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DESENHO APLICADO A ENGENHARIA CIVIL Teoria Rampas e escadas – algumas recomendações conforme as normas brasileiras Data: 25 de maio de 2012 RAMPAS Inclinações Conforme a norma NBR 9050 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos (ABNT, 2004) são admitidas as inclinações transversais das superfícies até 2% para pisos internos e 3% para pisos externos (consultar Figura 03), com inclinação longitudinal máxima de 5%. Inclinações superiores a 5% são consideradas rampas. A inclinação das rampas, conforme a Figura 01 (ABNT, 2004), deve ser calculada segundo a seguinte equação: Onde: i é a inclinação, em porcentagem; h é a altura do desnível; c é o comprimento da projeção horizontal. A dimensão longitudinal mínima recomendável para os patamares é de 1,50 m, sendo o mínimo admissível 1,20 m. FIGURA 01 – Dimensionamento de rampas – vistas superior e lateral. Fonte: ABNT, 2004. No exemplo da Figura 02 o acesso localiza-se a 3m de altura. Uma solução dada foi a integração de escadas e rampas, com patamares, possuindo inclinação de 8,33%. Cada lance da rampa na Figura 02 possui c = 9 m e h= 0,75m. FIGURA 02 – Escada e rampa para acesso a 3 metros de altura. Fonte:< http://4.bp.blogspot.com/_X2lpw5aINs4/TTbyqSoC_xI/AAAAAAAAAcw/1Yv_s471yRQ/s400/cubbos-acessibilidade-02.JPG >. Acesso: 05/2012. http://4.bp.blogspot.com/_X2lpw5aINs4/TTbyqSoC_xI/AAAAAAAAAcw/1Yv_s471yRQ/s400/cubbos-acessibilidade-02.JPG Ainda sobre inclinação, as rampas devem estar de acordo com os limites estabelecidos na Tabela 01 (ABNT, 2004). Tabela 01 – Inclinações admissíveis e respectivas alturas máximas por segmento. Fonte: ABNT, 2004. Para rampas em curva, a inclinação máxima admissível é de 8,33% (1:12) e o raio mínimo de 3,00 m, medido no perímetro interno à curva. Também, referente às inclinações, devem ser observadas as prescrições da norma NBR 9077 - Saídas de emergência em edifícios (ABNT, 2001) que variam quanto ao uso e ocupação da edificação; esta norma alerta que a declividade máxima das rampas externas à edificação deve ser de 10% (1:10). Inclinação transversal, largura mínima e corrimãos A inclinação transversal não pode exceder 2% em rampas internas e 3% em rampas externas (ABNT, 2004). A largura das rampas (L) deve ser admitida conforme o fluxo de pessoas. A largura recomendável para as rampas em rotas acessíveis é de 1,50 m, sendo o mínimo admissível igual a 1,20 m. Contudo, segundo o item 6.5.1.8 da NBR9050 (ABNT, 2004) quando a construção de rampas nas larguras indicadas ou a adaptação da largura das rampas for impraticável em construções existentes, podem ser executadas rampas com largura mínima de 0,90 m com segmentos de no máximo 4,00 m, medidos na sua projeção horizontal. A Figura 03 exemplifica um corte transversal de rampa com duas alturas de corrimãos 0,92m e 0,70m, guia de balizamento com 0,05 m, indicação de inclinação transversal máxima ≤ 2% e larguras admissíveis. As rampas (e escadas) que não forem isoladas das áreas adjacentes por paredes devem dispor de guarda- corpo associado aos corrimãos instalados a 1,05 m do piso. FIGURA 03 – Inclinação transversal e largura de rampas. Fonte: ABNT, 2004. Áreas de descanso Para pisos com até 3% de inclinação, recomenda-se prever uma área de descanso, fora da faixa de circulação, a cada 50 m. E a cada 30 m para pisos com inclinação entre 3% e 5%. No caso das rampas, para cada 50 m de percurso com inclinação entre 6,25% e 8,33%, devem ser previstas áreas de descanso nos patamares, sendo que as mesmas devem estar dimensionadas para permitir também a manobra de cadeiras de rodas. Sendo possível, devem ser previstos bancos com encosto nestas áreas. * Outros critérios e parâmetros técnicos devem ser consultados na referida norma para projetos de construção, instalação e adaptação de rampas e escadas em edificações de modo a observar todas as condições diversas de mobilidade e percepção do ambiente de modo, promover assim, a segurança e o conforto do usuário final do objeto construído. ESCADAS Largura Igualmente as rampas, a largura mínima recomendável para escadas fixas em rotas acessíveis é de 1,50 m, sendo o mínimo admissível 1,20 m. Contudo, a largura deve ser calculada conforme as prescrições da norma NBR 9077 - Saídas de emergência em edifícios (ABNT, 2001) que estabelece parâmetros de acordo com o fluxo de pessoas. Degraus As dimensões dos pisos e espelhos devem ser constantes em toda a escada, atendendo às seguintes condições: a) pisos (p): 0,28 m < p < 0,32 m; b) espelhos (e) 0,16 m < e < 0,18 m; c) 0,63 m < p + 2e < 0,65 m. Nas rotas de acesso, os espelhos não devem ser vazados e, se inclinados (Figura 04) a projeção da aresta pode avançar no máximo 1,5 cm sobre o piso abaixo. Esta mesma condição deve ser atendida se o piso do degrau for projetado com bocel (Figura 04). FIGURA 04 – Condições para degraus com bocel e espelho inclinado (cm). Fonte: ABNT, 2004. Patamares As escadas fixas devem possuir um patamar sempre que houver mudança de direção e/ou um patamar a cada 3,20 m de desnível. A dimensão longitudinal mínima, igualmente às rampas, deve ser de 1,20m, sendo que os patamares situados em mudanças de direção devem ter dimensões iguais à largura da escada. A inclinação transversal dos patamares não pode exceder 1% em escadas internas e 2% em escadas externas. Corrimãos Devem ser instalados em ambos os lados das escadas fixas e das rampas, sem arestas vivas, deixando-se deixado um espaço livre de no mínimo 4,0 cm entre a parede e o corrimão. Devem ser devem prolongados pelo menos 30 cm antes do início e após o término da escada (ou rampa). As alturas de instalação são as mesmas indicadas no item anterior “rampas” e as visualizadas na Figura 05. FIGURA 05 – Altura dos corrimãos (m). Fonte: ABNT, 2004. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2004. 97 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9077: Saídas de emergência em edifícios. Rio de Janeiro, 2001. 40 p. RAMPAS _ESCADAS_NOTAS DE AULA.pdf PRANCHETA_civil_PARTE 02.pdf
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