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MÓDULO
O SURDO NA SOCIEDADE
ICONOGRÁFICOS
ICONOGRÁFICOS
Esses ícones irão aparecer em sua trilha de
aprendizagem significam:
RESUMINDO
Uma síntese das últi-
masabordagens;
CITAÇÃO
Parteretiradadeum 
texto;
TESTANDO
Sugestão de práticas ou
exercícios para fixação
do conteúdo;
IMPORTANTE
O conteúdo em destaque 
precisa ser priorizado;
DICA
Umatalho pararesolver
algo quefoi introduzido
noconteúdo;
EXPLICANDO 
DIFERENTE
Umjeito diferentee mais
simples deexplicaro que
acaba deserexplicado;
EXEMPLO
Explicação do conteúdo
ou conceito partindo de
umcasoprático;
PALAVRA DO 
AUTOR
Uma opinião pessoale
particular do autorda 
obra.
CURIOSIDADE
Indicaçãodecuriosidades
efatosparareflexãosobre
otemaemestudo;
REFLITA
O texto destacado deve 
ser alvo de reflexão.
SAIBA MAIS
Informações adicionais 
sobreoconteúdoetemas 
afins;
SOLUÇÃO
Resoluçãopassoapasso 
de um problema ou 
exercício;
ACESSE
Links úteis para fix-
ação do conteúdo;
DEFINIÇÃO
Definição de um 
conceito;
+
OBJETIVO
Breve descrição do 
objetivo de aprendiza-
gem;
OBSERVAÇÃO
Uma nota explicativa
sobre o que acaba de
ser dito;
++
+++
A LIBRAS foi idealizada para que estudantes tenham
contato com a cultura surda e a Língua Brasileira de Sinais, que
envolve os Preconceitos Linguísticos existentes no Brasil e,
também, as Abordagens de Ensino para a Educação de Surdos.
A Língua de Sinais é a língua materna dos surdos,
reconhecida como um meio de comunicação legal, reconhecida
pela Lei10.436 de 2002. É a partir dessa leique os profissionais da
área da pedagogia, fonoaudiologia e licenciaturas têm a garantia
do contato com disciplina de Libras para a sua formação, o que é
um avanço relevante tantos para esses profissionais quanto para
a comunidade surda.
O que você receberá aqui são informações que, com
certeza, irão lhe auxiliar na tomada de decisões em seu percurso
profissional, caso em sua rotina diária você encontre pessoas
surdas ou outros profissionais que trabalhem com pessoas surdas.
O contexto histórico de lutas e exigências quanto a Educação
dos Surdos no Brasil é cheio de acontecimentos, proibições e
conquistas, será feito um retrospecto d esses fatos. A partir da
convivência comos Surdos, conforme estudarmos, perceberemos
que é uma comunidade que lida em sua maioria com “guetos”,
geralmente optam por parceiros com características em comum.
Muitos se mostram inseguros com a aproximação e presença de
ouvintes, por conta da incompreensão, este comportamento é
resultado das ações que perduram por muitos anos, o que ainda
perdura até hoje, porém, as dificuldades que foram vista no
passado serviu para se chegar a um momento mais pertinente e
acessível. Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai
mergulhar neste universo!
INTRODUÇÃO
1
2
3
4
estudos:
Olá! Se bem-vindo ao MÓDULO 1, e o nosso objetivo
é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes
competências profissionais até o término desta etapa de
Compreender as diferenças à respeito do surdo.
Aplicar as técnicas de comunicação.
Identificar e solucionar problemas relacionados a
convivência.
Executar os procedimentos que envolvem o 
aprendizado e aspectos da cultura surda.
Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho!
OBJETIVOS
O surdo no contexto histórico das
sociedade, a aceitação da língua de sinais
como língua natural da comunidade
surda, culturas e identidades surdas.
Quais conhecimentos você tem sobre deficiência
auditiva? Com certeza já ouviu falar a respeito dos surdos,
deve ter visto pessoas dizendo: “todo surdo é mudo”, “são
muito agitados, se irritam fácil”, “leem nossos lábios”. Mas,
a maioria das informações que adquirimos através do senso
comum sobre esse assunto não são reais.
Então, o objetivo deste estudo é esclarecer tais
informações equivocadas e mostrar a realidade sobre a
comunidade surda.
A deficiência auditiva é uma diferença de atuação na
sociedade entre um indivíduo e a sua capacidade para a
retenção dos sons.
A deficiência auditiva exibe uma abrangência no Brasil
e, segundo os Decretos nº 3.298/99 e nº 5.5296/04, art. 4º,
inc. II (BRASIL, 1999), é considerada “a perda ambilateral,
restrito ou na totalidade, de 41 decibéis (dB) ou mais, aferida
por audiograma nas frequências de 500 Hertz (Hz), 1.000 Hz,
2.000 Hz e 3.000 Hz”.
Saber diferenciar a pessoa surda, entender que a surdez é a
perda da audição que em muitos casos ocasiona a perda
congênita, o que por consequência surge a necessidade de
comunicar-se pela língua de sinais, porque quem nasce surdo,
não capta som nenhum, e por isso não adquiri a língua falada
como forma de expressão.
CITAÇÃO
CONCEITO
Crianças que nascem com a audição intacta podem ter a
audição comprometida, a dificuldade pode acontecer por
doença que causa a inutilidade da audição ou até traumatismos
e/ou lesões. Na maioria das situações, a pessoa que aprendeu a
expressar-se, após o ocorrido da lesão que ocasionou a perda
auditiva, adquirirá outra forma de comunicação. Já os surdos
de nascença, eles não são considerados deficientes porque já se
adaptaram a outros meios compensatórios de interação e
comunicação.
Em ambas, mesmo com as dificuldades é importante o
convívio na sociedade, porque em vários ambientes as duas
características de dificuldade auditiva estão presentes.
Deixar claro essa diferença já é um bom começo para o
entendimento da cultura surda, porque ela é bem vivenciada
no ambiente da comunidade.
Pertencem à cultura surda aqueles que não tem audição
e se apropriam da língua de sinais para se expressar. Os
deficientes auditivos, que por alguma lesão ou trauma em
algum momento da vida, adquiriram a surdez aprenderão e se
beneficiarão da nova forma de comunicação.
Segundo Strobel (2008), os surdos tiveram um início de
história visto por duas expectativas, que é o olhar doutrinário
e medicinal, onde as pessoas surdas eram representadas por
pessoas com anomalias nos ouvidos, na composição vocal e
no cérebro. Esses pacientes tinham o empenho dos médicos,
que estudavam acerca da fala e da aprendizagem dos surdos
com expectativas de possibilidades. Já, na visão doutrinária,
religiosa, inicialmente a igreja tinha a crença que, como os
surdos não ouviam se comunicavam pela fala, não poderiam
ser perdoados seus pecados e consequentemente condenados
ao inferno, para a salvação, a Igreja disponibilizava os
membros do clero na prática da assistência a essa pessoas
surdas, assim, os padres e demais religiosos tornaram-se
responsáveis, zelando e cuidando da educação dos surdos.
CONCEITO
E diante desse olhar, antes de entender que nem todo
surdo é mudo, o termo surdo-mudo foi utilizada, em muitas
situações, incorretamente, porque a mudez não tem relação com
a surdez, como ainda não havia motivação para que os surdos
desenvolvessem a fala, surgiu essa expressão que “todo surdo é
mudo” que na verdade não deve ser usada.
As terapias de fala auxiliaram nessa quebra de mito,
porque desenvolvem a fala dos surdos e isso é um estímulo, se
um surdo não se expressa através da fala, necessariamente não é
mudo. Porém, provavelmente não obteve orientações para o seu
desenvolvimento, como exercícios que estimulam a
comunicação oral.
Figura 1 – Mudez x Surdez.
Fonte: PublicDomainPictures/Pixabay
CONCEITO
A cultura dos surdos
As crenças criadas por falta de entendimento
possibilitaram que muitos mitos se disseminassem, mas a
partir do momento que foi aberto o acesso
à comunicação para o surdo ele passou a interagir
socialmente em vários ambientes dando origem a formação
de grupos sociais, nos dando a oportunidade de identificar a
sua cultura e peculiaridades.
Figura 2 – Cultura Surda
Fonte:Ivanovgood/Pixabay
A história da cultura surda supera séculos, concordava-
se que o surdo tinha habilidade de desenvolver a língua
falada, por isso ele foi obrigado a utilizar a língua oral, mas,
a oralização não trazia sentido, o vocabulário não remetia a
nenhum significadoe, a partir da introdução da língua de
sinais, foi possível a compreensão da linguagem e de tudo
que lhe rodeava.
CULTURA
Mundo solitário
O livro chamado O voo da gaivota, que é a autobiografia
de uma autora surda chamada Emanuelle Laborit, relata a sua
rotina solitária, que por orientação médica foi recomendada
não relacionar-se com nenhum surdo, porque deveria ter em
mente o aprendizado da língua oral. Mesmo fazendo uso do
aparelho auditivo, as palavras expressadas oralmente não
faziam sentido: “Quero entender o que dizem. Estou enjoada
de ser prisioneira desse silêncio que eles não procuram romper.
Esforço-me o tempo todo, eles não muito. Os ouvintes não se
esforçam. Queria que se esforçassem” (LABORIT, 1994, p.
39).
Figura 3 – Surdo com aparelho auditivo.
Fonte:Kalhh/Pixabay
Por volta dos seus 7 anos de idade, seu pai ouviu no
rádio uma notícia que envolvia a surdez e a língua de sinais,
se interessou e pensou que sugeriu que para ela seria uma
esperança de forma de comunicação. Após esse dia, a autora
relata a importância da língua de sinais para a sua vida, seu
cotidiano.
CULTURA
A esperança de um novo nascimento, o início da vida
novamente. O primeiro muro caiu. Havia ainda outros em
torno de mim, mas foi aberta a primeira brecha em minha
prisão, iria compreender o mundo com os olhos e com as
mãos. Sonhava. Estava tão impaciente! Diante de mim,
havia aquele homem maravilhoso que me ensinava o
mundo. O nome das pessoas e das coisas; há um sinal para
Bill, um para Alfredo, um para Jacques, meu pai, minha
mãe, minha irmã, para a casa, a mesa, o gato... Vivia! E
tinha tantas perguntas a fazer! Tantas e tantas. Estava
ávida, sedenta de respostas, já que podiam me responder!
(LABORIT, 1994, p. 48).
Após esse relato, atesta-se que a língua de sinais
auxilia em um novo sentido como surda, abrindo os
caminhos para a comunicação e compreensão daquilo que
ainda era desconhecido, possibilitando a comunicação.
Acesso e conhecimento
A língua de sinais abriu caminhos e ajudou no 
desenvolvimentos dos surdos, possibilitando o acesso a 
novas culturas. Segundo Santana e Bergamo (2005, p. 
572), “a língua e a cultura são dois artefatos que caminham 
juntos, e mais, é uma ferramenta na construção da cultura”. 
É bem normal relacionarmos a palavra cultura à língua de 
sinais, como se a cultura fosse formada apenas pela
representação linguística. A língua de sinais foi uma 
estratégia de relacionamento com o mundo, ajudou a tirá-
lo do isolamento que o cercava.
A língua de sinais propiciou a formação de grupos 
sociais que interage e participa de uma comunidade surda. 
É notória a diferença entre a comunidade e a cultura 
surda, segundo Padden (1989, p. 5 apud FELIPE, 2007, p.
45), uma estudiosa linguista surda:
CULTURA
Fonte: Sasint/Pixabay
CITÇÃO
A comunidade surda é formada regionalmente por
pessoas que moram em determinadas localizações, que
buscam as mesmas metas, portanto, uma comunidade surda
também pode ter ouvintes, enquanto que a cultura surda é
compartilhada de forma universal somente pelos surdos, pois
os membros da cultura surda comportam-se como pessoas
surdas, utilizam a língua de sinais e compartilham de crenças
de pessoas surdas (FELIPE; 2007, pág.45).
Para falar sobre a comunidade surda, precisamos entender
que ela é regional, ou seja, formada por pessoas que moram em
determinadas regiões, que almejam os mesmos objetivos e ela
também pode ter ouvintes, já a cultura surda é compartilhada
de forma mais ampla, universal, aceita somente surdos, pois
os membros da cultura surda demonstram um comportamento
singular comportam-se como surdos, comunicam-se através
da língua de sinais e repartem experiências e crenças.
Figura 4 – Interação e Comunicação.
CULTURA
É importante compreender e considerá-los como um
grupo social, que pratica interação, se expressa e produz
conhecimento como qualquer outro cidadão, não entendem
como problema a deficiência, valorizam o uso da língua de
sinais que sobrepõe a capacidade de expressão verbal.
Dessa forma, quando se pensar em cultura, deve-se ter
um conceito de um conjunto de práticas simbólicas de um
determinado grupo: que usa a língua, as artes (literatura,
música, dança, teatro), a religião, o sentimento, as ideias, as
ações, o modo de vestir, de falar, entre tantas outras
(SANTANA; BERGAMO, 2005, p.130).
Esse debate de conceitos, de estudos não finda de
forma fácil, segundo Laraia (2008, p. 63), “provavelmente
nunca terminará, pois uma compreensão exata do conceito de
cultura significa a compreensão da própria natureza humana,
tema perene da incansável reflexão humana”.
Existe uma cultura para o surdo, é a comunidade onde
ele está inserido, onde se comunica e desenvolve signos para
expressar interação na língua que é de sua propriedade.
Esse reconhecimento traz uma bagagem de perseverança,
persistência e a diversidade e aquisição pelo respeito à língua
dos surdos.
Há muitas realizações a se concretizarem com o
crescimento regular da comunidade surda:
CULTURA
CULTURA
OBSERVAÇÃO
Anular o passado e requerer o presente se mostrou como artefato
cultural para os surdos. Um passado imerso na obrigação de serem
ouvintes e, em função disto, aceitar que os outros fizessem a sua
história, os dominassem, se tornou a marca mais deprimente. Diante
disto, surgem novos feitos e novas interpretações no cotidiano. Neste
sentido, se prosseguirmos com as velhas realidades, narradas como que
no tempo colonial, perigamos escrever uma história de holocausto, de
dominação, de lamentos. Mas não é por aí... Temos outros caminhos
que, mesmo desconhecidos, merecem ser trazidos à tona, vivenciados e
narrados por constituírem a genuína história natural e cultural dos
surdos. De fato, temos nossas lutas de significação quais sejam: a busca
por educação bilíngue, por políticas para a língua de sinais no Brasil,
pela abertura das portas das universidades, por posições de igualdade,
por ter intérpretes de língua de sinais e por serem válidos os nossos
direitos. Além desses, há muitos espaços que possibilitam novos signos
e significados que nos motivam, estando presentes em nosso cotidiano
e que nos trazem algo mais desejado – encarnar essas possibilidades
‘como pessoas completamente diferentes’ (PERLIM; STROBEL, 2014,
p.20).
+
Ahistória de Emanuelle Laborit (1994) traz informações 
sobre a sociedade surda e a língua de sinais.
Laborit, retrata o quanto conseguiu se encontrar, a
proximidade com surdos e com a língua de sinais proporcionou
uma releitura de sua identidade e a sentir-se pertencente a
alguém.
A identidade relatada foi buscada com a ajuda da
cultura surda, que opera de maneira individual no âmbito da
aprendizagem, diferente da vivência anterior.
Reconhecer a si mesma pode ser chamada de uma
identidade, há uma autenticidade para o surdo que é diferente
do ouvinte, e até entre os próprios surdos. Há 5 possibilidades
de identidade para o surdo:
Identidade surda – Geralmente, a identidade relaciona-
se aos filhos surdos de pais surdos, instruídos a conviver com
a percepção visual. Uma autenticidade que se destaca na
atuação pelos direitos do surdo, que necessita da língua de
sinais para desenvolver uma linguagem.
Identidade surda híbrida – É uma percepção evidente
nos surdos que nasceram com a audição intacta e lidam com
a língua portuguesa e a língua de sinais. É uma analogia
peculiar em diferentes momentos, porque são conhecedores
da estrutura do português verbalizado.
Identidade de transição – Os surdos mantidos em
cárcere na igualdade de ouvinte, viveram parte da sua vida
contatando pessoas que expressavam-se verbalmente e não
relacionaram-se com surdos. Essa mudança acontece ao
conhecer a comunidade surda e daí passarem pelo processo
de “des-ouvintização” comumente, grande número de surdos
passa por esse estágio, posto que são filhos de ouvintes.
IDENTIDADE 
SURSA
Identidade surda incompleta – Nessa identidade, o
surdo encontradificuldade para assumir-se, para ingressar na
comunidade surda por não fazer talvez uso total da língua de
sinais, persiste percorrer ambientes que fazem parte da
rotina dos ouvintes, não compreende e não fala na mesma
simetria do ouvinte e por isso não está inserido em nenhum
dos grupos.
Identidade flutuante – São surdos que se expõe a
partir do domínio dos ouvintes. Retratado pelo surdo que tem
ciência ou não, que é surdo, mas a sua postura é de um ouvinte
e insistem nisso a qualquer custo, assimilam que são surdos,
se esforçam e pensam que a vida seria melhor como ouvintes.
Nessa identidade, o surdo despreza ou não tem compromisso
com a cultura surda e vive em uma situação de conformidade
(PERLIN, 1998).
Conceito sobre Surdez e surdez na visão 
clínica e sócio-antropológica
Além dos mitos que ouvimos sobre a cultura surda,
existem outras crenças sobre a língua de sinais que é
importante sabermos ao certo, como por exemplo, a mímica
pode ser considerada sinais, a língua de sinais expressa
pensamentos, percepções, opiniões, possibilita a discussão
e resolução de assuntos e convicções complexos, porém,
importante como assuntos relacionados a nação.
A expressão que a língua de sinais é universal também
é mito, e essa afirmação incoerente porque não é possível
ter uma comunicação gestual igualitária, com entendimento
geral, para todos, da mesma maneira que existe as
diversidades na língua falada, também a língua sinais sofre
diferenças, ela respeita fatores gramaticais, geográficos e
culturais.
IDENTIDADE 
SURSA
Há tempos que o estudo da linguística se limitava apenas às
línguas orais, mas o advento do reconhecimento da língua de
sinais trouxe uma nova perspectiva de abrangência que com o
tempo vem ganhando espaço e se estabelecendo. As abordagens
orientadas a LIBRAS vêm com alcance específico educacional
na defesa da cultura surda. Essas variações não se resumem
apenas à comparação dos processos que promove um
enriquecimento do vocabulário, mas estão relacionadas à
percepção de mundo e à condição de complexidade em
decorrência do processo de aquisição da língua, aspectos
culturais e até impacto político e social na vida dos surdos. É
importante apontar para aspectos relacionados à organização da
gramática e seu funcionamento. Há uma delimitação entre gesto,
língua de sinais e aprendizado de uma segunda língua, o que
gera, muitas vezes, incompreensão por parte dos surdos, que, por
não terem orientação, não se identificam com outros surdos
quando se cria um sinal determinado.
As escolas de surdos que adotam uma proposta bilíngue,
proporciona a interação do surdo com outros, o que incentiva
aquisição da língua por parte das crianças, jovens e adultos.
Para o surdo, o significado de cultura é compreender o
mundo ao redor e torná-lo ao alcance e habitável, adequar com
as suas impressões visuais, que colabora para o sentido das
identidades surdas (STROBEL, 2008, p. 30), que contempla a
língua, e hábitos.
Ainda sobre os mitos que envolve a relação dos surdos,
mesmo após a conquista da inserção da língua de sinais,
enfrentaram impedimentos que dificultavam a aceitação por
parte da sociedade, presença de intolerância no ambiente
familiar e escolar. Segundo Strobel (2008), nas décadas de 1970 e
1980, a aquisição de aprendizagem era indiferente, de controle e
de disciplinamento, as crianças surdas eram proibidas de se
articular gestualmente, as consequências era serem comparadas
aos macacos, eram obrigadas a expressar-se oralmente para
serem respeitados.
IDENTIDADE 
SURSA
Os surdos viam-se obrigados a todo custo a desenvolver
a expressão oral e a leitura labial, o que gera o mito, que é o de
que os surdos compreendem as demonstrações orais.
Witkoski (2009) desmistifica esse mito ao expor que os
surdos na sua maioria não fazem leitura labial, vários fatores
envolvem o sucesso nessa técnica, como a articulação, a
proximidade, são fatores que colabora ou atrapalha a leitura
labial, que para obter habilidade deve ser aprendido, depende
muito da postura do locutor, não é uma prática simples, o
sujeito deve estar de frente com os lábios do receptor, a
similaridade nas articulações específicas letras e o
conhecimento anterior das palavras proferidas influência no
processo de leitura labial.
IDENTIDADE 
SURSA
CITAÇÃO
[...] o ambiente de conversação usual não se constitui num
ideal de apreensão visual ao surdo; ao contrário. Em geral este
é caracterizado pela presença de um falante distante, em
permanente movimento (quando não está inclusive ausente do
seu foco visual), que realiza trocas verbais com outras pessoas
as quais não poderão ser observadas concomitantemente. Estas
são as características mais comuns do diálogo entre ouvintes,
sendo inclusive também as da sala de aula no ensino regular
(WITKOSKI, 2009, p. 569).
A autora ainda ressalta que, Não é possível realizar
leitura labial em toda situação, até porque a leitura não
supre a falta de audição por conta do acesso às palavras
expressas oralmente e identificadas pela leitura labial, essa
ação não garante a compreensão de tudo o que é
verbalizado.
Essa ideia equivocada da leitura labial, que motiva o
surdo a interagir de forma falada com um ouvinte, traz a
tona outro mito, que os surdos ouvem algumas coisas que
são do interesse próprio, e ainda que consigam e se
esforcem para compreender uma informação, é muito difícil
assimilar o diálogo na sua totalidade, até com o uso do
aparelho auditivo existe a dificuldade em adaptar-se com os
ruídos que o aparelho capta, o que dificulta a recepção da
mensagem, e se o receptor não entende a língua de sinais, é
possível que não se estabeleça uma interação.
Veja a seguir o relato da experiência de Witkoski
(2009, p. 571).
Em relação a essa caracterização do comportamento
do surdo como patológica, resgato a situação de uma linda
menina surda, de sete anos, que conheci. Estava numa
escola de surdos de Curitiba conversando com a professora
da turma, enquanto acompanhava a harmonia com que os
alunos interagiam através da língua de sinais. Nessa hora
chegou a mãe de uma das alunas, que estava visivelmente
feliz junto a seus colegas conversando em Libras. Vendo o
comportamento da filha, a mãe fez o seguinte comentário:
‘Engraçado como aqui ela se comporta bem.
IDENTIDADE 
SURSA
Em casa ela não faz nada. Se não mandar tomar
banho, não vai; ficar só deitada no sofá assistindo à
televisão. O pior é que às vezes ela começa a gritar, cada
grito, que chega a doer os meus ouvidos!’. Perguntei se ela
sabia a língua de sinais. Respondeu: ‘Não, não tive tempo
ainda, tenho a casa para cuidar, muito trabalho’. (Witkoski;
Surdez e preconceito. A norma da fala e o mito da leitura da
palavra falada; 2009, p. 571)
Na situação apresentada a filha não atende ao pedido
da mãe, que relaciona-se apenas com amigos da escola, em
casa demonstra que é “surda”, porém essa postura está
relacionada com a apreciação que a filha tem pelo o uso da
língua de sinais.
Figura 6 – Língua de sinais.
Fonte: Clker-Free-Vector-Images/Pixabay
IDENTIDADE 
SURSA
A identidade surda está ligada à língua de sinais, essa
relação depende de como a língua de sinais é inserida como
uma possibilidade de comunicação.
Figura 7 – Criança aprende a língua de
sinais.
Fonte: OpenClipart-Vectors/Pixabay
Vygotsky (1991), cita que as ações cognitivas essenciais
de um ser humano tem relação direta com a sua história social,
que traz a memória da sociedade na qual a criança desenvolve-
se socialmente, o que é bem relevante para a formação do
pensamento, e no processo de aquisição de conhecimento, a
língua tem um papel fundamental na designação de como a
criança desenvolverá o seu aprendizado.
O contato da criança com a língua de sinais influencia na
capacidade da formação de pensamento, e o ambiente em que
ela está inserida deverá proporcionar o servir dessa língua.
Aspectos filosófico e legal 
na educação do surdo
Santana e Bergamo(2005), diz que essa relação de que a
identidade do surdo é ligada à língua de sinais vem de
pesquisas mostram: do contato do surdo com outro surdo que
faz uso da língua de sinais expandem-se novas possibilidades
de interação e compreensão, que não acontece por meio da
língua oral.
Perlin (1998), chama a atenção para a aquisição de uma
identidade que é repelida ao indivíduo no ambiente em que ele
habita, um surdo que tem contato contínuo e direto com um
ouvinte irá ponderar a surdez como uma deficiência tratável,
e guiará a sua identidade sob essa perspectiva. Por outro
lado, é positivo o surdo que tem a oportunidade de conviver
e vivenciar uma comunidade de surdos com ouvintes, porque
essa relação desenvolverá uma identidade que favorece e
evidencia a diferença e não da deficiência.
Para Felipe (2007, p. 82), é provável identificar
características do tipo:
- A maioria das pessoas Surdas sentem-se mais a
vontade para ter relacionamento e dividir sentimentos e tal
com outra pessoa Surda;
- As frases com gênero humorístico em tom de piadas
afasta o desejo de conhecimento sobre a língua de sinais e sua
cultura;
- A abordagem sobre assuntos de relacionamento,
educação e olhar de mundo, pode ser representado em cenas
teatrais;
O surdo tem um olhar diferenciado de mundo, ele se
identifica com as expressões faciais e corporais que são
representadas com as mãos, que devem ser usada de forma
necessária com agilidade e fluência, dando sentido a
mensagem transmitida.
O surdo possui uma identidade própria, independente
do seu acesso a língua ou não, a diferença é a sua própria
aceitação como surdo junto com a língua de sinais, observe
que aquele que se aceita consegue desenvolver-se e interage
com o mundo positivamente, sob o olhar da sua comunidade
e cultura surda.
Aspectos filosófico e legal 
na educação do surdo
O bilinguismo na educação de surdos
Quando pesquisamos Educação bilíngue para surdos
nos reportamos a um trabalho pedagógico que faz uso de
línguas no desenvolvimento do processo de aprendizagem,
de forma inclusiva.
Libras - Língua de Sinais
Língua Portuguesa escrita
Os surdos precisam e deve ter acesso a uma educação
bilíngue, que dê ênfase a língua de sinais como sua língua
natural, bem como o aprendizado da língua portuguesa, como
segunda língua” (BRASIL, 2006, p. 71).
O bilinguismo, porém, reconhecido como política
pública brasileira, surgiu a pouco tempo, mas já existe registro
de ações de sucesso.
Temos um exemplo real presente na administração 
municipal de São Bernardo do Campo, na grande São Paulo. 
Em 2012 o município de ensino da cidade criou as Escolas 
Polo para priorizar a educação de alunos surdos. Essas 
instituições escolares regulares são de educação básica, que 
possuem toda a estrutura física e pedagógica para 
recepcionar e prestar atendimento adequado aos alunos. 
Alguns professores tem habilidade regular a Libras e são 
bilíngues, pois são os responsáveis pelas turmas e realizam 
os encaminhamentos das disciplinas ativas, são também os 
intérpretes de Libras. No horário oposto das aulas comuns, 
há atividades complementares prática de Libras e quem 
ministra é sempre um professor surdo. Essa é uma das 
iniciativas escolares que prioriza a educação em duaslínguas.
Depoimento da professora Nadia Aparecida Issa Pina.
Aspectos filosófico e legal 
na educação do surdo
ACESSE
A Determinação Federal nº 5.626, de 2005, e a Política
Nacional de Educação Especial no Panorama da Educação
Inclusiva, de 2008, são dois documentos essenciais que
discorre do assunto: Já ouviu falar? Vamos tratar deles agora!
Escolas bilíngues na Determinação Federal
nº 5.626/2005
Mais adiante veremos os documentos oficiais, as leis e
decretos, vamos no momento conhecer a relevância do decreto
que apoia e estabelece o bilinguismo e a escola bilíngue no
atual contexto educativo brasileiro.
O Decreto Federal nº 5.626, de 22 de dezembro de
2005, que regulamentou a Lei nº10.436/2002 (BRASIL,
2002), tornando reconhecida a Língua Brasileira de Sinais
como meio de comunicação da comunidade surda, de mesmo
modo a regulamentação do artigo 18 da Lei nº 10.098/2000
(BRASIL, 2000), que trata da realização da formação de
profissionais intérpretes para a Libras, para viabilizar a
interação com os surdos.
Encontra-se em vigor após o reconhecimento da Libras,
em 2002, e sob a importância dos demais documentos que
O decreto foi desenvolvido em acordo com a academia
e com a cultura surda. O documento estabelece:
Intitula-se Escolas de Educação Bilíngue aquelas em
que a Libras e a escrita da Língua Portuguesa representam
línguas de instrução inseridas no desenvolvimento do processo
educativo. É um direito dos estudantes à escolarização em
um período oposto ao atendimento educacional especializado
para a complementação curricular, com aproveitamento de
equipamentos de tecnologias de informação (BRASIL, 2005).
Aspectos filosófico e legal 
na educação do surdo
Segundo o Decreto Federal (BRASIL, 2005), essa
educação está dividida seguindo os seguintes critérios:
Ensino infantil e Anos iniciais do fundamental:
formação obrigatória de professores bilíngues para atuação
em escolas e classes de educação.
Anos finais do ensino fundamental, Médio e no Técnico
Profissional: não se faz obrigatório que os professores sejam
bilíngues, porém, importante conhecer as especificidades
linguísticas e o processo de ensino-aprendizagem, dos alunos
surdos.
Imprescindível a presença de Tradutores e Intérpretes
da Libras-Língua Portuguesa, embora, que nessas fases não se
torna obrigatório que as escolas e/ou classes sejam bilíngues:
esses níveis de ensino também pode se realizar em escolas
de ensino básico comum, desde que atenda as condições
expostas.
Segundo Lodi (2013, p. 54), para que a língua inicial
de instrução escolar seja a Libras, é necessário mudanças e
reivindicações, uma vez que até mesmo a escrita das duas
línguas é diferente.
A presença da escrita do português nos processos
educacionais é inerente à estruturação pedagógica, que insere
e garante status de língua de instrução, o desenvolvimento de
linguagem/apropriação da Libras pelos alunos surdos nos
primeiros anos escolares é garantido e, consequentemente
adquire-se uma base educacional.
Após aquisição da língua materna, a Língua de Sinais,
os alunos podem praticar com professores nativos da Língua
Portuguesa, com o auxilio de um tradutor intérprete.
Aspectos filosófico e legal 
na educação do surdo
O ensino infantil e os primeiros anos do fundamental deve
ser cursado obrigatoriamente em escolas bilíngues, os demais
níveis, podem ser frequentado em escolas comuns, sob a
orientação de professores com o perfil conhecedor da língua e
intérpretes contratados, objetivando facilitar o acesso aos
conteúdos curriculares, em todas as atribuições didático-
pedagógicas e no auxilio e facilidade às atividades
institucionais. Embora a escolarização do aluno surdo possa
aconteça por intermédio de docentes que entendam as
particularidades do ensino de surdos, fica notório que essa
organização não descaracteriza uma escola bilíngue.
O instrumento ao informar que as instituições federais de
ensino devem abastar específicas constituições, também detalha
os papéis dos agentes docentes inseridos nas escolas bilíngues:
professor ou instrutor de Libras; tradutor e intérprete da Libras
para a Portuguesa e vice-versa; professor para o ensino, como
segunda língua para os surdos, do português; e professor
regente de classe geral, nas várias áreas de conhecimento, com
ciência da originalidade linguística dos alunos surdos.
Frequentemente existe nas escolas, debates sobre os
limites entre a ação do professor na sala de aula e o intérprete, e
fica claro que o intérprete transmite a informação que é
produzida pelo professor sem interferência sobre o raciocínio
do professor.
“É imprescindível ofertar, desde a educação infantil, o
ensino daLibras e também da Língua Portuguesa, como
segunda língua para alunos surdos” (Decreto nº 5.626, de 22 de
dezembro de 2005). E para que isso seja realidade deve-se
pensar em formas singulares de avaliação, que contemple o
ensino de Libras e Língua Portuguesa.
Aspectos filosófico e legal 
na educação do surdo
O decreto também define que se deve: essa formação à
atuação nos diferentes níveis educacionais e recomenda que
pessoas surdas tenham prioridade em todos os processos
formativos, visando garantir, assim, que a apropriação dessa
língua pelos alunos surdos ou sua aprendizagem por ouvintes,
seja realizada por meio de seus usuários (LODI, 2013, p. 57).
Aspectos filosófico e legal 
na educação do surdo
CITAÇÃO
[...] adotar mecanismos de avaliação coerentes com aprendizado de
segunda língua, na correção das provas escritas, valorizando o
aspecto semântico e reconhecendo a singularidade linguística
manifestada no aspecto formal da Língua Portuguesa; desenvolver
e adotar mecanismos alternativos para a avaliação de
conhecimentos expressos em Libras, desde que devidamente
registrados em vídeo ou em outros meios eletrônicos e tecnológicos
(Fonte: Brasil, 2005. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de
2005.)
A formação de professores para o ensino de Libras éum
ponto importante dessa visão é que ela deve ser:
[...] posta em diálogo com a formação necessária para o
ensino do português como segunda língua. No que diz respeito
ao ensino de Libras, o documento, uma vez mais, relaciona
essa formação à atuação nos diferentes níveis educacionais e
recomenda que pessoas surdas tenham prioridade em todos
os processos formativos, visando garantir, assim, que a
apropriação dessa língua pelos alunos surdos ou sua
aprendizagem por ouvintes, seja realizada por meio de seus
usuários (LODI, 2013, p. 57).
QUADROS, R. M. Língua de S i n a i s
Brasileiras: estudo linguísticos. Porto Alegre: Artmed, 2004.
STROBEL, K. L. Surdos: vestígios culturais não
registrados na história. 2008. Tese (Doutorado em Educação) –
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
REFERÊNCIAS

Outros materiais

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