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A Teoria Tripartida (José Afonso da Silva) As normas constitucionais de eficácia plena seriam aquelas que desde o momento de sua entrada em vigor na Constituição estariam plenamente aptas a produzir todos os seus efeitos jurídicos essenciais. São autoaplicáveis e têm incidência direta, imediata e integral. Exemplos na CF/88: arts. 1°, 2°, 5°, III. Os remédios constitucionais também são apresentados por meio de normas plenas (art. 5°, LXVIII a LXXIII). À semelhança das normas plenas, as contidas também estão plenamente aptas a realizar todos os seus efeitos jurídicos essenciais desde a sua entrada em vigor, produzindo, igualmente, incidência direta, imediata, mas não integral, pois podem sofrer restrições ou condicionamentos futuros por parte do Poder Público. Como exemplo, pode-se citar: arts. 5°, XIII e XV, e art. 93, IX. É importante destacar que esse condicionamento pode ser feito por lei, por atos administrativos, ou até mesmo por outra norma constitucional. Já as normas constitucionais limitadas produzem efeitos jurídicos reduzidos, tendo em vista que dependem da atuação futura por parte do Poder Público. Dividem-se em: Programáticas ou Institutivas (organizatórias). As primeiras traçam objetivos, metas ou ideais que deverão ser delineados pelo Poder Público para que produzam seus efeitos jurídicos essenciais. Estão vinculadas normalmente aos direitos sociais de segunda geração. Exemplos na CF/88: arts. 196, 205 e 211. As últimas criam novos institutos, serviços, órgãos ou entidades que precisam de legislação futura para que ganhem vida real. Exemplos: art. 134, § 1°, e art. 93, caput, ambos da CF/88.
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