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Aula 4 Introdução a anatomia e fisiologia animal Curso Auxiliar de Veterinário Profa M.V Cinthya Domingues O aparelho locomotor do cão e do gato O aparelho locomotor é composto pelos ossos, articulações, tendões e músculos Essas três partes estão agrupadas de acordo com as principais divisões do corpo: tronco, cabeça, membro torácico e membro pélvico O esqueleto é a estrutura que sustenta o corpo A mobilidade do esqueleto acontece por meio da contração do músculo, que por meio de tendões são inseridos nos ossos Contração: movimentos de flexão e extensão As contrações são comandadas pelos nervos através do sistema nervoso central. Estrutura e função dos ossos do cão e do gato Principais funções do esqueleto: - Sustentação e conformação do corpo - Proteção de partes moles e órgãos internos - Sistema de alavancas que, movimentado pelos músculos, permite a movimentação e o deslocamento do corpo - Armazenamento de minerais como cálcio e fósforo, contribuindo consequentemente para manutenção da homeostase mineral - Hematopoiese Estrutura e função dos ossos do cão e do gato Os ossos: - Estrutura dura e sólida que forma o arcabouço dos animais vertebrados - É formado por matéria orgânica e inorgânica (estrutura fibrosa calcificada) - A matéria orgânica: colágeno (confere elasticidade e flexibilidade) ; matéria inorgânica: cálcio e fósforo (rigidez ao tecido ósseo) - Esta calcificação ocorre progressivamente no decorrer da vida fetal e durante a fase de crescimento - Cães de raça gigante: 2anos - Cães de raça grande: última fase é longa (suplementação de cálcio) – 18meses - Cães de raça pequena: 10meses - Cães de raça média: 1ano Estrutura e função dos ossos do cão e do gato Os ossos: - O cálcio ósseo confere uma reserva que aumenta ou diminui - Seu centro é constituído pela medula óssea, tecido esponjoso tem a função de produzir céls. sanguíneas (hematopoiese). Classificação dos ossos dos cães e dos gatos São classificados quanto ao seu formato e segundo a predominância de umas de suas dimensões (comprimento, largura ou espessura): Assim temos as seguintes classificações: - Longos - Curtos - Planos ou laminares - Irregulares Classificação dos ossos dos cães e dos gatos Ossos longos: - São típicos de membros - Em geral, cilíndricos - Atuam como alavancas - O comprimento é maior que a largura e espessura - São longos, espessos e tubulares - Os ossos longos apresentam duas extremidades, denominadas epífise e um corpo, chamado de diáfise - Este possui em seu interior um canal medular onde aloja a medula óssea - Função: sustentação - Ex: Fêmur, úmero, tíbia, fíbula, rádio... Classificação dos ossos dos cães e dos gatos Ossos curtos: - São curtos, largos, espessos e cuboides - Não possuem dimensões que ultrapassem uns aos outros - Maioria agrupados no carpo e no tarso - Unidos entre si através de ligamentos - Presentes em locais que exigem flexibilidade - Ex: carpo e tarso Classificação dos ossos dos cães e dos gatos Ossos planos ou laminares: - Principal característica: são grandes, sendo sua espessura menor que o comprimento e a largura - Função: proteção de regiões importantes e delicadas - Ex: escápula, crânio, pelve... Classificação dos ossos dos cães e dos gatos Ossos irregulares: - Forma complexa, ou seja, possuem vários outros formatos em relação aos que já foram ditos aqui - Não corresponde a nenhuma forma geométrica conhecida - Ex: vértebras, mandíbula e o osso temporal. Classificação dos ossos dos cães e dos gatos Resumindo... Classificação dos ossos dos cães e dos gatos Ossos hioides e do pênis: - Hioide: - Localizado na região anterior do pescoço - Ligado a músculos do pescoço, faringe, laringe e cabeça - Pênis: - Osso peniano - Fortes e resistentes - Elasticidade Eixos anatômicos do esqueleto Coluna vertebral é formada por diferentes tipos de vértebras Desempenha papel de eixo axial: 13 costelas (10 – esterno = caixa torácica) O crânio articula com a 1ª vértebra cervical (atlas) Atlas – axis Membros posteriores: propulsão – bacia ao nível da articulação da anca por meio de ligamentos Membros anteriores: propulsão menor – ligados a coluna torácica por meio da escápula e dos músculos adjacentes. Eixos anatômicos do esqueleto Divisão anatômica do esqueleto Membro anterior: - Formados por: escápula, úmero, rádio, ulna, carpo, metacarpo e falanges Membro posterior: - Formados por: pelve, fêmur, tíbia, perônio, tarso, metatarso e falanges. Esqueleto do cão Esqueleto do gato Aula 5 Fisiologia e Patologia animal Curso Auxiliar de Veterinário Profa M.V Cinthya Domingues As articulações Região de união entre dois ou mais ossos Presença das articulações: corpo do animal consegue ficar estável e mantém a postura ereta. Além de garantir a união do esqueleto, as articulações evitam também o desgaste dos ossos. Principais funções da articulação: - Proteção - Inserção - Alavancas - Locomoção - Angulação, torção ou deslocamento As articulações As articulações são classificadas em 3 categorias: - Fibrosas: articulação imóvel, ela possui pequena separação com tecido conjuntivo fibroso entre os ossos. Seu papel principal é proporcionar a absorção de choque - Cartilaginosas: articulação semimóvel, ela apresenta tecido cartilaginoso entre os ossos. - Sinoviais: móvel, diferentemente das outras formas de articulação, as peças articuladas unem-se por meio da cápsula articular, onde o líquido está localizado (sinovial). Os músculos Protegem os ossos e órgãos Funções: participar e ajudar nos movimentos, gerar calor (tremores involuntários) Constituição: conjunto de células contráteis ligadas entre si por membranas que formam feixes musculares Esses feixes reúnem-se formando tendões fibrosos que se ligam às zonas de inserção óssea As células contráteis possuem constituintes específicos que lhe vão permitir encurtar-se (contração) A determinação desta contração é nervosa, designando-se por placa motriz a junção entre a célula nervosa e a célula muscular Além disso, o músculo também é usado para impedir o movimento, estabilizando articulações para evitar seu colapso sob uma carga e manter a continência vesical e intestinal. Os músculos Tipos de músculos: Músculos superficiais do cão Particularidades dos músculos e articulações do gato Articulações são flexíveis e móveis (rotação completa sem risco de luxação) Esqueleto também é bem flexível Músculos mastigadores e abdominais bem desenvolvidos Região cervical composta por uma espessa massa muscular (4 camadas) Músculos da anca e coxas muito fortes (saltos altos) Músculos e garras lhes permitem escalar com facilidade Membros possuem músculos rotatórios (pronação e supinação) Membros posteriores mais fortes que os anteriores (propulsão). Músculos superficiais do gato Patologias articulares Artrose - Caracterizada pela destruição progressiva da cartilagem articular associada à formação de osteófitos (pequenos ossos) e de modificações do osso subcondral e da membrana sinovial - Processo degenerativo e progressivo - Extremamente doloroso - Causas: envelhecimento, obesidade, falta de exercício físico, genética. Patologias articulares Artrite - Inflamação nas articulações - Causas: processo infeccioso (bactéria, vírus) imunológica, obesidade, idade avançada - Sintomas: vermelhidão, calor, dor, inchaço, crepitação ao movimento - Pode atingir várias articulações. Patologias articulares Displasia coxofemural - Alteração da conexão entre a cabeça do fêmur e o acetábulo - Afecção congênita, de caráter hereditário, caracterizada pelo desenvolvimento anormal da articulação coxofemoral - Outras causas: nutrição, fatores biomecânicos, ambiente - Frequente em cães de grande porte. Ex: rottweiler, labrador, pastor alemão... - Sintomas: marcha anormal,recusa em trotar e saltar, posição de X dos posteriores, dor à manipulação Patologias articulares (Displasia coxofemural) Aula 6 A pele do cão e do gato Curso Auxiliar de Veterinário Profa M.V Cinthya Domingues Introdução O tegumento, muito conhecido como "pele", é o maior órgão de todos os mamíferos, sendo uma barreira externa do organismo e também uma forma de contato com o meio ambiente O aparelho tegumentar é formado por: - pele - tecido subcutâneo - pelos - glândulas cutâneas - partes especializadas (unhas, cornos, cascos,...) Funções do sistema tegumentar Barreira contra agressões externas (físicas, mecânicas químicas e biológicas) Termorregulação (controle da temperatura corporal) Armazenamento e excreção de água e eletrólitos, impedindo o ressecamento externo do corpo Ativação da síntese de vitamina D (através de fotorreação) Uma das vias para administração de medicamentos (via subcutânea) Percepção de estímulos externos (dor, calor, frio, pressão e deformação) Defesa contra predadores (presença de espinhos, cornos, garras, esporões,...) Nutrição de filhotes, no caso dos mamíferos, através das glândulas mamárias Dimorfismo sexual Acúmulo de substâncias de reserva (lipídeos/gordura) Coloração da pele Irá depender da quantidade de pigmentos (melanina) Animais que ficam mais expostos ao sol : pele mais escura (proteção contra os raios ultravioletas) Estado de saúde do animal (estado fisiológico/patológico: rubor (vermelhidão), icterícia (pele amarelada), palidez ou cianose (azulada). Espessura da pele Varia muito entre as espécies, com o clima e o tipo de alimentação do animal Mais espessa: nas grandes espécies e nos locais de maior atrito, como nos coxins Estruturas da pele A pele consiste em duas camadas: Epiderme (tecido epitelial) : camada externa Derme (tecido conjuntivo): camada interna Hipoderme: conhecido como subcútis Estruturas da pele A epiderme é a camada mais externa Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado É adaptada de acordo com a região a que se encontra Espessura varia entre as regiões corporais Responde rapidamente ao desgaste: coxins dos cães e gatos Suas células estão em constante divisão, sendo então continuamente renovada. A epiderme não contém vasos sanguíneos (artérias e veias), vasos linfáticos e nervos, sua nutrição sanguínea realizada por vasos presentes na derme É constituída por outras cinco camadas: basal, espinhosa, granulosa, lúcida e córnea Camadas da epiderme Basal - mais profunda - situadas sobre uma membrana basal que separa a epiderme da derme - constante divisão ("células tronco”) Espinhosa - formada por várias células provenientes da camada basal Camadas da epiderme Granulosa - formada por uma ou duas filas de células muito planas em que é possível apreciar alguns grânulos - contêm queratina Lúcida - resquício de células córneas jovens : apenas nas palmas das mãos, na planta dos pés (coxins digitais) e no plano nasal do cão e do gato Córnea - camada mais externa da epiderme - várias filas de células repletas de queratina - células MORTAS. Camadas da epiderme Queratina É uma proteína fibrosa A queratina é sintetizada pelos queratinócitos, células diferenciadas do tecido epitelial Funções: impermeabilidade à água, alto nível de resistência e elasticidade Encontrada: cascos, unhas, chifres, penas das aves e bicos... https://www.infoescola.com/citologia/queratinocitos/ https://www.infoescola.com/biologia/tecido-epitelial/ Melanina Proteína: coloração aos olhos, cabelos e principalmente à pele. Ela é gerada pelos melanócitos - ficam na camada superior à derme - e, normalmente, apresenta coloração amarronzada Maior função: proteger o corpo e organismo dos impactos da radiação solar Alta exposição dos raios UV, ocorre uma produção maior de melanina. Os melanócitos agem dessa forma como um mecanismo de defesa contra a radiação que penetra na pele e causa lesões no DNA das células. Derme Composta por fibras de tecido conjuntivo denso, fibras colágenas e fibras elásticas As fibras elásticas formam uma rede responsável: tornam a pele mais maleável/flexível e, se houver sua ruptura, ocorre cicatrização por depósito de tecido fibroso (estrias) Ao contrário da epiderme, a derme é bem vascularizada, inervada Contém folículos pilosos (local de onde se originam os pelos), glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas Os vasos sanguíneos (veias e artérias) partem daqueles que nutrem as fáscias e músculos superficiais. As artérias envolvem os folículos pilosos Os nervos são responsáveis pela percepção sensorial e acompanham os vasos através das fáscias, dentro da derme. Apêndices da pele: glândulas Sudoríparas - excretam o suor e são importantes como uma condição para perda do calor por evaporação superficial - Cães não suam, essa evaporação do suor ocorre através da cavidade oral e coxins Sebáceas - Produzem uma secreção oleosa - Impermeabilizar a superfície - Proteção de algumas áreas sem pelos: virilha Apêndices da pele: pelos Característica exclusiva dos mamíferos Não são encontrados em todos os locais do corpo Proteção mecânica Isolante térmico Estruturas da pele Camadas da pele Vista pelo microscópio Patologias de pele Atendimento dermatológico representam 30% a 70% dos atendimentos nas clínicas Dentre as patologias de pele, estão: - Subcutâneas - Sarnas Patologias de pele Subcutâneas – Alergias cutâneas São fenômenos de hipersensibilidade de expressão cutânea que ocorrem em animais sensíveis O causador dessa reação são chamados de Alérgenos São substâncias presentes no ambiente, no qual o sistema imunológico de animal não reconhece, reagindo contra ela O alérgeno pode penetrar por quatro vias: inalação, ingestão, através da pele ou via parenteral Patologias de pele Subcutâneas – Alergias cutâneas Alopecias Dermatite atópica ou atopia Dermatite de contato Dermatite de lambedura e estresse Dermatite por picada de pulga (DAPP) Seborreias Patologias de pele Alergias cutâneas - Alopecia São definidas como uma perda de pelos, deixando a pele aparente Vários fatores e doenças Podem ser localizadas, regionais, gerais, bilaterais, simétricas e não simétricas Patologias de pele Alergias cutâneas - Alopecia Reversíveis: origem endócrina não ligada ao sexo - Hipertiroidismo - Síndrome de Cushing - Nanismo hipofisário Patologias de pele Alergias cutâneas - Alopecia Gato com hipertiroidismo Cachorro com nanismo hipofisário Cachorro com síndrome de Cushing Patologias de pele Alergias cutâneas - Alopecia Reversíveis: origem endócrina ligada ao sexo - Disfunção endócrina de origem ovariana ou testicular - Sertolinoma - Síndrome feminilizante Patologias de pele Alergias cutâneas - Alopecia Cachorro com sertolioma Cachorro com síndrome feminilizante Patologias de pele Alergias cutâneas - Alopecia Reversíveis - Infecção bacteriana (Piodermite) - Infecção fúngica - Afecções parasitárias (sarna, leishmaniose, DAPP...) - Origem pouco conhecida (acantose pigmentar, seborreias, dermatites pio traumáticas) Patologias de pele Alergias cutâneas - Alopecia Gato com sarna Cachorro com infecção fúngica Cachorro com piodermite Patologias de pele Alergias cutâneas - Alopecia Irreversíveis - Hereditárias (alopecia congênita do cão, mutante de cor) - Ligadas a um processo necrosante (agentes físicos ou químicos, piodermite profunda, micose profunda, lúpus eritematoso disseminado ou discoide...). Patologias de pele Alergias cutâneas – Dermatite atópica Consiste de uma dermatite pruriginosa alérgica, de predisposição hereditária Causada por alérgenos inalados (pólen, poeiras, escamas, ácaros, alimentos) Apresentam uma falha na barreira de proteção da pele Animais de 1 a 3anos Raças predispostas:Terrier, Dálmata, Setter irlandês e Pequinês Caráter sazonal Sinais clínicos: prurido intenso, inflamação no local, perda de pelo e espessamento da pele. Patologias de pele Alergias cutâneas – Dermatite atópica Patologias de pele Alergias cutâneas – Dermatite de contato Reação inflamatória da pele Causa: contato direto com uma substância irritante ( sabão, desinfetante, detergente, solo, ácidos...) ou alergênica (depois de contatos repetidos, ocorre o aparecimento local de uma dermatite nas regiões) Exs: vegetais, lã, tapetes sintéticos, plásticos, coleira inseticida e cobertores Qualquer substância pode levar a um quadro a esse quadro, se o animal tiver predisposição. Patologias de pele Alergias cutâneas – Dermatite de contato Patologias de pele Alergias cutâneas – Dermatite de lambedura e estresse Causa: lambeduras nas patas Típica em animais de grande porte, muito ativas, que ficam sós durante o dia Pode ocorrer também animais estressados e em alguns casos vira uma mania do animal Patologias de pele Alergias cutâneas – Dermatite por picada de pulgas (DAPP) A pulga presente na pelagem do animal, ao picá - lo pode levar a um processo de hipersensibilidade, ou seja, alergia causada pela saliva da pulga Sinais clínicos: prurido intenso, vermelhidão, queda de pelo, patologias secundárias podem ocorrer Não precisa ter a presença de muitas pulgas no animal, basta uma picada para desencadear o processo alérgico Principais locais: pescoço, dorso – lombar, abdominal e a cauda Patologias de pele Alergias cutâneas – Dermatite por picada de pulgas (DAPP) Patologias de pele Alergias cutâneas – Seborreias Surge sob forma de uma afecção cutânea Caracterizada por produção anormal de sebo pelas glândulas sebáceas dos folículos pilosos e escamação exagerada Pode ser secundária a uma dermatose Dois tipos principais: seca (descamação seca “caspa”) oleosa (formação de crostas e espessamento da pele) Patologias de pele Alergias cutâneas – Seborreias Seborreia seca Seborreia úmida Patologias de pele Ácaros O Ácaro é um animal invertebrado pertencente ao filo Arthropoda, subfilo Chelicerata, classe Arachnida, ordem Acarino São muito pequenos, podendo medir de milímetro ou menos de comprimento Morfologia: corpo é formado por cefalotótax fundido ao abdome, quatro pares de patas, não possuem antenas Muitas espécies apresentam pilosidades com função tátil na superfície do corpo A coloração é muito variada, sendo que a maior parte deste animais apresenta tons de marrom, mas existem outras coloração: vermelho, alaranjado, preto, verde e até combinações de todas estas cores Habitat: vida livre ou parasitas (vertebrados ou invertebrados) São encontrados em solo, musgos, plantas... Alimentação: carnívoros (minúsculos vermes e insetos), herbívoros, alimentam de gordura da expelida pelo folículo piloso, restos secos da pele, poeiras, tecidos vivos do hospedeiro (causadores da sarna). Patologias de pele Sarnas no cão – Sarna sarcóptica ou escabiose Causada por ácaro Sarcoptes scabiei Dermatose parasitária altamente contagiosa Acomete: cães, gatos, humanos (zoonose), equinos, ovinos, bovinos... Processo: parasito “cava” túneis nas camadas mais profundas da pele causando intensa coceira, se multiplicam rapidamente. Acabam penetrando na camada germinativa (regeneração da pele), só que produzem queratina no local, não deixando com que ocorra essa regeneração, tendo como consequência a esfoliação nas camadas superiores Gerar um processo inflamatório Podem existir infecções secundárias Se tratada, tem cura Patologias de pele Sarnas no cão – Sarna sarcóptica ou escabiose Esse prurido pode ser tão intenso que o animal deixa de se alimentar, debilita o sistema imunológico, tornando o animal mais suscetível a outras doenças Além da coceira, causa alopecia, que pode ser generalizada (descamações e crostas na cabeça, orelhas e patas, região ventral podendo se alastrar para todo o corpo do animal, senão tratada) Transmissão: contato direto e objetos contaminados Resistentes ao ambiente Patologias de pele Sarnas no cão – Sarna sarcóptica ou escabiose ácaro Sarcoptes scabiei Patologias de pele Sarnas no cão – Sarna sarcóptica ou escabiose Cuidados com o animal infectado: - Isolar esse animal (evitar contágio entre outros animais e humanos) - Usar luvas ao mexer no animal - Objetos de uso devem ser lavados com água fervente Patologias de pele Sarnas no cão – Sarna sarcóptica ou escabiose Sintomas em humanos - Vermelhidão - Prurido - Locais: mãos, braços, tórax Diagnóstico diferencial antes de começar o tratamento Patologias de pele Sarnas no cão – Sarna sarcóptica ou escabiose Sintomas em humanos Patologias de pele Sarnas no cão – Sarna demodécica Conhecida como “Sarna negra ou demodicose” Não é contagiosa para o homem Causada por um ácaro Demodex canis Transmissão: mãe para o filhote (poucas horas após o parto os animais podem apresentar os ácaros na pele) Não tem cura, apenas controle (queda da imunidade do animal, a doença retorna) Ácaros percorrem camadas profundas da pele, causando vermelhidão, queda de pele, muitas vezes o prurido não está presente nessa sarna, apenas quando tiver outros agentes associados (fungos, bactérias...) ou mesmo de forma mais generalizada Patologias de pele Sarnas no cão – Sarna demodécica ácaro Demodex canis Patologias de pele Sarnas no gato – Sarna notoédrica Causada pelo ácaro Notoedres cati Zoonose Transmissão: contato direto com gatos infectados Raramente acomete cães e ser humano Sintomas: semelhantes a sarna sarcóptica Lesões principalmente na cabeça e orelhas Resistentes ao ambiente Mesmo controle usado para sarna canina ácaro Notoedres cati Patologias de pele Sarnas no gato – Sarna notoédrica Patologias de pele Sarnas no gato – Sarna otodécica Causada pelo ácaro Otodectes cynotis Conhecida como “sarna de ouvido” Localizada no conduto auditivo do animal (dentro e fora) Sintomas: prurido intenso, presença de secreção ou cera castanha escura ou preta Contagiosa entre animais ácaro Otodectes cynotis Patologias de pele Sarnas no gato – Sarna otodécica Patologias de pele Micoses Causada por fungos Acomete tanto animais como seres humanos Se alojam na pele e se alimentam de gordura e queratina Presentes em qualquer lugar (solo, plantas, pele...) Os fungos só irão causar micoses na presença de condições especiais, como a baixa de imunidade do organismo São seres oportunistas Causam coceira, vermelhidão, descamação, podem ser em regiões localizadas e espalhar pelo corpo Patologias de pele Micoses Cachorro com dermatofitose Cachorro com dermatofitose Patologias de pele Diagnóstico para afecções de pele Exame clínico: - Localizar as lesões primárias e secundárias - Determinar o padrão da lesão (mácula, pápula, mancha, placa, vesícula, pústula, cisto, nódulo....) Formular a lista de diagnóstico diferencial (padrão da lesão, espécie de animal...) Testes de acordo com a suspeita e resultados dos itens acima Podendo ser realizado através: biópsias de pele, raspado de pele, dermatohistopatologia, visualização no microscópio, citologia de pele e ouvido, tricograma, teste alérgico, hemograma e bioquímica, perfil endócrino,, culturas de fungos... OBRIGADA!!
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