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LABORATÓRIO DE PARASITOLOGIA Dípteros (Culex sp.) ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br DÍPTEROS (Culex sp.) Os dípteros são um grupo de insetos bastante importante para o ecossistema e a saúde humana. Assim, nesta aula, inicialmente serão apresentadas algumas das principais características dos insetos e, posteriormente, os mosquitos do gênero Culex. Os invertebrados (animais sem vértebras) abrangem inúmeros filos. Dentro do filo dos artrópodes, superclasse Hexapoda, há a classe dos insetos, com mais de 1 milhão de espécies descritas. Estes se caracterizam principalmente por terem o corpo dividido em três partes — cabeça, tórax e abdome —, além de dois pares de asas e três pares de pernas, todos conectados ao tórax. Há também um par de antenas e três peças bucais: a mandíbula, a maxila e a segunda maxila, incluindo o palpo maxilar (Figura 1). As pernas dos insetos são modificadas para caminhar, saltar, nadar, escavar ou agarrar (PECHENIK, 2016). Figura 1 – Palpo maxilar dos insetos, indicado pelo risco. Fonte: Pechenik (2016). LABORATÓRIO DE PARASITOLOGIA Dípteros (Culex sp.) ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br Na classe dos insetos, a ordem Diptera consiste em insetos conhecidos como moscas verdadeiras, como mosquitos, simulídeos, mosquitos-pólvora, moscas domésticas e mosca-das-frutas. Os inúmeros grupos de dípteros se distribuem por todo o mundo. Os adultos desse grupo apresentam o par de asas posteriores reduzido, com formato de clava (halteres ou balancins), e, por isso, possuem apenas um par de asas funcionais para o voo (PECHENIK, 2016). Os insetos apresentam metamorfose, e as larvas dos dípteros possuem uma alimentação bastante variada, podendo se caracterizar como predadores, detritívoros, endoparasitas ou ectoparasitas. Muitas espécies não possuem pernas enquanto larvas, sendo, por isso, ditas ápodas (PECHENIK, 2016). As larvas são aquáticas e, quando maiores, possuem uma superfície sem escamas ou pelos. A cabeça possui uma cerda pós-clipeal pouco desenvolvida. Também possui um sifão respiratório e um tufo sifonal com quatro cerdas (Figura 2) (BRASIL, 2011). Figura 2 – Larva da espécie Culex quinquefasciatus. Fonte: Brasil (2011). LABORATÓRIO DE PARASITOLOGIA Dípteros (Culex sp.) ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br Muitas espécies desse grupo são conhecidas devido à transmissão de algumas doenças, como a malária, a febre tifoide, a febre amarela, a disenteria, entre outras. Inúmeras consistem em pragas agrícolas que causam prejuízos à agricultura. No entanto, outras espécies são benéficas ao homem, pois parasitam outros insetos ou pragas de vegetações e polinizam flores (PECHENIK, 2016). Existem cerca de 162 famílias dentro da ordem díptera, sendo que a Culicidae nos interessa particularmente. Os membros das espécies do gênero Culex são os mosquitos e pernilongos. Há indícios de que a família abriga mais de 3 mil espécies. Os indivíduos adultos possuem cerca de 3 a 6 mm de comprimento e patas longas e finas. O corpo tem escamas. A cabeça é pequena e não possui ocelos (GOUVEIA DE ALMEIDA, 2011). O meio de vida é o aéreo. Os mosquitos são holometábolos com metamorfose completa, o que inclui uma forma imatura — o ovo —, larva com quatro estágios e pupa (Figura 3). O ciclo de vida pode durar de sete a 20 dias. Figura 3 – O ciclo de vida dos mosquitos. Fonte: Shutterstock. As fêmeas da família picam outros organismos, transmitindo doenças, já que necessitam de sangue (rico em proteína) antes de ovopositar (depositar os ovos). Para LABORATÓRIO DE PARASITOLOGIA Dípteros (Culex sp.) ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br isso, as fêmeas possuem uma probóscide modificada e de cor escura (PECHENIK, 2016) (Figura 4). Possuem também a cabeça com escamas claras e escuras, palpos com algumas escamas brancas e asas com escamas escuras e com cerdas (BRASIL, 2011). Figura 4 – Fêmea da espécie Culex quinquefasciatus. Fonte: Brasil (2011). Os machos diferem das fêmeas morfologicamente por possuírem antenas plumosas e palpos longos, além de uma genitália masculina na extremidade do abdômen projetada para fora (Figura 4). Alimentam-se principalmente de sucos vegetais e néctares (GOUVEIA DE ALMEIDA, 2011). LABORATÓRIO DE PARASITOLOGIA Dípteros (Culex sp.) ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br A filariose ou elefantíase é causada por um parasita que é transmitido por mosquitos fêmeas do gênero culex: Anopheles ou Aedes. A doença é caracterizada por imensos inchaços, principalmente na região inferior do corpo, devido às alterações no sistema linfático. Os métodos de controle são os mesmos que os de outras doenças também transmitidas por mosquitos, como o uso de repelentes e mangas compridas durante a tarde e à noite, principalmente, e a eliminação de pequenos poços de águas paradas, para que não haja o desenvolvimento dos ovos colocados pelas fêmeas nesses locais. LABORATÓRIO DE PARASITOLOGIA Dípteros (Culex sp.) ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Guia de vigilância do Culex quinquefasciatus. 1. ed. Brasília, 2011. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_culex_quinquefasciatus.pd f. Acesso em: 28 jan. 2021. GOUVEIA DE ALMEIDA, A. P. Os mosquitos (Diptera, Culicidae) e a sua importância médica em Portugal: desafios para o século XXI. Acta Medica Portuguesa, v. 24, n. 6, p. 961-974, 2011. PECHENIK, J. A. Biologia dos invertebrados. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.
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