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CREME (EMULSÃO) E LOÇÃO CREME (EMULSÃO) • É a junção entre água e óleo de forma estável e homogênea, com a presença de um agente emulsionante. • Pode apresentar consistência ou viscosidade diferenciada de acordo com a finalidade do produto. • Especialmente indicada para o desenvolvimento de formulações para peles secas, podendo ainda ser indicadas para o tratamento corporal e área dos olhos LOÇÃO • É uma formulação que fica entre o creme e a emulsão. • Por conter uma maior quantidade de água, é mais fina e tem absorção mais rápida que o creme. • É perfeita para qualquer tipo de pele. • Excelente também para climas mais quentes, pois não deixa a pele com sensação de pegajosa. Farmacotecnicnamente a Emulsão.... • São sistemas bifásicos que consistem em duas fases líquidas imiscíveis; • Um líquido está disperso em um outro líquido na forma de pequenas gotículas, o que é possível pelo uso de agentes emulsionantes; • A fase que está presente como gotículas é chamada de fase dispersa, e a fase na qual as gotículas encontram-se suspensas é denominada fase contínua (ou dispergente); • São termodinamicamente instáveis. Emulsão • FASE DISPERSA = INTERNA OU DESCONTÍNUA • FASE DISPERGENTE = EXTERNA OU CONTÍNUA Agente emulsificante Vantagens da emulsão • Mistura estável e homogênea de 2 líquidos imiscíveis; • Via oral: mascarar sabor e odor desagradáveis; • Via tópica: possibilita a formulação de cremes e loções dermatológicas. • Emoliência, diminuição da irritação, proteção; • Via parenteral: emulsões contendo óleos podem ser administradas por via endovenosa (lipídios, vitaminas). Ex: emulsões intravenosas de meio de contraste e de nutrição parenteral; • Liberação controlada e/ou prolongada; • Melhorar absorção; • Administração de fármacos pouco solúveis em água; EMULSÕES SIMPLES O/A A/O TIPOS DE EMULSÕES Tipos de emulsões • Os 2 componentes básicos de uma emulsão é a água e o óleo. • Classificamos em 2 tipos distintos, de acordo com a natureza da respectiva fase dispersa, ou interna. A fase em que o tensoativo for mais solúvel determina a fase Externa. Simples O/A – óleo em água: fase interna (descontínua) formada por água envoltas por gotículas de óleo (contínua); A/O – água em óleo: fase interna (descontínua) formada por gotículas de óleo, envolta por água; facilmente laváveis. Múltiplas A/O/A – água em óleo, em água: fase mais interna aquosa, circundada por uma fase intermediária oleosa, e por fim, envolvida pela fase aquosa. O/A/O – óleo em água, em óleo: fase mais interna oleosa, circundada por uma fase intermediária aquosa, e por fim, envolvida pela fase oleosa. Emulsão para uso interno • Via Oral: - Emulsões O/A: melhoria da palatabilidade, disfarça sabor desagradável de alguns fármacos e/ou dos óleos utilizados; - Propicia aumento da absorção de gorduras pelo intestino Ex.: ácido valpróico (anticonvulsivante), óleo mineral (laxante), vitaminas oleosas, óleo de rícino, óleo de fígado de bacalhau Emulsão para uso interno • Via endovenosa: - Emulsões O/A na nutrição parenteral de substâncias lipídicas (fontes de calorias e aminoácidos essenciais); - Para pacientes que não conseguem ou não querem se alimentar; - Emulsões de contraste. Ex.: óleo de semente de algodão, óleo de cártamo • Intralipid® (Cutter) * Cuidados: o emulsificante deve ser inócuo e não-iônico; diâmetro dos glóbulos internos formados deve ser uniforme. Funções das emulsões Administração oral, tópica e parenteral Emulsões múltiplas: - Ação prolongada: (A/O/A) liberação sustentada devido à camada de óleo que forma um membrana controlando a liberação do soluto; - Potencial aplicação em produtos cosméticos - Microencapsulação de fármacos lipofílicos e proteínas - Outros englobamentos: anticorpos, enzimas - Outros: mascarar sabor, preparação de parenterais O que é a emulsificação? • Permite a dispersão de um líquido em outro, sendo um hidrófilo e o outro lipófilo, de forma que o sistema fique estável, mesmo depois no estado de repouso. • Este processo se dá pela adição de um tensoativo, também chamado de emulsificante ou surfactante. V V Composição da Emulsão ➢Fase aquosa: solubilização componentes hidrossolúveis da formulação; ➢Fase oleosa: solubilização componentes lipossolúveis da formulação; ▪ Agente emulsificante: facilita a emulsificação durante o processo de produção e proporciona estabilidade à emulsão, reduzindo a tensão superficial entre o óleo e a água e retardando a separação das fases; ▪ Antioxidantes: preferencialmente solúveis na fase oleosa; ▪ Conservantes: preferencialmente adicionados na fase aquosa; ▪ Sequestrantes: complexam íons metálicos; ▪ Essências e/ou corantes (opcionais): essências hipoalergênicas e corantes certificados (Purificada) Agentes emulsificantes • Características necessárias: - compatível com outros componentes da formulação; - não interferir na estabilidade e eficácia do princípio ativo; - quimicamente estável; - inócuo; - inodoro, insípido e incolor; - capacidade de formar emulsão estável; -efetivo em baixas concentrações • Tipos de agentes emulsivos: 1. Colóides hidrofílicos 2. Agentes tensoativos 3. Sólidos finamente divididos • Diferenciadas pelo tamanho das gotículas dispersas - entre 5 a 140nm de diâmetro. • Esta característica faz com que a emulsão se torne transparente e translúcida, tornando-se um sistema termodinamicamente estável. Figura 1. Representação esquemática das três microestruturas de microemulsões mais comumente encontradas: (a) ME óleo em água (O/A) e (b) ME água em óleo (A/O), empregando surfactante aniônico e álcool de cadeia média, e (c) ME bicontínua (DA SILVA, J.D. 2015) Microemulsões Pseudoemulsões São diferentes do tradicional conceito de emulsão (com água e óleo). Ao invés de óleo são utilizados SILICONES, que dão emoliência e hidratação como os óleos – OIL FREE. Vamos complementar o nosso mapa mental..... FORMAS FARMACÊUTICAS SEMISSÓLIDAS POMADAGEL PASTA Água e agente gelificante Conteúdo pesado de ceras e óleos 20 a 60% de pós EMULSÃO Água e óleo Referências • NOGUEIRA, D. R. Departamento de Farmácia Industrial; farmacotécnica. UFSM • AULTON, M.E. Delineamento de formas farmacêuticas. 2. ed. Ed. Artmed, 2005. • FERREIRA, A.O. Guia prático da farmácia magistral. 4. ed. São Paulo: Pharmabooks Editora, 2010. • THOMPSON, J. E. A prática farmacêutica na manipulação de medicamentos. Ed. Artmed, 2006. • LACHMAN, L., LIEBERMAN, H.A, KANING, J.L. 2001. Teoria e prática na indústria farmacêutica. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. v. II, p. 855 – 905 • ALLEN JR., L.V.; POPOVICH, N.G.; ANSEL, H.C. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2007.
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