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DPOC Doença pulmonar obstrutiva crônica Assistência da Enfermagem ao paciente com A ca dê mi ca s Danielle Teixeira Alves Maísa Mota da Rosa Maria Eduarda Marques Ribeiro Muriel Farias dos Santos Nosso Grupo: Docente: Profa. Enfa. Camila Barreto em Saúde Coletiva´ DPOC é uma doença com repercussões sistêmicas, prevenível e tratável Caracterizada por limitação do fluxo aéreo pulmonar, parcialmente reversível e geralmente progressiva Essa limitação é causada por uma associação entre doença de pequenos brônquios (bronquite crônica obstrutiva) e destruição de parênquima (enfisema). A bronquite crônica é definida clinicamente pela presença de tosse e expectoração na maioria dos dias por no mínimo três meses/ano durante dois anos consecutivos. O enfisema pulmonar é definido anatomicamente como aumento dos espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal, com destruição das paredes alveolares. Definição da DPOC:~~ Dispneia Tosse crônica Expectoração regular “Bronquites” frequentes no inverno Sibilância Sintomas da DPOC TÓRAX EM BARRIL Tórax aumentado na região posterior-anterior, típico de super inspiração vista em DPOC em casos graves. ~ ~ ´ ~ ´ Fatores de risco Tabagismo: responsável por 80 a 90% das causas determináveis da DPOC. Poluição domiciliar (fumaça de lenha, querosene). Exposição ocupacional a poeiras e produtos químicos ocupacionais. Infecções respiratórias recorrentes na infância. Suscetibilidade individual. Desnutrição na infância. Deficiências genéticas (responsáveis por menos de 1% dos casos), como de alfa1 antitripsina Causa Principal Fatores de proteção~~ Interrupção do tabagismo Evitar se expor a gazes poluentes Praticar atividade física Direcionamento ao serviço especializado Orientações ao usuário de saúde Atenção domiciliar Diagnostico ´ O diagnóstico da DPOC é clínico e deveria ser considerado para todas as pessoas expostas ao tabagismo ou poluição ocupacional que apresentam dispneia, tosse crônica e expectoração. Os critérios clínicos são suficientes para estabelecer o diagnóstico da DPOC, porém, se possível, recomenda-se a confirmação espirométrica. Diagnostico ´ Pacientes acima de 40 anos e que são tabagistas ou ex-tabagistas deveriam realizar espirometria após o teste de rastreamento na anamnese. Para tanto, utilizam-se as cinco perguntas abaixo. Caso três delas sejam positivas, considera-se rastreamento positivo. Você tem tosse pela manhã? Você tem catarro pela manhã? Você se cansa mais do que uma pessoa da sua idade? Você tem chiado no peito à noite ou ao praticar exercício? Você tem mais de 40 anos? Para o cálculo do tabagismo, é importante saber o período de tabagismo e a média de cigarros fumados ao dia, seguindo a fórmula: Total de anos x maço = (nº médio de cigarros fumados ao dia ÷ 20) x nº de anos de tabagismo Diagnostico ´ Espirometria: Raio X de tórax: Bacteriosciopia e cultura de escarro: Para fins práticos, normalmente os pacientes apresentam relação VEF1 /CVF (volume expiratório forçado no primeiro segundo/capacidade vital forçada) abaixo de 0,70, o que caracteriza obstrução. A diminuição do VEF1 reflete a intensidade da obstrução. Contribui pouco para o diagnóstico. Pode ser importante para o diagnóstico diferencial de outras pneumopatias como as infecciosas e bronquiectasia. Indicada para casos em que haja falha no tratamento das exacerbações ou em pacientes hospitalizados. Pode ser útil para o diagnóstico diferencial de tuberculose ou outras infecções. Abordagens terapêuticas: Broncodilatadores (BD) são os principais medicamentos para o controle sintomático da DPOC E podem ser prescritos para uso regular. Entre os BD, os mais importantes são os ß2 -agonistas, anticolinérgicos e metilxantinas. O tratamento regular com corticoides inalatórios está indicado para pessoas com DPOC grave e muito grave. O uso regular e contínuo de corticoide sistêmico deve ser evitado devido a uma relação risco-benefício desfavorável. A vacina anti-influenza reduz a morbimortalidade em pessoas com DPOC. A antipneumocócica é recomendada somente para aquelas acima de 65 anos ou abaixo dessa idade. ^ Dados epidemiológicos: A doença pulmonar obstrutiva crônica é considerada a quarta principal causa de morte no mundo. No Brasil, é a terceira causa de morte entre as doenças crônicas não transmissíveis. Com um aumento de 12% no número de mortes entre 2005 e 2010, o que representa quase 40 mil óbitos por ano. As internações por esta doença representaram um número na ordem de 170 mil admissões no último ano (DATASUS, 2008). O número total de mortes por doenças crônicas não transmissíveis está aumentando devido ao crescimento populacional e ao envelhecimento. ´ Ações preventivas no campo da saúde coletiva:´~~ Para impactar sobre os múltiplos fatores que interferem no processo saúde-doença, é importante que a atenção às pessoas com doenças respiratórias crônicas esteja pautada em uma equipe multiprofissional e interdisciplinar. ´ ´ ~ ~ ~ ´ ~ ` ´ ^ Ações preventivas no campo da saúde coletiva:´~~ Orientar sobre ações para reduzir a exposição aos fatores desencadeantes. Considerando a condição socioeconômica, hábitos de vida, valores culturais, éticos e religiosos. Promover atividades de educação permanente em saúde para pacientes e familiares. Realizar atividades de educação permanente junto aos demais profissionais da equipe. Orientar e incentivar sobre a vacinação para reduzir a morbimortalidade Detecção dos fatores de risco e da doença em fase inicial Ações da saúde coletiva ao paciente com DPOC:´~~ Cessar tabagismo: todos os pacientes com DPOC devem ser encorajados a cessar o tabagismo. Atividade física: estimular a prática de atividade física regular, dentro da sua capacidade e preferencialmente prazerosa. Vacinação: todos os pacientes devem receber a vacina da Gripe (influenza) anualmente. A vacina pneumocócica (pneumocócica 23) é indicada para todos os pacientes com DPOC. Estado nutricional: a orientação nutricional deve abranger tanto as orientações preventivas da obesidade, quanto as orientações em relação ao aporte adequado para prevenção de uma perda de peso exagerada. Questões psicossociais e emocionais: avaliar questões psicossociais e emocionais associadas à doença, bem como isolamento social, sofrimento e limitação funcional. Na abordagem integral devemos considerar os seguintes pontos: ´ O papel da equipe multiprofissional no cuidado longitudinal ao paciente crônico^ O enfermeiro possui um importante papel na confirmação do diagnóstico da DPOC, pois a partir da anamnese e exames associados a ele, determina e monitora a gravidade da doença e sua progressão. Como medida preventiva, a suspensão do tabagismo é a única intervenção comprovada que retarda o declínio acelerado na função pulmonar e a progressão da DPOC. O enfermeiro a partir do diagnóstico pode implementar atividades educativas, como: estimular o autocuidado, promover a cessação do tabagismo, melhorar os padrões respiratórios e a tolerância à atividade, dentre outros. O papel da equipe multiprofissional no cuidado longitudinal ao paciente crônico^ O processo de educação multiprofissional possibilita a valorização do vínculo com o paciente e sua entrega no cuidado, fazendo com que ele tenha um papel ativo na tomada de decisão com relação aos problemas de saúde. Assim, as ações de comunicação e orientação devem ser fortalecidas pelo conhecimento seguro de todos da equipe para minimizar os conflitos entre a comunidade e o serviço de saúde. Práticas de cuidados e opções terapêuticos, assim como o acompanhamento.^~´ A Oxigenoterapia Domiciliar Prolongada (ODP) é considerada uma intervenção efetiva, principalmentepara os pacientes com DPOC grave, proporcionando: Reversão da policitemia secundária à hipoxemia; Melhora da hipertensão arterial pulmonar, da função cardiovascular, neuromuscular e neuropsíquica, do padrão sono e da capacidade de realizar as AVD (Atividades da Vida Diária); Redução das arritmias cardíacas e da dispneia; aumento da tolerância ao exercício e do peso corporal; e prevenção da descompensação da insuficiência cardíaca congestiva. ~ Exacerbação Leves (com dias ruins) Moderada (Exacerbações) Grave (Insuficiência Respiratória) HospitalizaçãoAmbulatorial ~ ~ ~~ ~~ ´ Práticas de cuidados e opções terapêuticos, assim como o acompanhamento.~~ ^´ Considerações Finais ~~ A promoção da saúde é uma estratégia de articulação transversal das ações favoráveis ao fortalecimento da saúde humana, direcionada a reduzir a vulnerabilidade, os riscos e agravos à saúde, defendendo a equidade, a participação e o controle social nas políticas públicas intersetoriais, por meio da capacitação da comunidade em defesa da melhoria da qualidade de vida. A promoção da saúde consiste em proporcionar aos povos os meios necessários para melhorar sua saúde e exercer um maior controle sobre a mesma”. (Ottawa, 1996) Concluímos, a importância dos enfermeiros e demais profissionais devem promover ações para a prevenção, promoção à saúde e garantir o acesso a todos os cuidados necessários. Assim como acompanhar o paciente em todas as etapas do seu tratamento, inclusive disponibilizar todos os recursos necessários para o sucesso, estabilidade e melhora do quadro. Para isso, faz-se necessário que se atualize constantemente e exerça a educação continuada com seus colaboradores. Nossas Referências^ • Hospital Sírio-Libanês. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Disponível em: <https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/nucleo-doencas-pulmonares-toracicas/Paginas/doenca-pulmonar-obstrutiva-cronica- dpoc.aspx>. Acesso em: 03 abril 2021. • Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas. Doença pulmonar obstrutiva crônica. Disponível em: <https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/pcdt-doenca-pulmonar-obs-cronica-livro-2013.pdf>. Acesso em: 03 abril 2021. • BIANCHI DAS NEVES, Bruna Maria et al. CUIDADOS PALIATIVOS NA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA E NA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC. REVISTA UNINGÁ, v 55, n 4, p. 200-208, dezembro de 2018. ISSN 2318-0579. Disponível em: http://revista.uninga.br/index.php/uninga/article/view/2058. Acesso em: 02 abril de 2021. • Alcântara EC, Corrêa KS, Jardim JR, Rabahi MF. Educação multiprofissional com foco na DPOC na atenção primária à saúde. J Bras Pneumol, v 45, n 6, 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/jbpneu/v45n6/pt_1806-3713-jbpneu-45-06-e20180230.pdf Acesso em: 02 abril de 2021. • MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Básica. Cadernos de Atenção Básica, n. 25. DOENÇAS RESPIRATÓRIAS CRÔNICAS. Brasília, 2010. Acesso em: 02 abril de 2021 • Guia elaborado pela Equipe Multiprofissional dos Ambulatórios de Doença Pulmonar Avançada/ Oxigenoterapia Domiciliar do Serviço de Doenças do Aparelho Respiratório do Hospital do Servidor Estadual de São Paulo (HSPE-SP) e da Disciplina de Pneumologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp/ EPM/ HSP). Acesso em: 03 abril de 2021. http://revista.uninga.br/index.php/uninga/article/view/2058 https://www.scielo.br/pdf/jbpneu/v45n6/pt_1806-3713-jbpneu-45-06-e20180230.pdf
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