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Ágio
De acordo com o Comitê de Pronunciamento Contábil 15 o ágio (pago por expectativa de rentabilidade futura) reconhecido em uma combinação de negócios é a diferença entre o valor pago ou compromissos por pagar e o montante líquido valor justo dos ativos e passivos da entidade e/ou negócios adquiridos.
Em outras palavras ocorre quando o investidor, ao adquirir uma participação, o valor pago por essa participação ser diferente do valor patrimonial dessa participação.
Goodwill
O conceito de goodwill ainda é motivo de discussão pela sua subjetividade e dificuldade de mensuração. Segundo Hendriksen (1999) goodwill é um ativo intangível, assim como contas a receber, despesas antecipadas, aplicações financeiras e outras, no entanto estas contas são facilmente identificadas, ao contrário do goodwill (aqui o autor utiliza o conceito de intangibilidade e não a nomenclatura contábil-legal das contas classificadas em "Ativo Intangível" do Balanço Patrimonial-ver art. 179, Lei 6.404/76). Segundo Pinho (1997), o goodwill é definido como sendo “fundo de comércio; bens intangíveis, tais como o bom relacionamento com os clientes, moral elevado dos empregados, bom conceito nos meios empresariais, boa localização”. Entretanto, o conceito de goodwill vai além do bom relacionamento comercial.
O goodwill pode ser definido como um lucro anormal, além do esperado, sendo que a dificuldade reside na mensuração do valor atual dos benefícios futuros esperados. Corroborando Martins (1973), este conceito aproxima-se do conceito econômico de ativo, no entanto o lucro contábil toma por base o custo como base de valor, que pela legislação atual não é corrigido pela variação do poder aquisitivo da moeda. No entanto é uma forma de calcular o Valor de uma empresa, com seus ativos intangiveis. Há dois tipos de Goodwill: o Objetivo que é a diferença positiva entre o valor de mercado líquido dos ativos e passivos e o custo de aquisição da parte líquida dos ativos e passivos pelo investidor e o Subjetivo que é a diferença entre o valor presente dos fluxos futuros de caixa menos o valor de mercado dos ativos e passivos. Dessa forma o Goodwill não é o mesmo que capital intelectual e muito menos a expressão 
Compra Vantajosa
Compra vantajosa é, para fins deste Pronunciamento, uma aquisição de oportunidade onde o valor global de aquisição suplanta a soma algébrica dos valores justos dos ativos líquidos adquiridos, por ser uma transação em condições de venda forçada ou outra razão, mesmo que a transação se dê entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com ausência de fatores que pressionem a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória.
Controle
É o poder de governar as políticas financeiras e operacionais da entidade de forma a obter benefícios de suas atividades.			
Influência
é o poder de participar nas 
É o poder de participar nas decisões financeiras e operacionais da investida, sem controlar de forma individual ou conjunta essas políticas.
Consolidação
1. Da mesma forma como os negócios de uma unidade econômica (uma sociedade de capitais, uma sociedade de pessoas, uma firma individual, uma sociedade de economia mista, ou um segmento-filial, divisão, ou departamento de um desses organismos) não se confundem com os dos proprietários, ou dos administradores dessas unidades econômicas, não se confundem as demonstrações contábeis consolidadas de um grupo de empresas sob controle acionário comum, com as demonstrações contábeis de cada uma dessas empresas. A consolidação enseja o aparecimento de uma entidade distinta das entidades consolidadas e não se confunde com a matriz ou qualquer uma das subsidiárias aglomeradas na consolidação.
 
2. Demonstrações contábeis consolidadas são aquelas produzidas pela agregação das demonstrações contábeis de uma ou mais controladas, linha por linha (isto é, somando os ativos, passivos, receitas e despesas semelhantes) com as demonstrações contábeis da controladora, depois de eliminados os saldos e transações entre as companhias, e feita uma provisão para os interesses de minoritários nas controladas.
 
3. Demonstrações contábeis consolidadas são o reconhecimento de que as entidades legais, separadamente, são componentes de uma unidade econômica distinta da controladora e das controladas. Assim, as demonstrações contábeis consolidadas devem refletir as operações da controladora e de suas controladas-consolidadas, no país ou no exterior, a partir da data de aquisição destas.
Fusão
A fusão constitui negócio plurilateral que tem por finalidade jurídica a integração de patrimônios societários em uma nova sociedade. Uma das consequências principais desta operação jurídica é a extinção de todas as sociedades fundidas para que surja uma nova sociedade (art. 1.119, CC e art. 228, LSA). Os sócios buscam, através da fusão, somarem seus recursos patrimoniais e empresariais, afetando, assim, a personalidade jurídica de todas as empresas envolvidas. A mudança na personalidade jurídica da sociedade é justamente o que diferencia a fusão das outras operações societárias.
O principal efeito da fusão é a independência completa da nova sociedade em relação às sociedades extintas, nenhum órgão das últimas é herdado. Os patrimônios líquidos das sociedades fusionadas irão constituir o capital social da nova sociedade que irá surgir. O negócio de fusão acarreta a sucessão, a título universal, de todos os direitos, obrigações e responsabilidades anteriormente assumidas pelas sociedades fusionadas, a cargo da nova sociedade. A transferência dos patrimônios das sociedades fusionadas dá-se a título de pagamento das quotas ou ações subscritas pelos sócios daquelas. A fusão, assim trata-se de um ato constitutivo e desconstitutivo ao mesmo tempo, porque agrega os patrimônios das sociedades, entretanto leva ao desaparecimento das sociedades fusionadas, porque é causa direta de extinção das sociedades envolvidas.
Exemplo de Fusão
· Compra da SABMiller pela Anheuser-Busch InBev (2015)
As maiores cervejarias do mundo se uniram após a Anheuser-Busch InBerv, a maior empresa do ramo, e com Jorge Paulo Lemann como um dos acionistas, adquirir a britânica SABMiller, a segunda do setor, por US$ 130 bilhões em ações e dívidas. A operação resultou em uma empresa com o valor de mercado de US$ 270 bilhões
· Fusão da Dow Chemical com a DuPont (2015)
As norte-americanas Dow Chemical e DuPont resolveram se juntar, em dezembro de 2015, para formar um gigante do setor químico avaliado em US$ 130 bilhões. Sob o nome DowDuPont, o grupo criou três empresas independentes: uma com foco em agricultura, outra em especialidades químicas e a terceira em ciências dos materiais. A fusão foi concretizada em setembro de 2017.
Cisão
A cisão é a operação societária por meio da qual uma sociedade transfere parcelas do seu patrimônio para uma ou mais sociedades, tanto constituídas especialmente para tal fim como já anteriormente existentes, extinguindo-se a sociedade cindida, se houver versão de todo seu patrimônio, ou dividindo-se seu capital, se for parcial a versão. Embora a cisão seja mencionada no Capítulo X do Título II do Livro “Direito de Empresa” da parte especial do Código Civil, o legislador não a atribuiu tratamento específico. Somente no art. 1.122 há menção ao instituto da cisão, resguardando os direitos dos credores em caso de realização desta operação. A cisão é definida na LSA em seu art. 229, que embora, se refira diretamente às companhias de capital aberto, serve perfeitamente para dar as diretrizes básicas deste instituto para qualquer tipo societário que almejar utilizá-lo. 
A causa principal da cisão é a repartição da participação dos sócios em sociedades novas ou já existentes, com o objetivo de racionalizarem essa participação no capital da sociedade cindida, visando à harmonização de interesses individuais por vezes conflitantes, que poderiam levar a dissolução da sociedade. Um dos objetivos principais é a obtenção de economias de escala, através da junção ou disjunção de divisõesde empresas diversas. A natureza do negócio de cisão é parecida com o que ocorre nos negócios de fusão e incorporação, onde a transferência de patrimônio acontece a titulo de pagamento das ações ou quotas subscritas pelos sócios ou acionistas.
Na cisão total, a personalidade jurídica da sociedade sofre afetação, porque esta se extingue. Já na cisão parcial a personalidade jurídica permanece inalterada, sendo que apenas o seu patrimônio é afetado. Na cisão parcial, todos os direitos, obrigações e responsabilidades referentes ao patrimônio transferido são assumidos pelas sociedades beneficiárias. Um dos efeitos da cisão é a criação de novos vínculos societários, que são totalmente autônomos em relação aos antigos.
Exemplo de Cisão
· Sony conclui cisão com a Ericsson: nasce a Sony Mobile Communications
A Sony anunciou nesta quinta-feira (16) que a sua parceria com a Ericsson na divisão de produtos mobile está oficialmente encerrada. A parceria, uma das mais longas da história da tecnologia, foi oficialmente encerrada na quarta-feira, e a partir de agora os produtos relativos à área de mobilidade da fabricante japonesa receberão o nome de "Sony Mobile Communications"
Transformação
A transformação é o ato por meio do qual a sociedade passa de um tipo para outro, independentemente de dissolução e liquidação, como preceitua o art. 1.113 do Código Civil e o art. 220 da LSA. Essa operação transforma as características societárias, mas não extingue sua individualidade, porque permanece íntegros a pessoa jurídica, o quadro dos sócios, o patrimônio, e inclusive, os créditos e débitos da sociedade, só que submetida ao novo regime adotado. Podem transforma-se todas as sociedades de natureza civil, com ou sem fins lucrativos, desde que o contrato assim o preveja ou pelo menos, não o impeça.
O ato obedecerá aos preceitos reguladores da constituição e inscrição características do tipo em que vai transformar-se e em regra, para transformar uma sociedade é necessário o consentimento unânime de todos os sócios. Essa unanimidade requisitada para a alteração das bases essenciais do contrato advém dos direitos individuais dos sócios, intangíveis e imutáveis, e que, por isso, não podem ser derrogados por decisão majoritária, a não ser que os sócios tenham manifestado previamente sua concordância, fazendo prover a hipótese de transformação do tipo societário no ato constitutivo da sociedade (art. 1.114, CC).[4] Isso significa que os sócios anteciparam a possibilidade de uma transformação societária, e a ela deram sua prévia anuência. Assim, o sócio dissidente da transformação, tem o direito de retirar-se da sociedade [5], aplicando-se no silencio do contrato social, o disposto no art. 1.031, que exige a liquidação de sua quota, de acordo com a situação patrimonial da sociedade, verificada em balanço especialmente levantado. 
Exemplo de Transformação
são exemplos de transformações societárias, a conversão de uma Sociedade Limitada em uma Sociedade Anônima, ou de uma Sociedade Limitada num Empresário Individual ou num Eireli, bem como o contrário, entre tantas outras possíveis.
Desta forma se, por exemplo, numa Sociedade Limitada um mais sócios decidirem retirar-se da sociedade deixando um único sócio no negócio, transformando assim a Sociedade num Empresário Individual ou numa Eireli, poderão os credores requerer que os efeitos da falência da sociedade recaiam sobre os sócios que se retiraram, disposição análoga ao disposto no art. 1.032 do Código Civil.
Investimento Permanente
Os Investimentos Permanentes são as aplicações de recursos financeiros em participações societárias permanentes e em direitos e bens não destinados à manutenção das atividades da empresa, não classificados no Ativo Circulante e no Realizável a Longo Prazo. Tem como principais tipos as participações permanentes em outras empresas, os incentivos fiscais, os imóveis não destinados a uso pela empresa e as obras de arte. Estão classificados no Ativo Permanente, subgrupo Investimentos. Apresentando como métodos de avaliação o Custo de aquisição e a Equivalência patrimonial. São contabilizados como: Custo de aquisição do investimento; Rendimentos auferidos; Provisão para perdas; Incentivos fiscais e Baixa do investimento.
Exemplo de Investimento Permanente
Bens para renda, Bens sem uso definido e Participações Societárias
Investimento Temporário
Os Investimentos Temporários são as aplicações de recursos financeiros em títulos e valores mobiliários resgatáveis em determinados períodos de tempo, com o objetivo de compensar perdas inflacionárias com as disponibilidades. Dentre os principais tipos estão: Fundos de Aplicação Imediata; Títulos do Banco Central; Depósitos a Prazo Fixo; Certificados de Depósito Bancário; Ações Adquiridas ou Cotadas na Bolsa de Valores e etc. Estão classificados no Ativo Circulante, subgrupos Disponível e Realizável a Curto Prazo ou Créditos; bem como, no Ativo Realizável a Longo Prazo, no subgrupo Créditos. Apresentam como critérios de avaliação o Custo de aquisição e o Valor de mercado. São contabilizados como: Custo de aquisição; Receita auferida; Imposto de Renda Retido na Fonte e Resgate da aplicação.
Exemplo de Investimento Temporário
Ações, CDB e Fundo de Investimentos
EMPRESAS COLIGADAS
Uma sociedade é coligada a outra quando uma delas tem uma influência significativa sobre a outra empresa. A lei não estabelece um percentual mínimo, mas ela presume que toda participação acima de 20% é significativa o suficiente para ser considerada automaticamente uma coligada. Mas mesmo percentuais menores de participação podem levar uma empresa a ser considerada coligada a outra: basta que uma empresa detenha ou exerça o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la.
Exemplo de Empresa Coligada
A Cia XYZ sofreu no exercício de 2012 um prejuízo de R$120.000,00 e sabendo que a investidora Delta, sua coligada, possui uma participação de 25%, registre o Resultado da Equivalência Patrimonial (na coligada).
Rio, 31.12.2012
D Despesa da Equivalência Patrimonial 
C Participação Societária em Coligada R$ 30.000,00
Empresas Controladas (direta e indiretamente)
É a entidade na qual a controladora, diretamente ou por meio de outras controladas, é titular de direitos de sócios que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maiorias dos administradores.
Uma sociedade é controlada por outra quando esta, diretamente ou através de outras controladas, tem os direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores. Em outras palavras, a lei não diz que a empresa precisa ser dona de mais de 50% das ações com direito a voto para ser controladora da outra empresa: basta que ela seja a empresa que detenha o poder de eleger a maioria dos diretores da empresa e tomar as principais decisões na vida da empresa.
Exemplo de Empresa Controlada
A Cia ABC obteve no exercício de 2012 um lucro de R$150.000,00 e sabendo que sua controladora possui uma participação de 75%, registre o Resultado da Equivalência Patrimonial (na controladora).
Rio, 31.12.2012
D Participação Societária em Controlada
D Receita da Equivalência Patrimonial R$ 112.500,00

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