Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Pincel Atômico - 28/04/2021 11:22:43 1/5 AVALIAçãO ONLINE (SALA EAD) Atividade finalizada em 25/04/2021 16:38:36 (tentativa: 1) LEGENDA Resposta correta na questão # Resposta correta - Questão Anulada X Resposta selecionada pelo Aluno Disciplina: HISTóRIA DA ÁFRICA [capítulos - 1,2,3,4,5,6] - Avaliação com 10 questões, com o peso total de 50,00 pontos Turma: Segunda Graduação: Formação para Segunda Licenciatura em História - Grupo: ABRIL/2021 - FDLIC-HIS/ABR21 [21812] Aluno(a): - Respondeu 4 questões corretas, obtendo um total de 20,00 pontos como nota Questão 001 “[...] surgiu de um sentimento de solidariedade e consciência de uma origem comum entre os negros do Caribe e dos Estados Unidos. Ambos estavam envolvidos numa luta semelhante contra a violenta segregação racial. Essa solidariedade que marcou a segunda metade do séc. 19 propôs a união de todos os povos da África como forma de potencializar a voz do continente no contexto internacional”. (Artigo disponível em: http://www.palmares.gov.br/?p=26286) O texto acima discorre sobre: Etnocentrismo. Afrocentrismo. Eurocentismo. X Pan-africanismo. Negritude. Questão 002 “Se a utilização de presentes ameaçava o governo de Uidá, ainda mais perigoso para a lei e a ordem foi o uso da força visando á obtenção de vantagens comerciais. Todas as nações europeias que negociavam em Uidá contavam com importantes chefes nativos, que se associavam a seus interesses. Assim, qualquer disputa entre dois dirigentes europeus transferia-se facilmente para os parceiros que os apoiavam em Uidá e, se não fosse contida com rapidez, podia acabar resultando numa guerra civil”. (Akinjogbin, Dahomey & its Neighbours 1708-1818, Cambridge, 1967, pp. 43-44). A partir do texto acima, pode-se afirmar que: Os africanos sempre utilizavam da força bruta para conseguir o que queriam. Os africanos apresentaram pouca resistência aos interesses dos europeus. Os africanos tiveram papel ativo nas relações estabelecidas com os europeus. X Os europeus possuíam o total controle das trocas comerciais com os africanos. Os chefes locais africanos praticamente não se envolviam no comércio com os europeus. http://www.palmares.gov.br/?p=26286 Pincel Atômico - 28/04/2021 11:22:43 2/5 Questão 003 “A Coroa portuguesa e outros Estados europeus devastaram a África, marcando para sempre sua história. Estimularam guerras entre seus habitantes e praticaram o escambo de produtos manufaturados, aguardente, fumo e tecidos por cativos de tribos rivais. Até o século XIX, enquanto durou a escravidão no Novo Mundo, milhões de africanos foram retirados do continente e encaminhados para as plantations americanas, em torno de 5 milhões só para a América portuguesa.” CAMPOS, F.; MIRANDA, R. G. A escrita da história. São Paulo: Escala Educacional, 2005. p. 213. Sobre o comércio de escravos no continente africano, marque Verdadeiro e Falso: ( ) O tráfico negreiro moderno ocasionou transformações na sociedade africana, pois o aumento ou a diminuição da escravidão interna (na África) estava relacionado (a) com a maior ou a menor demanda externa (para a América). ( ) Com a conquista árabe de parte da África, no século XII, principalmente no norte do continente, o tráfico de escravos e o número de pessoas escravizadas na África diminuíram consideravelmente, voltando a aumentar apenas após a chegada dos europeus ao continente. ( ) As pessoas tornavam-se escravas na África principalmente em razão das guerras entre tribos rivais, sendo os capturados reduzidos à condição de cativos. As guerras ocorriam entre os diversos reinos africanos e também entre as diferentes etnias do continente. ( ) Estados africanos não participaram do comércio de cativos, pois eram agentes passivos no processo de dominação e exploração europeia. X V F V F V V F F V F V F V V F F F V F V Questão 004 Também há aqui homens selvagens, a que os Antigos chamaram Sátiros, e são todos cobertos de um cabelo ou seda quase tão ásperas como de porco; e estes parecem criatura humana e usam o coito com suas mulheres como nós usamos com as nossas; e em vez de falarem, gritam quando lhe fazem mal [...] Todosos negros desta terra andam nus [...] Nesta serra não já edifícios, e moram em casas palhaças “. (Pereira, D. P., Esmeraldo de Situ Orbis, p. 118.). A respeito descrição do português Duarte Pacheco Pereira de uma região da África Ocidental no século XVI pode-se afirmar que: Não se tem como questionar a veracidade da informação. Provavelmente, o português contou o que ouviu e não o que observou. X O português reproduziu informações observadas pela sua própria experiência. A descrição constrói uma imagem que diz muito sobre a própria cultura e crença do observador. O português era um grande conhecedor da cultura da antiguidade clássica. Pincel Atômico - 28/04/2021 11:22:43 3/5 Questão 005 Em relação ao uso de fontes documentais para a escrita da história da África, avalie as afirmações a seguir. I. Os trechos acima fazem referência a duas fontes documentais que, juntamente com a arqueologia, constituem-se em pilares da escrita histórica africana na atualidade. A investigação cruzada desses tipos de fontes possibilita ao historiador uma inovação qualitativa na escrita histórica da África e o questionamento do sistema classificatório que caracterizava este continente a partir de critérios históricos tradicionais. II. O texto I comprova a importância da tradição oral para a escrita da história africana, que se baseia na transmissão verbal de evidências das memórias individuais e/ou coletivas de uma sociedade para as gerações futuras. O uso dessa tradição, limitada a relatos mitológicos, exige do historiador a compreensão dos modos de pensar da sociedade para, posteriormente, interpretá-la. III. O texto II, retirado da narrativa do marroquino lbn Battuta em sua viagem aos domínios do antigo Estado do Mali, na segunda metade do século XIV, representa uma fonte escrita de reconhecida relevância para a história das civilizações africanas. A análise documental desse tipo de fonte permite ao historiador compreender os processos de expansão e adaptação do islamismo nas sociedades africanas. É correto o que se afirma em III apenas. I e II apenas. II apenas. I, II e III. X I e III apenas. Questão 006 A respeito do processo de descolonização africano ocorrido no século XX, avalie as afirmativas: I – Com a independência e o fim da dominação europeia, os países africanos conseguiram se estabelecer economicamente de maneira autônoma. II – As fronteiras estabelecidas entre os países ficaram conhecidas como fronteiras “artificiais” por não reconhecerem a realidade histórico-cultural local. Grupos étnicos rivais passaram a ser reunidos em um mesmo país, enquanto grupos afins foram separados em nações distintas. III – A formação dos países respeitou a realidade local e, inclusive, as línguas oficiais dos novos países foram elencadas a partir do rol etno-linguístico existente. IV – A emancipação dos países africanos foi largamente administrada pelas metrópoles europeias, apesar da eclosão de alguns conflitos graves. I e II. III e IV. I e III. Pincel Atômico - 28/04/2021 11:22:43 4/5 X I, III e IV. II e IV. Questão 007 A República do Benim é um país da região ocidental da África. Sua capital é Porto-Novo e sua língua oficial é o francês, apesar de a população utilizar dezenas de línguas regionais, em especial iorubá, fon, mina e goun. O país conta com cerca de 42 grupos étnicosdistintos. Durante o período colonial, o principal reino da região era conhecido como: X Daomé. Congo. Ndongo. Gana. Mali. Questão 008 A charge acima satiriza: X A presença portuguesa na África. Os movimentos de independência africano. A partilha da África pelas potência europeias. Os planos de desenvolvimento para a África. A participação da África na II Guerra Mundial. Questão 009 A Nzinga (ou Njinga) Mbande, frente às investidas portuguesas contra sua soberania, forteleceu-se militarmente. Mobilizou muitos sobas nas adjacências das suas terras. Consagrou a união com os jagas (ou Imbangalas), que passou a comandar política e militarmente a partir de um casamento simbólico com um dos líderes do bando. Também se utilizou de táticas de guerrilhas, comuns aos jagas, e de fugas inesperadas quando as tropas portuguesas se aproximavam. Ao mesmo tempo em que desarticulava feiras e comércios de escravos, também buscava acordos com os portugueses de modo a reconquistar territórios perdidos. Manteve acordos com holandeses quando interessava-lhe e chegou a assinar um tratado de paz com os portugueses em 1656, oferecendo-lhes a cabeça de um antigo aliado jaga, para manter sua soberania. (Cf. FONSECA, Mariana Bracks. Rainha nzinga mbandi, Imbangalas e portugueses: as guerras nos kilombos de Angola no século XVII. In: Cadernos de Pesquisa CDHIS. Uberlândia, v. 23, n. 2, 2010. Disponível em: http://www.seer.ufu.br/index.php/cdhis/article/view/7657/7149) Com relação as Guerras Angolas e o papel desempenhado pela Rainha Nzinga, assinale a opção correta: X A figura da rainha Nzinga Mbande foi muito importante na resistência africana contra os portugueses especialmente pela sua conduta humanitária. http://www.seer.ufu.br/index.php/cdhis/article/view/7657/7149 Pincel Atômico - 28/04/2021 11:22:43 5/5 A pouca atuação política e militar da rainha Nzinga demonstra que os grandes movimentos de resistências e guerras foram organizados somente por homens. A história das Guerras Angolas deve ser analisada pela ótica portuguesa, uma vez que os governantes africanos não tiveram influência nos acontecimentos. A Rainha Nzinga, apesar de seus esforços, demonstra a pouca possibilidade de atuação dos africanos frente a dominação europeia. Nzinga Mbande é um importante exemplo da resistência africana e põe abaixo as teorias da passividade africana frente às investidas europeias. Questão 010 “De qualquer maneira, a África era vista como algo menor. Os movimentos e as dinâmicas das etnias que ali estavam presentes eram literalmente encarados como se não tivessem nenhuma influência sobre as regiões da própria África e do mundo. A escrita da história sobre a África era externa (de fora) e assentada no eurocentrismo. Interessante entender o eurocentrismo como “ideologia e paradigma, cujo cerne é uma estrutura mental de caráter provinciano, fundada na crença da superioridade do modo de vida e do desenvolvimento europeu ocidental”. Estrutura mental de caráter provinciano pelo fato de o modelo de desenvolvimento econômico e social ser estritamente singular, europeu, o que foi exportado ideologicamente. Segundo o conjunto de ideias exportadas, inevitavelmente todas as sociedades caminhariam para o modelo de desenvolvimento europeu, o que tornou esse modelo um paradigma”. (Telles, Luciano Everton. Um olhar sobre a historiografia africana e afro-brasileira. In: Revista História Hoje, vol. 1, n. 1, junho 2012. p. 242. Disponível em: https://rhhj.anpuh.org/RHHJ/article/view/18/22) A partir das informações do texto, conclui-se que: A partir do momento em que o desenvolvimento africano atingiu os parâmetros europeus, sua cultura e história passou a ser reconhecida local e internacionalmente. X A história da África foi sempre escrita externamente e de maneira geral vista como algo menor, apesar do eurocentrismo não ter sido um importante paradigma nesse sentido. As tendências eurocêntricas recorrentes na escrita acerca da história da África privilegiavam as influências étnicas africanas nas suas regiões e até mesmo no mundo. É perceptível o quanto o eurocentrismo esteve presente nos textos que trataram da história da África deturpando a visão acerca desses povos e a importância de sua história e cultura local e internacionalmente. A valorização dos aspectos culturais e étnicos africanos se fez presente na escrita da história acerca da África apesar do eurocentrismo ser marcante em alguns debates acadêmicos. https://rhhj.anpuh.org/RHHJ/article/view/18/22
Compartilhar