Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula 1 Conceitos introdutórios Curso Auxiliar de Veterinário Profa M.V Cinthya Domingues História da Veterinária Claude Bourgelat dirigia há 20anos a Academia do Rei – equitação, armas, música e matemática Interesse pela anatomia e patologia equina Reflexão: preservar e melhorar a espécie equina e proteger o gado das epidemias Em 1762 funda Escola da Guillotière, Lyon, França Ensino veterinário: reflexão, observação, habilidade manual e a memória visual contrário do ensino universitário da época Em 1764 torna-se Escola Real Veterinária Evolução do ensino e expansão para o campo da investigação Colaborações entre médicos e médicos veterinários foram criadas – melhorando a qualidade do ensino veterinário. Principais ramos da Medicina Veterinária Produção animal Medicina Veterinária Zootecnia Bovinocultura, aquicultura, reprodução... Clínica médica, cirurgia, patologia Especialização: oftalmologia, patologistas, ortopedistas... Animais silvestres: clínica e cirurgia O auxiliar de Veterinária Crescimento do “Mercado Pet” Mercado de trabalho: pet shops, consultórios, clínicas, hospitais veterinários, zoológicos e fazendas O auxiliar veterinário tem a mesma classificação como área de ocupação que se classificam os trabalhadores de serviço veterinário, higiene e estética de animais domésticos Principal função: auxiliar e trabalhar junto ao médico veterinário Bom desempenho como Auxiliar de Veterinária além da qualificação profissional é essencial que possua boa disposição física, capacidade de comunicação, concentração e decisão Código de conduta e ética Importante não confundir o auxiliar x enfermeiro x técnico x veterinário Atividades que são de responsabilidade do M.V não do auxiliar: exercício ilegal da profissão pode caracterizar contravenção penal O auxiliar de Veterinária Atividades do auxiliar veterinário (rotina clínica): - Aferir temperatura - Observar condições físicas e neurológicas dos animais - Auxiliar na coleta de materiais para a realização de exames - Auxiliar no controle dos sinais vitais do animal - Auxiliar o Veterinário na administração de medicamentos - Auxiliar na contenção dos animais - Fazer curativos e alimentar os animais - Exercitar os animais O auxiliar de Veterinária Atividades do auxiliar veterinário (rotina clínica): - Higienizar o local de estada dos animais - Auxiliar quando solicitado a prestar os primeiros socorros - Pesar o animal - Realizar a tricotomia de animais antes da cirurgia ou procedimentos que exijam - Preparar o material cirúrgico - Auxiliar no procedimento de intubação do animal - Posicionar o animal na mesa de cirurgia - Fazer a assepsia do animal O auxiliar de Veterinária Atividades do auxiliar veterinário (rotina clínica): - Transportar o animal dentro do estabelecimento - Recolher o material utilizado (instrumentos) - Separar materiais descartáveis - Separar e embalar o lixo hospitalar para descarte - Lavar os instrumentos cirúrgicos - Montar a caixa de cirurgia - Esterilizar materiais, instrumentos e o ambiente O auxiliar de Veterinária Atividades do auxiliar veterinário (outras áreas): - Atender os clientes - Buscar os animais - Conversar com os tutores - Informar sobre normas e regulamentos do estabelecimento - Orientar sobre noções, higiene e alimentação - Indicar o atendimento do animal pelo médico veterinário - Entregar os animais - Orientar sobre cuidados especiais para estética - Administrar o local de trabalho O auxiliar de Veterinária Atividades do auxiliar veterinário (outras áreas): - Solicitar material e medicamentos - Repor material e medicamentos - Embalar cadáveres - Encaminhar os cadáveres para a necropsia ou para o aterro sanitário - Enviar materiais coletados para os laboratórios - Limpar e lubrificar equipamentos - Desinfetar equipamentos - Demonstrar competências pessoais - Demonstrar capacidade no trato com animais O auxiliar de Veterinária Atividades do auxiliar veterinário (outras áreas): - Demonstrar paciência - Demonstrar autocontrole - Demonstrar bom humor - Demonstrar concentração - Demonstrar senso estético - Administrar conflitos - Avaliar riscos O auxiliar de Veterinária IMPORTANTE: Todas as atividades do auxiliar veterinário devem ser supervisionadas e orientadas por um Médico Veterinário. Código de conduta e Ética Veterinária O que é ética??? - Parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo esp. a respeito da essência das normas, valores, prescrições e exortações presentes em qualquer realidade social. - A palavra "ética" vem do grego ethos e significa caráter, disposição, costume, hábito, sendo sinônima de "moral", do latim mos, mores. O que é ser ético?? - Ético significa tudo aquilo que está relacionado com o comportamento moral do ser humano e sua postura no meio social. ... A forma de agir em sociedade determina o comportamento do indivíduo como ético ou antiético. - Ser ético ou ter um comportamento ético refere-se a um modo exemplar de viver baseado em valores morais. Código de conduta e Ética Veterinária O Médico Veterinário tem que seguir o código de ética da profissão: inclui seus direitos e deveres como profissional, além da responsabilidade e o comportamento que deve ser seguido Comportamento Veterinário: artigo 13 - Artigo IV: deixar de comunicar aos auxiliares condições de trabalho que possam colocar em risco a saúde ou integridade bem como deixar de esclarecer procedimentos adequados para evitar riscos. - Artigo VII: fornecer ao leigo informações, métodos ou meios, instrumentos ou técnicas privativas de sua competência profissional. Código de conduta e Ética Veterinária Quanto a responsabilidade segundo o código de ética: artigo 14 - Artigo 14: O Médico Veterinário será responsabilizado pelos atos que, no exercício da profissão, praticar com dolo ou culpa, respondendo civil e penalmente pelas infrações éticas e ações que venham causar danos ao paciente ou cliente - Artigo II: delegar a outros sem o devido acompanhamento, atos ou atribuições privativas do profissional de Medicina Veterinária - Artigo III: atribuir seus erros a terceiros e a circunstâncias ocasionais que possam ser evitadas - Artigo IV: isentar-se de responsabilidade por falta acometida em suas atividades profissionais, independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe, mesmo que solicitado pelo cliente. Exercício ilegal da profissão Artigo 47 da Lei Federal 5517/1968 e 550/1968 - A atividade do Médico Veterinário só pode ser exercida por profissionais portadores de diplomas registrados no Ministério da Educação e ao porte da carteira profissional do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CRMV) - Exercício ilegal: leigos que exerçam atividades privativas da Medicina Veterinária Indivíduos que não são veterinários NÃO podem praticar atos privativos, pois podem causar danos ao animal Não podem prescrever medicamentos, fazer cirurgias, procedimentos de competência do Veterinário Qualquer ato desses pode ser caracterizado como crime ou até maus tratos. Exercício ilegal da profissão Conclusão: o auxiliar SEMPRE trabalhará junto ao Médico Veterinário e cabe a esse inspecionar, direcionar e monitorar o trabalho do Auxiliar Veterinário As atividades privativas e presentes no Código de Ética nunca poderão ser realizadas pelo Auxiliar Veterinário. Posição profissional do auxiliar Orientação geral sobre conduta profissional Regras em cada setor de um estabelecimento veterinário: evitar contaminação no ambiente e proteção a saúde do auxiliar e veterinário É obrigatório o uso correto dos equipamentos pertinentes a cada tarefa e a cada setor: organização e padrão : sob pena de advertência Posição profissional do auxiliar Orientação geral sobre conduta profissional Uso de equipamentosde proteção individual (EPI): prevenção de zoonoses EPI: luvas, máscaras, propés, avental, gorro e etc... Posição profissional do auxiliar Orientação geral sobre conduta profissional Internação e ambulatório: Posição profissional do auxiliar Orientação geral sobre conduta profissional Centro cirúrgico: Posição profissional do auxiliar Orientação geral sobre conduta profissional Radiologia: Posição profissional do auxiliar Orientação geral sobre conduta profissional Limpeza: Rotina de atenção emergencial na recepção Urgência x Emergência x Eletivo - Urgência: é quando há uma situação que não pode ser adiada, que deve ser resolvida rapidamente, pois se houver demora, corre-se o risco até mesmo de morte. Esta palavra vem do verbo “urgir” que tem sentido de “não aceita demora”. - Emergência: é quando há uma situação crítica ou algo iminente, com ocorrência de perigo; incidente; imprevisto. No âmbito da medicina, é a circunstância que exige uma cirurgia ou intervenção médica de imediato. - Eletivo: procedimentos médicos que são programados. Rotina de atenção emergencial na recepção Responsabilidade do auxiliar de veterinária: - Treinamento para identificar uma urgência - Direcionar a atendimento - Oferecer informações corretas ao proprietário Triagem na recepção Atendimento imediato (Classe I): - Inconsciência - Apneia ou respiração agônica - Cianose de mucosas - Hipotermia - Midríase - Ausência de choque cardíaco - Tremores - Convulsões Triagem na recepção Início do atendimento em no máximo 10min (Classe II): - Dificuldade respiratória - Estabilidade cardiovascular - História pouco definida - Dispneia Triagem na recepção Atendimento de acordo com sinais apresentados no momento da admissão, em até 1h (Classe III): - Estabilidade respiratória - Triagem hemodinâmica - Choque mecânico ou oculto - Lesões aparentes por trauma Triagem na recepção Atendimento de acordo com triagem de admissão, em até 12h(Classe IV): - O proprietário acredita que o animal não anda bem, mas não sabe definir exatamente qual a queixa principal (vômito, diarreia, anorexia...). Rotina no atendimento no consultório Ser educado Atento e solícito Fazer a limpeza e organizar o ambiente após cada consulta Jamais interrompa uma consulta, somente se for urgente Pesar o animal antes da anamnese Organizar a mesa com os materiais que serão utilizados no atendimento Rotina no centro cirúrgico Todos os equipamentos devem estar preparados e ligados Material separado e organizado (bisturi, colchão térmico...) Checar se o concentrador de oxigênio está com umidificador completo, caso use cilindro se este está com o volume adequado Preparar os aquecedores Preparar uma cuba e bacia para compressas Uso de EPI (se for solicitado sua participação) Senão solicitado deve-se manter longe do campo operatório E se cair algum material/instrumento no chão não recolha. Regras de manutenção dos animais na internação Mantenha os animais sempre limpos Cuidado com animais com suspeita de doenças infectocontagiosas Caso transfira um paciente de canil, transferir sua identificação junto e faça a limpeza do canil Doenças infectocontagiosas: utilizar canil pré-isolados Não compartilhe vasilhas e utensílios desta ala Nunca deixe o animal sozinho na sala, nem em cima da mesa Mantenha higiene e organização no local Lavar as mãos e higienizar com álcool antes e após a manipulação do animal Confira sempre as trancas do canil e nunca deixe um paciente com o portão aberto Esteja sempre atento à pacientes em código vermelho Regras de manutenção dos animais na internação Desobstrução e higienização de cateteres e sistema de infusão, tubos e sondas apenas com autorização do Médico Veterinário Em caso de diarreia sempre remover o paciente para banheira para ser higienizado cuidadosamente Higienize os cateteres, tubos e as sondas de cada paciente a cada 8h, com algodão e álcool, fazendo movimento do paciente em direção a saída do dispositivo Nunca furar frascos de fluidoterapia Nunca reencapar agulhas. Todo perfuro cortante deve ser usado uma única vez e descartado em local próprio Cheque os níveis de oxigênio nos cilindros, balonetes dos tubos traqueais, pilhas, lâminas, lâmpadas dos laringoscópio e carros de emergência, sempre no início do plantões. Regras de manutenção dos animais na internação Toda mudança de comportamento do animal ou de parâmetros deve ser comunicado ao M.V Check list: organização, evitar esquecimentos de tarefas, monitoramento de validade de produtos, estoque, compras – organizar e agilizar os procedimentos Materiais: conhecer os materiais que o estabelecimento usa nos procedimentos Aula 2 Origem dos canídeos e felinos Curso Auxiliar de Veterinário Profa M.V Cinthya Domingues Canídeos Descendentes de cães e gatos: eram carnívoros (alimentação exclusivamente de tecidos animais) Atualmente os cães e gatos: são onívoros (alimentação de tecidos animais e vegetais – ração) Mudança na alimentação está relacionada a domesticação e pela proximidade com o ser humano Origem dos canídeos Terra – 4,5 bilhões de anos Primeiros mamíferos - 100 milhões de anos Primeiros canídeos – 50 milhões de anos Primeiros hominídeos – 3 milhões de anos A evolução e a diversificação: início no continente norte-americano (família de carnívoros semelhantes à doninha atual – miacídeos) há 40 milhões de anos. Origem dos canídeos São mamíferos Dentes caninos pontiagudos Regime onívoro Dentição adaptada Esqueleto dimensionado para a locomoção quadrúpede e digitígrada Origem dos canídeos Três sub- famílias: cuonídeos, otocinonídeos e os canídeos A Domesticação A descoberta de pegadas e ossadas de lobo nos territórios ocupados pelo homem ascende a 40.000anos Homem era um caçador e se alimentava da sua caça Mudanças climáticas (final do período glacial e o aquecimento): mudança no comportamento do homem (inventar novas armas e adaptar as técnicas de caça) Competir com os lobos (alimentação e caça igual) Domesticação do lobo: processo lento Cão primitivo era caçador e não um cão pastor Origem dos felinos Terra – 4,5 bilhões de anos Primeiros mamíferos - 100 milhões de anos Primeiros Felídeos – 30 milhões de anos Primeiros hominídeos – 3 milhões de anos Origem dos felinos Período Oligoceno: tendência a individualização dos felinos em 2 grupos: - Animais grandes, robustos e lentos (caninos semelhante a lâmina de sabre) - Animais pequenos - Era Mioceno: Feliszitteli – espécie próxima do gato selvagem atual - Período Pleisteceno: surgiu gênero Felis Com o passar do tempo os felinos menores foram se adaptando a regiões diversificadas e os de espécie de tigres de dentes de sabre (Smilodons e Machairodus) foram desaparecendo. Origem dos felinos São mamíferos Língua coberta por papilas salientes Regime carnívoro Garras retráteis ou semi-retráteis Esqueleto dimensionado para a locomoção quadrúpede e digitígrada de estrutura flexível. A Domesticação Segundo a crença tradicional a domesticação teria ocorrido no Egito O gato egípcio seria um descendente de uma subespécie do gato selvagem Felis silvestres libyca Comensal do homem, depois se tornou mais próximo do homem (familiar) e mais tarde de “companhia” Antigo Egito: ser divino Pequenos felinos: osso hióide (não rugir, apenas ronronar durante a inspiração e expiração) Enquanto que os grandes felinos: ronronavam apenas na expiração. Aula 3 Morfologia Curso Auxiliar de Veterinário Profa M.V Cinthya Domingues Morfologia do cão De acordo com o tamanho: - Pequenos (menos de 46cm e menos de 10kg) Ex: Dachund - Médios (46-61cm e 10 a 12kg) Ex: Bulldog inglês - Grandes (+61cm e 30-40kg) Ex: Pastor alemão - Gigantes (60-90cm e +40kg) Ex: Mastiff Anatomia e fisiologiado animal Divisão Zootécnica: Zona anterior: cabeça, pescoço e membros anteriores Zona medial ou corpo: dorso, rins, caixa torácica e abdômen Zona posterior: ancas, membros posteriores e cauda Anatomia e fisiologia do animal Planos e eixos anatômicos: A- Plano Sagital Mediano - Eixo lateral direito - Eixo lateral esquerdo B - Plano Transversal - Eixo cranial - Eixo caudal C – Plano Frontal - Eixo dorsal - Eixo ventral OBRIGADA! Dúvidas:??
Compartilhar