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Apresente parecer circunstanciado e fundamentado sobre a correção ou não das condutas estabelecidas pela empresa com aval do Departamento de Recursos Humanos. 
A empresa Bitcoin Serviços de Informática Ltda contrata seu escritório de advocacia objetivando efetivar o levantamento jurídico trabalhista das pendências que envolvem a empresa considerando a recente reforma da legislação trabalhista. A empresa possui quadro de empregados diretos além de contar com quadro fixo de 80 trabalhadores autônomos, e 20 estagiários assim distribuídos: um diretor, um gerente, quatro assistentes e quatro auxiliares da área administrativa; um diretor, oito supervisores (sendo que um deles exerce as atribuições de gerência), vinte e oito vendedores; 80 representantes comerciais autônomos e dos 20 estagiários, todos subordinados a diretoria comercial. Em levantamento in loco preliminar que restou apresentado a diretoria da empresa foram eleitas as seguintes questões: 
1. A empresa não possui qualquer planejamento relacionado à medicina e segurança do trabalho, pois, segundo orientação do Departamento de Recursos Humanos não há risco na atividade desenvolvida.
Resposta: A empresa mesmo não contendo riscos em sua atividade desenvolvida deverá possuir u m planejamento sobre medicina e segurança do trabalho com base nas Normas Regulamentadoras Brasileiras (NRs), nos códigos e Portarias do Ministério do Trabalho e outros órgãos com relação ao assunto vigentes atualmente para evitar futuros problemas e demandas no passivo trabalhista.
2. A empresa é ré em várias ações objetivando indenizações que apresentam como causa de pedir fático o tratamento vexatório diuturno a que são submetidos os vendedores e representantes comerciais que não alcançam o patamar de metas estabelecido pelo supervisor que exerce as atribuições de gerência na área comercial, sendo que o Departamento de Recursos Humanos, ao analisar os casos informou a diretoria da empresa que a atitude do supervisor em presentear os vendedores com menor patamar de vendas com uma camiseta com a inscrição “Sou o Lanterninha do Mês”, não é ofensivo e que todos os vendedores melhoram sua produção nos meses seguintes;
Resposta: Conforme o artigo 223 - E da CLT foi ofendido um bem tutelado juridicamente no ato praticado pelo supervisor da empresa de fazer os empregados com função de vendedor que possuem menor patamar nas vendas a vestir uma camiseta com a seguinte frase “Sou o Lanterninha do Mês” escrita nela. Portanto, os bens o fendidos são a autoestima, honra e a imagem dos funcionários ao receber esta camiseta com base no artigo 223 -C d a CLT. Devido à ofensa desses bens, os funcionários lesados poderão ingressar na esfera judicial trabalhista o pedido de indenização por danos morais (extra patrimoniais) ocasionados por este ato praticado por um funcionário da empresa (o supervisor) e serão indenizados na proporção da omissão ou da ação, nos termos do artigo 223-A até o 223 -G da CLT. 
 Em relação ao Compliance e o Código de Ética, a conduta do supervisor é antiética e deverá ser tirada dos costumes e das práticas da empresa em relação aos funcionários.
3. Partes dos representantes comerciais são obrigados no comparecimento diário na sede da empresa, em horário determinado pelo diretor comercial, sendo certo que em eventual ausência o dia de trabalho é descontado das comissões no mês de referência, sendo que os demais somente comparecem a empresa para aviamento das necessidades comerciais (entrega de pedidos, recebimento de mostruários e recebimento de comissões), conduta esse aprovada pelo Departamento de Recursos Humanos da empresa. 
Resposta: O representante comercial é um prestador de serviço que atua na área de vendas diretamente e no caso concreto por possuir subordinação não é o autônomo e sim o empregado conforme o artigo 3º da CLT, pois o autônomo precisa não ter subordinação e está previsto na lei nº 4.886/1965. Já a comissão dos representantes comerciais não pode ser descontada pelo fato do não comparecimento diário na sede da empresa devido à comissão ser paga quando este efetuar vendas, mas a empresa poderá aplicar suspensões e advertências com caráter disciplinar, conforme a CLT.
4. Todos os estagiários (cursando Administração de Empresas, Tecnologia da Informação e Direito) são contratados diretamente pela empresa, sem qualquer formalidade efetivada pelo Departamento de Recursos Humanos, a não ser o pagamento de vale transporte e bolsa auxílio e se ativam exclusivamente no recebimento dos pedidos de compras, independentemente da área acadêmica que pertençam e laboram oito horas diárias e semanalmente são submetidos há horas extras.
Resposta: Conforme o artigo 10 da Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, a jornada de trabalho de um estagiário não pode ultrapassar seis horas diárias (trinta horas semanais) por ser ensino superior. Se os cursos destes estagiários alternam teoria e prática, nos períodos em que não estão programadas aulas presenciais, o estágio relativo a esses cursos que alternam poderá ter jornada de até quarenta horas semanais, desde que esteja previsto no projeto pedagógico do curso e da instituição de ensino, conforme o artigo 10, parágrafo 1° da Lei do Estagiário. O estagiário não pode ser submetido à hora extra por se tratar de uma condição para a graduação em ensino superior ou médio, portanto o estagiário deve cumprir a carga horária estabelecida em lei, ou seja, na lei do estagiário (Lei n° 11.788/2008). A empresa só está correta no número de estagiários em seu quadro pessoal, conforme o artigo 17, inciso IV da Lei nº 11.788/2008, a empresa deve respeitar o número máximo previsto neste artigo e inciso por conter mais de 25 empregados em seu quadro pessoal fixo e ela com 20 estagiários está respeitando o limite previsto neste artigo.
5. Um dos assistentes comerciais foi denunciado por um dos clientes em razão de furto de numerário (o cliente apresentou vídeo contendo as filmagens do local onde a conduta restou comprovada), no entanto, o Departamento de Recursos Humanos da empresa desaconselhou a demissão sob alegação do mesmo ser detentor de estabilidade em decorrência de acidente do trabalho, em relação ao qual foi emitida a CAT (comunicação de Acidente do Trabalho) com afastamento médico de 10 dias.
Resposta: No caso presente na questão, ocorreu à demissão por justa causa pelo motivo do empregado ter praticado um ato de improbidade ao furtar o numerário, conduta que foi comprovada através de filmagens e denunciada por clientes com base no artigo 482, a línea “a” da CLT. Portanto, não tem direito a garantia de estabilidade por acidente de trabalho prevista no artigo 60, parágrafo 3º e o artigo 118 da Lei que regulamenta o acidente de trabalho (8.213/91), o empregado que sofreu acidente de trabalho tem garantia no prazo de doze meses no mínimo, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa a pós o auxílio-doença acidentário cessar, e em caso s de afastamento com prazo superior a quinze dias é cabível.
6. Os empregados da empresa, com exceção dos Diretores e. gerente e supervisores recebem em média valor de R$ 4.500,00, valor esse fruto do percentual comissional das vendas realizadas, além de valor fixo de R$ 2000,00 o Departamento de Recursos Humanos, orientou a empresa, no sentido que a fixação de pagamento de parcela salarial fixa desonera a empresa de qualquer reflexo ou integração em relação aos valores comissionais.
Resposta: As comissões e gratificações salariais integram o salário fixo do empregado com base no artigo 457, parágrafo 1º da CLT. Portanto a empresa não é desonerada a qualquer integração em relação aos valores comissionais, mesmo fixando o pagamento de parcela salarial fixa.

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