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Da Revolução Industrial ao capitalismo organizado séculos XVIII a XX - Parte 2

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(1.1) Da Revolução 
Industrial ao 
capitalismo organizado 
séculos XVIII a XX – 
parte 2 
 
 
O Pioneirismo da Inglaterra 
A Inglaterra foi o primeiro país a reunir as condições necessárias para o desenvolvimento do 
sistema fabril. Entre os numerosos aspectos que favoreceram esse processo destaca-se, em primeiro lugar, 
o controle vasto mercado consumidor. As Grandes Navegações, como vimos, possibilitaram a criação de 
um mercado mundial em constante expansão. Entre os éculos XVII e XVIII, os ingleses conquistaram a 
hegemonia desse mercado à medida que suplantaram a concorrência com a Espanha, a Holanda e a 
França. 
O comércio inglês ampliou-se também no plano interno. Durante o século XVIII, a população da 
Inglaterra cresceu muito, tornando maior a oferta de mão-de-obra e o mercado consumir. A ampliação do 
mercado, por sua vez, estimulou aumento da produção, criando condições favoráveis à invenção e ao 
aperfeiçoamento de novas ténicas capazes de intensificar a produtividade do trabalho humano. 
Em segundo lugar, para o pioneirismo inglês foi importante a acumulação de capital. Entende-se 
por capital todos os recursos utilizados com o objetivo de se obter lucro (dinheiro e equipamentos, por 
exemplo). Os países que mais concentraram capital na Europa, a partir das Grandes Navegações, foram a 
Inglaterra, a Holanda e a França, todos ligados ao comércio marítimo, ao tráfico negreiro e à exploração 
colonial. A abundância de capital e a perspectiva de lucros estimulavam a produção e a ampliação dos 
negócios. 
Naquele momento porém, de nada adiantava o acúmulo de capital se não houvesse também 
disponibilidade de mão-de-obra. Desde o século XVII, existia na Inglaterra um grande contingente de 
mão-de-obra formado principalmente por camponeses expulsos da terra. O principal motivo para essa 
expulsão foi a demanda por lã para abastecer a produção de tecidos, sobretudo de fábricas localizadas nos 
Países Baixos. Para atender a essa demanda, os senhores de terra ingleses começaram a cercar áreas antes 
utilizadas na produção agrícola com o objetivo de criar ovelhas. Sem terra para trabalhar, os camponeses 
tiveram de procurar outras atividades nos emergentes centros urbanos, ou seja, tornaram-se mão-de-obra 
abundante para as fábricas. 
Muitos artesãos, não podendo competir com a produção fabril, transformaram-se também, após 
muita resistência, em trabalhadores assalariados. 
Na segunda metade do século XVIII, a Inglaterra apresentava ainda outras características que 
explicam seu pioneirismo na Revolução Industrial, como um sistema bancário eficiente; disponibilidade 
de matérias-primas, como carvão e minério de ferro; um grupo social formando por empresários 
empenhados no desenvolvimento econômico (a burguesia); uma ideologia (a calvinista) que valorizava o 
enriquecimento e o trabalho. 
 
Referência: 
Divalte, História – editora ática 
 
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