da sucessão por incorporação.
QuesTão 7 (2ª FASE/XXVI EXAME DE ORDEM) A sociedade empresária ABC Ltda., deve-
dora de tributos não pagos no prazo devido e de multas tributárias punitivas não pagas, foi 
incorporada pela sociedade XYZ Ltda. A sociedade XYZ resolveu pagar os tributos atrasados 
da sociedade incorporada, mas foi informada pela Administração Tributária que também era 
responsável pelas multas tributárias moratórias e punitivas devidas pela sociedade ABC Ltda., 
ainda que referentes a fatos anteriores à incorporação. Diante desse quadro, responda aos 
itens a seguir.
a) A Administração Tributária está correta em exigir da sociedade empresária XYZ Ltda. as 
multas tributárias moratórias e punitivas a que não deu causa, por serem anteriores à incorpo-
ração? (Valor: 0,70)
Sim. Nos termos do art. 132 do CTN, a pessoa jurídica de direito privado que resultar de incor-
poração em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas jurídi-
cas de direito privado incorporadas, conforme estabelecido pela Súmula n. 554 do STJ:
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Responsabilidade Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
Na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade da sucessora abrange não 
apenas os tributos devidos pela sucedida, mas também as multas moratórias ou puniti-
vas referentes a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão.
b) Os sócios-administradores da sociedade incorporadora podem ser pessoalmente responsa-
bilizados pelo pagamento das multas tributárias punitivas da sociedade incorporada antes da 
incorporação? (Valor: 0,55)
Não. Os sócios-administradores da sociedade incorporadora não podem ser pessoalmente 
responsabilizados. Para que houvesse responsabilidade pessoal, seria necessário que, à épo-
ca dos fatos que ensejaram a aplicação de multa punitiva, fossem administradores da socieda-
de incorporada. Somente são pessoalmente responsáveis aqueles que praticarem atos “com 
excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos” (art. 135, caput, do CTN). 
Ademais, o art. 137 do CTN, que trata de responsabilidade por infrações, não cria responsabi-
lidade pessoal do agente pelo mero fato de ser sócio-administrador de sociedade incorpora-
dora. Portanto, apenas a sociedade incorporadora, com seu patrimônio, responde por esses 
débitos em razão da sucessão de empresas.
Sucessão empresarial: o art. 133 do Código Tributário Nacional trata da ideia da respon-
sabilidade tributária em face da sucessão/alienação empresarial, dispondo que o adquirente 
responderá, seja pessoa física ou jurídica, pelas dívidas tributárias diante de alienação de fun-
do de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, desde que continue a 
respectiva exploração da atividade, tendo em vista a teoria da aparência.
Ocorre que, para saber o tipo de responsabilidade que será aplicada ao adquirente, deve ser 
analisado o ato do alienante após a venda. Observa-se:
• se o alienante cessar a exploração da atividade empresarial ou voltar a explorá-la após 
seis meses da data da alienação (interpretação harmônica da legislação), o adquirente 
responderá de forma integral pelas dívidas tributárias (art. 133, I, do CTN);
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Responsabilidade Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, 
fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva 
exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos 
tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:
I – integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
• se o alienante continuar a exploração da atividade econômica dentro do prazo de seis 
meses contados da venda, no mesmo ramo de comércio ou não, o adquirente responde-
rá deforma subsidiária (art. 133, II, do CTN).
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, 
fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva 
exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos 
tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:
II – subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis 
meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, 
indústria ou profissão.
Esquema do art. 133 do CTN:
Processo de falência (art. 133, § 1º, do CTN):
Art. 133, § 1º, I – em processo de falência.
Se já tiver sido decretada a falência de um estabelecimento comercial e uma pessoa efetu-
ar a compra da empresa, não haverá transferência da responsabilidade tributária, sob pena de 
desestimular operações nessas situações.
II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial.
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Responsabilidade Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
Da mesma forma, se já tiver sido decretada a recuperação judicial de uma empresa, não 
haverá transferência da responsabilidade tributária.
No entanto, se a venda for feita no curso de processo de falência ou recuperação judicial 
para:
• sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo de-
vedor falido ou em recuperação judicial;
• parente, em linha reta ou colateral até o 4º grau, consanguíneo ou afim, do devedor falido 
ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou
• identificado como agente do falido (laranja) ou do devedor em recuperação judicial com 
o objetivo de fraudar a sucessão tributária.
Haverá a imputação da responsabilidade tributária sob pena de fraude (art. 133, § 2º, do CTN).
Art. 133, § 2º, I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada 
pelo devedor falido ou em recuperação judicial;
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4º (quarto) grau, consanguíneo ou afim, do devedor 
falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou
III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de 
fraudar a sucessão tributária.
Análise da Súmula n. 554 do STJ na Sucessão Societária e Empresarial
De acordo com o teor da Súmula n. 554 do STJ, diante de sucessão societária (art. 132 
do CTN) ou sucessão empresarial (art. 133 do CTN), a nova empresa responderá não apenas 
pelos tributos, mas também pelas multas punitivas e moratórias.
Súmula n. 554 do STJ
Na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade da sucessora abrange não 
apenas os tributos devidos pela sucedida, mas também as multas moratórias ou puniti-
vas referentes a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão.
QuesTão 8 (2ª FASE/XIX EXAME DE ORDEM) Em janeiro de 2014, a pessoa jurídica Beta 
adquiriu o estabelecimento comercial da pessoa jurídica Delta e continuou a explorar a atividade 
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Responsabilidade Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
sob outra razão social. Ao adquirir o estabelecimento, a pessoa jurídica Beta não elegeu do-
micílio tributário. Três meses após a alienação, a pessoa jurídica Delta iniciou nova atividade 
no mesmo ramo de comércio. Em janeiro de 2015, a pessoa jurídica Beta foi notificada pelo 
Estado de Minas Gerais para pagamento de créditos de ICMS relativos ao estabelecimento 
adquirido e referentes ao ano de 2013, uma vez que, de acordo com o Estado de Minas Gerais, 
a responsabilidade da pessoa jurídica Beta quanto a tais créditos seria integral. Diante disso, 
responda aos itens a seguir.
a) É correto o entendimento do Estado de Minas Gerais no sentido de que a responsabilidade 
da pessoa jurídica Beta é integral? (Valor: 0,75)
O entendimento do estado de Minas Gerais não está correto, uma vez que, de acordo com o art. 
133, II, do Código Tributário Nacional, a pessoa jurídica de direito privado que adquirir de outra, 
por qualquer título, estabelecimento comercial e continuar a respectiva exploração sob outra 
razão social, responderá pelos tributos relativos ao estabelecimento adquirido devidos até a 
data do ato, subsidiariamente com o alienante, se este iniciar, dentro de seis meses, a contar 
da data da alienação, nova atividade no mesmo ramo de comércio.
b) Diante da falta de eleição de domicílio tributário pela pessoa jurídica Beta, qual(is) local(is) 
deve(m) ser indicado(s) pela administração tributária para a notificação? (Valor: 0,50)
Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da le-
gislação aplicável, considera-se como tal, quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às 
firmas individuais, o lugar da sua sede ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à 
obrigação, o de cada estabelecimento, conforme o art. 127, II, do Código Tributário Nacional.
QuesTão 9 (FUNDEP/GESTÃO DE CONCURSOS/2019/PREFEITURA DE CONTAGEM-MG/
PROCURADOR MUNICIPAL) Sobre a responsabilidade tributária, assinale a alternativa incorreta.
a) Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio 
útil ou a posse de bens imóveis subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo 
quando conste do título a prova de sua quitação.
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b) No caso de arrematação em hasta pública, o arrematante não será responsável pelo pa-
gamento de créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o 
domínio útil ou a posse de bens imóveis.
c) A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fun-
do de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional e continuar a respec-
tiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde 
pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato, 
subsidiariamente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade.
d) No processo de falência, a pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de ou-
tra fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional e continuar a 
respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, 
não responde pelos tributos, relativos ao fundo ou ao estabelecimento adquirido, devidos até 
à data do ato.
Letra c.
a) Errada. Art. 130 do CTN.
b) Errada. Art. 130, parágrafo único, do CTN
c) Certa. Art. 133, II, do CTN.
d) Errada. Art. 133, § 1º, do CTN.
3.3. respoNsabilidade de Terceiros
3.1.1. Artigo 134 do CTN
Como visto em tópico anterior, o art. 134 do Código Tributário Nacional possui, inicialmen-te, uma redação singela de responsabilidade tributária. No entanto, em seu texto, é destacado 
o trecho “nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal 
pelo contribuinte”. Traduzindo: nítida responsabilidade subsidiárias em um primeiro momento.
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Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo 
contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões 
de que forem responsáveis:
O rol disposto no art. 134 do CTN nos leva à conclusão de que somente responderão de 
forma solidária diante da impossibilidade do cumprimento da obrigação principal pelo contri-
buinte. Caso o contribuinte não consiga arcar com sua obrigação, serão chamadas de forma 
subsidiária as pessoas listadas e responderão de forma solidária. No caso de penalidade, res-
ponderão apenas pelas de caráter moratório.
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo 
contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões 
de que forem responsáveis:
I – os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
II – os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;
III – os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;
IV – o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V – o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
VI – os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos 
praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
VII – os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter 
moratório.
3.1.2. Responsabilidade Pessoal
O art. 135 do Código Tributário Nacional dispõe que responderão pessoalmente pelas dí-
vidas tributárias aqueles que, listados na redação do dispositivo, tenham agido com excesso 
de poder.
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias 
resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou esta-
tutos:
I – as pessoas referidas no artigo anterior;
II – os mandatários, prepostos e empregados;
III – os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.
Vejamos a redação da Súmula n. 430 do STJ. O mero inadimplemento de tributo, por si só, 
não gera a responsabilidade solidária do sócio-gerente, caso não sejam comprovados os requi-
sitos previstos no caput do art. 135 do CTN.
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Súmula n. 430 do STJ
O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a responsa-
bilidade solidária do sócio-gerente.
Já a Súmula n. 435 do STJ permite o redirecionamento da execução fiscal para o patrimô-
nio pessoal, por exemplo, do sócio-gerente, quando houver dissolução irregular da sociedade, 
haja vista a configuração de infração à legislação.
Súmula n. 435 do STJ
Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicí-
lio sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da exe-
cução fiscal para o sócio-gerente.
Vale destacar que tal responsabilidade somente atingirá o sócio-gerente no período em 
que tenha atuado como tal, não podendo ser responsabilizado por eventuais dívidas relativas 
a períodos anteriores.
Por fim, todos os devedores, inclusive contribuintes e eventuais responsáveis, devem ser 
indicados pelo Fisco na certidão de dívida ativa para que posteriormente possam ter a possibi-
lidade de redirecionamento da execução fiscal contra eles e, nesse caso, de inclusão do nome 
do responsável na Certidão de Dívida Ativa. A alternativa de defesa do responsável em sede de 
execução fiscal será a oposição de embargos à execução fiscal após a garantia do juízo.
No entanto, se o nome do responsável não constar da Certidão de Dívida Ativa e, mesmo 
assim, o Fisco o executar, este poderá se defender mediante a apresentação de simples pe-
tição de exceção de pré-executividade, sem necessidade de dilação probatória, requerendo a 
exclusão de seu nome do polo passivo da execução por não ser parte legítima.
Julgamento sobre o tema:
Todavia, para 1ª Turma do STJ: no caso específico do art. 124 do CTN, É necessária a ins-
tauração do incidente de desconsideração da personalidade da pessoa jurídica devedora 
para o redirecionamento de execução fiscal a pessoa jurídica que integra o mesmo grupo 
econômico, mas que não foi identificada no ato de lançamento (Certidão de Dívida Ativa) 
ou que não se enquadra nas hipóteses dos arts. 134 e 135 do CTN.
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Para a 1ª Turma, o incidente somente é necessário em algumas situações de redireciona-
mento, como no caso da responsabilidade solidária prevista no art. 124 do CTN.
 Não é necessária a instauração do incidente de desconsideração da personalidade jurídi-
ca (art. 133 do CPC/2015) no processo de execução fiscal no caso em que a Fazenda Pública 
exequente pretenda alcançar pessoa distinta daquela contra a qual, originalmente, foi ajuizada 
a execução, mas cujo nome consta na Certidão de Dívida Ativa, após regular procedimento 
administrativo, ou, mesmo o nome não estando no título executivo, o Fisco demonstre a res-
ponsabilidade, na qualidade de terceiro, em consonância com os arts. 134 e 135 do CTN.
 Por outro lado, é necessária a instauração do incidente de desconsideração da personali-
dade da pessoa jurídica devedora para o redirecionamento de execução fiscal a pessoa jurídica 
que integra o mesmo grupo econômico, mas que não foi identificada no ato de lançamento 
(Certidão de Dívida Ativa) ou que não se enquadra nas hipóteses dos arts. 134 e 135 do CTN. 
STJ. 1ª Turma. REsp 1.775.269-PR, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 21/02/2019 (Info 643).
QuesTão 10 (2ª FASE/VII EXAME DE ORDEM) Até o ano de 2007, o Sr. José da Silva exerceu 
a função de sócio, com poderes de gestão, da “Acampados Turismo S.A”, tendo, posterior-
mente, se desligado da sociedade. Em fevereiro de 2011, é surpreendido ao ser citado em 
execução fiscal para responder por débitos fiscais pendentes relativos ao IRPJ e pela falta de 
recolhimento de contribuições previdenciárias dos funcionários, as quais foram devidamente 
descontadas, ambos referentes a período de apuração em que José administrava a empresa.
Considerando a situação narrada, responda aos itens a seguir, de forma fundamentada.
a) É possível a cobrança integral do ex-sócio dos montantes tributários e previdenciários devi-
dos e não recolhidospela companhia, quando ele já não exercia mais atos de administração 
da S.A.? (Valor: 0,65)
Sim, para a contribuição previdenciária, conforme art. 135, III, do CTN, os diretores, gerentes ou 
representantes de pessoas jurídicas de direito privado são pessoalmente responsáveis pelos 
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créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso 
de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos.
b) Houve infração legal imputável a José da Silva? (Valor: 0,60)
Não em relação ao IRPJ, visto que nesse caso se trata de inadimplemento da obrigação tribu-
tária, razão pela qual deve ser aplicada a Súmula n. 430 do STJ. Nas Sociedades Anônimas, os 
diretores não respondem pessoalmente pelas obrigações contraídas em nome da sociedade, 
mas respondem para com esta e para com terceiros solidária e ilimitadamente pelo excesso 
de mandato e pelos atos praticados com violação do estatuto ou lei (art. 158, I e II, da Lei n. 
6.404/1976). Os sócios (diretores, gerentes ou representantes da pessoa jurídica) são respon-
sáveis, por substituição, pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes 
da prática de ato ou fato eivado de excesso de poderes ou com infração de lei, contrato social 
ou estatutos, nos termos do art. 135, III, do CTN. O referido dispositivo trata da responsabili-
dade por substituição. Aqueles que representam a sociedade e agem de má-fé merecem, por 
inteiro, o peso da responsabilidade tributária decorrente de atos praticados sob essas circuns-
tâncias. Sempre que a empresa deixa de recolher o tributo na data do respectivo vencimento, 
a impontualidade ou a inadimplência é da pessoa jurídica, não do sócio-gerente (ou diretor). 
Ademais, o simples inadimplemento não caracteriza infração legal (Súmula n. 430, STJ). Con-
tudo, a falta de recolhimento das contribuições previdenciárias descontadas dos empregados 
se afigura em infração à lei, apropriação indébita.
QuesTão 11 (2ª FASE/XVII EXAME DE ORDEM) A União ajuizou execução fiscal em face da 
pessoa jurídica ABC Águas Ltda. e de João, diretor da pessoa jurídica, cujo nome estava indi-
cado na certidão de dívida ativa (CDA), para a cobrança de valores relativos ao Imposto sobre 
a Renda (IR), supostamente devidos. De acordo com a União, a atribuição de responsabilidade 
ao Diretor estaria correta, tendo em vista o inadimplemento do tributo pela pessoa jurídica. 
Diante desse caso, responda aos itens a seguir.
a) A inclusão de João na CDA como responsável tributário, em razão do mero inadimplemento 
do tributo pela pessoa jurídica ABC Águas Ltda., está correta? (Valor: 0,60)
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O(a) candidato(a) deverá indicar que o argumento apresentado pela União não está correto, 
tendo em vista que a falta de pagamento do tributo não gera, por si só, a responsabilidade do 
diretor, prevista no art. 135 do CTN. Nesse sentido dispõe a Súmula n. 430 do Superior Tribunal 
de Justiça.
b) Caso a execução fiscal tivesse sido ajuizada somente em face da pessoa jurídica, a União 
teria que demonstrar algum requisito para a inclusão do Diretor no polo passivo da execução 
fiscal? (Valor: 0,65) Obs.: o examinando deve fundamentar suas respostas. A mera citação do 
dispositivo legal não confere pontuação.
É preciso destacar que, se a execução tivesse sido proposta somente em face da pessoa ju-
rídica, havendo indicação do nome do diretor na CDA, a União não teria de provar a presença 
dos requisitos do art. 135 do CTN, tendo em vista a presunção relativa de liquidez e certeza da 
CDA, conforme o art. 3º da Lei n. 6.830/1980 e/ou o art. 204 do CTN. Admite-se como correta a 
resposta que indicar que, caso o nome de João não constasse da CDA, a União teria de provar 
a presença de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei ou contrato social 
ou estatuto ou a dissolução irregular da pessoa jurídica, nos termos do art. 135,do CTN ou da 
Súmula n. 435 do Superior Tribunal de Justiça.
4. por iNfrações
4.1. arTs. 136 e 137 do cTN
A responsabilidade tributária por infrações é objetiva e, para ser aplicada, independe da 
intenção do agente, do responsável, da efetividade, da natureza e da extensão de seus efeitos.
Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tribu-
tária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos 
efeitos do ato.
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A responsabilidade alcançará apenas as infrações de natureza administrativa, culminando 
na aplicação de sanções fiscais (multas) pelo descumprimento de obrigações tributárias.
Art. 137. A responsabilidade é pessoal ao agente:
I – quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou contravenções, salvo quando pratica-
das no exercício regular de administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou no cumprimento 
de ordem expressa emitida por quem de direito;
II – quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente seja elementar;
III – quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico:
a) das pessoas referidas no artigo 134, contra aquelas por quem respondem;
b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus mandantes, preponentes ou emprega-
dores;
c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado, contra estas”.
QuesTão 12 (CONSULPAM/2019/PREFEITURA DE VIANA-ES/PROCURADOR) Acerca da 
responsabilidade tributária e de acordo com Código Tributário Nacional, julgue os itens a seguir:
I – Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o 
domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela presta-
ção de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, sub-rogam-se 
na pessoa dos respectivos adquirentes, inclusive quando conste do título a prova de 
sua quitação.
II – Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação 
tributária depende da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza 
e extensão dos efeitos do ato.
III – A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, 
se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da 
importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo de-
penda de apuração.
Está CORRETO o que se afirma em:
a) Apenas I.
b) I e III.
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c) Apenas III.
d) Apenas II.
Letra d.
I – Errada. Art. 130 do CTN. Salvo quando consta do título prova de sua quitação.
II – Errada. Art. 137 do CTN. A responsabilidade tributária é objetiva e independe da intenção 
do agente.
III – Certa. Art. 138 do CTN.
4.2. deNúNcia espoNTâNea ou coNfissão espoNTâNea
A denúncia espontânea é um benefício requerido pelo contribuinte ao Fisco (um reconheci-
mento pelo contribuinte da infração), ANTES de qualquer procedimento administrativo ou judi-
cial, seja este iniciado pelo Fisco ou pelo próprio contribuinte e, caso seja deferido, acarretará 
o pagamento integral e imediato dos tributos devidos, dos juros, mas haverá a exclusão dos 
valores das multas administrativas.
Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for 
o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitra-
da pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.
Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer 
procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.
Min. Mauro Campbell Marques, EREsp 1131090/RJ: “O instituto da denúncia espontânea, 
mais que um benefício direcionado ao contribuinte, que dele se favorece ao ter excluída 
a responsabilidade pela multa, está direcionado à Administração Tributária, que deve ser 
preservada de incorrer nos custos administrativos relativos à fiscalização, constituição, 
administração e cobrança do crédito. Para sua ocorrência, deve haver uma relação de 
troca entre o custo de conformidade (custo suportado pelo contribuinte para se adequar 
ao comportamento exigido pelo Fisco) e o custo administrativo (custo no qual incorre a 
máquina estatal para as atividades acima elencadas) balanceado pela regra prevista no 
art. 138 do CTN.”
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QuesTão 13 (2ª FASE/XI EXAME DE ORDEM) No ano de 2012, Caio doou um bem móvel no 
valor de R$ 100.000,00 para Tício, sem que tenha sido recolhido qualquer tributo. No ano se-
guinte, Tício, aconselhado por um amigo, antes de qualquer fiscalização por parte da Fazenda 
do Estado “X”, declarou e recolheu o Imposto sobre Transmissão causa mortis e doação, de 
quaisquer bens ou direitos (ITCD) devido, acompanhado de juros de mora e correção monetá-
ria. Ao tomar ciência do fato gerador do ITCD e verificar que não houve recolhimento da multa 
moratória, a Fazenda autuou Caio, visando à cobrança da multa. Considerando o caso descrito 
e que a lei estadual previa que o doador é o contribuinte do ITD, responda aos itens a seguir, 
fundamentadamente.
a) Está correta a exclusão da multa moratória? (Valor: 0,65)
Para se caracterizar o instituto da denúncia espontânea, o pagamento do tributo deve vir acom-
panhado da correção monetária e dos juros moratórios, conforme previsão legal. A denúncia 
espontânea, no entanto, exclui as multas de caráter punitivo, decorrentes do atraso no paga-
mento. Sendo assim, o(a) candidato(a) deve responder que está correta a exclusão da multa 
moratória no caso descrito, tendo em vista a ocorrência da denúncia espontânea, prevista no 
art. 138, do CTN.
b) Pode a lei estadual definir o contribuinte do ITCD? (Valor: 0,60)
A resposta também é positiva. Segundo o art. 42 do CTN, a lei poderá dispor sobre quem é o 
contribuinte: o donatário, no caso Tício, ou o doador, no caso Caio.
QuesTão 14 (2ª FASE/XVI EXAME DE ORDEM) Em 2008, constou na Declaração de Débitos 
e Créditos Tributários Federais (DCTF) da pessoa jurídica AB&C Participações Ltda. que era devido, 
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a título de Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS, o valor de R$ 
25.000,00 (vinte e cinco mil reais). No entanto, a AB&C Participações Ltda. não efetuou o re-
colhimento antes do vencimento do tributo. Em 2009, antes do início de qualquer fiscalização 
por parte da Fazenda Nacional, a AB&C Participações Ltda. efetuou o recolhimento daquele 
montante da COFINS informado no ano anterior na DCTF, sem, no entanto, o acréscimo da mul-
ta de mora, em razão da ocorrência da denúncia espontânea. Por não concordar com a AB&C 
Participações Ltda., a Fazenda Nacional lavrou auto de infração cobrando o valor integral do 
tributo (deduzido do montante já recolhido), sendo a AB&C Participações Ltda. intimada para 
pagar ou apresentar defesa. Sobre o caso, responda aos itens a seguir.
a) Está correto o entendimento da pessoa jurídica AB&C Participações Ltda. sobre a ocorrên-
cia da denúncia espontânea? (Valor: 0,65)
Não. O benefício da denúncia espontânea, com a exclusão da multa de mora, não se aplica nos 
casos de tributos sujeitos ao lançamento por homologação, como no caso da Cofins, quando, 
regularmente declarados, foram pagos a destempo, conforme enunciado da Súmula n. 360 do 
STJ.
b) Caso a pessoa jurídica proponha ação anulatória buscando desconstituir o auto de infração, 
poderá apresentar, simultaneamente, defesa no processo administrativo? (Valor: 0,60) Res-
ponda justificadamente, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação 
legal pertinente ao caso.
Não. A Lei n. 6.830/1980 (chamada Lei de Execuções Fiscais) prevê, em seu art. 38, parágrafo 
único, que “a propositura, pelo contribuinte, da ação prevista neste artigo (que é a ação anulató-
ria) importa em renúncia ao poder de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso 
acaso interposto”.
QuesTão 15 (2ª FASE/XIX EXAME DE ORDEM) A pessoa jurídica Theta S.A. declarou e não 
pagou o débito referente à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS). 
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DIREITO TRIBUTÁRIO
Meses depois, como iria participar de uma licitação e precisava apresentar certidão de regula-
ridade fiscal, antes do início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscaliza-
ção por parte da União, a pessoa jurídica Theta S.A. realizou o pagamento do tributo, excluindo, 
no entanto, a multa moratória. Sobre a hipótese descrita, responda aos itens a seguir.
a) Está correta a exclusão da multa moratória? Fundamente. (Valor: 0,65)
Trata-se de questão que versa sobre denúncia espontânea. O(a) examinando(a) deverá indicar 
que, na hipótese, não é cabível a denúncia espontânea, prevista no art. 138 do Código Tribu-
tário Nacional, pois a Cofins, tributo sujeito a lançamento por homologação, foi regularmente 
declarada, porém paga a destempo. Nesse sentido é o entendimento do Superior

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