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UNIDADE I – DIREITO. LEI. PERSONALIDADE JURÍDICA.
1.1 - Direito - conceituação e diferenças das demais regras de conduta.
1.2 - Lei – conceito, características e vigência.
1.3 - Personalidade – aquisição e extinção. Pessoas Naturais – capacidade, emancipação e interdição. Pessoas Jurídicas – conceito, características e espécies.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
1 – DEFINIÇÃO:
A palavra “direito” deriva do latim popular directum, que significa direção, dirigir, endireitar, fazer andar em linha reta, etc. 
No latim clássico foi utilizada pelos jurisconsultos romanos para exprimir o lícito ou permitido pelas leis. 
O conceito de direito pode aparecer ligado à noção de justiça. 
O direito aparece-nos como verdadeiro objeto de justiça, através do qual procuramos dar a cada um o que lhe pertence.
Justiça é mais acessível que o direito, embora os dois conceitos sejam sinônimos na consciência humana.
 O objetivo do Direito é assegurar a coexistência pacífica da sociedade. 
O direito é o fundamento da ordem social.
Para Paulo Nader, “O Direito está em função da vida social. A sua finalidade é a de favorecer o amplo relacionamento entre as pessoas e os grupos sociais...”. 
Finalidade básica do Direito disciplinar a coexistência pacífica entre as pessoas físicas e/ou jurídicas.
	IUS - LATIM CLÁSSICO
aquilo que deve ser seguido;
 implica ordem, isto é, cumprimento coercitivo da norma;
 palavra técnica para exprimir o lícito;
usado no sentido objetivo da lei e subjetivo de poder;
usado pelos cultos. 
	DIRECTUM - LATIM POPULAR
o que pode ser feito;
o abrandamento do sentido rigoroso do IUS;
- predominou sobre IUS por influência do Cristianismo;
qualidade do que é conforme a regra.
2 CLASSIFICAÇÃO DO DIREITO:
2.1 DIREITO NATURAL E DIREITO POSITIVO: 
2.1.1 Direito Natural: revela os princípios fundamentais de proteção ao homem que deverão ser consagrados pela legislação, para se obter um ordenamento jurídico justo. 
	Esse direito não é escrito, não é criado pela sociedade e nem é formulado pelo Estado. 
	É espontâneo e se origina da natureza social do homem. É revelado pela experiência e pela razão. 
	São princípios de caráter universal, eterno e imutável. Ex: direito à vida, direito à liberdade.
2.1.2 Direito Positivo é o Direito estabelecido pelo poder público ou pelo estado. É a ordem jurídica obrigatória em determinado tempo e lugar. Ex: Código Civil, Código Penal, Código Tributário etc.
Diferenças entre o direito natural e o positivo:
O direito positivo é estabelecido pelo Estado; o natural é superior ao Estado.
O direito positivo é válido por determinado tempo (tem vigência temporal) e base territorial. O natural possui validade universal e imutável (é válido em todos os tempos).
O direito positivo tem como fundamento a estabilidade e a ordem da sociedade. 
O natural se liga a princípios fundamentais, de ordem abstrata; corresponde à ideia de Justiça.
3 CONCEITOS DE MORAL E RELIGIÃO:
3.1 Moral: é também um instrumento de controle social. Exige um agir derivado da obrigação. 
	O Direito é fortemente influenciado pela moral, porém é diferente porque para ele basta a legalidade.
	O direito se funda na lei, a moral no comportamento. 
	A moral tem origem nos costumes, é unilateral.
	É um ato relacionado à liberdade de comportamento do indivíduo. 
	Para a moral, quem reprova os atos do indivíduo é a sociedade, a família, os parentes, e não o estado.
Exterioridade do Direito e Interioridade da Moral: o Direito é externo por não atuar no campo da consciência. A moral influencia diretamente a consciência do indivíduo.
Autonomia e Heteronomia: Na moral o indivíduo tem a opção de querer ou não aceitar as regras. No Direito o indivíduo se submete a uma vontade maior, alheia à sua. 
Coercibilidade do Direito e Incoercibilidade da moral: No direito o indivíduo deve obedecer às normas por temer a imposição de uma
penalidade que será exercida pela força do estado.
Na moral não há instrumentos punitivos para quem que não observa suas regras.
TEORIAS:
Teoria dos círculos concêntricos: por esta teoria haveria dois círculos: um inserido dentro do outro. O maior pertenceria à moral, enquanto que o menor pertenceria ao Direito. 
	Assim, a moral seria maior que o Direito, e este faria parte daquela. 
b) Teoria dos círculos secantes: por essa teoria haveria dois círculos que se cruzam até um
 determinado ponto.
	Aqui o Direito e a moral possuiriam um ponto comum, mas deverá haver uma área delimitada para cada atuação, pois há assuntos que um não poderá interferir na esfera do outro.
c) Teoria do mínimo ético: essa teoria diz que o Direito deve conter o menor número possível de regras morais, somente aquelas que forem indispensáveis ao equilíbrio das relações.
d) Teoria de Kelsen: Hans Kelsen diz que o Direito é autônomo e a validade de suas normas nada têm a ver com as regras morais. Há assim dois grandes círculos totalmente independentes um do outro. 
3.2 Religião: do latim religare. O Direito era considerado não obra derivada do convívio social, mas expressão da vontade divina. 
	Nos oráculos, os sacerdotes recebiam dos deuses as leis e os códigos. Ex: Código de Hamurabi, datado de 2000 a.C. 
	Os sacerdotes possuíam o domínio sobre o conhecimento jurídico. 
	“Juízos de Deus”: se fundavam na crença de que Deus acompanhava os julgamentos e interferia na justiça. Ex: Santa Inquisição.
	Revolução Francesa: Foi somente no século XVIII que ocorreu a efetiva separação entre o Direito e a Religião, na França, durante a Revolução Francesa. 
4 DIREITO OBJETIVO E DIREITO SUBJETIVO:
4.1 DIREITO OBJETIVO: não se confunde com o subjetivo, porém, não são realidades distintas, mas dois lados do mesmo objeto. 
	O Direito Objetivo é a norma de organização social, considerada como regra ou conjunto de regras obrigatórias, vigentes em determinado tempo e lugar. 
	É a norma agendi. Ex: Código Civil, Código Penal. 
4.2 DIREITO SUBJETIVO: é o inerente ao sujeito. Corresponde às possibilidades ou poderes de agir que a ordem jurídica garante a alguém. É a faculdade que uma pessoa tem de fazer ou deixar de fazer algo. 
	É a facultas agendi.
	Ex: O sujeito tem direito a ajuizar uma ação de divórcio, de indenização por danos materiais e morais, de investigação de paternidade, de cobrança etc. 
5 CLASSIFICAÇÃO DO DIREITO:
5.1 DIREITO INTERNO: pode ser público e privado.
5.1.1 DIREITO INTERNO PÚBLICO: há predominância do interesse do estado; disciplina os interesses gerais. 
	Existe uma relação de subordinação do estado em face dos cidadãos. Exemplo: Direito Penal, Processual Penal, Constitucional.
5.1.2 DIREITO INTERNO PRIVADO: há predominância do interesse particular (pessoa). 
	É uma relação de coordenação entre as pessoas. Exemplo: Direito Civil, a compra e venda, direito das obrigações, direito comercial.
5.2 DIREITO INTERNACIONAL: pode ser público e privado.
5.2.1 DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO:
	Disciplina as relações ou situações jurídicas em que são partes estados soberanos. 
5.2.2 DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO:
	Disciplina as relações jurídicas entre particulares residentes em países diferentes.
5.3 DIREITO MISTO: 
É formado por normas de direito público e privado ao mesmo tempo. É um conceito defendido por Roubier, porém não tem muitos adeptos.
Teoria do direito misto: seus defensores alegam que há ramos do direito que não podem ser taxados exclusivamente de direito público ou de direito privado. 
Exemplo: direito de família que, embora tratado pelo Código Civil, possui aspectos de direito público, aos quais o titular do direito não pode se furtar, dispor, nem transacionar. 
Outro exemplo é o direito do Trabalho.
6 RAMOS DO DIREITO PÚBLICO:
	Direito Constitucional: conjunto de leis máximas que regem o país. Estabelece os direitos fundamentais da pessoa humana.
	Direito Administrativo: regula os atos, funções e estrutura do estado.
	Direito Penal: disciplina as regras de conduta tidas como crime ou infração.Direito Processual (Civil, Penal e Trabalhista): disciplina os procedimentos, as formas processuais para se exercitar o direito.
	Direito Tributário: regula as formas de instituição, arrecadação e cobrança de impostos, taxas, contribuições etc.
7 RAMOS DO DIREITO PRIVADO:
	Direito Civil: regula os interesses entre particulares, em relação aos bens e às pessoas;
	Direito Comercial: disciplina as regras inerentes às formas de empresa ;
	Direito do Trabalho: regula as relações de trabalho entre empregado e empregador;
	Direito do consumidor: rege as relações comerciais entre consumidor e fornecedor de bens e serviços;
	Direito Aeronáutico: rege as normas referentes à aviação civil;
	Etc.
8 FONTES DO DIREITO:
	Há casos no Direito em que a Lei pode ser omissa. Ou pode não haver legislação que regule um caso concreto. Quando isso ocorre, deverá o juiz decidir o caso por analogia, costumes e pelos princípios gerais do direito.
	O juiz não pode deixar de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade na lei. 
	Julgamento da lide aplicação das normas legais. 
	Na falta delas fontes do Direito. 
8.1 Fontes criadoras: referem-se à criação do Direito. É a forma pela qual as normas jurídicas surgem no mundo do Direito. 
 Ex: No início da evolução social, a principal fonte do Direito eram os costumes. Depois, a lei passa a ser considerada a fonte principal. 
	Lei de Introdução ao Código Civil (decreto-lei nº 4.657, de 04/09/42) artigo 4º: são fontes do direito: a lei, a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. 
8.2 Fontes Diretas: possuem força suficiente para gerar a regra jurídica; são também denominadas fontes imediatas, primárias ou
formais. Ex: a lei e o costume.
9 CLASSIFICAÇÃO: 
9.1 Fontes Diretas, Imediatas ou Principais: A Lei e os Costumes.
9.1.1 A Lei é a principal fonte, as demais são subsidiárias. 
A palavra LEI significa um preceito normativo emanado de órgãos que recebem da constituição o poder de legislar.
No Brasil as leis são elaboradas pelo Poder Legislativo (deputados e senadores) e pelo Executivo. 
LEI EM SENTIDO FORMAL - é toda regra jurídica emanada do poder legislativo, tendo ou não matéria própria de lei. 
LEI EM SENTIDO MATERIAL - é regra de coação, abstrata e geral, imposta para a obediência de todos. 
	A Lei é abstrata porque não considera casos particulares e nem situações pessoais específicas. 
	A coatividade obriga o indivíduo a agir conforme a regra. É geral e elaborada tendo em vista um número infinito de destinatários. 
9.1.2 COSTUMES são práticas sociais reiteradas ao longo do tempo e consideradas obrigatórias em determinado lugar e época. 
Caracteriza-se pela obediência de um povo a determinado uso. A prática constante desse uso transforma-se em costume, que não pode ofender a moral nem os bons hábitos.
Na ausência de um dispositivo legal ou em uma lacuna da lei, o costume obriga, mesmo que não seja uma lei expressa. 
Costumes podem ser:
Contra Legem: opõem-se à lei e por isso não têm admissibilidade em nosso direito.
Secundum Legem: está de acordo com a lei
e lhe serve de interpretação.
É o costume esclarecendo a lei. 
3. Praeter Legem: é utilizado quando a lei for omissa. 
9.2 - Fontes Indiretas, Mediatas ou Subsidiárias: A Doutrina e a Jurisprudência.
9.2.1 Doutrina: é o mesmo que ensinar, instruir, mostrar. 
	Do latim doctrina docere. É a exposição e o esclarecimento do direito, feito por juristas, tratadistas etc., através de reflexões e investigações, a quem cabe o estudo
aprofundado da ciência. 
	É um guia para o julgador e uma orientação para o legislador.
9.2.2 Jurisprudência: É a aplicação do direito com sabedoria.
	Do latim jus = direito e prudentia = sabedoria. 
	
	É o conjunto de regras ou decisões proferidas pelos tribunais em um mesmo sentido. 
	É o entendimento que os juízes têm da lei. 
	É a decisão proferida de forma reiterada.
	Não vincula o juiz, mas oferece fundamentos para suas decisões.
EFICÁCIA DA LEI NO TEMPO E NO ESPAÇO:
Lei: É ato do poder legislativo;
	Estabelece normas de acordo com os interesses sociais;
	É uma regra geral, abstrata e permanente, dotada de sanção, expressa pela vontade de uma autoridade competente, revestida de 
 cunho obrigatório e de forma escrita.
Características da Lei:
1ª GERAL: deve ser aplicada a um número indeterminado de pessoas. 
	É dirigida a todos os casos que se colocam em sua tipicidade. 
	Aplicação geral da norma princípio da
 
isonomia (todos são iguais perante a lei).
2ª ABSTRATA: Regula situações jurídicas abstratas, condutas sociais passíveis de acontecer futuramente.
3ª PERMANENTE: é aplicável indefinidamente, até ser revogada, ou seja, deixar de ser obrigatória.
 4ª EMANA DE UM PODER COMPETENTE: em regra cabe ao Legislativo. 
5ª SANÇÃO: é o elemento que obriga o indivíduo a fazer o que a lei determina ou a não fazer o que a lei proíbe. 
6ª FORÇA OBRIGATÓRIA: decorrente dos princípios de justiça e do poder do legislador. 
7ª ESCRITA: faz parte da tradição romano-germânica. 
8º BILATERALIDADE: vinculação de duas ou mais pessoas, atribuindo poder a uma parte e impondo dever à outra. 
	É o direito subjetivo de agir (ativo) versus dever jurídico (passivo).
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