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Matéria: Saúde da Mulher 16/04/2021 Aula 9: Complicações na Gestação 1.0-Gestação de Alto risco • Aquela na qual a vida ou a saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém-nascido têm maiores chances de serem atingidas que as da média da população considerada •Uma gestação que está transcorrendo bem pode se tornar de risco a qualquer momento, durante a evolução da gestação ou durante o trabalho de parto. •Há necessidade de reclassificar o risco a cada consulta pré-natal e durante o trabalho de parto. A intervenção precisa e precoce evita os retardos assistenciais capazes de gerar morbidade grave, morte materna ou perinatal. •Uma vez encaminhada para acompanhamento em um serviço especializado em pré-natal de alto risco é importante que a gestante seja orientada a não perder o vínculo com a equipe de atenção básica ou Saúde da Família que iniciou o acompanhamento. •Por sua vez esta equipe deve ser mantida informada a respeito da evolução da gravidez e tratamentos administrados à gestante por meio de contra referência e de busca ativa das gestantes em seu território de atuação, por meio da visita domiciliar. - A qualquer momento essa gestação pode transformar em gestação de risco,independente de quantos meses essa mulher esteja ela pode desenvolver problemas. -A adolescente e a mulher de idade não é classificada logo de cara uma gravidez de risco ,logico que é necessário de uma atenção especial e o profissional precisa ficar de olho aos sinais. 1.2-Fluxograma da consulta 1.3-Patologia Obstétrica :Oligohidramico • O oligohidrâmnio é caracterizado pela deficiência na quantidade de líquido amniótico • Redução patológica do volume de líquido amniótico (LA) incide de 0,5 a 5% das gestações -É caracterizado pela deficiência de liquido aminiotico ,tem o valor normal e o medico sabe a quantidade exata que ter que ter de acordo com os meses que aquela mulher esta.É identificado através do ultrassom !! •Etiologia: A causa mais frequente de oligohidrâmnio é a rotura prematura de membranas, entretanto outras causas podem ser responsáveis, conforme o quadro: -Ruptura da bolsa prematuramente (amniorrexe prematura),pode ser pequenos furos também e assim a mulher perde liquido aos poucos . (Retardo de crescimento intra útero (RCIU)) · Diagnostico Clínico - O diagnóstico clínico é difícil. Deverá ser suspeitado sempre que houver: ❖Medida do fundo do útero menor do que a esperada para a idade gestacional; ❖Diminuição da circunferência abdominal; ❖Partes fetais facilmente palpáveis; ❖À ausculta, desacelerações variáveis da frequência cardíaca fetal. (Se tem pouco liquido o bebe esta em sofrimento fetal por isso o coração acelarado desse bb) · Diagnostico Ultrassonográfico ❖Avaliação do volume do líquido amniótico pela ultrassonografia; ❖Avaliação do índice do líquido amniótico (ILA). · Conduta ❖Restaurar o volume do líquido amniótico: buscar o diagnóstico etiológico e, quando possível, o tratamento da doença de base. -Doença de base :Então se a doença dela é a diabete tentar tratar esse problema de base dela. ❖Hidratação materna: eficaz em aumentar o volume do líquido amniótico residual, desde que não haja contraindicação para uma sobrecarga circulatória. Recomenda-se um aporte total de 3 a 4 litros de líquidos por dia, preferentemente via oral. ❖Amnioinfusão: infusão de líquidos, principalmente solução salina, na cavidade amniótica. Ainda não é recomendada rotineiramente, estando restrita aos Centros de Referência, onde há possibilidade de monitorização por ultrassonografia. -Âmnio-É de risco fazer isso,injeta soro fisiológico e tem chance de infecção. ❖Prescrição de corticosteroides: recomendação para acelerar a maturidade pulmonar fetal, caso a IG esteja entre 24 e 34 semanas. ❖Deve ser realizada avaliação periódica da vitalidade fetal. - Vitalidade fetal ta ruim é significado de emergência por isso é importante esta observando. · Parto ❖ Se o feto estiver bem, aguardar a proximidade do termo para interrupção da gestação. ❖ Utilizar monitoração eletrônica do feto no acompanhamento do trabalho de parto. ❖ A interrupção da gestação por operação cesariana está condicionada à indicação materna ou ao comprometimento da vitalidade fetal. 1.4-Patologia Obstétrica : Polihidrâmnio •É o aumento excessivo do volume do líquido amniótico, superior a 2.000ml, em gestações acima de 30 semanas. Sua incidência varia ao redor de 0,5 a 1,5%. • Em condições normais, o aumento semanal médio de L.A é de: ❖20ml entre a 10ª e a 14ª semanas ❖50ml entre 15ª a 28ª semanas ❖Atinge o seu volume máximo de 1.000 ml entre a 34ª e a 36ª semana, decrescendo até o parto •Etiologia: Há inúmeras condições maternas, fetais e placentárias que estão associadas ao polihidrâmnio. · Diagnostico clinico ❖Medida do fundo do útero maior do que a esperada para a idade gestacional; ❖Aumento exagerado da circunferência abdominal; ❖Dificuldade de palpação das partes fetais: sensação palpatória de muito líquido; ❖Dificuldade na ausculta dos batimentos cardíacos do feto; -Diagnostico também só com ultrassom ,posso suspeitar no exame físico mas a certeza mesmo só na ultrassom. · Diagnostico Ultrassonográfico ❖O diagnóstico de certeza é dado pelo achado do índice de líquido amniótico (ILA) superior a 18cm. -Muitas vezes procurar saber a causa do problema mas muitas vezes não tem como intervir -Conduta expectante-Observar e ver no que vai dar. · Conduta ❖Buscar o diagnóstico etiológico do polihidrâmnio para a conduta adequada do tratamento e prognóstico. ❖ O tratamento expectante pode ser adotado para gestantes sem sintomas intensos e em que, após investigação completa, não se evidenciou malformação fetal ❖Em gestantes com sintomatologia acentuada, recomenda-se a internação com repouso no leito e tentativas de reduzir a distensão uterina. Para esses casos pode-se adotar: ✓Amniocentese descompressiva – indicada em casos de dispneia materna progressiva ou dor abdominal. Recomenda-se a retirada lenta e gradual do líquido amniótico (200 a 500ml/hora) sob controle ultrassonográfico, para evitar a descompressão brusca. ✓Corticosteroides para acelerar a maturidade pulmonar fetal, caso a IG se situe entre 24 e 34 semanas. ✓Avaliação periódica da vitalidade fetal. · Parto ❖ No trabalho de parto é recomendável o prévio esvaziamento (amniocentese descompressiva). ❖ A amniotomia (rompimento da bolsa), quando indicada, deverá ser praticada com cuidado, pelo risco do prolapso de cordão e do descolamento prematuro da placenta. -Aminotomia rompimento da bolsa de forma artificial ❖ A interrupção da gestação por operação cesariana está condicionada à indicação materna ou ao comprometimento da vitalidade fetal. 1.5-Patologia Obstétrica :Hiperêmese Gravídica •As náuseas e vômitos representam as condições médicas mais comuns da gravidez. •Nas suas formas mais graves, são chamadas de hiperêmese gravídica, definida como vômitos persistentes que levam a uma perda de peso maior que 5% do peso pré-gravídico. · Conduta ❖O apoio psicológico e educativo desde o início da gestação ❖ Tratamento precoce das náuseas e vômitos: reorientação alimentar e antieméticos, são as melhores maneiras de evitar os casos de hiperêmese. ❖ Os casos mais graves requerem internação hospitalar e utilização de medicação endovenosa pelo período que for necessário para a sua resolução. 1.6-Patologia Obstétrica : Síndromes hipertensivas na gravidez • Critérios para diagnóstico da hipertensão numa mulher grávida são: ❖ pressão arterial sistólica de pelo menos 140mmHg ❖ pressão arterial diastólica de pelo menos 90mmHg ❖ elevação de 30 mmHg ou mais nos níveis habituais de pressão arterial sistólica ❖ elevação de 15 mmHg ou mais nos níveis habituais de pressão arterial diastólicaUm aumento de 30mmHg na pressão sistólica ou 15mmHg na diastólica quando os valores absolutos estejam abaixo de 140/90mmHg não deve ser usado como critério diagnóstico, mas deve-se fazer medidas de pressão e consultas mais frequentes, comobservação mais amiúde, especialmente se houver proteinúria -Acontece de forma muita rápida -Não subiu pra 140 x 90 mas a pressão dela aumentou 30 na sistólica e 15 na diastólica não fecha o diagnóstico de hipertensão mas fica em alerta ou seja precisa ta aferindo a pressão dela com mais frequência . A)Hipertensão arterial na gravidez -Crônica •Observada antes da gravidez, ou antes de 20 semanas de gestação, ou diagnosticada pela primeira vez durante a gravidez e não se resolve até 12 semanas após o parto. -Evolui muito rápido os casos de hipertensão na gravidez existe diversos tipos porem NÃO evolui de uma para outra -É uma hipertensão de base e a mulher continua hipertensa pelo resto da vida dela. B)Hipertensão gestacional (sem proteinúria ) · Como a proteinúria pode aparecer tardiamente, o diagnóstico será retrospectivo, sendo necessário afastar pré-eclâmpsia. Deve-se seguir as condutas clínicas e obs tétricas recomendadas para pré-eclâmpsia. -Nesse caso é pouco menos grave por não ter proteinúria (presença de proteína na urina ) -Começou na gestação porém essa proteinúria pode aparecer depois . -Dheg-Doenças hipertensiva especifica da gestação ,chama-se assim quando não tem proteinúria nesse caso de hipertensão gestacional (1 caso) é também. -Deve observar o valor da proteinúria e outros sinais. 1)Hipertensão transitória da gravidez · A pressão retorna ao normal até 12 semanas após o parto (diagnóstico retrospectivo) ou 2)Hipertensão crônica · A elevação da pressão arterial persiste além de 12 semanas após o parto. C)Pré-eclampsia •Hipertensão que ocorre após 20 semanas de gestação acompanhada de proteinúria, com desaparecimento até 12 semanas pós-parto. -A proteinúria começa aparecer,pra fazer a pré-eclâmpsia tem que ter proteinúria • Classificada em leve ou grave de acordo com o grau de comprometimento 1)Leve ❖ PA sistólica ≥ 140mmHg ❖ PA diastólica ≥ 90 mmHg ❖ Proteinúria ≥ 0,3g/l em urina de 24 horas ou 1+ ou mais na fita 2)Grave ❖ PA sistólica ≥ 160 mmHg ❖ PA diastólica ≥ 110 mmHg ❖ Proteinúria ≥ 2g/l em urina de 24 horas ou 2+ ou mais na fita -2+ é no teste de fita esse 2+ é as cruzes quando é avaliado ❖ Oligúria (< 500ml/dia) ❖ Plaquetopenia (<100.000/m3) ❖Aumento de enzima hepáticas ❖Encefalopatia hipertensiva (cefaleia e distúrbios visuais - escotomas) Iminência de eclâmpsia: acompanhada por cefaleia, distúrbios visuais, dor abdominal -Iminência são sinais clínicos mt severos que pode levar essa mulher que tem pré-eclampsia evoluir para uma eclampsia e a evolução desse caso é muito rápido . •As gestantes com pré-eclâmpsia leve, de preferência, devem ser hospitalizadas para avaliação diagnóstica inicial e mantidas com dieta adequada e repouso relativo. •O controle ambulatorial pode ser iniciado após a hospitalização se confirmadas condições materno-fetais estáveis. •A antecipação do parto é o único tratamento definitivo para a pré-eclâmpsia e as indicações são as complicações nas condições materno-fetal. -A principio não tem medicação. A mae pode não ter nada e durante o parto desenvolver uma pré-eclampsia leve ou grave durante o parto. -É possível mandar essa mulher pra casa e fazer o controle la porem se torna arriscado muitas vezes por que ela já tem pré -eclampsia e isso pode evoluir. -Se houver uma deteriorização da mae e do feto vai sim ocorrer um parto. · Conduta na pré eclampsia leve - Na avaliação das condições maternas deve constar: -Cuidados para mulher internada ❖PA de 4/4h durante o dia ❖Pesagem diária; ❖Pesquisa de sintomas de iminência de eclâmpsia: Cefaleia frontal ou occipital persistente e Distúrbios visuais (escotomas, diplopia, amaurose); - Na avaliação das condições fetais: ❖Avaliação de movimentos fetais diariamente; ❖Avaliação do crescimento fetal e do líquido amniótico. ❖Cardiotocografia basal (CTB), se disponível · Conduta na pré-eclampsia grave •As gestantes com diagnóstico de pré-eclâmpsia grave deverão ser internadas, solicitados os exames de rotina e avaliadas as condições maternas e fetais. -Pre eclampsia grave não chega a gestação ate o final muitas vezes •A conduta conservadora pode ser adotada em mulheres com pré-eclâmpsia grave com idade gestacional entre 24 e 33 semanas, através de monitoração materno fetal rigorosa, uso de sulfato de magnésio (controle de convulsão) e agentes antihipertensivos. -24 a 33 semanas a mulher já recebe o corticoide para amadurecer o pulmão do bebe pq ela pode ter o bebe a qualquer momento. •Se a idade gestacional for maior ou igual a 34 semanas de gestação, devem ser preparadas para interrupção da gestação. -Aqui são condutas que o medico vai solicitar: ❖Administração de sulfato de magnésio; ❖Uso de corticoide (betametasona 12mg, a cada 24 horas, 2 aplicaçõesIM);-Maturação pulmonar do feto. ❖Administração de anti-hipertensivos de ação rápida (Hidralazina ou Nifedipina); ❖Infusão de solução de Ringer lactato a 100-125ml/h; ❖Exames laboratoriais: hemograma completo com plaquetas, creatinina sérica, ácido úrico, AST/TGO, ALT/TGP, desidrogenase lática, proteinúria de 24 horas; ❖Dieta suspensa (permitir pequenas ingestões de líquidos claros e medicação oral). -Nesse caso não é feito tudo isso na enfermaria e sim na uti ou semi intensiva por que essa mulher precisa ser monitoriada. Fluxograma de decisões na pré-eclâmpsia leve e grave. D)Eclampsia •Caracterizada pela presença de convulsões tônico-clônicas generalizadas ou coma em mulher com qualquer quadro hipertensivo, não causadas por epilepsia ou qualquer outra doença convulsiva • Pode ocorrer na gravidez, no parto e no puerpério imediato - Puerpério imediato-Teve o bb e ta na sala de parto ainda ou foi para o quarto e pode ter um um quadro de eclampsia grave •A conduta clínica visa ao tratamento das convulsões, da hipertensão e dos distúrbios metabólicos, além de cuidados e controles gerais. • A repetição dessas convulsões podem levar ao coma e à morte. -É a convulsão clássica em que a paciente se debate .A mulher é levada para UTI imediatamente pq é grave Slide 29 -Cuidado de enfermagem para mulher com qualquer fase de crise hipertensiva Slide 30 -Conduta medica Slide 31 -Pode acontecer antes da eclampsia ,para ser considerado help tem que ter as 3 condiçoes e nesse caso a mulher também fica internada Tem uma pré eclampsia grave e ai evolui para uma síndrome help