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1. O Sistema Eleitoral Brasileiro
O sistema eleitoral brasileiro baseia-se no princípio do voto direto, secreto e obrigatório, sendo assim o eleitor vota no candidato de forma direta e sigilosa, visando evitar pressões ou coerção frente ao seu direito de escolha como já ocorrera no passado com o fenômeno do clientelismo e as “Eleições do Cacete” de 1840 em que a violência foi empregada como forma de coerção.
Com isso, o Brasil ao optar pelo modelo de república federativa presidencialista, sendo composta pela União, os estados, municípios e o Distrito Federal, apresenta a formação de diversas esferas de governo sendo respectivamente federal, estadual e municipal com diversos cargos eleitos principalmente no legislativos e executivos, sendo o judiciário destoante, formando-se principalmente através de concurso ou indicação. Em decorrência do estabelecimento destas diversas esferas, constrói-se a necessidade de uma sistemática de divisão interna dos cargos, apresentada na concepção de distrito eleitoral feira por Jairo Nicolau que consiste em “a unidade territorial onde os votos são contabilizados para efeito de distribuição das cadeiras em disputa”. Sendo assim, o Brasil durante as eleições presidenciais transforma-se em um único distrito eleitoral, ao passo que nas eleições para governadores, senadores deputados federais e estaduais, cada estado apresenta-se como um distrito, ao caso que durante as eleições para prefeitos e vereadores o distrito eleitoral passa a ser o município. 
Somado a isso, no pleito para deputado federal, deputado estadual (no caso do distrito federal tem-se o deputado distrital) e vereador vale o voto proporcional que não leva-se em consideração apenas a votação obtida por um candidato, mas o conjunto de votos de seu partido ou coligação partidária, sendo este valor calculado pelo quociente eleitoral que segundo o art. 106 do código eleitoral consiste na divisão dos votos validos apurados pelo de lugares a serem preenchidos.
No caso da eleição para presidente, governador, senador e prefeito utiliza-se o princípio do voto majoritário, discorrendo através de critério populacional nas variantes simples e absoluto em relação a escolha do executivo municipal, valendo nos demais com exceção da eleição para senador (voto majoritário simples) o critério do voto majoritário absoluto como apresentado nos arts. 28, 29 inciso II e 77 da Constituição Federal de 1988. Sendo assim, em cidades com menos de 200 mil eleitores faz-se valer o voto majoritário simples que consiste em que aquele que alcançar o maior percentual será eleito em oposição a cidades maiores de 200 mil eleitores em que caso não seja atingido o percentual de metade mais um dos votos para determinado candidato deverá ocorrer um segundo turno pelo qual será eleito aquele que alcançar a maioria simples dos votos válidos.
2. Justiça Eleitoral
Criada pelo Código Eleitoral de 1932, a Justiça Eleitoral brasileira é composta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 27 tribunais regionais eleitorais, as juntas eleitorais e os juízes eleitorais, sendo um ramo do Poder Judiciário com atuação em três esferas: jurisdicional, administrativa e regulamentar. Cabendo respectivamente a competência para julgar questões eleitorais, a organização e realização de eleições, referendo e plebiscitos e elaborar normas referentes ao processo eleitoral.
2.1. Tribunal Superior Eleitoral
Sediado em Brasília o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é responsável pelo registro dos candidatos à presidência e a vice-presidência da república, além da apuração dos votos (centralizada no TSE no ano de 2020, em decorrência de recomendação por parte da polícia federal após perícia no ano de 2018) e da diplomação dos candidatos eleitos em âmbito federal, sendo também responsável em sua alcunha a fixação das datas para as eleições de âmbito federal (Presidente, senadores e deputados federais) e a elaboração da proposta orçamentaria da Justiça Eleitoral. Além disso, possui a responsabilidade de ordenar o registro de partidos políticos e a possibilidade de cassa-los, além de processar e julgar crimes eleitorais.
A formação do TSE faz-se por eleição interna com duração de 2 anos, sendo proibida a reeleição após dois mandatos consecutivos tendo seus sete juízes oriundos de diferentes partes da carreira jurídica, sendo assim composto por três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), dois ministros do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e dois advogados nomeados pelo presidente da república de uma lista de 6 pré-indicados pelo STF.
2.2. Tribunal Regional Eleitoral
Presente em todas as capitais do país e Distrito Federal, o Tribunal Regional eleitoral é responsável pelo cadastro dos eleitores, pela distribuição das urnas e mesários, sendo também encarregado pelo registro e cancelamento de diretórios regionais de partidos eleitorais, pela organização do calendário de eleições junto ao TSE.
Sua composição em via de regra deve ser composta por sete juízes, variando em cada estado a origem dos juízes nos diversos ramos do poder judiciário, sendo comumente composto por dois juízes escolhidos entre os desembargadores do Tribunal de Justiça (TJ), dois juízes de direito indicados pelo TJ, dois advogados nomeados pelo presidente da república entre indicados do TJ e um juiz do Tribunal Regional Federal (TRF)
3. Candidatos
Para candidatar-se a cargos políticos eletivos o cidadão brasileiro, necessita segundo a Constituição Federal de 1988: nacionalidade brasileira ou ser naturalizado; estar em pleno exercício dos direitos políticos; estar alistado na Justiça Eleitoral; ter domicílio eleitoral na circunscrição há pelo menos um ano antes do pleito e ser filiado a um partido político há pelo menos um ano antes de concorrer. Somado a isso para os diversos cargos políticos eletivos há a condição de uma idade mínima sendo no caso de vereador dezoito anos; deputado federal, deputado estadual ou distrital, prefeito e vice-prefeito vinte e um anos; governador e vice-governador trinta anos; presidente, vice-presidente e senador 
4. Histórico Eleitoral Brasileiro
O Brasil está hoje no trigésimo quinto ano de republica após a Ditadura Militar iniciada em 1964, neste período ocorreu uma queda na participação porcentual do eleitorado como apresentado em dados do TSE ao exemplo que em 1989 foi de 88.07% de participação em comparação com o segundo turno de 2018 que fora de apenas 79,67%. Com isso, é possível observar uma redução de aproximadamente 10 pontos percentuais em um eleitorado que cresceu de 82074718 pessoas para 147306295 pessoas. Portanto, no período de 29 anos ocorreu uma redução da participação política e um aumento na descrença no sistema democrático. 
Referencias 
Eleições no Brasil. Wikipédia, 2020. Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Elei%C3%A7%C3%B5es_no_Brasil#Regras_eleitorais. Acesso em 9 de Janeiro de 2021.
A Constituição e o Supremo. Supremo Tribunal Federal, 2014. Disponível em http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/artigoBd.asp?item=902. Acesso em 9 de Janeiro de 2020.
Política do Brasil. Wikipédia, 2020. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica_do_Brasil. Acesso em 9 de Janeiro de 2021.
Clientelismo. Wikipédia, 2020. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Clientelismo. Acesso em 9 de Janeiro de 2021.
CARVALHO, Alan. OS TRÊS PODERES, OS PARTIDOS E O VOTO. Meu artigo, 2014. Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/os-tres-poderes-os-partidos-voto.htm. Acesso em 9 de Janeiro de 2021.
NICOLAU, Jairo. Sistemas Eleitorais. 6 ed. FGV, 2012. 116 p.
PIRES, Antonio. Voto distrital x Sistema proporcional. Jusbrasil, 2019. Disponível em: https://antoniopires.jusbrasil.com.br/artigos/121940631/voto-distrital-x-sistema-proporcional. Acesso 9 de Janeiro de 2021.
STUDART, Paulo Henrique de Mattos. Quando, afinal, há segundo turno em uma eleição? Tribunal Superior Eleitoral, 2013. Disponível em: https://www.tse.jus.br/o-tse/escola-judiciaria-eleitoral/publicacoes/revistas-da-eje/artigos/revista-eletronica-eje-n.-6-ano-3/quando-afinal-ha-segundo-turno-em-uma-eleicao.Acesso em 9 de Janeiro de 2021.
CHAGAS, Inara. TSE: o que é e como funciona o tribunal. Politize!, 2018. Disponível em: https://www.politize.com.br/tse-o-que-e-e-como-funciona-o-tribunal/. Acesso 9 de Janeiro de 2021.
Justiça Eleitoral. TSE, 2020. Disponível em: https://www.tse.jus.br/justica-eleitoral. Acesso em 9 de janeiro de 2021.
VELLOSO, Carlos Mário da Silva. A reforma eleitoral e os rumos da democracia no Brasil. In: ROCHA, Cármen Lúcia Antunes; VELLOSO, Carlos Mário da Silva. Direito eleitoral. Belo Horizonte: Del Rey, 1996. p. 11-30.
BRASIL. Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. Apresentação. Disponível em: http://www.tre-pi.gov.br/home/apresentacao.html. Acesso em: 9 de janeiro de 2021.
CHAGAS, Inara. TER: o que é e como funciona o tribunal. Politize!, 2018. Disponível em: https://www.politize.com.br/tre-o-que-e-e-como-funciona-o-tribunal/.Acesso em 9 de janeiro de 2021.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil : texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações adotadas pelas emendas constitucionais nos 1/92 a 35/2001 e pelas emendas constitucionais de revisão ;nos 1 a 6/94. Brasília: Senado Federal, 2002. p. 24.
FARIA, Flávia. Abstenções, brancos e nulos superam votos de 1º colocado para prefeito em 483 cidades. Folha De São Paulo, 2020. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/11/abstencoes-brancos-e-nulos-superam-votos-de-1o-colocado-para-prefeito-em-483-cidades.shtml. Acesso: em 9 de janeiro de 2021.
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