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1 AULA 8 – TELENCÉFALO (CÉREBRO) O sistema nervoso central (SNC) é formado pela medula e pelo encéfalo (tronco encefálico, cerebelo e cérebro) Porção mais anterior do encéfalo É dividido em dois hemisférios cerebrais – direito e esquerdo, os quais são formados pelos giros ou circunvoluções Os sulcos que percorrem a superfície do telencéfalo separam um giro de outro Encéfalo + medula = sistema nervoso central Em uma visão coronal do telencéfalo pode-se observar, ele é constituído por: Substância cinzenta (córtex): fina camada da periferia do cérebro, com a concentração dos corpos neuronais Substância branca (centro branco medular): interior do cérebro, constituído por fibras nervosas mielínicas – aferentes (leva estímulos ao córtex), eferentes (dele para o corpo) e de associação O telencéfalo envolve o diencéfalo O telencéfalo é dividido em seus dois hemisférios pela fissura longitudinal do cérebro, que se estende desde a porção mais anterior do cérebro até a sua porção mais posterior É profunda e chega até o corpo caloso Os hemisférios cerebrais podem ser visto de acordo com suas variadas faces: Face inferior ou base: irregular, pois tem dois andares (um correspondende ao lobo frontal e o outro correspondente ao lobo temporal e occipital) JORDANA HONORATO – 75D Cérebro visto por baixo (IMAGEM) Observamos que a fissura longitudinal do cérebro parte desde a face inferior do cérebro, portanto, da base do lobo frontal LOBO TEMPORAL TE Ligam áreas cerebrais relacionadas ANTERIOR POSTERIOR 2 - Os hemisférios cerebrais apresentam três polos (extremidades de cada um desses lobos) A porção anterior do cérebro apresenta duas porções: o polo frontal – mais anterior – e o polo temporal – um pouco abaixo, extremidade mais anterior do lobo temporal. A porção posterior do cérebro apresenta uma única porção: o polo occipital SULCOS CEREBRAIS SULCO CENTRAL OU DE ROLANDO: Localizado mais ou menos no centro(metade) do hemisfério cerebral, e apresenta uma inclinação de trás para frente. Desce de forma contínua e uniforme até praticamente (quase) se encontrar com o sulco lateral ou de sylvius Na frente do sulco central e atrás do sulco pré central tem-se o giro pré-central (motor, controle dos movimentos voluntários do corpo) – através de fibras eferentes Atrás do sulco central e antes do sulco pós central, tem-se o giro pós-central (sensitivo) – recebe através de fibras aferentes os estímulos sensitivos recebidos e os interpreta. Face dorsolateral: face convexa, pois acompanha a curvatura do osso do crânio marcada pelos giros e sulcos Face medial: visualizada apenas após um corte sagital na linha média. É uma face plana. JORDANA HONORATO – 75D HEMISFEÉRIO CEREBRAL ESQUERDO 3 O giro pré central, é motor Mapeado de acordo com a ilustração do homúnculo: PORÇÃO MAIS INFERIOR: representação da área da face – responsável pela movimentação dela PORÇÃO ACIMA DA ÁREA DA FACE: motricidade da mão PORÇÃO ACIMA DA MÃO: motricidade do antebraço PORÇÃO ACIMA: motricidade do braço PORÇÃO ACIMA: motricidade do tronco PORÇÃO INVADINDO A FACE MEDIAL DO CÉREBRO: motricidade dos membros inferiores (face medial do cérebro) O giro pré central não se interrompe na borda, no limite superior do cérebro, mas sim, continua, desce até a face medial do cérebro – onde fica os membros inferiores –, invadindo-a, o que também ocorre com o sulco central – não se interrompe no limite superior e desce até a mesma face. O giro sensitivo, pós central, também não se interrompe no limite superior, descendo em direção à face medial, ocupando uma área pertencente a essa face O LÓBULO PARACENTRAL é composto pelo giro pré-central, sulco central e giro pós- central da face medial do cérebro Essa região representa os membros inferiores, sendo responsável por suas partes motoras – giro pré central – e sensitivas – giro pós central. SULCO LATERAL OU SULCO DE SYLVIUS É um sulco longo, profundo, que caminha do sentido anterior para posterior É dividido em três ramos: Ramo posterior (mais extenso e mais longo – corresponde a praticamente todo o sulco); Ramo anterior (curto, que se projeta para frente); Ramo ascendente (direciona-se para cima) JORDANA HONORATO – 75D HOMÚNCULO MOTOR = desenho do corpo humano esparramado ao longo do giro motor 4 LOBOS CEREBRAIS Tudo que está localizado a frente do sulco central e superior ao sulco lateral é lobo frontal Quem está atrás do sulco central e superior ao sulco lateral é o lobo parietal As estruturas abaixo do sulco lateral constituem o lobo temporal O lobo mais posterior de todos é chamado de lobo occipital – posterior ao parietal e temporal Na face medial do cérebro identifica-se os lobos em referência ao sulco central também, O lobo temporal fica escondido pelo parcialmente pelo cerebelo e pelo tronco encefálico JORDANA HONORATO – 75D Quatro lóbulos na SUPERFÍCIE do hemisfério cerebral Porção do LOBO TEMPORAL 5 Existe ainda um quinto lobo, o LOBO DA ÍNSULA que fica ilhado/escondido no INTERIOR – profundamente – dos demais lóbulos. Só pode ser visualizado com o afastamento do sulco lateral, suas bordas, seus lados. É constituído por um grupo/conjunto de giros de aspecto mais ou menos triangular LOBO FRONTAL O limite posterior é o sulco central ou de rolando O limite inferior é uma parte do sulco lateral ou sulco de sylvius O limite anterior é o polo frontal A face medial do cérebro é marcada por três andares: Uma estrutura branca chamada de corpo caloso, um giro do cíngulo e um giro pertencente ao lobo frontal – giro frontal superior O limite superior dele não é bem definido, pois ele vem da sua face medial se dobra, – assim como faz o giro pré e pós central – invade a face medial do cérebro e vai descer até esse sulco que contorna o giro do cíngulo, que é chamado de sulco do cíngulo JORDANA HONORATO – 75D 6 ELEMENTOS: O primeiro giro do lóbulo frontal é o giro pré-central (motor) A frente do giro pré-central é encontrado um sulco que o acompanha, que desce o acompanhando, chamado de sulco pré central Existe outro sulco que passa no sentido horizontal, o sulco frontal superior e abaixo dele, paralelo a ele, existe outro, que é o sulco frontal inferior. Eles dividem o lobo frontal em 3 giros. O giro frontal superior – GFS – também não se interrompe na sua borda superior, logo, vai se dobrar e invadir a face medial do cérebro O giro frontal inferior – GFI – é subdividido em três partes, pelo ramo anterior e pelo ascendente do sulco lateral: A porção orbital abaixo do ramo anterior A porção triangular entre os dois Ramos do sulco lateral A porção opercular atrás/posterior do/ao ramo ascendente JORDANA HONORATO – 75D Ramo posterior do sulco lateral 7 A ÁREA DE BROCA é uma importante área do GFI, sendo um dos centros de linguagens do cérebro É o centro cortical da palavra falada ou da expressão – responsável pela expressão tanto dela quanto da palavra escrita Ocupa a região triangular e opercular do giro frontal inferior Existe apenas em um dos hemisférios, normalmente no esquerdo O hemisfério cerebral que contém o centro da linguagem, no caso a área de brocar, é chamado de hemisfério cerebral dominante Lobo frontal visto pela face inferior do cérebro (base inferior) Identificamos 2 giros na base do Lobo Frontal: Giro Reto: tem seu próprio aspecto retilíneo, um de cada lado da FLC Ao ladodele tem o Sulco Olfatório Lateralmente a esse sulco, tem um conjunto de giros e sulcos, chamados de GIROS ORBITÁRIOS Identificamos também um conjunto de estruturas pertencentes a via olfatória (do cheiro), marcadas pelo: Bulbo Olfatório – pequena dilatação Trato Olfatório – posterior ao bulbo Olfatório, e que se divide em duas estrias Estria Olfatória Lateral – estria que se divide lateralmente Estria Olfatória Medial – escondida pelo nervo óptico Substância Perfurada Anterior – região situada posteriormente a essas estrias, que deu nome à região situada na fossa interpeduncular. JORDANA HONORATO – 75D FISSURA LONGITUDINAL DO CÉREBRO LOBO FRONTAL ESQUERDO LOBO FRONTAL DIREITO 8 LOBO TEMPORAL Limite superior: sulco lateral ou de Sylvius Limite anterior: polo temporal Limite posterior: limite imaginário, LINHA TEMPORO PARIETAL LATERAL – separa o lobo temporal do occiptal –, traçada a partir de pontos de referência da incisura pré occipital (pequena vista na borda inferior do LT). Tem 2 sulcos no sentido horizontal, os quais dividem o lobo temporal em giro temporal superior (GTS), giro temporal médio (GTM) e giro temporal inferior (GTI) No giro temporal superior tem-se uma área muito importante do cérebro, a ÁREA DE WERNICKE Centro cortical da palavra ouvida ou da compreensão Outro centro de linguagem – são dois –, responsável pela compreensão da palavra ouvida e escrita Não é visualizada pela face lateral, sendo necessária uma visão superior do LT Figura ao lado tem o corte transversal do cérebro, dá para ver o GTS de cima, a face superior dele – marcada pelos chamados Giros Temporais Transversos (geralmente um conjunto de 3 giros que entram transversalmente na superfície superior do LT) Primeiro desses giros é o GIRO TEMPORAL TRANSVERSO ANTERIOR (GIRO DE HESCHL), nele está localizada a área auditiva primária, chamada de Área de Wernicke. Existe em apenas um dos hemisférios, normalmente no lado esquerdo, assim como a área de broca JORDANA HONORATO – 75D CENTROS DE LINGUAGEM 9 LOBO PARIETAL O limite anterior do lobo parietal é o sulco central O limite posterior do lobo parietal na face medial é o sulco parieto-occiptal Começa na face dorso lateral e tem final no sulco subparietal (continuação do sulco do cíngulo) Posteriormente ao ramo marginal do sulco parietal e ao ramo sub pariental, tem o PC PRÉ-CÚNEUS: localizado anteriormente ao sulco parieto-occiptal, está entre o ramo marginal e o ramo sub parietal do sulco sub parietal e o sulco parieto-occiptal – que divide o LP do LO. Abaixo do sulco do cíngulo, tem o giro do cíngulo que, em sua porção final, se estreita formando o istmo do giro do cíngulo, dirigindo-se a base do cérebro onde continua no giro para-hipocampal. Estruturas importantes pois fazem parte do sistema límbico, um sistema ligado a emoções. FACE DORSOLATERAL Entre o sulco central e o sulco pós central tem-se o giro pós central: área sensitiva O LP não apresenta um limite posterior bem definido, sendo marcado por uma linha imaginária que vai da incisura pré-occiptal ao sulco parieto-occiptal da face medial Na face dorsolateral tem-se o sulco intraparietal, que é perpendicular ao sulco pós central, que é paralelo ao sulco central – limite anterior O sulco intraparietal divide o lobo parietal em lóbulos: lóbulo parietal superior e lóbulo parietal inferior JORDANA HONORATO – 75D SULCO DO CÍNGULO SULCO SUB PARIETAL Sulco Pós Central 10 O lóbulo parietal inferior se divide em giro supra marginal – encontra ele localizando o sulco lateral ou de sylvius, e em sua porção final tem o sulco supra marginal, em torno nas margens do sulco lateral – e o giro angular (faz um ângulo em torno do sulco temporal superior) LOBO OCCIPTAL É o lobo mais posterior do cérebro Tem importância em relação a visão (centro cortical da visão) Limites da face dorso lateral: ANTERIOR: limite posterior do lobo parietal (linha imaginária da incisura pré-occiptal ao sulco parietal occiptal – visível apenas na face medial dos hemisférios cerebrais) POSTERIOR: polo occiptal Apresenta várias circunvoluções (giros), que são divididos por sulcos, como o restante do córtex do telencéfalo Sem sulcos ou giros específicos para serem destacados na face dorso lateral JORDANA HONORATO – 75D SULCO LATERAL SULCO TEMPORAL SUPERIOR OCCIPTAL 11 Na face medial do lobo occipital temos: Limite anterior: sulco parieto-occiptal (divide o lobo parietal do occipital) Sulco Calcarino: se dirige ao sulco parieto-occiptal, importante pois nos seus lábios temos o centro cortical da visão (onde as imagens captadas pelo globo ocular são interpretadas para enxergarmos, então lesões no LO que acomete esses lábios, estruturas adjacentes, podem deixar o paciente com defeito do campo visual e se ela é bilateral pode deixar o paciente cego, pois apesar de ele receber a imagem, ela não é interpretada) Entre o sulco calcarino e o sulco parieto occipital temos o CÚNEUS Abaixo de sulco calcarino tem o Giro Occipto Temporal Medial, que vai continuar na base do crânio. FACE INFERIOR DO TELENCÉFALO Nela temos: Sulco occipitotemporal Sulco colateral Sulco hipocampal Uncus Hipocampo GOTM: giro occipito temporal medial Vimos ele na face medial do occiptal, abaixo do sulco calcarino Continua na base em giro para hipocampal(hipocampo), medialmente a ele tem o sulco hipocampal, então esse giro faz uma proeminência medialmente em uma área que foi denominada úncus (relacionado a olfação) JORDANA HONORATO – 75D Corte Parasagital G I R O G I R O Sulco hipocampal 12 LOBO LÍMBICO É formado pelo giro do cíngulo (abaixo do sulco do cíngulo), pelo istmo do cíngulo (afilamento do sulco do cíngulo), pelo giro para-hipocampal (continuação do giro occipto temporal medial) e úncus O córtex cingular é região receptora dos impulsos das emoções Importante pois está relacionado as emoções e ao comportamento Esse envolve também o hipocampo, uma área relacionada a memorização ESTRUTURAS RELACIONADAS AO TELENCÉFALO CORPO CALOSO É a maior das comissuras inter-hemisféricas É constituído por fibras mielinizadas A comissura é responsável por ligar áreas homólogas, ou seja, semelhantes, entre os hemisférios cerebrais São fibras de associação, que associam áreas semelhantes do cérebro Ao se cortar entre os dois hemisférios pode-se ver um trato arqueado de fibras, que é o corpo caloso O corpo caloso se divide em algumas áreas: Joelho do corpo caloso Rostro: afinamento do joelho, termina na lâmina rostral Lâmina rostral Tronco do corpo caloso: área principal e maior Esplênio do corpo caloso ou Porção posterior do corpo caloso – dorsalmente a pineal e aos colículos superiores do mesencéfalo: dilatação final JORDANA HONORATO – 75D CORTE SAGITAL Estamos visualizando a face medial (face plana) do cérebro. Corte entre os dois hemisférios. 13 O corpo caloso liga estruturas semelhantes entre os hemisférios cerebrais, exceto entre os lobos temporais, que é associado pela comissura anterior, também constituída por fibras mielinizadas que ligam estruturas semelhantes do cérebro (IMAGEM) Ambos hemisférios cerebrais, separação pela fissura longitudinal, a qual no final termina no corpo caloso FÓRNIX É um trato arqueado de fibras, constituído por metades simétricas e unidos no seu centro sob o corpo caloso São separados nas extremidades Formado também por fibras mielinizadas, porém não de associação – ou seja, não são aquelas que unem estruturas semelhantes entre os hemisférios cerebrais –, mas sim fibrasde projeção, que unem estruturas dentro do mesmo hemisfério cerebral Apresenta íntima relação com o hipocampo Se subdivide em partes: Coluna do fórnix ou parte mais anterior Corpo do fórnix ou porção central Perna do fórnix ou porção posterior O fórnix une o corpo mamilar e o hipocampo, conectando essas estruturas. CORTE SAGITAL Estamos visualizando a face medial (face plana) do cérebro. CORPO DO FÓRNIX JORDANA HONORATO – 75D 14 (IMAGEM) Corte para-sagital O fórnix vai conectar o corpo mamilar, passando pela coluna, pelo corpo, pelas pernas mais posteriores – não dá para visualizar nessa imagem –, terminando no hipocampo. (IMAGEM) Tem-se um corte transversal, em que pode-se ver no interior o corpo mamilar – representado por essas fibras tracejadas. Anteriormente, teríamos a coluna do fórnix(anterior); depois o corpo do fórnix (central) e posteriormente, a perna do fórnix(posterior), chegando ao hipocampo. A comissura do fórnix são fibras que ligam a porção central do fórnix. CORPO CALOSO COMISSURA ANTERIOR JORDANA HONORATO – 75D 15 HIPOCAMPO O hipocampo é uma proeminência de aspecto curvo no interior do corno inferior do ventrículo lateral É constituído do mesmo tecido do giro parahipocampal, portanto fala-se que o hipocampo é a porção desse giro que rolou para dentro do corno inferior do ventrículo lateral (corno temporal) que está no interior do lobo temporal. O hipocampo é uma área semelhante embriologicamente ao giro parahipocampal. Ele é comparado a um cavalo marinho, com cabeça, corpo e cauda JORDANA HONORATO – 75D 16 O hipocampo é uma área muito importante, pois está relacionado a memória recente Faz a memorização recente, para essa depois se tornar uma memória antiga. Doenças que atrofiam o hipocampo ou levam a sua degeneração (como Alzheimer) levam a uma perda, principalmente, da memória recente – por isso continua lembrando de fatos muito antigos. Está relacionado também ao comportamento, devido a sua relação com o sistema límbico. NÚCLEOS DA BASE No interior do centro branco medular existem massas de substância cinzenta, chamadas de núcleos da base Substância branca (centro branco medular): interior do cérebro, constituído por fibras nervosas mielínicas – aferentes (leva estímulos ao córtex), eferentes (dele para o corpo) e de associação. Conectam o córtex ao tronco encefálico, ao cerebelo e à medula. O núcleo caudado não é visto como um todo na maioria dos cortes transversais devido ao seu formato alongado, que se relaciona em todo o seu trajeto com o ventrículo lateral. Apresenta uma extremidade anterior mais dilatada, chamada de cabeça do núcleo caudado, projetando-se no soalho do/sobre o corno anterior do ventrículo lateral. O corpo do núcleo caudado fica no soalho da porção central do ventrículo lateral – não é possível visualizar nesse tipo de corte. A cauda do núcleo caudado é um afilamento do corpo, a qual tem correlação com o corno occipital ou posterior do ventrículo lateral O núcleo lentiforme – destacado na imagem de cima por essa linha em vermelho e em azul na imagem à direita –, lembra a uma lente biconvexa ou a uma castanha do pará, e situa-se profundamente a ínsula. CORTE TRANSVERSAL Na altura da ínsula ÍNSULA JORDANA HONORATO – 75D 17 É separado por uma lâmina de substância branca do claustrum (constituída de substância cinzenta). Externamente a ele tem-se a cápsula extrema. Medialmente ao internamente a cápsula externa e depois o núcleo lentiforme. É dividido em Putamen e Globo pálido O Putamen tem semelhança em função com a cabeça do núcleo caudado. Então os dois juntos são chamados de Striatum. A cápsula interna é formada por fibras, tanto aferentes quanto eferentes, que conectam o córtex cerebral com estruturas do tronco encefálico e da medula. Em formato de boomerang: perna anterior, joelho e perna posterior dessa cápsula Não é um núcleo da base. Tem uma função muito importante, por isso é necessário destacá-la nesse corte. VENTRÍCULOS LATERAIS São as cavidades presentes no telencéfalo O septo pelúcido é uma fina lâmina de tecido nervoso que separa os ventrículos laterais, que estão no interior dos hemisférios cerebrais Está localizado entre a coluna do fórnix e o joelho do corpo caloso CORTE TRANSVERSAL VISÃO POSTERIOR DE UM CORTE CORONAL AQUEDUTO CEREBRAL CORTE SAGITAL JORDANA HONORATO – 75D 18 Os ventrículos laterais se comunicam com o III ventrículo, para que haja uma circulação de liquor ao longo do sistema nervoso central, por meio do forame interventricular ou forame de Monro Os forames comunicam os ventrículos e eles com os espaços subaracnóideos para que aja a circulação liquórica. Liquor é produzido pelo plexo corioide. Passa pelo aqueduto cerebral chegando ao IV° Ventrículo, depois sai para o espaço subaracnóideo pelo forame de Magendi, para circular no espaço subaracnóideo (representado pelas setas brancas), para envolver o sistema nervoso central exercendo a sua função de proteção hidráulica. O plexo corioide do ventrículo lateral é uma continuação do plexo corioide do IIIº ventrículo através do forame interventricular. Ele segue pelo soalho, pelo sua parte central, depois ele alcança o corno inferior do ventrículo lateral. Os cornos anterior e posterior dos ventrículos laterais não possuem plexo corioide. Geralmente o plexo corioide, responsável pela produção de liquor, nos ventrículos laterais está no corno inferior. Enquanto, no III° ventrículo está na região mostrada, exercendo a sua função de produção liquórica. Subdivisões dos VENTRÍCULOS LATERAIS. O corno frontal do ventrículo lateral correlacionando-se com o lobo frontal O trígono colateral do ventrículo lateral se divide em corpo occipital (correlaciona com o lobo occipital) e corno temporal ou inferior (correlaciona com o lobo temporal) SEPTO PELÚCIDO JORDANA HONORATO – 75D 19 PLEXO CORIÓIDE São tufos vasculares responsáveis pela produção de liquor, o qual tem densidade semelhante ao plasma, (importante por ser um amortecedor hidráulico e fornecer informações a respeito do SNC). Logo, em casos de suspeita de infecção, como nas meningites e nas encefalites, as características do liquor nos auxilia a definir o motivo dessa inflamação, dessa infecção do SNC. Além disso, nos casos de hemorragia em que as imagens não são esclarecedoras, como, por exemplo, nas hemorragias subaracnóideas, em que tem sangue nesse espaço mas a tomografia não mostra – é em uma minoria do casos –, aí a punção lombar auxilia um neurologista/neurocirurgião no diagnóstico. (IMAGEM) O plexo corioide do III ventrículo passa pelo forame interventricular, pela face inferior do ventrículo lateral e continua no corno inferior do ventrículo lateral ou corno temporal Não existe plexo corioide no corno frontal e occipital; mas sim na parte basal, central do ventrículo lateral e no corno inferior. VENTRÍCULO LATERAL TERRITÓRIO DO PLEXO BRAQUIAL DO IIIº VENTRÍCULO JORDANA HONORATO – 75D 20 MENINGES Semelhante às meninges da medula Em corte transversal temos, de dentro pra fora: Pia-máter: meninge mais próxima, mais aderida ao encéfalo, que é uma LEPTOMENINGE Espaço subaracnóideo: preenchido por liquor, entre a pia-máter e a aracnoide, ele é real. Aracnóide: representada em vermelho, é conectada a pia-máter por trabéculas, que lembram fios de teia de areia Entre a pia-máter e o tecido cerebral não existe espaço, ele é virtual Dura-máter: mais espessa e resistente, sendo uma PAQUIMENINGE. Apresenta um folheto externo e um interno e entre eles existe um seio, para onde ocorrea drenagem de sangue das veias que fazem a drenagem do cérebro, depois disso os seios vão drenar para fora da cavidade craniana. Entre a dura-máter e a aracnoide não existe espaço, ou seja, o espaço subdural é virtual. Entre a dura-máter e o osso não existe espaço, ou seja, o espaço epidural é virtual Os espaços virtuais, em situações patológicas, podem estar preenchidos, por exemplo, por sangue, por pus. No interior do seio tem as granulações aracnoideas, que são tufos de aracnóide que penetram no interior dos seios da dura-máter, mais frequentemente no seio sagital superior. Têm como função a reabsorção de liquor, para que aja um equilíbrio entre a produção liquórica no SNC. Uma falha nesse processo, leva a um acúmulo de liquor e vai ocorrer um aumento dos ventrículos, o que é chamado de hidrocefalia. CÓRTEX CEREBRAL CENTRO BRANCO MEDULAR JORDANA HONORATO – 75D 21 A dura-máter apresenta formações especiais: Os seios da dura-máter: cavidades tubulares, revestidas de endotélio que contém sangue venoso. Foice do cérebro: lâmina em forma de foice, formada pela dura-máter, que entra na fissura longitudinal do cérebro e separa os dois hemisférios cerebrais Tenda do cerebelo: separa o cerebelo – que fica na fossa posterior – dos hemisférios cerebrais A incisura da tenda é onde a tenda se adere e por onde vai passar o tronco encefálico Seios: estruturas tubulares, espaço entre o folheto interno e externo da dura-máter, por onde passa sangue o apontado é o seio sagital superior, o ponto de intersecção é chamado de confluência do seio, a direita e a esquerda, seios transversos, que vão terminar em sigmoide drenando para a veia jugular para sair do crânio. O embaixo à direita do sagital superior, do lado da confluência do seio, é o seio reto. Hemisférios cerebelares posteriormente. Foice do cérebro: conectando o seio sagital superior com o interior e dividindo os hemisférios cerebrais. Tenda do cerebelo: separa o cerebelo dos hemisférios cerebrais (lobos occipitais) que estariam a cima. Termo supratentorial: estruturas acima da tenda do cerebelo Termo infratentorial: estruturas abaixo da tenda do cerebelo Foice do cerebelo: pequeno septo sagital entre os hemisférios cerebelares Abertura da tenda para ver que no interior estaria um hemisfério cerebelar *Cerebelo é posterior lobo mais posterior do cérebro JORDANA HONORATO – 75D 22 No espaço subaracnóideo tem-se as CISTERNAS SUBARACNÓIDEAS. Locais em que o espaço subaracnóideo é dilatado Cisterna Magna: localiza-se posteriormente ao bulbo e abaixo do cerebelo Posteriormente ao mesencéfalo, aos corpos quadrigêmeos ou aos colículos, tem-se as Cisternas Ambies Anteriormente ao quiasma, tem-se a Cisterna Quiasmática Anteriormente aos pedúnculos cerebrais, que conectam a ponte ao cérebro e são estruturas mesencefálicas, tem-se a Cisterna Interpeduncular Anteriormente a ponte tem-se a Cisterna Pontina Essa imagem é um corte sagital, vê-se a face medial do cérebro. Logo, não é possível a visualização da Cisterna da fossa lateral do cérebro ou Cisterna de Sylvius, nem da Cisterna Cerebelo Pontina ou Ângulo Pontocerebelar Nessa imagem dá para ver o caminho do liquor também, chamada de CIRCULAÇÃO LIQUÓRICA. PLEXO CORIOIDE: produzindo liquor GRANULAÇÃO ARACNOIDEA: absorvendo líquido Forame interventricular, passa pelo aqueduto cerebral chegando ao IV° Ventrículo, III° Ventrículo, depois sai para o espaço subaracnóideo pelo forame de Magendi, para o liquor circular nesse espaço (representado pelas setas brancas), para envolver o sistema nervoso central exercendo a sua função de proteção hidráulica. JORDANA HONORATO – 75D
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