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PSICOLOGIA NA ENGENHARIA DE SEGURANÇA, COMUNICAÇÃO E TREINAMENTO Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. RESUMO DA UNIDADE O estudo da Psicologia voltada à Engenharia de Segurança do Trabalho abrangerá seus principais conceitos e seus objetivos aplicados à Saúde e Segurança no ambiente laboral, trazendo os aspectos teóricos e práticos de relevante ciência, que exerce papel crucial na saúde dos trabalhadores. Buscou-se abordar, dentro do foco em questão, fundamentalmente, os padrões de condicionamento (clássico, operante e respondente), as escolas psicológicas mais consagradas e importantes para o referido tema; o treinamento de pessoal, seus tipos, fases e necessidades objetivas. Serão estudados a seleção de pessoal, a Psicanálise voltada à Psicologia do Trabalho, a liderança de equipe, a motivação no ambiente de trabalho, o trabalho em grupo, as técnicas e os tipos de comunicação. Palavras-chave: Psicologia do Trabalho; Comportamento; Perfil profissional; Treinamento; Condicionamento; Liderança; Personalidade. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. SUMÁRIO RESUMO DA UNIDADE ............................................................................................. 2 APRESENTAÇÃO DO MÓDULO ............................................................................... 6 CAPÍTULO 1 - DEFINIÇÃO DE PSICOLOGIA, TREINAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL ........................................................................................................ 8 1.1 ESTRUTURAÇÃO CONCEITUAL DA PSICOLOGIA..................................... 8 1.2 OBJETIVO DA PSICOLOGIA ........................................................................ 9 1.3 ESCOLAS PSICOLÓGICAS ........................................................................ 10 1.3.1 Tipos de comportamento .............................................................................. 11 1.4 CONDICIONAMENTO CLÁSSICO .............................................................. 11 1.5 CONDICIONAMENTO OPERANTE ............................................................. 12 1.6 CONDICIONAMENTO RESPONDENTE ..................................................... 12 1.7 ESTÍMULO COMO REFORÇADOR DA RESPOSTA .................................. 13 1.8 PRINCÍPIOS DO CONDICIONAMENTO ..................................................... 13 1.9 TREINAMENTO DE PESSOAL: CONCEITUAÇÃO ..................................... 14 1.10 TIPOS DE TREINAMENTO ......................................................................... 14 1.11 FASES E NECESSIDADES OBJETIVAS DO TREINAMENTO ................... 15 1.12 PROGRAMAÇÃO DO TREINAMENTO ....................................................... 15 1.13 EXECUÇÃO DO TREINAMENTO ................................................................ 16 1.14 TÉCNICAS DE TREINAMENTO .................................................................. 16 1.15 SELEÇÃO DE PESSOAL: CONCEITOS FUNDAMENTAIS ........................ 17 1.16 IMPORTÂNCIA DA SELEÇÃO DE PESSOAL ............................................. 17 1.17 TÉCNICAS DE SELEÇÃO DE PESSOAL .................................................... 18 1.18 ENFOQUE PRÁTICO ACERCA DAS TIPOLOGIAS DE SELEÇÃO DE PESSOAL.................................................................................................................. 18 1.19 TESTES PSICOMÉTRICOS ........................................................................ 21 1.20 TESTES DE PERSONALIDADE OU SIMULAÇÃO ..................................... 21 1.21 PRINCÍPIO DA COMPLEXIDADE PROGRESSIVA .................................... 21 1.22 SELEÇÃO: INVESTIMENTO ÚTIL À EMPRESA ......................................... 21 CAPÍTULO 2 - PERSONALIDADE, LIDERANÇA E COMUNICAÇÃO .................. 23 2.1 PSICANÁLISE: CONCEITOS OBJETIVOS ................................................. 23 2.2 TEORIA DO APARELHO PSÍQUICO........................................................... 23 2.3 FUNÇÕES DA PSICANÁLISE ..................................................................... 24 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 2.4 PROCESSO EGO X SUPEREGO ............................................................... 25 2.5 PERSONALIDADE E PERCEPÇÃO ............................................................ 25 2.6 CONTEÚDOS DA PERSONALIDADE ......................................................... 26 2.7 MECANISMOS DE DEFESA ....................................................................... 26 2.8 LIDERANÇA: CONCEITOS E DEFINIÇÕES ............................................... 27 2.9 TEORIAS E PERFIS DE LIDERANÇA ......................................................... 27 2.10 MODELO TAREFAS VERSUS PESSOAS .................................................. 28 2.11 TEORIAS CONTINGENCIAIS ...................................................................... 29 2.12 CARACTERÍSTICAS GERAIS ..................................................................... 29 2.13 MOTIVAÇÃO: CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................... 30 2.14 CARACTERÍSTICAS DO COMPORTAMENTO MOTIVADO ....................... 30 2.15 TEORIA DA PIRÂMIDE DE MASLOW ......................................................... 31 2.16 GRUPO E PAPEL DAS DINÂMICAS: CONSIDERAÇÕES INICIAIS ........... 32 2.17 INTEGRAÇÃO DE UM GRUPO ................................................................... 32 2.18 COESÃO DE UM GRUPO ........................................................................... 33 2.19 ESTRUTURA DE UM GRUPO ..................................................................... 33 2.20 TENSÃO E CONFLITO EM UM GRUPO ..................................................... 33 2.21 RESOLUÇÃO CRIATIVA DO CONFLITO .................................................... 34 2.22 VANTAGENS DO TRABALHO EM EQUIPE ................................................ 34 2.23 DESENVOLVIMENTO DE EQUIPES ........................................................... 35 2.24 TIPOS DE GRUPOS DAS ORGANIZAÇÕES .............................................. 35 2.25 O PAPEL DO ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO NA EDUCAÇÃO PREVENCIONISTA DE UM GRUPO ................................................... 35 2.26 COMUNICAÇÃO: CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................................... 36 2.27 AS BARREIRAS DA COMUNICAÇÃO ......................................................... 36 2.28 EXISTEM OBSTÁCULOS MAIS SUTIS ....................................................... 37 2.29 ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO ............................................................. 37 2.30 COMO MELHORAR A COMUNICAÇÃO ..................................................... 38 2.31 TIPOS DE COMUNICAÇÃO ........................................................................ 38 CAPÍTULO 3 - COMPORTAMENTO HUMANO E ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO TRABALHO ........................................................................... 40 3.1 CONSIDERAÇÕESINICIAIS ....................................................................... 40 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 3.2 COMPORTAMENTO HUMANO E PREVENÇÃO DE ACIDENTES ............ 44 3.3 DISTINÇÃO ENTRE COMPORTAMENTO SEGURO E O COMPORTAMENTO DE RISCO .............................................................................. 46 3.4 A PSICOLOGIA NA PREVENÇÃO DO ACIDENTE ..................................... 47 3.5 ASPECTOS INFLUENCIADORES DAS MUDANÇAS COMPORTAMENTAIS ..................................................................................................................... 49 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 54 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 55 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. APRESENTAÇÃO DO MÓDULO Esta unidade analisará a Psicologia como ciência ampla e aplicada à Engenharia de Segurança do Trabalho. Serão abordados sua estruturação conceitual resumida, seus objetivos, as principais escolas psicológicas, os tipos de condicionamento (clássico, operante e respondente), o papel do estímulo como reforçador da resposta e os princípios do condicionamento. As questões voltadas ao treinamento também serão estudadas, tais como a conceituação, os tipos de treinamento, as fases de um programa de treinamento, como deve se dar sua programação, a maneira de se executar e as suas principais técnicas serão abordadas neste capítulo. Os critérios de seleção de pessoal serão estudados na sequência, trazendo os conceitos fundamentais, a importância da seleção eficaz, quais são as técnicas seletivas, os testes psicométricos utilizados, os principais testes de personalidade para se avaliar o perfil adequado para a posição profissional, além de apresentar o Princípio da complexidade progressiva e a necessidade de se investir em processos seletivos eficientes. No estudo da personalidade, serão abordados os principais elementos da psicanálise, seus conceitos objetivos, os conhecimentos acerca da teoria do aparelho psíquico, das funções básicas da psicanálise aplicadas à Segurança do Trabalho, das definições e processos do Id, Ego e Superego, dos conceitos aplicados à personalidade, percepção e de seus conteúdos, além dos mecanismos de defesa dos indivíduos. Adiante, os conceitos de liderança serão explorados, com abordagem nos perfis de liderança existentes, nas características gerais, do modelo de tarefas e pessoas, a fim de se alcançar um clima organizacional positivo. A motivação, tão importante para a formação de um ambiente de trabalho seguro e produtivo, também será objeto de estudo. No capítulo referente ao trabalho em grupo, serão abordados temas ligados a integração, coesão e estrutura de um grupo, como se dá a resolução criativa do conflito dentro do grupo, as vantagens e o desenvolvimento do trabalho em equipe, Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. os tipos de grupos existentes nas organizações e o papel do Engenheiro de Segurança do Trabalho na Educação Prevencionista de um grupo. Para fechar o conteúdo deste curso, serão abordados os temas referentes à comunicação, suas barreiras, os obstáculos mais sutis, os elementos da comunicação, os tipos de comunicação e como melhorá-la. 8 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. CAPÍTULO 1 - DEFINIÇÃO DE PSICOLOGIA, TREINAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL 1.1 ESTRUTURAÇÃO CONCEITUAL DA PSICOLOGIA Definir o que vem a ser Psicologia, em seus mais diversos aspectos e abordagens, não é tarefa trivial. Para se ter sucesso em tal objetivo, faz-se necessária uma eficaz contextualização do tema, a fim de modular a profundidade deste de maneira adequada. A partir daí, ao tratar a Psicologia como uma das mais relevantes ciências relativas aos profissionais de Saúde e Segurança do Trabalho, pode ser definida como o estudo da mente, isto é, dos fenômenos psíquicos. Logicamente, o conceito de Psicologia extrapola sobremaneira tal assertiva. Entretanto, não é a abordagem principal no estudo ora proposto. De acordo com um conceito atrelado aos psicólogos modernos, pode-se dizer que a Psicologia é o estudo cientifico do comportamento dos organismos. Mas o que é comportamento? Define-se comportamento como as respostas observáveis dos organismos, suscetíveis de avaliação e tratamento sistemático. Na Engenharia de Segurança do Trabalho, o comportamento é um dos pilares da formação de cultura de segurança no ambiente laboral, seja ele qual for. Formar um profissional tecnicamente é algo que requer investimento, tempo e aplicação, tanto da empresas, quanto do indivíduo; todavia, formar este mesmo profissional com uma cultura de segurança no mais alto nível, mesmo com investimento e estrutura, nem sempre se alcança. Dentro deste contexto, a Psicologia exerce papel fundamental, pois, consegue alcançar a subjetividade humana, da forma mais profunda possível, fazendo com que as chances de sucesso de formação de cultura de segurança aumente consideravelmente. FIQUE ATENTO O comportamento humano adequado influencia positivamente um grupo, pois, manifesta e compartilha boas ideias e condutas. Todavia, monitorar e buscar o incentivo e a manutenção do comportamento influenciador positivo é tarefa árdua 9 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. para os profissionais de Saúde e Segurança do Trabalho, pois, um descuido sequer na monitoração do comportamento de um grupo pode comprometer um trabalho sério e contínuo. Todo o processo de formação de cultura em segurança trabalha sobremaneira os aspectos psicológicos associados aos fatores fisiológicos, antropológicos e sociais dos indivíduos, e como as influências destes fatores se inter-relacionam e contribuem à formação de um comportamento favorável. 1.2 OBJETIVO DA PSICOLOGIA Dentro do estudo da Psicologia, mais precisamente do comportamento, pode- se destacar que o objetivo desta é captar as diversas atividades ou escala de atividades, a saber: - Atividades que devem ser observáveis e registráveis pelos que são incumbidos de monitorar o comportamento do indivíduo, ou seja, estabelecer um padrão de observação e traçarestratégias para estratificar os grupos comportamentais, a fim de aperfeiçoar um traço comportamental ou corrigir determinados comportamentos. - Estudar os processos fisiológicos e a possibilidade de controle do comportamento por eventos internos e/ou fisiológicos circunscritas por dois limites: as práticas reforçadoras de uma comunidade verbal e os sistemas nervosos que permitem o contato do indivíduo com as partes de seu próprio corpo. Estes processos auxiliam os profissionais de saúde e segurança do trabalho estabelecer perfis de grupos de indivíduos e entender como influenciar a formação profissional, de maneira construtiva em termos de segurança do trabalho. - Estudar os processos conscientes de percepção, sensação e pensamento, onde os comportamentos são respostas, eficientes (adequadas) ou não, aos estímulos.Tais estímulos ou incentivos são fornecidos aos profissionais à medida em que o processo de mapeamento dos perfis comportamentais evolue nas organizações, favorecendo as diversas estratégias a serem adotadas, podendo ser cada mais específicas para determinado grupo de profissionais. 10 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. FIQUE LIGADO Todas as atividades ligadas ao aspecto profissional devem ser observadas e efetivamente registradas, buscando-se associar as ações tomadas pelos que são incumbidos de monitorar o comportamento do indivíduo. Isto implica dizer que deve- se estabelecer um modelo observador, com estratégias traçadas para estratificar os grupos comportamentais, a fim de aperfeiçoar um traço comportamental ou corrigir determinados comportamentos. 1.3 ESCOLAS PSICOLÓGICAS - Behaviorismo (Comportamental): é uma área da Psicologia que busca focar o comportamento do indivíduo como o mais relevante produto e objeto de estudo. Os behavioristas, como são chamados os adeptos desta Escola, não estabelecem ou aceitam quaisquer relações com o transcendental, com a introspecção e aspectos filosóficos, mas pretendem estudar os mais variados comportamentos objetivos que podem ser observados. Tal Escola é bastante eficaz no ramo da Segurança do Trabalho, pois, propicia aos envolvidos um satisfatório grau de objetividade, o que facilita a criação de programas de formação orientados. ATENÇÃO BEHAVIOR: Sinônimo de comportamento, de conduta, para uma das escolas mais importantes da Psicologia. O fundador do Behaviorismo foi o estudioso norte-americano John Watson (1878-1958). Com o foco na Psicologia Experimental, o seu principal objetivo dentro da Psicologia foi tentar predizer e controlar o comportamento humano. Partindo do contexto comportamental, é interessante verificar como ocorre o chamado evento psicológico. Desta forma, infere-se que um evento começa com um estimulo (S) e termina com uma resposta (R). De maneira paralela, se estabelece que o estímulo é a causa, e a resposta o efeito. S----------------------R Causa Efeito 11 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 1.3.1 Tipos de comportamento A Psicologia estabelece, de maneira objetiva, dois tipos de comportamento, a saber: - Comportamento Respondente (reflexo): consiste na resposta imediata e involuntária do organismo a um estimulo qualquer. Um exemplo de claro entendimento é a incidência de foco de luz, onde se tem a contração da pupila. - Comportamento Operante (voluntário): compreende todas as respostas que têm um efeito sobre o mundo ao redor. Como exemplo objetivo, tem-se a ação de dar uma aula. 1.4 CONDICIONAMENTO CLÁSSICO O condicionamento clássico pode ser definido como um ramo da Psicologia, que foi influenciado pelo Behaviorismo e instituído por Ivan Pavlov, fisiologista russo. O referido estudioso estabeleceu que o condicionamento clássico é um processo de aprendizagem que se dá por meio de associações entre um estímulo ambiental e um estímulo que ocorre naturalmente. Objetivamente, o condicionamento clássico é formado por dois componentes, a saber: - Estímulo incondicionado (EI): o estímulo incondicionado é aquele que, de maneira incondicional, provoca naturalmente e, automaticamente, uma resposta. Por exemplo, quando o indivíduo cheira um de seus alimentos favoritos, ele pode imediatamente sentir muita fome. Neste exemplo, o cheiro da comida é o estímulo incondicionado. - Resposta incondicionada (RI): A resposta incondicionada é aquela que ocorre naturalmente como retorno ao estímulo incondicionado. No exemplo acima, o sentir fome em resposta ao cheiro da comida ilustra tal condição. Em suma, o binômio estímulo x resposta anda junto, em paralelo com a ação e a reação dos indivíduos, que são agentes e pacientes de suas próprias ações. 12 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 1.5 CONDICIONAMENTO OPERANTE Este tipo de condicionamento, chamado de operante, justifica-se porque se faz a partir de respostas do organismo, que têm um efeito sobre o ambiente. É um tipo de condicionamento bastante intuitivo e, de certa forma, remanescente de instintos primitivos. R--------------------------------------------S Resposta Estímulo Reforçador Um estímulo simples, por associação, pode ocasionar várias respostas encadeadas, que por repetição tornam-se hábitos, costumes e maneiras de ser. É neste processo de aprendizado intuitivo inconsciente que o profissional de Saúde e Segurança deve atuar, para que se inicie um procedimento de moldagem comportamental adequada. 1.6 CONDICIONAMENTO RESPONDENTE Este tipo de condicionamento consiste num processo de resposta a um certo estímulo, onde esta resposta surge imediatamente após a apresentação do estímulo. Como um exemplo de simples entendimento seria o caso de um indivíduo que, ao sentir um estímulo de dor de um machucado, tem o organismo respondendo com uma tonteira. R-------------------------------------S Tonteira Dor do machucado Os estímulos, desta forma, são desencadeadores da resposta. 13 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 1.7 ESTÍMULO COMO REFORÇADOR DA RESPOSTA O estímulo que age como reforçador da resposta, pode-se subdividir em 3 tópicos, a saber: - Reforço positivo: fortalece o comportamento que deve ser, além de mantido, aperfeiçoado e trabalhado para que seja exemplo para um grupo; - Reforço negativo: enfraquece o comportamento, que deve ser mitigado e trabalhado para não se tornar referência comportamental para um grupo; - Extinção: suspensão do reforçamento, para que seja reavaliado se os programas de incentivoa estímulos positivos, para comportamentos positivos, no intuito de interromper temporariamente para se traçar novas estratégias de atuação. ATENÇÃO Deve-se ter cautela ao avaliar o reforço positivo e o negativo acima estudados. O reforço positivo do comportamento deve ser incentivado quando este é fundamentalmente construtivo e traz crescimento aos indivíduos, assim como o reforço negativo deve ser mitigado quando não traz crescimento ou aperfeiçoamento aos indivíduos. 1.8 PRINCÍPIOS DO CONDICIONAMENTO O estudo do condicionamento pode ser subdividido em basicamente quatro princípios, a saber: - Princípio da Generalização: consiste em estímulos semelhantes ao que originalmente foi condicionado, para se ter uma mesma resposta produzida. - Princípio da Discriminação: é um processo inverso da generalização. Requer respostas diferentes a estímulos diferentes, a fim de discriminar, distinguir. - Princípio do Reforçamento: consiste, em suma, no fortalecimento do condicionamento, quando o mesmo traz benefícios ao indivíduo ou ao grupo. - Princípio da Extinção: consiste na eliminação de comportamentos inadequados por retirada de reforço que gera atitudes negativas. 14 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 1.9 TREINAMENTO DE PESSOAL: CONCEITUAÇÃO Dada a amplitude do tema, não é tarefa fácil definir objetivamente o que vem a ser treinamento. Todavia, pode-se definir como um processo educacional, por meio do qual as pessoas adquirem conhecimentos, habilidades e atitudes para o desempenho de seus cargos. No que tange à aplicabilidade em Segurança do Trabalho, todo o foco se volta para o desenvolvimento de programas educacionais visando o aperfeiçoamento geral em cultura de Segurança do Trabalho nas instituições. 1.10 TIPOS DE TREINAMENTO Definir e estabelecer os tipos de treinamento, tendo em vista a infinidade das modalidades que se apresentam em conceito tão amplo, não é simples. Todavia, pode-se resumir e apontar alguns tipos que constituem em formas mais clássicas e consagradas de se treinar: - Transmissão de informação e de conhecimentos: Informações sobre o trabalho, sobre a empresa, sobre seus produtos ou serviços, suas regras e regulamentos internos, sua estrutura organizacional etc., são tipos de treinamento onde se dá de maneira quase natural e espontânea. Mesmo assim, não se pode ignorar esta relevante espécie de se treinar, onde as informações e experiências trocadas constituem relevante alicerce para o crescimento profissional. - Desenvolvimento de habilidades: Este tipo de treinamento busca focar as habilidades profissionais tais como a operação de máquinas e equipamentos, cálculos e memoriais, montagem das peças etc. Boa parte dessas habilidades são motoras ou manuais assim como o respectivo desenvolvimento exige treino e prática constantes, além de reciclagem e orientação. - Foco no desenvolvimento de atitudes: Visa a mudança de atitudes negativas ou inadequadas. É o caso de desenvolvimento de atitudes de relações humanas (clientes, usuários etc.). 15 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. - Desenvolvimento de conceitos: Treinamentos ministrados acerca da empresa, do trabalho, do estilo de administração, da filosofia de ação, etc. Este tipo de treinamento é destinado, na maioria das vezes, aos cargos de liderança e gestão. 1.11 FASES E NECESSIDADES OBJETIVAS DO TREINAMENTO O processo de formação e de treinamento deve passar por fases, que constituem a perfeita estruturação e determinação das necessidades dos seus variados tipos. Esta determinação corresponde ao diagnóstico das carências, o que permite traçar metas, métodos e público-alvo dentro das instituições. Uma necessidade de treinamento é diagnosticada por meio de certos problemas que provoca, a saber: - Baixa produtividade; - Baixa qualidade de trabalho; - Comunicações deficientes; - Excesso de erros ou desperdício de tempo e de material; - Danos nas máquinas ou nos equipamentos por má utilização, provocando problemas de manutenção e de conservação; - Problemas de relacionamento entre pessoas, chefias e subordinados. 1.12 PROGRAMAÇÃO DO TREINAMENTO O processo de programar um dado treinamento deve passar por um rito e uma técnica, que utiliza de uma sequência de questionamentos, conforme a seguir: - QUEM DEVE ser treinado, quais serão os treinandos? - EM QUE se deve treinar, qual o conteúdo do treinamento? - COMO se deve treinar, quais as técnicas? - QUANDO se deve treinar? - ONDE se deve treinar? - QUEM FARÁ o treinamento? 16 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. FIQUE ATENTO Ao estabelecer as premissas de programação de um dado treinamento, faz-se necessário criar um grupo multidisciplinar para a execução dos questionamentos ora estudados em conjunto, pois, cada setor e perfil de profissional possui um foco que deve ser equalizado multidisciplinarmente. 1.13 EXECUÇÃO DO TREINAMENTO O treinamento envolve diversos aspectos, dentre estes, como se deve ministrá-lo. Com base nestes aspectos, busca-se avaliação de temas conforme se seguem: - No próprio local de trabalho: O treinamento é executado onde o funcionário executa as suas atividades. Ex: Treinamento das habilidades na operação das máquinas e dos equipamentos que o funcionário utiliza no seu próprio cargo. - Na empresa, mas fora do local de trabalho: É o caso do treinamento de novas atitudes ou de novos conhecimentos que exigem uma sala especial. Ex: Programa de integração de novos funcionários na empresa. Esta maneira de execução de treinamento altera sobremaneira o rendimento do empregado, pois, quebra positivamente a rotina laboral, fazendo com que se tenha uma valorização dos momentos investidos no trabalhador pela empresa. - Fora da empresa: Treinamento de novos conhecimentos especializados que exigem instrutores especialistas de outras instituições ou organizações. 1.14 TÉCNICAS DE TREINAMENTO Existe uma infinidade de técnicas, conceitos, metodologias e maneiras gerais de ministrar treinamentos. Entretanto, com o foco voltado especialmente à Segurança do Trabalho, pode-se delinear algumas técnicas relevantes: - Aulas expositivas: Usadas para a transmissão de novos conhecimentos e informações. - Demonstração em workshops (oficinas): Treinamento que envolve algum tipo de equipamento ou tarefa voltada a um aspecto operacional. 17 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. - Dramatização: Ideal para a transmissão de novas atitudes e comportamentos. Simulação de papéis relacionados ao trabalho que envolva relaçõeshumanas. - Ensino a distância: Utiliza a moderna tecnologia da informação para proporcionar programas de treinamento através de redes de comunicações, como a Internet. - Rodízio de posições: De certa forma, o rodízio de posições é a forma menos relacionada a uma modalidade de treinamento, todavia é uma eficiente ferramenta de formação, pois, amplia os conhecimentos do treinando. 1.15 SELEÇÃO DE PESSOAL: CONCEITOS FUNDAMENTAIS Ao buscar a objetividade para definir o que vem a ser seleção de pessoal, pode-se dizer que é a escolha do profissional certo, para o cargo certo. E atrelado a tal conceito, mostra-se que os critérios de seleção devem seguir padrões cada vez mais criteriosos para gerar maior produtividade, qualidade e sustentabilidade. A seleção é uma comparação e uma escolha de candidatos e que envolve uma função de staff e uma responsabilidade de linha. O órgão de staff presta os serviços de aplicação das técnicas de seleção, comparando os candidatos, e a gerência requisitante procede com a escolha final dos candidatos recomendados. A seleção visa solucionar dois problemas básicos: - Adequação do homem ao cargo; - Eficiência deste indivíduo no seu ambiente laboral. 1.16 IMPORTÂNCIA DA SELEÇÃO DE PESSOAL A importância de selecionar de maneira eficaz traz benefícios diretos a duas partes, ou seja, à empresa e às pessoas. - Para a empresa: Pessoas adequadas aos cargos exigem menor treinamento, menor tempo de adaptação, maior produtividade, maior eficiência e menor índice e probabilidade de acidentes. - Para as pessoas: Pessoas mais satisfeitas com seu trabalho, mais entrosadas com a empresa e que nela permanecem por mais tempo e com maior motivação. 18 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 1.17 TÉCNICAS DE SELEÇÃO DE PESSOAL Visam fornecer informações objetivas sobre as qualificações e características dos candidatos. As técnicas de seleção de pessoal consistem em um conjunto de ações, a saber: - Entrevistas: Estas podem ser individuais ou grupais; dirigidas ou não- dirigidas. - Provas de conhecimentos ou capacidades: Estas provas ou avaliações podem ser elaboradas sob dois panoramas. As provas gerais, que são acerca de cultura geral; línguas; informática etc.; e as provas específicas, que abrangem cultura profissional e conhecimentos técnicos. 1.18 ENFOQUE PRÁTICO ACERCA DAS TIPOLOGIAS DE SELEÇÃO DE PESSOAL Seleção primária O processo de seleção primária de pessoal se define como uma forma de recrutar e selecionar indivíduos, onde são destituídos os traços pessoais dos candidatos, não considerando, porém, tais características a priori. Neste tipo de seleção, o enfoque se dá nos atributos ou características técnicas, de função e de prática dos candidatos. Assim, o psicólogo ou o profissional recrutador não solicita fotos, qual o gênero do candidato, a faixa etária, raça, estado civil, quantidade de filhos, informações de sua formação acadêmica, dentre outras informações de enfoque pessoal. As competências, conquistas e aptidões profissionais ditam os critérios analíticos para contratar o propenso candidato. O processo de seleção primária constitui atualmente uma tendência nos processos de seleção de pessoal no Brasil, já sendo bastante utilizado na Europa e nos países da América do Norte. Normalmente, as instituições com uma visão estratégica mais clara, que almejam ganho de competitividade, usam tal tipo de seleção, que incentiva ênfase a valores humanos, como a diversidade e a justiça. 19 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Seleção por Networking O processo seletivo via networking é naturalmente colocado em prática no ambiente profissional. Entretanto, faz-se necessário compreender como se utiliza este tipo de processo para extrair dele um resultado bastante justo e equânime às partes envolvidas. O processo de seleção por networking dá suporte às empresas para que estabeleçam relações e contatos com os propensos candidatos, com empresas e grupos, onde o processo de contratação seja assertivo, principalmente se a empresa dispor de programas de indicação, do qual os profissionais possam indicar e serem retribuídos de alguma forma por indicações bem feitas. Seleção pela internet Dada a relevância da internet nas relações sociais de praticamente todos os indivíduos atualmente, onde se passa boa parte do tempo diário conectado com seus contatos particulares e com várias empresas, o processo de seleção pela internet não pode ser desconsiderado. A internet proporciona muitas vantagens para os processos seletivos atualmente, quer seja na divulgação de oportunidades, quer seja na busca por aptidões de propensos candidatos que cadastram seus currículos nas plataformas de busca de emprego. Seleção por monitoração on-line Uma maneira interessante de captar talentos para processos seletivos é efetuar a monitoração dos perfis profissionais. Tal ação se faz possível através dos recursos de mídias digitais corretas. Desta maneira, a área de gestão e seleção de pessoas possui suas maneiras ou ferramentas de monitoração on-line, que propiciam executar, permitem fazer o mapeamento dos indivíduos que se encontram disponíveis no mercado. Uma das vantagens deste tipo de recurso é que as empresas sempre se mantêm atualizadas em relação ao que ocorre no mercado, de maneira geral. Processos seletivos à distância Com o advento das consagradas novas tecnologias de comunicação e informação, é possível que se efetive processos de seleção independentes das 20 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. distâncias/barreiras físicas. Existem muitas ferramentas à disposição dos recrutadores no mercado, que podem ser usadas pelas organizações, com o intuito de unir a profissionais talentosos. As redes sociais, as videoconferências, o anúncio de vagas com grande abrangência, os bancos de talentos virtuais, dentre outros, constituem etapas do processo seletivo que beneficia destes recursos. Plataformas de seleção de pessoal e recrutamento As plataformas ou aplicativos estão cada vez mais integrados à vida das pessoas, inclusive na hora de se candidatar a uma oportunidade de emprego. Eles se tornaram também ferramentas indispensáveis dos profissionais da área de recursos humanos em processos seletivos. Os softwares otimizam o trabalho do setor de recursos humanos, trazendo maior eficiência e agilidade. Através de um smartphone, por exemplo, o candidato pode pesquisar vagas disponíveis, conforme o seu perfil profissional. A empresa ainda tem o recurso de gerir os currículos cadastrados na plataforma, com as competências desejadas para um cargo. Por meio dos softwares é possível dar feedback aos candidatos e efetivar todo o processo seletivo em praticamente todas as etapas. Videoconferência O referido recurso é atualmente uma das tendências que tem revolucionado a área de seleção de pessoal. Neste cenário,é possível que o candidato faça um vídeo com seu celular ou computador, e ainda responda a diversos tipos de testes. É possível ainda criar testes com situações reais, para que o candidato possa propor resoluções dos problemas. Ainda, por meio do uso do vídeo, pode-se obter muitas vantagens em um processo seletivo, nas suas várias fases. É possível avaliar muitos candidatos, buscar profissionais que residam em várias regiões ou cidades, acessar entrevistas e promover testes de habilidades, como fluência em vários idiomas, efetuar a comparação de perfis profissionais com mais precisão, dentre outros. 21 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 1.19 TESTES PSICOMÉTRICOS São testes que visam avaliar as aptidões das pessoas. Aptidões como os traços inatos e que, quando descobertos, podem ser transformados em habilidades ou capacidades pessoais. Uma aptidão significa uma predisposição, uma potencialidade, uma facilidade para aprender alguma habilidade ou capacidade específica. Os testes psicométricos medem as seguintes aptidões: numérica; verbal; espacial; manual etc. 1.20 TESTES DE PERSONALIDADE OU SIMULAÇÃO Os testes de personalidade ou simulação constituem meios pelos quais o candidato representa (teatralmente) o papel de ocupante de um determinado cargo. Estes tipos de testes apresentam eficácia ao avaliador, pois, permitem que este verifique se o candidato possui capacidade de criar, de improvisar positivamente diante de cenários que poderiam ser apresentados em uma situação real, e a rapidez de raciocínio. A principal entre as técnicas de simulação é a dramatização, em que os vários candidatos desempenham papéis, simulando tais situações reais. 1.21 PRINCÍPIO DA COMPLEXIDADE PROGRESSIVA Algumas empresas aplicam inicialmente as técnicas de seleção mais simples e baratas, e vão progressivamente aplicando técnicas mais complexas e caras, à medida que os candidatos vão ultrapassando os obstáculos. Quando o número de candidatos é grande, este princípio traz muita economia no processo seletivo, seja de tempo, de esforços, tanto aos candidatos, como à empresa. 1.22 SELEÇÃO: INVESTIMENTO ÚTIL À EMPRESA Há um pensamento que muitas vezes impera na alta direção das empresas, de que os processos seletivos não requerem investimentos substanciais, pois, consistem em pré-seleção, pois, os setores diretos, que de fato, realizarão a escolha 22 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. dos futuros trabalhadores. Todavia, é um erro guiar-se por tal linha de pensamento, pois, muitos perfis psicológicos são evidenciados nos processos seletivos, sendo assim, de suma importância, e carecem de investimento representativo diante de outros setores das empresas. Podem-se enumerar vários aspectos que merecem destaque para reforçar a importância da seleção técnica e psicológica, a saber: - Permite adequação do homem ao cargo e, consequente, satisfação do pessoal com o emprego e satisfação da empresa com o seu pessoal. - Permite rapidez na integração e ajustamento do novo empregado ao seu cargo. - Suprime o problema de rotatividade da mão de obra (turnover). - Aumenta o rendimento do trabalhador, melhorando a qualidade da produção. - Minimiza o número de acidentes de trabalho. - Reduz o absenteísmo (faltas e atrasos ao trabalho) que está relacionado com a insatisfação no trabalho e com a inadequação ao cargo. - Psicologicamente, evita desajustes entre exigências do cargo e as características do indivíduo, minimizando comportamentos inadequados responsáveis por atos inseguros durante o trabalho. - Contribui para o processo motivacional do indivíduo, pois, o homem que trabalha na função adequada a ele, é um homem satisfeito. 23 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. CAPÍTULO 2 - PERSONALIDADE, LIDERANÇA E COMUNICAÇÃO 2.1 PSICANÁLISE: CONCEITOS OBJETIVOS As linhas de psicanálise serão estudadas, preliminarmente e objetivamente, citando uma evolução histórica com seus principais fundamentos: - Sigmund Freud (1856-1939): Pacientes sob hipnose eram capazes de relatar desejos e experiências desconhecidos. O aprimorado e detalhado estudo da teoria da psicanálise de Freud extrapola o objetivo deste curso, desta forma, seguir-se-á com as principais ideias que permeiam a psicanálise. - Conceito de inconsciente: Depósito dos elementos reprimidos que escapam a consciência. Sentimentos responsáveis pelos distúrbios comportamentais. O objetivo de trabalhar bem o inconsciente é tornar o indivíduo consciente de seus desejos reprimidos, a fim de que, compreendidos e aceitos, sejam melhor administrados. - Método: Associação livre sob orientação do analista. Caminho para os desejos inconscientes encontrarem expressão verbal, para que os problemas sejam externados e, posteriormente, solucionados. 2.2 TEORIA DO APARELHO PSÍQUICO De extrema relevância para o estudo da Psicologia aplicada à Segurança do Trabalho, esta teoria remete ao princípio da realidade, que é a parte lúcida de cada pessoa. Neste caso, o foco do aparelho psíquico com esta abordagem é o Ego. Através do ego, a pessoa manifesta e se comunica com o meio e com os outros. Corresponde ao conhecimento do momento presente. É o instrumento de adaptação ao meio. Mediador entre o chamado ID e o mundo exterior; entre o ID e o chamado Superego. Diante das abordagens acerca do ID, Ego e Superego, surgem uma das teorias mais importantes de toda a Psicologia e que devem ser estudadas no foco de Segurança do Trabalho. 24 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. O Id, o Ego e o Superego são conceitos que Sigmund Freud usou para explicar este conflito. De acordo com os estudos freudianos, consiste em uma luta de forças antagônicas, que regem nossa forma de pensar e agir. O objetivo da Psicanálise é trazer luz à verdadeira natureza desses conflitos e bloqueios que estão na base das patologias relativas à psique humana. FIQUE LIGADO Conceitos relevantes do ID, do Ego e do Superego: ID - estrutura da psique humana primária. De maneira antagônica ao Ego e ao Superego, o ID nasce com o indivíduo, e durante os dois primeiros anos de vida, é ele quem governa. O ID se destaca pelo princípio do prazer imediato, e por isso, luta para que os instintos primários governem a conduta. Ego - Elemento que surge a partir dos dois anos de idade. O Ego é mais focado para o exterior, e é a partir da formação dele que o indivíduo inicia a forma de pensamento sobre as consequências práticas, daquilo que se faz e os problemas que podem ser gerados atravésde sua conduta. Surge, a partir daí, o confronto entre o ID e o Ego e, assim, o indivíduo inicia um processo de tomada de decisão, que não se baseia apenas em instintos. Superego – Começa a surgir a partir dos três anos de idade, sendo o resultado da inserção social graças à educação dos pais e do processamento interno das normas aceitas na sociedade. É a entidade psíquica que monitora e dita as regras morais. É graças a isso que o superego pressiona o indivíduo a fazer grandes sacrifícios, no intuito de que a personalidade internalize o máximo possível a ideia de perfeição e bondade. 2.3 FUNÇÕES DA PSICANÁLISE De maneira objetiva, pode-se considerar que a psicanálise possui três funções práticas, a saber: - Resolver problemas do momento presente; - Pensar a realidade presente; - Planejar a realidade futura. 25 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 2.4 PROCESSO EGO X SUPEREGO Os impulsos sexuais e as tendências agressivas, desde a primeira infância, são reprimidos e recalcados no inconsciente, por meio do Superego. Ficam buscando uma saída, uma liberação, gerando um conflito, o que se pode chamar de processo Ego x Superego, que é a modulação constante destes dois lados. Cage ao Ego resolver tal impasse, quando pode. Aqui surge a diferença entre normal e patológico (não encontra descarga da tensão psíquica, o que gera sintomas). Os impulsos reprimidos podem aparecer disfarçadamente no comportamento em forma de sonhos, lapsos verbais, atitudes não-convencionais etc. 2.5 PERSONALIDADE E PERCEPÇÃO O relacionamento entre as pessoas depende de como elas se percebem. E esta percepção se correlaciona sobremaneira com a personalidade, que são as disposições herdadas e adquiridas. Definir personalidade não se trata de tarefa trivial, pois, permeia várias linhas teóricas, de pensamento e com arquétipos estruturados de maneira distinta. A personalidade é formada por traços, tais como, a impulsividade, a generosidade, a timidez, a empatia, a honestidade e a sensibilidade (HANSENNE, 2003). A teoria psicanalítica de Freud se subdivide na personalidade, no inconsciente, no pré-consciente, no consciente, no Ego, no Id e no Superego. De acordo com Freud (1964 cit in HANSENNE, 2003), há 5 fases no desenvolvimento da personalidade, sendo estas a oral, a anal, a fálica, o período de latência e a fase genital. Diz-se comumente que uma pessoa tem pouca ou muita personalidade; fraca ou forte, dependendo da impressão que esta causa ao meio. Muitas vezes, atribui-se personalidade a alguém pela simples aparência exterior ou devido a determinado traço (característica comportamental, como honestidade, agressividade, elegância etc.) 26 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Já a percepção pode ser definida como a maneira de chegar ao conhecimento de objetos e fatos por meio dos sentidos. A representação interna retrata um significado atribuído por uma pessoa a um dado evento, é interpretação pessoal baseada em crenças, o que orienta as escolhas comportamentais de cada indivíduo. Exemplos de processo perceptivo são a autopercepção ou autoimagem, estereótipos (conjunto de características gerais e pejorativas), dentre outros. 2.6 CONTEÚDOS DA PERSONALIDADE A personalidade pode ser estudada por meio de seus conteúdos, a saber: - Conteúdo intelectual: Resultante da inteligência e da cultura. - Substrato moral: Resultante das disposições íntimas. - Temperamento: Reações emocionais e estados de humor. Exemplos clássicos: extrovertido, introvertido, ativo, apático, sensível etc. - Hábitos: Resultantes de condicionamentos que levam às ações automatizadas. Os hábitos possuem relação com o tipo de educação que o indivíduo teve e com a espécie de vida que levou. 2.7 MECANISMOS DE DEFESA Cabe ao profissional de Psicologia, e aqueles ligados à Segurança do Trabalho, conhecer os mecanismos de defesa mais utilizados pelo indivíduo, para que se possa tomar ações oportunas mediante a situações de resolução de conflitos. Muitas das vezes, os acidentes de trabalho são causados por omissão e negligência, o que se relaciona com o tema em questão. Os principais mecanismos de defesa são: - Projeção: Atribuir aos outros sentimentos que são nossos. - Repressão: Transferir para o inconsciente estados emocionais de frustração que incomodam e doem. - Regressão: Volta a níveis infantis de reação quando ocorrem fracassos intensos e repetidos. 27 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. - Racionalização: Explicações racionais acerca dos fracassos. - Sublimação: Uso da energia sexual recalcada em atividades religiosas, artísticas etc. 2.8 LIDERANÇA: CONCEITOS E DEFINIÇÕES Buscar a definição fechada e simplificada de liderança não constitui tarefa recomendada, dada a amplitude do tema. Vejamos algumas considerações: A melhor maneira de conduzir uma empresa para o sucesso é por meio dos líderes que lá estão que viabilizarão os resultados por meio das pessoas. (FRANCO, 2008). A liderança é uma função, papel, tarefa ou responsabilidade que qualquer pessoa precisa desempenhar, quando é responsável pelo desempenho de um grupo. (MAXIMIANO, 2000). Um líder não é escolhido porque sabe tudo e pode tomar qualquer decisão. É escolhido para reunir o conhecimento disponível e então criar os pré- requisitos para a realização do trabalho. Elabora os sistemas que lhe permitem delegar responsabilidade para as operações diárias. (CARLZON, 2005). Os estudos acerca da busca dos perfis de liderança e da formação de líderes seguiram um processo gradativo, onde se buscava como foco, a priori, traçar as características de personalidade dos líderes; e mesclando conceitos da Administração, onde se estabelece que a autoridade, por exemplo, se deriva do cargo que o indivíduo ocupa. A partir daí, buscou-se estabelecer a principal função do líder. Surge o conceito de que o líder tem a função de estabelecer e impor critérios de realização, a fim de atender aos objetivos da organização. Sob o ponto de vista de relações humanas, o foco é estudar e compreender qual o comportamento interpessoal ideal entre líderes e liderados, para que o líder exerça influência interpessoal numa dada situação, dirigida através do processo de comunicação para a realização de um ou mais objetivos. 2.9 TEORIAS E PERFIS DE LIDERANÇA Diante da diversidade de teorias e perfis de um líder, cumpre destacar as mais consagradas e aplicáveis ao estudo em tese. As principais teorias são: 28 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. - Teoria de traços de personalidade:Traços físicos, intelectuais, sociais etc., são premissas de avaliação do indivíduo para detectar se possui perfil de líder. Apesar de contestada, perdura como uma relevante teoria. - Teoria de estilos de liderança: Padrões de comportamento diferenciados diante de grupos distintos de liderados. A modulação do estilo e dos padrões é feita de forma dinâmica pelo líder, apresentando assim uma alta capacidade de adaptação às diferentes situações e a diferentes grupos. - Líder laissez faire: esta teoria apresenta um perfil de líder, onde os membros definem seus próprios alvos e padrões de desempenho; e o líder dá o mínimo de direção e o máximo de liberdade. - Democrático: Preocupa-se com o relacionamento entre as pessoas, fornece alguma estrutura, compartilhando responsabilidade com os liderados, envolvendo-os no planejamento e execução de tarefas. Certamente, é o perfil mais adequado para obter alta performance de uma equipe, e a maneira mais sustentável de se liderar. - Autoritário: Enfatiza a preocupação com a tarefa, concentra todo o poder em si mesmo. Diz aos liderados o que fazer e como fazer. Este tipo de perfil de liderança vem caindo em desuso, entretanto, ainda é considerado por muitas empresas, o perfil mais indicado. 2.10 MODELO TAREFAS VERSUS PESSOAS Um dos questionamentos mais difíceis de responder é qual o modelo ideal de liderança. A partir da premissa de que o foco pode ser nas tarefas, ou nas pessoas, pode-se estabelecer um panorama que se ajusta de forma eficaz ao líder, ao grupo e à atividade ou projeto, em que o objetivo final é ter o trabalho bem delineado e conduzido. Adaptar a satisfação da tarefa bem feita, mantendo todas as partes envolvidas motivadas é o adequado equilíbrio que todo o líder deve buscar. Este aspecto pode correlacionar-se com a criação do clima organizacional propício. O termo clima organizacional remete às propriedades motivacionais do ambiente organizacional, ou seja, àqueles aspectos da organização que levam à provocação de diferentes espécies de motivação nos seus participantes. Desta forma, o clima organizacional é 29 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. favorável quando proporciona satisfação das necessidades pessoais dos participantes e elevação do moral. É desfavorável quando proporciona a frustração daquelas necessidades. Na verdade, o clima organizacional influencia o estado motivacional das pessoas e é por ele influenciado. 2.11 TEORIAS CONTINGENCIAIS Este tipo de teoria é um verdadeiro teste de eficácia ao líder, pois, traduz a adequação do líder às variáveis situacionais, a partir da avaliação dos três componentes do sistema: o líder, os liderados e a situação. A capacidade de adaptação às condições temporais adversas, à escassez de recursos, à falta de pessoal, permeia o líder que atende o perfil contingencial. 2.12 CARACTERÍSTICAS GERAIS Eis as principais características que um profissional que alça a carreira de liderança, seja em qualquer esfera, precisa desenvolver: - Focalização nos objetivos: Levar em conta tanto os objetivos organizacionais, como os individuais de cada membro da equipe; - Autoconfiança: Confiança em si próprio e nas capacidades e habilidades do grupo: - Habilidade no relacionamento humano: Harmonizar a equipe à execução da tarefa; - Criatividade e inovação: Não apenas com relação a novos produtos e serviços, mas também a novas formas de atuar, nova cultura e novos desafios; - Flexibilidade: Diferentes comportamentos para diferentes situações, demonstrando predisposição a negociações e mudanças quanto aos objetivos e meios; - Tomada de decisão: Estabelecer prioridades e racionalizar o tempo. 30 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 2.13 MOTIVAÇÃO: CONSIDERAÇÕES INICIAIS Considerado um dos objetivos mais difíceis de serem adquiridos e acima de tudo mantidos, a motivação é de extrema importância nas organizações. Motivar as pessoas é fazer com que elas se tornem decididas, confiantes e estejam comprometidas intimamente a alcançar os objetivos propostos; estimulando-as o suficiente para que sejam bem sucedidas por meio do seu trabalho. O conhecimento da motivação humana é indispensável para que o administrador possa realmente contar com a colaboração das pessoas (CHIAVENATO, 2004). Entender por que o indivíduo se comporta dessa ou daquela maneira, em tal situação, e até onde ele precisa ser adequadamente motivado, constitui tarefa que deve ser desenvolvida em todas as esferas de liderança, e de profissionais formadores de opinião e comportamento positivo no ambiente laboral. A criação de um dinamismo, que é a principal característica da personalidade normal, afasta a estagnação, o que evita a origem da desmotivação, da constante normalidade. De maneira prática, a motivação é feita por estímulos que atendam às necessidades, que geram gratificação. Todavia, estímulos que não atendem às necessidades geram frustração. Por outro lado, um indivíduo totalmente satisfeito em suas necessidades tenderia à inércia. Uma certa dose de insatisfação de necessidades é o que caracteriza a saúde física e mental, pois, mobiliza energias a serem usadas no crescimento pessoal. A motivação deriva seu conceito no motivo. O motivo é o fator que dá início, dirige e integra um comportamento específico. São as necessidades e os incentivos. Atrelados ao conceito de necessidades, que são os impulsos que provêm do indivíduo, existe também os incentivos, que são os objetos ou condições do ambiente que estimulam o comportamento. 2.14 CARACTERÍSTICAS DO COMPORTAMENTO MOTIVADO São características de um comportamento motivado: - Excitação: Energia; - Direção: Objetivo ou meta; 31 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. - Desejo: Tensão, esforço e expectativa; - Sistema motivacional: Conjunto de condições responsáveis pela variação na intensidade, qualidade e direção do comportamento. 2.15 TEORIA DA PIRÂMIDE DE MASLOW Uma das teorias mais consagradas para estudar as necessidades e como o comportamento humano pode ser alterado, em função da satisfação, é a teoria da pirâmide, de Abraham Harold Maslow, que foi um psicólogo americano conhecido pelos estudos que efetuava acerca das necessidades humanas. Maslow estabelece que cada necessidade do ser humano influencia na sua motivação e o faz sentir outras necessidades. Figura 1 – Pirâmide de Maslow Fonte: Hierarquia das necessidades de Maslow, 2018. O eminente estudo é estruturado em uma pirâmide, a saber: - Realização pessoal ou autorrealização: são as potencialidades, os talentos e a capacidade de ser criativo. - Estima: traduz o prestígio e o sucesso. A não consecução destes atributos leva à dependência e sentimento de inferioridade. https://pt.wikipedia.org/wiki/Hierarquia_de_necessidades_de_Maslow#/media/File:Hierarquia_das_necessidades_de_Maslow.svg 32 Todosos direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. - Afetivo-sociais: Inclusão em grupos. A não consecução destes atributos leva à hostilidade. - Segurança: Traduz a necessidade do trabalho estável aos recursos disponíveis, à família sólida etc. A não consecução destes atributos leva à insegurança. - Fisiologia: Sobrevivência, sexo, excreção. 2.16 GRUPO E PAPEL DAS DINÂMICAS: CONSIDERAÇÕES INICIAIS Quando se identifica o propósito de união de duas ou mais pessoas, para que busquem interagir visando alcançar um objetivo em comum, tem-se o que é chamado de grupo. No ambiente laboral é frequente a formação de grupos de trabalho, nas várias esferas, com objetivos distintos e em diversos níveis de especialização de atuação no ambiente laboral e das tomadas de decisão. O êxito ou fracasso do grupo dependerá das atividades de cada membro, de suas competências adequadas à consecução do objetivo final comum. O grande desafio de atuar em grupo, é que cada indivíduo sente, pensa e age diferentemente dos outros. Além das diferenças individuais, cada um tem também o seu papel, ou seja, uma função dentro deste conjunto de pessoas que se unem em prol de um único propósito. Cada componente age como uma peça de uma máquina, onde se um sobrecarrega o outro, a meta primordial do conjunto falha, ou não é obtido de maneira eficaz. Cada indivíduo pode assumir seus papéis funcionais (facilitadores) ou bloqueadores do funcionamento grupal. 2.17 INTEGRAÇÃO DE UM GRUPO Uma analogia interessante para estudar a integração de um grupo é a atuação do trabalho em equipe dos esportistas, onde os atletas precisam uns dos outros para obtenção dos seus objetivos, isto é, conseguir fazer gols ou marcar pontos. A maioria dos esportes é formada por grupos, onde cada um desempenha um papel, para atingir o todo, o objetivo comum. Muitos profissionais preferem trabalhar em 33 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. equipe, dada a maior facilidade do que trabalhar individualmente, pois, contribui muito para melhorar o desempenho de todos. A integração harmônica permeia a tentativa de equilibrar as diferenças individuais para alcançar o objetivo. É avaliada através da realização do grupo. 2.18 COESÃO DE UM GRUPO A coesão de um determinado grupo é regida pelas seguintes características: - Grau de solidariedade e positividade dos membros em relação ao grupo e entre si. - Traduz em atitudes e objetivos semelhantes, sistema de recompensas adequado e boa interação grupal. 2.19 ESTRUTURA DE UM GRUPO A estrutura de um grupo busca estabelecer a hierarquia de valores e papéis, para que se tenha a estratificação social eficaz. Na estruturação em cojunto, também são criadas as relações entre os membros e destes com a liderança; padrões de conduta; sistemas de recompensa e punição; sistema de comunicação. Claramente, muitos outros aspectos podem surgir ao estruturar um grupo. Todavia, para que o profissional de segurança do trabalho possa criar um processo de formação de cultura de segurança, é atendido pelas considerações ora estudadas. 2.20 TENSÃO E CONFLITO EM UM GRUPO Os grupos de trabalho são compostos por diferentes pessoas, podendo gerar entre elas algumas discordâncias, discussões, tensões, insatisfações e conflitos. O conflito, em si não é patológico, nem destrutivo, depende de sua intensidade e forma como é tratado. Adicionalmente, o conflito tem funções positivas, evita a estagnação; estimula o interesse e a criatividade; descobre os problemas e demanda sua resolução. Ele é a raiz de mudanças pessoais, grupais e sociais. 34 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 2.21 RESOLUÇÃO CRIATIVA DO CONFLITO A criatividade da maioria do grupo leva ao sucesso de todos. Cabe ao líder de grupo estabelecer e destacar de cada integrante a suas maiores virtudes e aptidões, para que a probabilidade de sucesso seja alta, levando ao êxito do trabalho, com qualidade e produtividade. São características de um grupo criativo: - Pensamento criativo: Motivação para resolver o problema; disponibilidade de ideias diversificadas, somadas a um ambiente sem pressões, nem ameaças. - Solucionadores criativos: Inteligência; experiências diversificadas; habilidade de jogar com as ideias; preferência pelo novo e pelo complexo; independência no julgamento e ambiente que valoriza a originalidade e inovação e intercâmbio de ideias. Figura 2 – Compartilhamento de ideias Fonte: Psicologia aplicada, 2017. 2.22 VANTAGENS DO TRABALHO EM EQUIPE O trabalho em equipe acarreta de maneira geral vantagens para o grupo, e para os trabalhadores, pois, as trocas de experiências são efetivamente compartilhadas. Existe também um aprofundamento na abordagem dos problemas; uma maior diversificação de ideias, além da motivação e da criatividade no trabalho. 35 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 2.23 DESENVOLVIMENTO DE EQUIPES Os profissionais, que são incumbidos de criar e delinear as equipes e os grupos, devem cumprir um rito de ações, que permitam uma clara e eficaz formação. Para se desenvolver um eficiente conjunto de pessoas trabalhando, faz-se necessário estabelecer o seguinte: - Deve-se definir claramente e conjuntamente os objetivos; - Descentralizar as decisões; - Buscar a resolução criativa de conflitos; - Definir objetivamente o que se espera de cada um, no desempenho de suas funções; - Avaliar periodicamente os resultados; - Estimular a criatividade de maneira geral no grupo, com a promoção de brainstormings; - Manter os canais de comunicação abertos; - Estimular o feedback sobre o comportamento da equipe. 2.24 TIPOS DE GRUPOS DAS ORGANIZAÇÕES Os grupos podem ser formados através de uma estrutura formal, que são os criados para tarefas relacionadas aos objetivos organizacionais, e os grupos informais, que surgem da interação social entre os membros da organização. O engajamento é voluntário e baseado em atração interpessoal. 2.25 O PAPEL DO ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO NA EDUCAÇÃO PREVENCIONISTA DE UM GRUPO O engenheiro de Segurança do Trabalho é o profissional que coordena e estabelece programas de aperfeiçoamento e formação da cultura de segurança nas empresas, graças a sua capacidade de visão estratégica, para que assim, possa abranger o objetivo final prático, que é a redução dos acidentes de trabalho com ou 36 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicosou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. sem afastamento, e a manutenção dos procedimentos de segurança, executados de forma sistêmica. O referido engenheiro elabora o conteúdo programático dos treinamentos operacionais nas áreas, as atividades cognitivas de reciclagem, e a formação geral de uma atitude e de uma cultura sólida de segurança, conscientizando e mudando hábitos dos trabalhadores, tanto no nível operacional, quanto no nível de liderança e gestão, acerca das regras que propiciam eficácia nos processos com saúde e respaldo qualitativo. A utilização de estratégias práticas, como palestras, filmes, dinâmicas de grupo, campanhas de segurança, dentre outros são bastante condicionadas ao profissional chave no trabalho seguro, que é o engenheiro. 2.26 COMUNICAÇÃO: CONSIDERAÇÕES INICIAIS A capacidade de viver junto depende da aptidão para comunicar corretamente. A comunicação acontece quando duas ou mais pessoas são comuns, afins, ou seja, têm os mesmos interesses. Aí a mensagem flui entre elas e o entendimento se consubstancia em troca eficiente de informação, de conhecimento, de interesses construtivos. Ser comum (como um) é ter afinidade, ter empatia, é ser como um todo. A comunicação humana só existe realmente quando se estabelece entre duas ou mais pessoas um contato psicológico, pois, assim são geradas as comunicações corretas, que levam ao pleno entendimento. A falta de comunicação ou a comunicação falha e deficiente, gera desentendimento e dissensão. 2.27 AS BARREIRAS DA COMUNICAÇÃO Quando a comunicação se estabelece mal ou não se realiza entre pessoas ou entre grupos é porque ocorre basicamente três efeitos: - Filtragem: é o processo que se dá quando a mensagem é recebida apenas em parte. 37 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. - Ruído: Quando ocorre o dito ruído, a mensagem é distorcida ou mal interpretada. Muito comum ao utilizar um vocabulário desalinhado com o público- alvo. - Bloqueio: Neste caso, a mensagem não é captada e a comunicação é interrompida. É uma ocorrência grave e que deve ser corrigida quando ocorre nas empresas, para que não ocorra uma sucessão grave de erros e de acidentes de trabalho. 2.28 EXISTEM OBSTÁCULOS MAIS SUTIS Normalmente, os estudos de aprimoramento da comunicação nas empresas se preocupam com as barreiras mais comuns e clássicas da comunicação. Entretanto, há outras dificuldades menos triviais, a saber: - Percepção: Influenciada por preconceitos, a dificuldade de captação se dá pela formação de ideias preconcebidas. - Competição: Quando um indivíduo interrompe o outro, cortando a todo momento a palavra, sem ouvir calmamente o que o interlocutor diz, ocorre o processo de competição. - Frustração: Quando o indivíduo está frustrado, ele cria um impedimento de ouvir o que está sendo dito. - Projeção: É colocar em outras pessoas ideias que são nossas. - Inibição: Ocorre quando o receptor se retrai diante do emissor e vice-versa. 2.29 ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO O processo de se comunicar é transmitir e receber impressões, ideias, sentimentos e imagens, com o objetivo de afetar o comportamento das pessoas. E quem são os envolvidos neste processo? Basicamente, há quatro elementos, a saber: - Emissor: É quem transmite a mensagem. - Receptor: É quem recebe a mensagem. - Mensagem: É o que deve ser comunicado. 38 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. - Canal: É o meio pelo qual a mensagem é transmitida. 2.30 COMO MELHORAR A COMUNICAÇÃO Os processos de comunicação devem passar por contínuo aperfeiçoamento, e conforme as dificuldades apresentadas nas rotinas das empresas, os procedimentos devem ser reescritos e reestruturados, visando o aperfeiçoamento contínuo e necessário. Alguns aspectos que melhoram a forma de se comunicar merecem destaque: - Saber ouvir; - Utilizar a comunicação face a face; - Colocar-se no mundo do receptor; - Desenvolver a empatia; - Saber distinguir o momento oportuno da mensagem a ser enviada; - Usar mensagens simples e diretas. 2.31 TIPOS DE COMUNICAÇÃO A comunicação varia de acordo com os tipos ou instrumentos utilizados, com as pessoas e com os objetivos. Os tipos ou instrumentos de comunicação podem ser: - Comunicação verbal, que se dá por meio da linguagem oral e escrita; - Comunicação não verbal, que se dá por meio de posturas, silêncios, expressões faciais e gestos. Sob o ponto de vista das pessoas, tem-se: - Dual, que são pessoais e profissionais; - Grupal, que se dá através de intragrupos e intergrupos. Em relação aos objetivos, tem-se: - Consumatória: espontânea; - Instrumental: utilitária. 39 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. A comunicação deve estabelecer um contato psicológico profundo, e haver a integração da comunicação verbal e não verbal, e se estabelecer de pessoa a pessoa, para além das máscaras, dos status e das funções. 40 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. CAPÍTULO 3 - COMPORTAMENTO HUMANO E ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO TRABALHO 3.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS Conforme já estudado, o comportamento humano no sentido amplo, mas dentro do contexto de Psicologia do Trabalho, passemos a estudar, neste capítulo, o comportamento contextualizado nos aspectos psicológicos do trabalho, de forma mais aprofundada. O comportamento dos indivíduos é fruto de estudos variados dos profissionais da Psicologia, desde a formação dos compêndios psicológicos das diversas escolas. Isto também porque, além de uma teoria relevante, possui um teor empírico, que se reproduz em todos os cenários do homem, nas variadas relações dos indivíduos. A noção de comportamento evoluiu ao longo do último século em meio a confusões, equívocos e preconceitos acerca da sua conceituação e do seu uso. Os verbos utilizados para nomear os comportamentos (como prevenir, evitar, analisar) podem levar a pensar que as relações que compõem esse fenômeno são simples, o que não é verdade. Ele é um fenômeno de alta complexidade e variância, o que requer mais do que o senso comum para examiná-lo e intervir sobre ele (Botomé, 2001). O que Botomé quis expressar é que a discussão acerca do comportamento humano não deve pairar sobre as suposições, sem um respaldo científico e teórico sólido. Os estudos devem obedecer com rigor uma teoria, uma ciência no sentido estrito. Contextualizando o assunto à Saúde e Segurança do Trabalho, deve-se compreender que ao estudar o comportamento
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