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ANNE BEATRIZ CUNHA COSTA Nem sempre o direito foi considerado como ciência, tudo começou com a “Teoria do Direito Puro”. Normativismo Jurídico O Normativismo Jurídico Kelseniano é a defesa da construção de parâmetros metodológicos próprios para a Ciência do Direito, expressos na denominada Teoria Pura do Direito. PONTOS PRINCIPAIS DA TEORIA PURA DO DIREITO: Kelsen priorizava o aspecto estrutural do ordenamento jurídico e a correlação entre suas normas, independentemente de concepções ideológicas e de regimes políticos. Direito e Costumes O costume pode ser definido como uma prática reiterada em determinada sociedade e nela aceita como prática jurídica, constituindo fonte do Direito e regra de comportamento. HÁ DOIS ELEMENTOS PARA CLASSIFICAR UMA CONDUTA COMO COSTUME: a)Sua repetição na sociedade; b)Sua aceitabilidade como norma jurídica por essa mesma sociedade É importante destacar que o costume é uma fonte não formal e não escrita do Direito. TIPOS DE COSTUMES: Costume secundum legem: aquele costume expressamente indicado pela lei. Ex: O inciso II do art. 569 indica que caso o locador e o locatário não ajustem um prazo para pagamento do aluguel, esse prazo será determinado pelos costumes do local. Costume praeter legem.: Trata- se daquele comportamento costumeiro que não é previsto pela lei. A SITUAÇÃO NÃO É PROIBIDA. QUANDO SE ANNE BEATRIZ CUNHA COSTA TRATA DE UMA RELAÇÃO DE DIREITO PRIVADO, POR NÃO SER PROIBIDA, É GENERICAMENTE PERMITIDA. ASSIM, ESSE COSTUME NÃO VIOLA A LEI, EMBORA ELA NÃO FAÇA REFERÊNCIA DIRETA A ELE. TAL COSTUME TORNA-SE IMPORTANTE POIS PODE SER FONTE DO DIREITO, POR FORÇA DO ART.4º DA LID. QUANDO A LEI FOR OMISSA, OUSEJA, NÃO TROUXER UM CRITÉRIO PARA A RESOLUÇÃO DE UM CONFLITO, POIS NÃO O PREVIRA, O JUIZ PODE RECORRER AOS COSTUMES E EXTRAIR DELES A NORMA JURÍDICA QUE UTILIZARÁ PARA CRIAR A SENTENÇA. A última espécie de costume é contra legem: Trata-se daquele comportamento continuado que contraria a lei. Por contrariar a lei, não pode ser considerado, em tese, fonte do direito, pois a autoridade tradicional é muito inferior, em nossa sociedade, à autor idade legislativa. Quando um costume prevalece ante o texto de uma lei, podemos afirmar que esta está em “desuso” ou tornou-se “letra morta”. Tal situação revela a incapacidade da autoridade estatal de se impor ante todas as situações. Também revela que a sociedade é complexa e existem outros poderes que podem se opor, em determinadas situações, ao grande poder do Estado. Direito e Religião A Igreja católica criou e institucionalizou seu próprio Direito, o direito canônico. Trata-se de ramo do Direito destinado a disciplinar organicamente o funcionamento da Igreja e de seus institutos jurídicos. Com o surgimento e fortalecimento dos Estados nacionais ocidentais, que têm início a partir de meados do século XVI, o papel da Igreja no Direito perdeu força. A separação entre monarca e Estado e a adoção da laicidade fizeram com que essa relação se enfraquecesse. VALE RESSALTAR QUE O ESTADO DO BRASIL É LAICO, OU SEJA, NÃO PERTENCE A UMA ORDEM RELIGIOSA. Direito e Moral A moral pode ser definida como um conjunto de valores e normas ligados à noção de certo e errado. A moral também possui importante papel de norma de conduta, influenciando escolhas. ANNE BEATRIZ CUNHA COSTA Segundo Cotrim (2002), a Moral é o conjunto de normas, princípios e costumes que orientam o comportamento humano, tendo como base os valores próprios a uma dada comunidade ou grupo social. Já a Ética é um estudo reflexivo das diversas morais, no sentido de explicitar os seus pressupostos, ou seja, as concepções sobre o ser humano e a existência humana que sustentam uma determinada moral. A MORAL POSSUI DOIS ASPECTOS: Aspecto social–cada pessoa desenvolve sua moral a partir das experiências da vida; Aspecto de interiorização - da moral–reflexões internas do indivíduo acerca da sua moral, decidindo por aceita-las ou negá-las. Direito e Política O Direito Natural consiste na permanente aspiração de justiça que acompanha o ser humano, ou seja, direito à moradia, comida, entre outros, assim sendo o JUSNATURALISMO. Para a corrente jusnaturalista (jus = direito), além do direito escrito (positivo), há uma ordem superior que é a do direito justo. O Direito Natural é constituído por um conjunto de princípios, e não de regras, de caráter universal, eterno e imutável. O Direito Positivo é assim denominado porque é o que provém diretamente do Estado. Do latim jus positum: imposto, que se impõe, vem a ser também, a base da unidade do sistema jurídico nacional. DIFERENÇAS ENTRE O DIREITO NATURAL E O DIREITO POSITIVO: Direito Natural -> É aquilo em que nossa consciência acredita; Ordenamento ideal, correspondente a uma justiça superior e suprema. Direito Positivo-> Leis que temos que obedecer porque foram impostas pela sociedade; Ordenamento jurídico em vigor em um determinado ANNE BEATRIZ CUNHA COSTA país e em uma determinada época Temporal: existe em determinada época; Atemporal Vigência: observância pela sociedade e aplicação pelo Estado; Independe de vigência Formal: depende de formalidades para sua existência Informal Hierárquico: ordem de importância estabelecida entre as regras Não hierárquico Dimensão espacial: vigência em local definido. Independe de local Criado pelo homem: fruto da vontade do homem Emerge espontaneamente da sociedade Escrito: códigos, leis, jurisprudência Não escrito Mutável: mediante a vontade humana Imutável Para os positivistas: “Não há mais Direito que o Direito Positivo”. Assim, para o positivista, a lei é em si o único valor. Leis e Valor Social Entretanto, o Direito não é composto unicamente de normas, como deseja essa corrente filosófica. Além disso, as normas jurídicas apresentam sempre um significado, um valor social a ser realizado. A lei não pode conter todo o jus. A lei, sem condicionantes valorativos, é uma arma para o bem ou para o mal. O Direito Substantivo (Material) é o conjunto das regras criadas pelo Estado, que normatiza a vida em sociedade definindo relações jurídicas, e que constitui o chamado Direito Material. O Direito Adjetivo (Processual) consiste nas regras de direito processual que regulam a existência dos processos, bem como o modo destes se iniciarem, se desenvolverem e terminarem. O DIREITO FORMAL OU "ADJETIVO" DIZ RESPEITO À PROCESSUALÍSTICA, OU SEJA, À FORMA PELA QUAL SE APLICA O DIREITO MATERIAL. O Direito Material (substantivo) define as normas de conduta para a paz na convivência social, por isso dita as normas; Já o Direito Processual (adjetivo)visa assegurar o cumprimento das normas, ou seja, se preocupa em NATURAL POSITIVO ANNE BEATRIZ CUNHA COSTA garantir a obediência das normas de direito material”. Direito Objetivo e Direito Subjetivo Direito Objetivo é composto pelas normas jurídicas, as leis, que devem ser obedecidas rigorosamente por todos os seres humanos que vivem na sociedade que adota essas leis. O seu descumprimento, dá origem a sanções. O Direito Subjetivo, também chamado facultas agendi (faculdade de agir) é o poder de exigir uma determinada conduta de outrem, conferido pelo Direito Objetivo, pela norma jurídica. ELEMENTOS DO DIREITO SUBJETIVO: RELAÇÃO ENTRE DIREITO POSITIVO E DIREITO OBJETIVO: Os romanos utilizaram o critério da utilidade.Quando o objeto do Direito era voltado para o interesse da coletividade, este era tido como Direito Público. Se o interesse era do particular, este seria Direito Privado. Direito Público Direito Constitucional Direito Financeiro Direito Tributário Direito Administrativo Direito Internacional Direito Ambiental Direito Penal Direito Processual etc. CONTRATOS COSTUMES DIREITO POSITIVO DIREITO OBJETIVO ANNE BEATRIZ CUNHA COSTA Direito Privado Direito Civil Direito Empresarial Direito do Trabalho Direito do Consumidor Ramos do Direito REFERÊNCIAS: MATERIAL DE APOIO DA FACULDADE ESTÁCIO (SLIDES) ;)
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