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Faculdade Anhanguera Serviço Social RESENHA CRÍTICA DO FILME “QUANTO VALE OU É POR QUILO” O filme retrata a história do Brasil Colonial e das relações escravistas da época, bem como a exploração da classe marginalizada da atualidade. Fazendo uma comparação entre o mercado de escravos e as situações de miséria da atualidade. O enredo aborda duas diferentes temporalidades: uma referente ao século XVIII, que mostra a história de um capitão-do-mato que captura uma escrava fugitiva, a qual está grávida e, após entregá-la ao seu senhor, ela perde o filho que estava esperando. Também mostra cenas dos dias atuais, nas quais aparece o trabalho de uma ONG que implanta o projeto Informática na Periferia de uma comunidade carente. Uma das moças que trabalham no projeto, cujo nome é Arminda, descobre que os computadores comprados foram superfaturados e, por isso, passa a sofrer ameaça de morte. Para essa tarefa, aparece Candinho, um jovem desempregado prestes a se tornar pai, que aceita ser matador de aluguel para conseguir dinheiro para sobreviver. Todas essas situações em tempos distintos mostram uma forte tendência dos brasileiros em querer levar vantagens sempre, e que para conseguir o que quer é capaz de se submeter aos mais abomináveis atos de covardia e maldade. Além disso, nota-se que as questões sócio econômicas também sempre sofreram essa divisão, na qual uma minoria privilegiada detém o poder econômico e social, em detrimento de uma maioria de miseráveis que se expõe diariamente à situações degradantes para sobreviver em meio a esse capitalismo desenfreado que valoriza o ter e não o ser. O filme não expressa uma posição sobre o que é certo ou errado, mas, deixa claro que a lei sempre está a favor dos ricos e poderosos e que os pobres e miseráveis estão condenados a sofrer nas mãos destes. Lá no século XVIII, o capitão do mato aprece como um sujeito vigoroso, ativo que serve aos desmandos dos grandes senhores. Talvez por falta de opção de ganhar o sustento da família de outra forma, ele se submete a ações aterrorizantes. O filme mostra várias histórias nos dois diferentes contextos épicos, sempre buscando mostrar as desigualdades sociais e as relações de poder da sociedade capitalista. Em uma dessas histórias, Joana que era uma escrava alforriada, foi roubada por um homem branco e acabou sendo condenada por perturbar a paz social e por proferir ofensas ao homem branco que lhe roubara, cujo nome era Manoel Fernandes, mostrando que a lei sempre está ao lado dos poderosos. Situações como essa ainda podem ser observadas nos dias atuais, pois, existem pessoas que acham que tanto os negros quanto mulheres, pobres, doentes, entre outros, não merecem consideração e respeito, simplesmente por causa de suas condições. Além da história de Arminda e Joana, muitas outras são apresentadas no enredo do filme, sempre ilustrando com certa veemência a questão da desigualdade social, dos interesses pessoais, do levar vantagem às custas da desgraça alheia, do individualismo, como por exemplo, ocorre na história de Bernardino e Adão a qual mostra um querendo tirar proveito da situação do outro visando o lucro, como na história do suposto escravo fugido. O papel das ONGs nesse contexto deveria ser de combate à exclusão e à desigualdade social, mas, infelizmente a maioria dessas entidades não possui seriedade e empatia com os problemas sociais, visando apenas o próprio lucro. Portanto, os benefícios e melhorias que são os objetivos dessas organizações não chegam aos que necessitam, ou seja, elas representam uma solidariedade de fachada, na qual os lucros das doações ficam para a entidade e suas parcerias, enquanto que algumas migalhas desse todo são oferecidas aos necessitados. O filme, portanto busca revelar as várias entidades Brasil afora, nas quais a população confia plenamente e busca nelas alguma forma de amparo, mas, infelizmente a realidade é dolorosa. Um dos exemplos de entidades apresentado no filme são os asilos, onde os idosos são esquecidos pela própria família, ficando à mercê de funcionários amargos e descontentes, sem nenhuma demonstração de amor pelo próximo, trabalhando apenas pelo dinheiro que ganham. Assim, “Quanto vale ou é por quilo?” mostra que por trás das inúmeras boas ações existentes no país há um grande interesse financeiro e os benefícios concedidos pelo governo a essas entidades muitas vezes não alcançam os fins para os quais foram destinados. RESENHA CRÍTICA DO FILME “QUANTO VALE OU É POR QUILO” O filme retrata a história do Brasil Colonial e das relações escravistas da época , bem como a exploração da classe marginalizada da atualidade . F azendo uma comparação entre o mercado de escravos e as situações de mi sé ria da atualidade. O enredo abo rda du as di ferentes temporali dades: uma referente ao século XVIII, qu e mostra a história de um capitão - do - mato que captura uma escrava fugitiva, a qual está grávid a e, após en tregá - la ao seu senhor, ela perde o filho que estava espera ndo . T ambém m ostra cenas dos dias atuais, nas quais aparece o trabalho de uma ONG que implanta o pro jeto Informática na Periferia de uma comunidade carente. U ma das moças que trabalham n o p rojeto, cujo nome é Arminda, descobre que os computadores comprados foram superfaturados e, por isso, passa a sofrer ameaça de morte . P ara essa tarefa, aparece Candinho, um jovem desempregado prestes a se to rnar pai, que aceita ser matador de aluguel para conseguir dinheiro para sobreviver. T oda s essas situações em tempos distintos mostram uma forte tendência dos brasileiros em querer levar vantagens sempre, e que para conseguir o que quer é capaz de s e submeter aos mais abominá veis atos de covardia e maldade. A lém disso, nota - se que as questões sócio econômicas também sempre sofreram essa divisão, na qual uma minor ia privilegiada detém o poder econômico e social, em detrimento de uma m aioria de miseráveis que se expõ e diariamente à situações degradantes para sobreviver em meio a esse capitalismo desenfreado que valoriza o ter e não o ser. O filme não expressa um a posição sobre o que é cer to ou errado , mas, deixa claro que a lei sempre está a favor dos ricos e poderosos e que os pobres e miseráveis estão conde nados a sofrer nas mãos destes . L á no século XVIII, o capitão d o mato aprece como um sujeito vigoroso , ativo que serve aos desman dos dos grandes senhores . T alvez por falta de opção de ganhar o sustento da família de outra forma, ele se submete a ações aterrorizantes. RESENHA CRÍTICA DO FILME “QUANTO VALE OU É POR QUILO” O filme retrata a história do Brasil Colonial e das relações escravistas da época, bem como a exploração da classe marginalizada da atualidade. Fazendo uma comparação entre o mercado de escravos e as situações de miséria da atualidade. O enredo aborda duas diferentes temporalidades: uma referente ao século XVIII, que mostra a história de um capitão-do-mato que captura uma escrava fugitiva, a qual está grávida e, após entregá-la ao seu senhor, ela perde o filho que estava esperando. Também mostra cenas dos dias atuais, nas quais aparece o trabalho de uma ONG que implanta o projeto Informática na Periferia de uma comunidade carente. Uma das moças que trabalham no projeto, cujo nome é Arminda, descobre que os computadores comprados foram superfaturados e, por isso, passa a sofrer ameaça de morte. Para essa tarefa, aparece Candinho, um jovem desempregado prestes a se tornar pai, que aceita ser matador de aluguel para conseguir dinheiro para sobreviver. Todas essas situaçõesem tempos distintos mostram uma forte tendência dos brasileiros em querer levar vantagens sempre, e que para conseguir o que quer é capaz de se submeter aos mais abomináveis atos de covardia e maldade. Além disso, nota-se que as questões sócio econômicas também sempre sofreram essa divisão, na qual uma minoria privilegiada detém o poder econômico e social, em detrimento de uma maioria de miseráveis que se expõe diariamente à situações degradantes para sobreviver em meio a esse capitalismo desenfreado que valoriza o ter e não o ser. O filme não expressa uma posição sobre o que é certo ou errado, mas, deixa claro que a lei sempre está a favor dos ricos e poderosos e que os pobres e miseráveis estão condenados a sofrer nas mãos destes. Lá no século XVIII, o capitão do mato aprece como um sujeito vigoroso, ativo que serve aos desmandos dos grandes senhores. Talvez por falta de opção de ganhar o sustento da família de outra forma, ele se submete a ações aterrorizantes.
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