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Anatomia do Sistema Respiratório: A principal fisiopatologia da asma se localiza basicamente nos brônquios e bronquíolos; Espirometria fisiológica (adulto jovem e saudável): Capacidade pulmonar total: tudo de ar que o pulmão suporta, ou seja, 6L ou 6.000ml; Volume residual: o que resta de ar nos pulmões durante uma expiração forçada. Dessa forma, não é possível retirá-lo dos pulmões; Parâmetros mais utilizados na prática: Volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1); Capacidade vital forçada – “expiração completa” ; A média da população normal é que no primeiro segundo ela consiga expirar 80% do ar que está nos pulmões, ou seja, 80% da capacidade vital forçada (CVF) – tudo que já foi expirado; A divisão entre VEF1 e o CVF normalmente será 80%; O volume residual se mantém nos pulmões de forma a manter os alvéolos abertos; Manifestações clínicas do paciente com asma: Dispneia; Tosse; Sibilos; Dor torácica – “aperto no peito”. A doença não tem um caráter contínuo, mas sim reversível quando o paciente segue algum tratamento ou encontra-se saudável poderá ter momentos assintomáticos e em outros sintomáticos. Entretanto, quando isso não ocorre ela tenderá a ter brônquios em caráter mais sequelar e mais dificilmente reversível; Os pacientes asmáticos tendem a ter uma hiperresponsividade, isto é, pulmões com uma maior sensibilidade a alérgenos que desencadeiem crises (Ex: poeira); Etiologia: Varia entre fatores genéticos e ambientais; Pacientes atópicos (rinite, dermatite atópica e com muitas alergias), ou seja, com uma hiper-reatividade tendem a ter uma maior predisposição à asma – Alérgenos como proteínas (poeira, pólen de flores etc.) e IgE específicos mais aumentados; Asma intrínseca – 10% IgE normal e ocorre mais na fase adulta. É de mais difícil controle; Fatores endógenos x Fatores Ambientais x Fatores desencadeantes: Tabagismo passivo; Ambiente doméstico – casa de taipa, sem forro, com gato ou cachorros e outros; Infecções respiratórias. Fatores desencadeantes: Alergênicos; Infecções de vias aéreas superiores; Exercício físico e hiperventilação; Ar frio; Fármacos - betabloqueadores (propranolol e atenolol) + ASS- Sempre pesar o risco-benefício; Estresse; Irritantes - perfumes, tintas e aerossóis. O fator fisiopatogênico principal da asma é uma inflamação brônquica, assim, haverá uma constrição, edema e uma produção de muco de forma reversível caso controlada; Fisiopatologia das células envolvidas na asma: Dar importância a ativação nervosa da patologia. Importante ressaltar que pacientes fumantes tendem a possuir uma inflamação e a hiper-reatividade brônquica mais grave; Diagnóstico clínico Um ou mais dos seguintes sintomas: dispneia, tosse crônica, sibilância, aperto no peito ou desconforto torácico. Sobretudo, à noite ou nas primeiras horas da manhã; Sintomas episódicos (recorrência); Melhora espontânea ou pelo uso de medicações específicas para asma (como os broncodilatadores e anti-inflamatórios esteroides). Diagnóstico Funcional Espirometria – avalia todas as capacidades pulmonares; Resultados Indicativos de asma: Redução do VERF1 (inferior a 80%) e da relação VEF1/CVF (inferior a 75 em adultos e a 86 em crianças); Melhora significativa após uso de broncodilatador (aumento do VEF1 de 7% em relação ao valor previsto e 200ml em valor absoluto, após inalação de berta2 de curta duração- Aerolin); Aumentos espontâneos do VEF1 no decorrer do tempo ou após uso de corticosteroides (30 a 40mg/dia VO, por duas semanas) de 20%, exercendo 250ml. Pico de fluxo expiratório (PFE) – “Peak-flow” – Debitômetro. Resultados indicativos de asma: Diferença percentual média entre a maior de três medidas de PFE efetuadas pela manhã e à noite com amplitude superior a 20% em um período de duas a três semanas; Aumento de 20% nos adultos e de 30% nas crianças no PFE, 15 minutos após uso de beta2 de curta duração. . Teste adicionais – demonstrações de hiper-responsividade das vias aéreas: Teste de broncoprovocação com agentes broncoconstritores (metacolina, histamina e carbacol); Teste de broncoprovocação por exercício físico demonstrando queda do VEF1 acima de 10 a 15%. Teste de broncoprovocação traz muitos riscos aos pacientes, sendo assim, são pouco utilizados; Resumindo A asma é uma doença inflamatória crônica caracterizada por hiper-responsividade (HR) das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento, manifestando-se clinicamente por episódios recorrentes de sibilância, dispneia, aperto no peito e tosse, particularmente à noite e pela manhã ao despertar. Resulta de uma interação entre genética, exposição ambiental e outros fatores específicos que levam ao desenvolvimento e manutenção dos sintomas. Caso clínico Paciente, sexo feminino, 35 anos, empresária de sucesso do ramo de madeira e celulose, com história de falta de ar episódica, em torno de 1 vez ao mês, chegando a procurar a emergência em casa episódio. Relaciona a falta de ar e exposição a fumaça da fábrica que gerencia. Faz uso esporádico de bombinha inalatória (Aerolin) quando sentia falta de ar. AP- Tinha história de rinite e várias idas a emergência na infância para nebulizar. HV- Nega etilismo e tabagismo. IS – Medo de altura. Definição de controle da ASMA G Gatilhos diurnos mais de 2x por semana I Inalações mais de 2x por semana N Noite perturbada A Atividade limitada Opções terapêuticas Corticoides inalatórios (CI) em várias dosagens; Agonistas beta 2 (LABA- Beta dois agonistas de longa duração/SABA – Beta dois de curta duração); Antagonistas dos receptores de leucotrienos (montelucaste); Anticolinérgicos de longa ação (Tiotrópio) – age na região da fisiopatologia que se relaciona com o SN; Omalizumabe que é um anticorpo monoclonal humanizado anti- IgE; Mepolizumabe e Benralizumabe que inibem a Interleucina-5 (NOVOS); Corticoide oral. Comumente utiliza-se a associação dos CI + B2A; Os corticoides inalatórios agem em todas as células, nos mastócitos diminuindo a inflamação e consequentemente auxilia da desinflamação pulmonar; Tratamento Antigamente, de acordo com o estado do paciente utilizava-se o tratamento por andar ou escalonado como a figura acima; Para a modificação do “andar” de tratamento aguarda-se em média 3 ou 4 meses e avalia-se o estado do paciente; Praticamente, todos os pacientes farão uso de CI, normalmente associado ao LABA ou SABA com variação das doses de acordo com a situação. Sendo o tratamento preferível e mais utilizando, variando de acordo com o estado do paciente, acrescentando ou diminuindo os medicamentos; Associações de medicações O TRATAMENTO É INDIVIDUALIZADO PARA CADA PACIENTE Educação dos pacientes asmáticos Utilizar as medicações de forma correta; Higiene ambiental; Reconhecer o agravamento da doença. A nível de emergência/urgência Comumente existem três medicações: hidrocortisona ou dexametasona (injeção ou oral), Fenoterol/Berotec (SABA) e Ipatropio/Atrovent (Anticolinérgico de curtaduração) que são em gotas. Assim indica-se a nebulização (SABA+Anticolinergico de curta duração) até estabilizar e posterioemente direciona-se ao pneumologista para avaliação e tratamento adequado. O risco de corticoide sistêmico agudo é baixo, contudo, o uso a longo prazo (mais de 7 dias) pode trazer complicações como o diabetes, hipertensão, hiperglicemia, desmineralização óssea e síndrome de Cushing.
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