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Direito Empresarial I

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Direito Empresarial I – Raphael Fonseca
professor.rpf@hotmail.com
BIBLIOGRAFIAS.: 
Fábio Ulhôa | Gladstone Mamede | Sérgio Campinho | Elisabete Vidol
1. Conceito
É ramo do direito privado que regula a atividade empresarial, os títulos de crédito e os processos de recuperação judicial e falência. Encontra-se estruturado de forma tripartite (direito societário [empresarial 1], direito cambial [empresarial 2] e direito falimentar [empresarial 2]).
2. Princípios inerentes ao direito empresarial
a. Princípio da livre iniciativa
Este princípio pode ser entendido como um fundamento do Estado brasileiro que busca proteger o trabalho e a própria geração de riqueza. (Previsão no artigo 1° da CF/88)
b. Princípio da legalidade
“ninguém está obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude de lei em contrapartida o poder público só pode fazer aquilo que está previsto em lei”. Este princípio no âmbito do direito empresarial prevê que o empresário (particular) pode fazer tudo aquilo que a lei não o proíbe. 
c. Princípio da autonomia privada
Tal princípio, guarda intima relação com o princípio anterior (princípio da legalidade) e apresenta-se como uma própria decorrência deste. Por este princípio podemos interpretar que o particular poderá realizar a sua atividade empresarial na forma que melhor atender aos seus interesses. 
d. Princípio da função social da empresa
Este princípio estabelece que a empresa busca atender aos seus interesses pessoais, porém, não pode prejudicar os interesses da coletividade. 
e. Princípio da preservação da empresa
Sendo a empresa o elemento social de produção de riqueza e geração de subsistência ela deverá ser preservada pelo Estado. (Ex.: recuperação judicial)
f. Princípio da força obrigatória dos contratos (pacta sunt servanda)
Este típico princípio do direito civil apresenta forte incidência no direito empresarial e prevê que como regra tudo aquilo que foi pactuado ou estipulado contratualmente deverá ser respeitado. 
g. Princípio da boa-fé objetiva
Tal princípio prevê que o empresário deverá agir pautado na lealdade, na honestidade e na transparência em suas relações negociais. 
3. Evolução histórica 
3.1. Evolução histórica do direito empresarial no MUNDO
· 1807 – França o direito empresarial tem seu marco inicial com a publicação do código comercial francês (1807). Cabe ressaltar que o código comercial francês adotou a chamada Teoria dos Atos do Comércio (teoria essa baseada em uma lista definidora de quais atos eram considerados atos de comércio).
· 1946/1947 – Itália percebe-se que a existência de uma lista definidora de atos de comércio não é mais adequada, surgindo então a chamada Teoria da Empresa.
· Observação.: cabe destacar que é nesse período, também, que ocorre a unificação do direito privado. 
3.2. Evolução histórica do direito empresarial no BRASIL
· 1850 no direito brasileiro, o direito empresarial emerge efetivamente com a publicação do código comercial de 1850, que também adota a teoria francesa dos atos do comércio.
· 2002 é publicado o novo código civil, que passa a adotar a Teoria da Empresa. Destaca-se ainda a ocorrência da unificação do direito privado. 
· Observação.1: a unificação do direito privado no Brasil, não possui tanta força quando a unificação que ocorre na França, pois, na legislação brasileira têm-se algumas leis extravagantes (leis empresariais especiais). 
· Observação.2: o código de 1850 não foi totalmente revogado com a unificação do direito privado, pois, ainda é valido no brasil a parte de comércio marítimo tratada pelo supracitado código. 
4. Teoria da Empresa
A Teoria da Empresa Clássica tem a sua origem na Itália, criada pelo jurista Alberto Asquini que denominou sua teoria como Teoria Poliédrica da Empresa. Foi assim denominada pois, a verificação da existência ou não de uma empresa demanda a presença de quatro elementos (perfis).
· Perfil Subjetivo: titular_ empresário; pessoa física responsável pelo exercício da empresa
· Perfil Objetivo: bens_ maquinário, local, caixa;
· Perfil Funcional: atividade empresarial
· Perfil Corporativo: relação com colaboradores e fornecedores_ empregado, estagiário, fornecedor de matéria prima; é o serviço coorporativo que compõe a empresa. 
No Brasil a Teria da Empresa é efetivamente implementada com a publicação do novo Código Civil de 2002, baseando-se nos estudos do professor Waldírio Bulgarelli e da sua tese de doutorado. Essa teoria ficou conhecida como Teoria Triédrica de Bulgarelli, tal teoria estabelece a necessidade de se ter três perfis, para que se tenha empresa. 
· Perfil Subjetivo: titular_ empresário; pessoa física responsável pelo exercício da empresa
· Perfil Objetivo: bens_ estabelecimento empresarial;
· Perfil Funcional: atividade empresarial
Nessa teoria o perfil coorporativo é retirado, uma vez que a relação com colaboradores e com fornecedores é tratada pelo direito do trabalho e pelos contratos mercantis ficando a cargo do direito empresarial somente a presença do empresário, dos bens e da atividade empresarial. 
5. Atividade Empresarial
A atividade empresarial pode ser definida como sendo, o perfil funcional da Teoria da Empresa. O seu conceito encontra-se capitulado no artigo 966, “caput” do Código Civil.
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica (visa fins lucrativos) organizada (praticada com habitualidade/profissionalismo) para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística (I. CI. LI. AR), ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. 
***O Código Civil no parágrafo único do artigo 966, prevê expressamente, que as atividades intelectuais, científicas, literárias e artísticas não são consideradas atividades empresariais, ainda que praticadas ou exercidas com o auxílio de colaboradores. Devemos nos atentar porém, que caso uma dessas atividades se constitua em elemento da empresa será, então, considerada atividade empresarial (Ou seja, um médico veterinário atendendo sozinho no seu consultório está exercendo atividade científica, supõem-se que abriu uma grande petshop e dentro deste existe um consultório médico veterinário que atende aquele petshop, neste caso, então, temos uma atividade empresarial). 
6. Empresário
Empresário nada mais é do que o perfil subjetivo da Teoria da Empresa, configurando-se na pessoa que exerce a atividade empresarial. Merece destaque ainda, conceituarmos o que vem a ser empresário individual que é aquela pessoa física que decide realizar uma atividade empresarial (art.966 do CC). Logo, o fato dele realizar a atividade empresarial o torna EMPRESÁRIO INDIVIDUAL.
Não obstante, no direito brasileiro, majoritariamente, temos três modalidade de empresário, quais sejam.:
6.1. Empresário Individual
É considerado empresário individual aquela pessoa física ou natural que decide realizar a atividade empresarial (966, caput, CC/02). Para o empresário individual o registro de sua atividade é uma obrigação; e em regra que seja feito antes de iniciar o próprio negócio. Devemos nos atentar, entretanto, que esse registro embora seja uma obrigação expressa em lei (967, CC/02), a sua não realização (registro_ CREM junta comercial) não impede que o negócio seja exercido, embora de maneira irregular e passível de sanção.
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.
Obs.1.:Cabe ressaltar que o registro do empresário individual é ato declaratório, ou seja, é dotado de efeito “ex tunc”. Ou seja, o registro para o empresário individual é obrigação, em regra antes de iniciar o negócio – art. 967 do CC. Cuidado que caso ele não se registre, não se perde a natureza de empresário individual, pois, como já supramencionado o seu registro é ato declaratório, ou seja, quando o empresário se registrar torna-se regular e osefeitos do registro são ex tunc.
Obs.2.: o registro é feito no cartório de registro público de empresas mercantis – JUNTA COMERCIAL
Obs.3.: quando o empresário individual se registra na junta comercial, a receita federal do Brasil, consequentemente o obriga a registrar o seu CNPJ, entretanto, tal registro não implica no fato dele se tornar uma pessoa jurídica, pelo contrário, ele permanece sendo pessoa física (art.44 do CC).
· Do patrimônio:
Devemos nos atentar que o empresário individual tem patrimônio único, ou seja, o patrimônio do empresário responde pelas dívidas sociais e empresariais, assumindo o risco integral da atividade. Não há que se falar em desconsideração da personalidade jurídica.
· Dos requisitos 
· Capacidade
· livre de impedimentos. 
São dois os requisitos para o Empresário Individual, quais sejam.: a capacidade + livre impedimentos. Vale ressaltar que o incapaz poderá continuar a atividade empresarial (herança ou interdição), situação em que o juiz nomeará assistente ou representante. Nesses casos, o patrimônio do incapaz que continuar a E.I. será protegido nos moldes do art. 974, §2. São proibidos de continuar a E.I. o servidor público, agentes políticos e o falido. Apesar de não poderem exercer a E.I. os impedidos podem ser sócios não administradores. Cuidado: caso o impedido exerça a E.I., ocorre a prática de contravenção penal artigos 47 a 49 do Decreto Lei nº 3688/41.
6.1.1. Do Empresário Individual Rural (art. 971 do CC)
Ele tem a faculdade de se registrar na junta comercial, e não a obrigação. Caso ele se registre será empresário individual. Todavia, o registro dele é mero ato constitutivo.
6.2. EIRELI
Com o advento da Lei 12.441/2011 surgiu a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI). Pois bem, criou se uma nova modalidade empresarial, além da figura do empresário individual, com vantagens em relação a esta última, a qual especificamos a seguir.
· Regras Gerais 
1. Poderá constituir EIRELI tanto a pessoa física quanto a pessoa jurídica.
2. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País.
3. O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão "EIRELI" após a firma ou a denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada.
4. A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade
Temos vantagem da EIRELI em relação à típica Empresa Individual, pois há limitação da responsabilidade do empresário individual.
Por exemplo, nas empresas individuais que possuem execuções fiscais em andamento, a busca por bens para garantir a dívida, acontece automaticamente, junto ao patrimônio pessoal do sócio, não necessitando da autorização do juiz para direcionamento da dívida para os sócios, como acontece nas sociedades limitadas.
Em contrapartida, com a EIRELI objetivou-se, principalmente, a separação dos bens da empresa dos bens pessoais do seu titular, onde os bens pessoais do empresário não serão necessários para assegurar qualquer débito contraído pela gestão da empresa.
Na EIRELI é possível que sua atividade seja não empresarial – nos casos de prestação de serviços de qualquer natureza e remuneração decorrente da cessão de direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou voz de que seja detentor o titular da pessoa jurídica, vinculados à atividade profissional. Se ocorrer isso, ela não será registrada na junta comercial, mas sim, no Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas.
Não se enquadram, no caso supracitado pessoas como cantores, artistas, advogados e médicos, pois, a EIRELI só pode ser criada para as atividades não empresariais descritas acima (da cessão de direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou voz de que seja detentor o titular da pessoa jurídica, vinculados à atividade profissional). No caso de advogados trataremos mais sobre, quando discutirmos acerca das SOCIEDADES, uma vez que este pode criar a sociedade unipessoal de advogado, conforme disposto na Lei 8.906/94. 
· EIRELI x Empresa Individual
Há vantagens da EIRELI em relação à típica Empresa Individual, quando da limitação da responsabilidade do empresário individual. Por exemplo, nas E.I. que possuem execuções fiscais em andamento, a busca por bens para garantir a dívida acontece automaticamente junto ao patrimônio pessoa do sócio, não necessitando da autorização do juiz, para realizar o direcionamento da dívida para os sócios, como acontece nas sociedades limitadas. 
Por conta, disso que se ressalta o fato de que com a criação das EIRELIS, objetivou-se, principalmente, a separação dos bens da empresa e os bens pessoais do seu titular, onde os bens pessoais do empresário não serão necessários para assegurar qualquer débito contraído pela gestão da empresa.
A EIRELI deve, então, exercer atividade empresarial, nos termos do artigo 966 do CC. Cabe ressaltar, ainda, que o empresário que constitui sociedade limitada poderá migrar para a E.I. mediante averbação de alteração do contrato social registrado na junta comercial de sua jurisdição, desde que o capital social da empresa seja superior que 100 salários mínimas, conforme exigido pela Lei 12.441/2011. 
A referida migração, também, será uma alternativa ao dispor do empresário remanescente em sociedade limitada, a quem é conferido o prazo legal de 180 dias, para agregar novo sócio.
A administração da EIRELI pode ser realizada por terceiro, que não o titular. 
Uma pessoa física só pode ser titular de uma EIRELI, embora possa configurar no quadro societário de outra sociedade. Ou seja, UMA pessoa física só pode ter registrada em seu nome UMA EIRELI, contudo, esta poderá ter ações, ser socio de outros tipos societários. 
Obs.3.: Embora a lei seja omissa é possível que pessoa jurídica seja titular de uma EIRELI, ou seja, a doutrina e a jurisprudência entende hoje que não só a pessoa física mas também a pessoa jurídica pode ser titular de uma EIRELI. Com relação ao servidor público a lei também é omissa, entendendo a doutrina que não há vedação para que o servidor público seja EIRELI, desde que ele não seja o administrador.
Obs.4.: para constituir EIRELI é necessário capital de 100 salários mínimos devidamente integralizados (comprovados)
7. Estabelecimento empresarial (art.1142 do CC/02)
Pode ser definido como sendo o conjunto de bens utilizados na atividade empresarial. Então, quando se fala em estabelecimento empresarial é o conjunto de bens utilizados na atividade empresarial, sendo que este conjunto engloba bens materiais (loja, carro) tanto como bens imateriais (marca, site, logo). 
Obs.1.: Estabelecimento empresarial não é sinônimo de ponto comercial, uma vez que esse pode ser conceituado como sendo o valor agregado ao endereço/local, onde se exerce a atividade/negócio.
Obs.2.: Nem todo estabelecimento tem ponto comercial, tal como nos casos de uma empresa de telemarketing
Obs.3: Modernamente temos empresas exclusivamente eletrônicas, o que gera uma divergência doutrinária, qual seja.:
· Para uma primeira corrente essas empresas exclusivamente eletrônicas não possuem estabelecimento, mas somente domínio eletrônico. 
· Para o professor Fábio Ulhôa essas empresas possuem sim estabelecimento, denominado de ESTABELECIMENTO VIRTUAL. 
**Potencial Questão de Prova (PQP).: patrimônio é sinônimo de estabelecimento empresarial? NÃO, pois estabelecimento empresarial é o conjunto de bens utilizados na atividade empresarial. Ex.: empresas aéreas (os aviões são alugados).
7.1. Natureza jurídicas
Com relação a natureza jurídica existem três correntes, quais sejam:
· 1ª CORRENTE - O estabelecimento é um sujeito de direito e obrigações} NÃO APLICADA, pois, o sujeito de direitos e obrigações é o empresário (pessoa física ou jurídica)
· 2ª CORRENTE – A natureza jurídica do estabelecimento comercial é de uma universalidade de direito} NÃO APLICADA,somente para Carvalho de Mendonça que se utiliza desse entendimento. A universalidade de direito aqui falada é tal como uma massa falida. O estabelecimento comercial não é uma universalidade de direito, pois, possui bens dispersos.
· 3ª CORRENTE – A natureza jurídica do comercial é de universalidade de fato, ou seja, um conjunto de bens que existem juntos pela vontade do titular} APLICADA 
7.2. Atributos do estabelecimento comercial 
Prevalece na doutrina que o estabelecimento empresarial possui dois atributos, quais sejam 
· 1º ATRIBUTO – CLIENTELA:
A clientela não se confunde com a freguesia, pois, ela pode ser definida como sendo o conjunto de pessoas que mantem uma relação de fidelidade com o estabelecimento. Em contrapartida, a freguesia por sua vez é aquele conjunto de pessoas que mantêm uma relação meramente territorial com o estabelecimento, ou seja, uma relação sem fidelidade e de natureza ocasional ou circunstancial. 
· 2º ATRIBUTO – AVIAMENTO: 
O aviamento pode ser definido como sendo a capacidade que o estabelecimento possui de gerar lucro. A doutrina classifica o aviamento em duas modalidades
· Aviamento objetivo: o aviamento objeto é aquele em que a capacidade de gerar lucro está ligada ao próprio estabelecimento
· Aviamento subjetivo: o aviamento subjetivo é aquele em que a capacidade geradora de lucros é ligada ao empresário (titular). Ex.: Steve Jobs, Eiky Batista, Bill Gates, etc.
**PQP.: o estabelecimento comercial pode ser objeto de penhora? SIM, segundo o STJ, de acordo com a súmula 451
**PQP.: o estabelecimento empresarial pode ser objeto unitário de negócio jurídico? SIM, o empresário(titular) pode negociar o estabelecimento empresarial (com tudo que tem dentro, ou seja, com todos os bens). Segundo as doutrinas do direito empresarial, temos três negócios jurídicos possíveis ao estabelecimento empresarial, quais sejam: usufruto, arrendamento e a alienação. 
Obs.: em nosso direito empresarial pátrio nem o usufruto e nem o arrendamento são comuns, aplicando-se na verdade um negócio chamado de LOCAÇÃO GERENCIA (o proprietário aluga um estabelecimento para um terceiro, este explora o estabelecimento, aufere lucro e, também, fica responsável pelas dívidas, enquanto aquela pessoa que loca continua sendo o proprietário do estabelecimento, porém, não participa do lucro e nem do prejuízo). Sob o viés pratico, especialmente de provas devemos nos atentar a alienação, também chamada de TRESPASSE, que consiste na venda de todos os bens do negócio comercial, sejam eles materiais ou imateriais. Ou seja, embora existam esses três negócios jurídicos o usufruto e o arrendamento não são comuns no Brasil, então, se trabalha esses dois negócios usais somente não campo jurídico, do aprendizado.
7.3. ALIENAÇÃO/TRESPASSE
A alienação do estabelecimento empresarial, também denominada de TRESPASSE, nada mais é do que a venda do estabelecimento empresarial (venda do negócio como um todo). Então, a alienação é um negócio jurídico aplicável ao estabelecimento empresarial, que numa verifica prática, consiste na venda do estabelecimento. 
· Formalidades do TRESPASSE
1. Para realizar o TRESPASSE é necessária à averbação da alteração do contrato social no órgão (junta comercial);
2. Publicação do negócio na imprensa oficial;
Obs.EXCEÇÃO.: Essa publicação na imprensa oficial é regra, salvo se o estabelecimento que estiver sendo negociado for microempresa ou uma empresa de pequeno porte e, nesses casos estarão dispensados de publicação na imprensa oficial, conforme o artigo 71 da lei complementar 123/2006. 
3. Concordância dos credores;
Essa concordância dos credores, que poderá ser expressa ou tácita e, terá prazo de 30 dias, somente será necessária se o alienante (vendedor do estabelecimento) não possuir bens suficientes, para saldar as dívidas presentes [a título de exemplo suponha que o alienante, dono de um negócio X, pretende aliená-lo, contudo, possui com Bruna uma dívida de 40.000 reais, sendo o seu patrimônio pessoal incapaz de saldar essa dívida, nesse caso, para que o alienante possa efetivar a venda/alienação do seu negócio deverá pedir a concordância de Bruna, sua credora, tal fato funciona como uma proteção para este credor].
Obs.: caso o credor não concorde com a alienação, ele poderá receber o crédito antecipadamente. Caso a alienação/trespasse ocorra sem a concordância ou notificação dos credores, estes poderão requerer a falência do alienante (art.94, I da lei de falências_11.101/2005).
7.4. Dívidas dos Estabelecimentos Comerciais
Com relação a responsabilidade pelas dívidas adquiridas antes do trespasse, temos as seguintes regras.:
· O adquirente responde pelas dívidas contabilizadas (dívidas descritas nos livros contábeis do estabelecimento). Além disso o adquirente é responsável pelas dívidas trabalhistas (art.448 da CLT) e, também, responsável pelas dívidas tributárias (art.133 do CTN).
**PQP.: O alienante se livra da responsabilidade das dívidas quando vende o negócio? NÃO, ele permanecerá solidariamente responsável com o adquirente, pelo prazo de 01 ano. Vale lembrar, que quando um socio vende parte da sociedade para um outro, ele permanece, ainda, por 02 anos responsável pela cota parte da sociedade vendida.
O contrato de trespasse/alienação pode tratar ainda da concorrência ou não concorrência. Caso haja uma omissão contratual sobre a concorrência, ou ainda, a cláusula prevista seja abusiva (nunca mais vai poder ter um negócio similar aquele que foi vendido) aplica-se a regra do 1.147 do CC/2002.
Teoria Geral das Sociedades
Para o direito societário brasileiro uma sociedade será formada por duas ou mais pessoas. Excepcionalmente, o direito em três situações/hipótese admite, ainda que por um determinado tempo, que uma sociedade seja formada por uma só pessoa, quais sejam.: 
· Sociedades regidas pelo Código Civil, dispõe o artigo 1.033 do aludido código, que elas poderão permanecer com uma só pessoa, pelo prazo de até 180 dias. Depois, de decorrido esse prazo, pode-se admitir um outro sócio, ou transformar a sociedade numa EIRELI, ou dissolver a sociedade.
· Sociedades anônimas (S.A. é um tipo societário que não é regido pelo Código Civil, mas sim em lei especial 6.404/76), prevê o artigo 206 da lei 6.404/76 que ela poderá permanecer com uma só pessoa por até 01 ano. 
· Sociedade unipessoal de advocacia (prevista nos artigos 16 e 17 do estatuto da OAB _ Lei 8.906/94, este tipo de sociedade foi criada devido ao fato de advogado não poder constituir EIRELI), nessa hipótese não há prazo, ou seja, poderá haver na sociedade apenas um, único, sócio, uma só pessoa, lembrando que tal sociedade deverá ser registrada junto a OAB. 
1. Classificação das sociedades
No direito empresarial inúmeras são as classificações das sociedades. Nesse contexto, a doutrina e a prática trabalham com duas classificações principais.
· Sociedades personificadas: são aquelas que possui personalidade jurídica (existe neste tipo de sociedade uma pessoa jurídica, além da pessoa dos sócios, com patrimônio e personalidades próprias). Eventuais credores não atingem diretamente os sócios, mas sim atingem primeiramente o patrimônio da pessoa jurídica; logo, a responsabilidade doa sócios é subsidiária (artigo 1.024 do CC/02). São aquelas que possuem personalidade jurídica e, por isso, são chamadas de personificadas, ou seja, tem se titularidade de patrimônio diferente da pessoa do sócio. Cabe ressaltar que a aquisição dessa personalidade jurídica surge a partir do registro no órgão oficial (junta comercial e cartório de pessoas jurídicas). Ademais, nesse tipo de sociedade o credor não atinge diretamente os bens dos sócios, atingindo primeiramente os bens das pessoa jurídica (art.1024 do CC/02)
· Sociedades não personificadas: são aquelas que não possuem personalidade jurídica (existe neste tipo de sociedade não há uma pessoa jurídica), consequentemente, nesse tipo de sociedade não há tem registro nos órgãos oficiais. Cabe ressaltar, ainda, que na sociedade não personificada o credor, também, não atinge diretamente o patrimôniodos sócios, existindo também o benefício de ordem, que é o chamado patrimônio especial (conjunto de bens dos sócios que são empregados na atividade empresarial). 
· Obs.: o fato de este tipo de sociedade não possuir registro, em regra, não significa afirmar que a sociedade personificada não possa sofrer nenhum registro, uma vez que eventualmente ela pode ser registrada num cartório de título e documentos o que não rege aquisição de personalidade jurídica. 
· Sociedade Simples: para a doutrina e jurisprudência a sociedade simples é aquela que exerce atividade não empresarial.
· Obs.: sob o prisma da lei as sociedades simples são só cooperativas e as sociedades empresárias são as sociedades por ações (art.982, parágrafo único, do CC/02)
· Sociedade Empresária: é aquela que pratica atividade empresarial.
2. Desconsideração da Personalidade jurídica (Disregard Doctrine)
A desconsideração da personalidade jurídica, segundo a doutrina majoritária, surge inicialmente na Inglaterra com o precedente Solomon Vs Solomon CO., este foi um empresário da época que tentou enganar os seus sócios, e estes últimos entraram com uma ação solicitando, em razão dele ter se utilizado de se cargo na empresa para calotear os demais, que o seu patrimônio fosse atingindo, o doutrinador que tratou desse precedente, em 1953, foi o alemão Rolf Serick, no Brasil destaca-se o professor Rubens Requião. 
Quando tratamos do instituto da desconsideração da personalidade jurídica, fala-se em duas teorias, quais sejam: a teoria maior e a teoria menor
· Teoria Maior (Art.50 do CC/02): esta teoria parte do artigo 50 do Código Civil e trabalha com a ideia de que para que ocorra a desconsideração da personalidade jurídica não basta a insuficiência de bem, mas é preciso, também, a verificação do chamado abuso da personalidade jurídica. Ou seja, para que a desconsideração da personalidade jurídica ocorra tem que se preencher dois “requisitos”, quais sejam: a insuficiência de bens + abuso da pessoa jurídica. Esta teoria é adotada no direito civil e no direito empresarial.
· Teoria Menor: já para a teoria menor basta a insuficiência de bens da sociedade ou o obstáculo ao pagamento. Esta teoria é adotada no direito do consumidor, no direito ambiental e no direito do trabalho. 
 PQP.: o que é o abuso da pessoa jurídica? Na verdade é um gênero do qual se extraem duas espécies, a primeira é o DESVIO DE FINAIDADE, é um elemento o qual o juiz se utiliza para realizar a desconsideração da personalidade, e a segunda espécie é a confusão PATRIOMONIAL, neste caso não é possível distinguir/separa o que é patrimônio de socio e o que é patrimônio da sociedade, com a insurgência de um desses dois casos o juiz é capaz de passar por cima da pessoa jurídica e realizar a desconsideração da personalidade jurídica. 
2.1. Procedimento da desconsideração da personalidade jurídica
Com relação ao procedimento da desconsideração podemos observar os artigos 133 e ss do CPC/15, basicamente feito o requerimento da desconsideração pelo credor, os sócios serão citados e o processo principal ficará suspenso até decisão da desconsideração, merece destaque a presença do contraditório e da ampla defesa nesse processo, lembra-se que para o novo CPC a desconsideração é um incidente processual. 
Sociedades em Espécie
1. Sociedade em Comum
A sociedade em comum é uma sociedade não personificada, ou seja, é uma sociedade que não tem personalidade jurídica. Quanto ao seu objeto social, poderá ser uma sociedade simples ou uma sociedade empresária, em resumo, caracteriza-se por seu uma sociedade temporária ou em formação. A responsabilidade dos sócios é subsidiária, uma vez que o credor atinge, primeiramente, o chamado patrimônio especial (art.988 do CC/02). Embora sejam subsidiariamente responsáveis os sócios têm responsabilidade ilimitada, ou seja, respondem integralmente pelo prejuízo.
Obs.1.: o sócio que se comporta como administrador não poderá alegar benefício de ordem, quanto aos prejuízos, podendo o credor cobrar diretamente dele sem passar pelo patrimônio especial. Ou seja, aquele sócio que se comporta como administrador tem seu patrimônio atingido diretamente.
Obs.: os terceiros e eventuais credores da sociedade comum comprovam a existência da sociedade em comum de qualquer forma, ou seja, através de testemunhas, fotos, recibos etc. 
2. Sociedade em conta de participação (991-996 do CC/02)
A sociedade em conta de participação não é uma sociedade não personificada, ou seja, é uma sociedade que não tem personalidade jurídica. Quanto ao seu objeto social, poderá ser uma sociedade simples ou uma sociedade empresária, a depender da atividade por ela praticada seja uma atividade empresarial ou atividade intelectual. A responsabilidade dos sócios é subsidiária, também, assim como nas sociedades em comum, há o benefício de ordem.
A sociedade em conta de participação é caracterizada pela existência de dois tipos de sócios, o primeiro chamado de sócio OSTENSIVO e o segundo, chamado de SÓCIO OCULTO ou PARTICIPANTE. O sócio OSTENSIO é aquele que efetivamente realiza o objeto social, ou seja, é o gestor, administrador e o representante da sociedade, é ele quem responde, logo, ele responde ilimitadamente. Vale ressaltar que o sócio ostensivo pode ser pessoa jurídica. 
Em contrapartida, o sócio PARTICIPANTE é aquele que não realiza o objeto social (não administra, não representa e não é gestor) e, ainda, temos que o sócio OCULTO não responde perante terceiro, ou seja, se a empresa estiver devendo algum, este credor só poderá cobra e atingir o patrimônio da empresa e do sócio OSTENSIVO. O sócio participante, também, poderá ser pessoa jurídica.
Obs.: dentro das sociedades em espécie somente duas modalidades que são não personificadas, quais sejam: a sociedade em comum e a sociedade em conta de participação. 
3. Sociedades menores
Por um viés pratico esses tipos societário são chamadas de menores, pois quase não mais se utiliza esse tipo societário e, por conseguinte elas quase não são mais cobradas em prova. 
3.1. Sociedades em nome coletivo (1039 a 1044 do CC/02)
Esse tipo societário tem personalidade jurídica, logo, é uma sociedade personificada. Com relação ao seu objeto social esse tipo societário pode ser uma sociedade simples se ela não praticar a atividade empresarial ou, uma sociedade empresária se praticar a atividade empresarial e não uma intelectual. 
Com relação aos sócios temos que eles serão necessariamente pessoa físicas ou naturais, não cabe pessoa jurídica como sócio nesse tipo societário. Finalmente, o que caracteriza a presente espécie societária é justamente o fato de os sócios possuírem responsabilidade ilimitada perante terceiros e responsabilidade solidária entre si. 
3.2. Sociedade em comandita simples (1045 ao 1051 do CC/02)
Está espécie societária tem personalidade jurídica e, por conseguinte, é uma sociedade personificada. Com relação ao seu objeto social esse tipo societário pode ser uma sociedade simples se praticar uma atividade intelectual ou, uma sociedade empresária se praticar a atividade empresarial.
A sociedade em comandita simples possui duas categorias de sócios, quais sejam: 
· Socio Comanditado: o sócio comanditado será obrigatoriamente pessoa física e é aquele que efetivamente administra a sociedade, tendo responsabilidade ilimitada. É aquele que administra a sociedade
· Sócio Comanditário: o sócio comanditário poderá ser pessoa física ou pessoa jurídica e a sua responsabilidade é limitada ao valor de sua cota.
Este tipo societário é adotado em condomínios? Pode ser, mas não necessariamente, uma vez que na prática não se busca mais esse tipo societário.
Obs.1.: é possível que o sócio comanditário seja procurador da sociedade, para determinado e específico negócio e, com poderes especiais, basta que lhe seja feita uma procuração para socio comanditado.
Obs.2.: como regra no caso de morte do sócio comanditário a sociedade continuará com os seus sucessores, salvo disposição diversa do contrário, conforme dispõe o artigo 1.050 do CC/02.
3.3. Sociedade emcomandita por ações (1090 ao 1092 do CC/02)
A sociedade em comandita por ações é personificada, ou seja, tem personalidade jurídica. Com relação ao seu objeto social não importa o tipo de atividade ela será sempre sociedade empresária. 
Este tipo societário caracteriza-se por ter o seu capital social dividido em ações. Temos um acionista diretor que é aquele que administra a sociedade, logo, a sua responsabilidade é ilimitada. Os demais acionistas não administram, logo, a sua responsabilidade é limitada ao valor de sua ação.
4. Sociedade Simples Pura (997 ao 1038 do CC/02)
Este tipo societário é usado como regra teórica para outros tipos societários, em especial para a sociedade limitada, sendo considerada uma sociedade “base”.
Características da sociedade simples pura
1. Diferentemente dos demais tipos societários a sociedade simples pura admite sócio que apenas preste serviços, sem ingressar com capital ou com bens (art.997, V do CC/02).
2. Havendo socio prestador de serviço, este participará dos lucros da sociedade, porém, não participa das perdas da sociedade (art.1007 do CC/02).
3. O socio prestador de serviços, ainda, poderá ser excluído da sociedade caso exerça outra atividade sem a devida autorização dos demais sócios (art.1006 do CC/02).
4. Toda alteração do contrato social da sociedade simples pura demanda concordância unanime dos sócios (art.999 do CC/02)
5. Sociedade Limitada - LTDA. (1052 ao 1087 do CC/02)
A sociedade limitada é uma sociedade personificada, ou seja, sempre terá personalidade jurídica. Com relação ao seu objeto social ela poderá ser uma sociedade simples ou empresária, a depender da atividade por ela praticada, qual seja uma atividade intelectual (sociedade de contadores) ou empresarial (padaria).
 PQP.: A sociedade limitada possui suas regras específicas no Código Civil. Quando o Código Civil for omisso será possível supletivamente aplicarmos as regras da sociedade anônima (S.A.), desde que esteja previsto no contrato social (art.1053 do CC/02).
5.1. Capital Social (é o valor/dinheiro que foi investido na sociedade, sendo que este serve de parâmetro para responsabilizar a sociedade):
Podemos entender o capital social como sendo a quantidade efetiva de dinheiro ou bens colocados na sociedade. É importante destacar que como regra todo tipo societário tem um capital social fixo e que será previsto no contrato social. Vale ressaltar, ainda, que a única espécie societária no direito brasileiro que pode não informar o seu capital social, ou ainda, se informar ele não será fixo é a cooperativa, isto em consonância com o artigo 1094 do CC/02.
Seguindo o que dispõe o ordenamento jurídico o capital social da limitada nada mais é do que a soma do que os sócios se comprometem a investir. Esse compromisso social pode se dar em direito ou em bens; não podendo entrar como sócio na limitada apenas com a prestação de serviços, ou seja, obrigatoriamente, para entrar numa sociedade limitada o sócio deve entrar com dinheiro ou com bens.
Obs.1.: toda vez que um sócio entra com bens e não com dinheiro será necessária uma avaliação desses bens, todavia, o Código Civil é omisso quanto a forma de se realizar tal avaliação entendendo a doutrina que ela será livre.
Obs.2.: toda vez que houver a avaliação dos bens investido todos os sócios da limitada serão responsáveis por essa avaliação no prazo de até 5 anos, conforme artigo 1.053 do CC/02. 
5.1.1. Alteração do capital social (artigos 1.081 ao 1.084 do CC/02)
 PQP.: Pode haver alteração do capital social? Sim, é perfeitamente possível pela lei fazer a alteração do capital socia, visando tanto o seu aumento quanto a sua diminuição. 
Toda vez que o capital social for alterado seja para aumentá-lo ou para diminuí-lo, deverá ser efetivada alteração do contrato social, perante a junta comercial. 
a. Aumentar o capital social: para aumentar o capital social deve ser realizada a alteração do contrato social e feita a averbação deste na junta comercial. As motivações para se aumentar o capital social são.: a necessidade de adquirir um empréstimo no banco; a vontade de participar de licitações do poder público; 
b. Reduzir o capital social: para reduzir o capital social deve ser realizada uma alteração no contrato social e feita a averbação desta na junta comercial. Quando o capital social é reduzido em razão de prejuízo reiterados não absorvidos pelo giro de capital, dever ser alterado o contrato social e feita a averbação deste na junta comercial (isso acontecer quando a sociedade está falindo). Caso a redução do capital social seja feita por mera decisão dos sócios, a sociedade limitada deverá promover a alteração do contrato social, a averbação na junta comercial e a publicação na imprensa oficial. 
5.2. ***Administração da Sociedade Limitada
Quem pode administrar a sociedade limitada? 
Na sociedade limitada o administrador pode ser um sócio quanto um não-sócio (contrato). Na hipótese de um administrador não-sócio, o artigo 1.061 do CC/02 prevê a necessidade de dois requisitos cumulativos, quais sejam.:
· o contrato social deve expressamente prever tal possibilidade de um não-sócio administrar a sociedade limitada. 
· para que um não-socio seja administrador da sociedade é necessária a efetiva aprovação dos sócios, vale ressaltar, que além da aprovação é necessário que se atinja o quórum de aprovação, nesse caso, se o capital social estiver totalmente integralizado (significa que todos os sócios pagaram a sua parte) o quórum é de 2/3, todavia, se o capital social não estiver totalmente integralizado (significa que nem todos os sócios pagaram a sua cota parte da sociedade) então, é necessário um quórum de aprovação unânime para aprovar a candidatura de um não-sócio como administrador da sociedade limitada. 
Na sociedade limitada somente pessoa física ou natural pode ser administradora da sociedade, conforme dispõe o artigo 997, inciso VI do CC/02.
É importante destacar que o nome do administrador da sociedade limitada pode estar previsto no contrato social, ou ainda, em um ato separado (assembleia geral_ ata da assembleia), isto em consonância com o artigo 1.060 do CC/02.
5.2.1. Responsabilidade do administrador da sociedade limitada
Inicialmente o administrador não tem responsabilidade pessoal por seus atos, logo, quem responde é a sociedade. Todavia, esse administrador será pessoalmente responsável caso haja com culpa (negligência, imprudência ou imperícia) no exercício de suas funções. Será ainda, responsabilizado pessoalmente o administrador quando estivermos diante do chamado ato “ultra vires” (expressão em latim, que significa além das forças, ou seja, é um ato além das forças, um ato que foi praticado além dos poderes do administrador, poderes estes previstos no contrato social ou em ato apartado).
· Teoria “ULTRA VIRES” (artigo 1.015, parágrafo único, do CC/02)
Obs.: modernamente temos a teoria da aparência, como sendo, aquela utilizada para combater a teoria ultra vires. Ou seja, eventuais credores irão alegar que se determinado ato praticado pelo administrador 	tiver aparência de legalidade será assim considerado
Obs.: parcela da doutrina moderna especialmente encabeçada, pelo professor Sergio Campinho, afirma que a aplicação das teorias ultra vires e da aparência devem ser aplicadas com equilíbrio, ou seja, nas relações empresariais em que envolvam instituições financeiras aplica-se a teoria ultra vires, enquanto que nas relações consumeristas e trabalhistas aplica-se a teoria da aparência.
5.3. Dissolução da Sociedade Limitada
A dissolução da sociedade limitada divide-se em duas espécies, quais sejam.:
5.3.1. Dissolução parcial 
A dissolução parcial, é aquele em que a sociedade continua existindo. A dissolução parcial ocorre quando um ou mais sócios saem da sociedade, porém, a sociedade é mantida em plena atividade.
· Causas da dissolução parcial da sociedade limitada
1- Falecimento do sócio 
2- Direito de retirada (direito incumbido ao sócio de sair/retirar-se da sociedade)
3- Falência de Sócio (a pessoa física não falhe, apenas, apessoa jurídica. Ou seja, quando falamos da falência de um sócio, estamos tratando da seguinte hipótese.: um dos sócios é socio administrador de uma outra sociedade e, essa outra sociedade faliu, nesse caso uma das consequências da falência para o administrador incumbe a ele uma sanção, o que o impede de fazer parte do quadro societário de uma empresa por determinado período, nesse caso, ocorre a falência do sócio)
4- Liquidação de cota a pedido do credor
5- Exclusão de sócio.: determinado sócio na sociedade limitada poderá ser excluído do quadro societário quando.: 
· deixar de integralizar o capital socio no prazo estabelecido; 
· cometer uma falta grave perante a sociedade (art.1030 do CC/02)
· da sua incapacidade superveniente (art.1030 do CC/02)
Obs.: o artigo 1.085 do CC/02 prevê ainda, uma hipótese de exclusão de sócio minoritário de forma extra judicial, bastando mera alteração no contrato social, desde que haja previsão no contrato social e, que esse sócio minoritário tenha praticado atos graves.
5.3.2. Dissolução total da sociedade limitada
Na dissolução total ocorre a extinção da sociedade, ou seja, as atividades praticadas pela sociedade são encerradas. 
· Causas de dissolução total da sociedade limitada
1- Vontade dos sócios 
2- Decurso do prazo nas sociedades limitadas por tempo determinado (ex.: uma sociedade limitada que foi criada, apenas, para trabalhar somente num festival, no contrato social dessa sociedade está previsto que a sociedade somente existirá durante o período em que ocorrer um determinado festival. Caso os sócios não extinguirem a sociedade após o prazo determinado, esta sociedade passa a ser considerada uma sociedade por prazo indeterminado)
3- Falência da sociedade (art.1.044 do CC/02)
4- Unipessoalidade por mais de 180 dias (casos de sociedade com apenas um únicp sócio por mais de 180 dias, nesses casos ocorre a extinção da sociedade limitada, pela falta da inclusão de uma novo sócio)
5- Extinção da autorização de funcionamento (toda sociedade precisa da autorização de órgãos públicos para funcionar, caso a sociedade perca o seu alvará de funcionamento, esta será dissolvida)
6- Anulação dos atos constitutivos
7- Exaurimento do objeto social (ex.: sociedade limitada que vende máquina de datilografia, nesse caso o objeto social dessa sociedade não é mais vendido, ocorreu então o exaurimento do objeto social desse sociedade limitada)
6. Sociedade Anônima – S/A (Lei 6.476/76)
A sociedade anônima é regida por lei especial. A sociedade anônima é uma sociedade personificada e, com relação ao seu objeto social ela será sempre uma sociedade empresária, ou seja, não existe uma sociedade anônima simples.
A sociedade anônima é, ainda, uma sociedade institucional, ou seja, o seu ato constitutivo não é contrato social, mas sim um estatuto social (é mais complexo e tem mais formalidade) e, não um mero contrato social como nos demais tipos societários. 
· Conceito
A sociedade anônima é aquele tipo societário cujo capital social encontra-se dividido em ações.
6.1. Espécies de sociedade anônima (art.4º da Lei 6.476/76)
Existem duas espécies de sociedade anônima, quais sejam.:
6.1.1. Sociedade Anônima Fechada
A sociedade anônima fechada é aquela em que o seu capital não está sendo negociado na bolsa de valores, ou seja, as ações dessa sociedade anônima não são negociadas na bolsa de valores, mas sim diretamente na sociedade anônima.
6.1.2. Sociedade Anônima Aberta
A sociedade anônima aberta é aquela em que o seu capital está sendo negociado na bolsa de valores, ou seja, as ações dessa sociedade anônima são negociadas na bolsa de valores.
6.1.3. Da bolsa de valores
As bolsas de valores constituem-se em entidades privadas constituídas sob a forma de associações civis, ou sociedades anônimas, tendo como membros corretoras de valores mobiliários. Cabe ressaltar, que as bolsas de valores são fiscalizadas pela comissão de valores mobiliários (CVM). [verificar vídeo em 01:22:58]
O objetivo da bolsa de valores é aumentar a quantidade de negociação de ações e demais valores mobiliários.
Obs.1.: Comissão de Valores Mobiliários (CVM) constitui-se em uma autarquia de regime especial vinculada ao ministério da ECONOMIA (lembrar que anteriormente era ministério da FAZENDA) e, tem a função de fiscalizar as operações em valores mobiliários.
Obs.2.: não há que se confundir Bolsa de Valores com Mercado de Balcão. A expressão mercado de balcão está ligada a toda operação ocorrida fora da bolsa de valores.
6.2. Constituição da sociedade anônima
Para que a sociedade anônima seja criada, seja ela aberta ou fechada, é necessária a observação de requisitos gerais/preliminares (art. 80 da Lei 6.476/76), quais sejam.:
6.2.1. Requisitos gerais
1. É a subscrição do capital social por pelo menos duas pessoas, seja de uma sociedade anônima aberta ou fechada a subscrição é o comprometimento, por pelo menos duas pessoas, de que elas vão pagar o valor descrito no estatuto social da S.A.. Vale lembrar que subscrever é diferente de integralizar, uma vez que representa apenas o comprometimento com o pagamento, enquanto a integralização representa o pagamento efetivo do valor descrito no estatuto social da S.A..
2. Integralização de pelo menos 10% em dinheiro do valor das ações os sócios devem efetivamente depositar 10% do valor do capital social, previsto no estatuto social da S.A.
3. O depósito dos 10% do capital social em dinheiro, deverá ser depositado no Banco do Brasil ou em outro abanco autorizado pela CVM
Obs.: em se tratando de uma S.A (instituição financeira) o requisito preliminar de depósito dos 10% sobe para 50%. Ou seja, se a S.A. se tratar de uma instituição financeira (BANCO), a sei das sociedades estabelece que o depósito integralizador a ser feito é de 50% ou invés de 10%. 
6.2.2. Requisitos Específicos para criação de uma S.A. FECHADA
Além dos requisitos preliminares a constituição de uma S.A. fechada demanda a chamada subscrição particular, que nada mais é do a elaboração de uma escritura pública ou a realização de uma assembleia de fundação. Então, para ser constituída uma S/A fechada devem ser observados os requisitos preliminares, bem como a subscrição particular, seja por meio de uma escritura pública ou pela realização de uma assembleia de fundação.
6.2.3. Requisitos Específicos para criação de uma S.A. ABERTA
Para a constituição de uma S.A. aberta além dos requisitos preliminares deverá ocorrer a chamada subscrição pública, também, denominada chamada sucessiva que é composta por 3 etapas, quais sejam.:
1. Registro na CMV(Comissão de Valores Mobiliário), é ela que vai autorizar ou não a criação de uma S.A. aberta. 
2. Contratação de uma instituição financeira (BANCO), para negociar as ações da respectiva S.A. aberta.
3. Realização de uma assembleia de fundação
6.3. Órgão da Sociedade Anônima
6.3.1. Assembleia Geral
É o mais importante órgão da Sociedade Anônima. A assembleia geral é um órgão deliberativo (órgão que toma decisões) e não um órgão de administração. Ela se divide em duas espécies, quais sejam.:
· Assembleia geral ordinária
Qual é a competência privativa da Assembleia Geral Ordinária? a Assembleia Geral Ordinária tem basicamente 4 competências/atribuições privativas, previstas no artigo 132 da lei de S.A., são elas:
1. Tomar conta dos administradores
2. Destinação dos lucros (deliberação, decisões sobre os lucros)
3. Eleição dos administradores membros do conselho fiscal (é ela quem elege os membros, porém, não lhe cabe a destituição dos administradores eleitos)
4. Atualização ou correição do capital social
· Assembleia geral extraordinária
O que não for competência da Assembleia Geral Ordinária, por exclusão será de competência da Assembleia Geral Extraordinária, ou seja, todas aquelas atribuições que não estiverem previstas/enquadradas no artigo 132 da lei de S.A., serão de competência privativa da Assemblei Geral Extraordinária, como por exemplo, a destituição de administrador ou a alteração do estatuto social.
 Observação.: para a realização da assembleia geral será necessárioum edital de convocação, contendo as principais informações da assembleia. Esse edital de convocação deverá ser publicado por três vezes, na imprensa oficial e em jornal de grande circulação. Tal regra, se aplica tanto a S.A. Aberta quanto para a S.A. Fechada a única diferença, será o prazo aplicado a cada uma. Na assembleia da S.A. Aberta a data entre a primeira publicação do edital e a efetiva realização da assembleia deve ser de no mínimo 15 dias, para que seja instalada a assembleia é necessário a presença de no mínimo ¼ do capital social votante. No caso de S.A. Fechada a única diferença é o prazo entre a primeira convocação e a efetiva realização da assembleia, prazo esse que ao invés de 15 dias, será de 8 dias. 
6.3.2. Conselho de Administração
Conselho de Administração como, regra geral, é o único órgão facultativo na Sociedade Anônima, porém, existem 3 situações/hipóteses, em que ele passa a ser considerado obrigatório, são elas.:
1. Quando se tratar de uma sociedade anônima de capital aberto, o conselho de administração é considerado um órgão obrigatório.
2. Quando se tratar de uma sociedade anônima de capital autorizado (art.168 da lei de S.A. trata-se de uma sociedade anônima de capital aberto que tem como característica a possibilidade de aumentar o seu capital, independentemente de da necessidade de se alterar o seu estatuto social), o conselho de administração passará a ser considerado um órgão obrigatório.
3. Quando se tratar de uma sociedade anônima de economia mista (tipo societário que envolve capital público e capital privado, como por exemplo, o Banco do Brasil) o conselho de administração será um órgão obrigatório. 
Compete ao conselho de administração basicamente fixar as diretrizes gerais da S.A. (plano estratégico), eleger e destituir os diretores e, supervisionar os atos da diretoria. 
 Observação.: o conselho de administração será composto por no mínimo 3 pessoas físicas (membros), sendo estes obrigatoriamente acionistas da S.A.. 
6.3.3. Diretoria
A Diretoria é um órgão composto por no mínimo 2 membros, estas pessoas físicas, residentes no país, acionistas ou não da S.A. 
Compete a Diretoria a representação da companhia e a prática dos atos necessários ao seu funcionamento. É importante destacar que a diretoria é eleita pelo conselho de administração (é um órgão, inicialmente, facultativo), contudo, quando não há conselho de administração a diretoria será eleita, pela assembleia geral ordinária.
6.3.4. Conselho Fiscal
O conselho constitui-se em um órgão de existência obrigatória, mas o seu funcionamento é facultativo (art.161 da lei de S.A. o conselho fiscal estará instalado, mas não necessariamente estará ativo). Será composto por no mínimo 3 e no máximo 5 membros, com igual número de suplentes, sendo estas pessoas físicas, acionistas ou não, residentes no país.
Temos como atribuições básica do Conselho Fiscal, as seguintes:
· Fiscalizar os administradores;
· Examinar e analisar demonstrações financeiras
· Opinar sobre relatório e propostas da administração
· Denunciar eventuais irregularidades e, se necessário, convocar assembleia geral
6.4. Valores Mobiliários
Quais são os valores mobiliários, no Brasil? Constituem-se em partes do capital social de uma sociedade anônima aberta ou fechada; são os valores mobiliários que são negociados pelas sociedades anônimas. 
6.4.1. Ações
Ações constituem-se em frações do capital social que conferem ao seu titular o direito de sócio de uma sociedade anônima, ou seja, a partir do momento em que uma pessoa adquire uma ação de uma S.A. ela passa a ser um sócio daquela sociedade.
As ações numa sociedade anônima são integralizadas através de dinheiro, bens ou créditos não sendo admissível a integralização através de prestação de serviços, ou seja, para se pagar uma ação, tal pagamento deve ser feito exclusivamente através de dinheiro, bens ou créditos.
· Valor das ações
1. Valor nominal: o valor nominal de uma ação é aquele que guarda relação com o próprio capital social, e é obtido através da seguinte forma: capital social ÷ número de ações = valor nominal, ou seja, o valor nominal de uma ação é o capital social dividido pelo número de ações emitidas pela S.A.
2. Valor patrimonial: para obter o valor patrimonial de uma ação devemos realizar a seguinte operação: patrimônio líquido da S.A. ÷ número de ações = valor patrimonial, ou seja, o valor patrimonial de uma ação é a divisão do patrimônio líquido da empresa dividido pelo número de ações emitidas pela S.A.
3. Valor de mercado: o valor de mercado de uma ação é aquele valor na qual as ações são negociadas no mercado de valores mobiliários.
Observação.: as ações de uma sociedade anônima fechada não possuem valor de mercado, justamente porque a S.A. fechada não possui ações na bolsa de valores.
4. Valor econômico: o valor econômico de uma ação leva em conta uma perpectiva da futura rentabilidade da empresa, logo, será obtido através de perícia técnica contábil.
Observação.: é proibida a emissão de ações por preço inferior ao valor nominal, evitando assim, a chamada diluição acionária
· Espécies de ações
1. Ações Ordinárias (art.110 da lei de S.A.): as ações ordinárias são aquelas que conferem os chamados direitos comuns dos acionistas, como por exemplo, participação nos lucros e direito de fiscalização. Toda ação ordinária sempre tem direito a voto na assembleia geral, ou seja, não existe ação ordinário sem direito a voto. 
2. Ações Preferencias: ações preferencias são assim denominadas pois trazem uma certa preferência/vantagem economia, conforme, dispõe o artigo 17 da lei de S.A.. a vantagem economia que se vê nas ações preferenciais, são como por exemplo, o direito preferencial no recebimento dos lucros. 
Como contra partida as vantagens econômicas, as ações preferenciais não terão direito a voto ou se tiverem, este voto será limitado. É importante destacar ainda, que existe um mecanismo protetivo previsto no §1º do artigo 111 da lei de S.A.. Se a empresa deixar de pagar lucros por três meses consecutivos o acionista passa a ter direito a voto.
Além de vantagens econômicas, as ações preferenciais possuem vantagens políticas, no caso de ocorrência de desestatização da empresa.
A emissão de ações preferenciais é facultativa e encontram o limite no máximo em 50% do total das ações; já a emissão de ações ordinárias é obrigatória.
Observação.: Ao contrário das ações ordinária que são de emissão obrigatória pela S.A. as ações preferenciais são de emissão facultativa, cabe ressaltar ainda, que o número máximo de ações preferenciais sem direito a voto que uma companhia pode emitir é de 50% do total de ações emitidas. 
3. Ações de Gozo ou Fruição: as ações de gozo ou fruição no Brasil não possuem mais aplicabilidade prática, ou seja, não existem mais desse tipo de ação em uso. E vistas do artigo 44, §5º da lei de S.A., as ações de gozo ou fruição são aquelas ligadas a amortização, ou seja, antecipação do pagamento.
Nesse contexto, temos que as ações de gozo ou fruição são aquelas consideradas antecipação de dividendos restantes que seriam devidos somente em caso de liquidação da empresa (encerramento das atividades). 
Cabe ressaltar que as ações de gozo ou fruição derivam das ordinárias e das preferenciais. Ex.: compra de ações ordinárias de uma companhia X_S.A. e, recebeu os dividendo devidos dela e, dois meses depois vendeu para Gabriel as suas ações, um ano depois a empresa fechou, ocorrendo a liquidação da empresa, com isso as ações compradas por Gabriel tornaram-se de gozo ou fruição, quando do fechamento da empresa. 
4. Golden Shares
As Golden Shares ou, também, chamadas de ações de ouro, constituem-se em um verdadeiro instrumento de defesa dos interesses nacionais, possibilitando a saída do Estado da atuação direta na atividade econômica, possuem previsão no artigo 17, §7º da lei de S.A.. 
No direito brasileiro, a expressão Golden Shares não é comumente utilizada, sendo entendidas como expressão de doutrina, de mercado, posto isso, pela lei, no Brasil, as Golden Shares são chamadasde Ação Preferencial de Classe Especial. 
Quando o Estado desestatiza a empresa, ele deixa de ser o controlador dela, neste contexto, quando o Estado se retira da empresa, surge para ele o direito a ações preferenciais de classe especial, vale ressaltar que essas ações são intransferíveis pertencentes, apenas, ao poder público, não possuindo direito a voto. 
Logo, quando houver uma assembleia o Estado não mais participará, uma vez que retirou-se da S.A., entretanto, a depender do que foi decidido o Estado pode ter o direito ao veto. Então, veja as Golden Shares não tem direito a voto, mas ela tem o poder de vetar algumas decisões, tal como, por exemplo, o caso da Embraer. 
· Acionista controlador e acordo de acionistas
Segundo o artigo 116 da lei de S.A. é considerado o acionista controlador de uma sociedade anônima aquela pessoa, física ou jurídica, detentora do maior número de ações com direito a voto e que tem o poder de eleger a maioria dos administradores. 
É importante destacar que nem sempre o acionista controlador está sozinho, ocorrendo muitas vezes a reunião de vários acionistas que se unem através de um contrato, que trará obrigações mútuas conforme dispõe o artigo 118 da lei de S.A., é o chamado acordo de acionistas. 
6.4.2. Debêntures
30:41min – aula do dia 08.06.2020
6.4.3. Comercial Paper
6.4.4. Bônus de Subscrição 
6.4.5. Partes Beneficiárias
6.5. 
7. 
7.1. .
7.2. 
8.

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