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Características dos Insetos

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Hexápodes 
O que os insetos têm em comum com o pilo Arthropoda: 
1) Corpo segmentado com exoesqueleto quitinoso trocado periodicamente. 
2) Apêndices pareados e articulados. 
3) Coração dorsal com pares de ostias e pericardium presente. 
4) Cavidade do corpo formado por hemocele (sistema circulatório aberto). 
5) Musculatura formada por fibras musculares estriadas. 
6) Simetria bilateral. 
7) Sistema nervoso central e ventral constituído por cérebro e cordão nervoso ventral ganglionado 
Características de Incesta 
1) Corpo dividido em cabeça, tórax e abdome. 
2) Um par de antenas. 
3) Um par de mandíbulas. 
4) Dois pares de maxilas (maxila e lábio). 
5) Tórax apresentando três pares de patas e geralmente dois pares de asas. 
6) Abdome desprovido de apêndices ambulatórios. 
7) Abertura genital situada próxima à extremidade anal do corpo. 
8) Desenvolvimento geralmente por metamorfose (completo ou incompleto). 
ORGANIZAÇÃO GERAL DO INSETO 
-Exoesqueleto e endoesqueleto: 
1) Suporte (forma e limite). 
2) Proteção do corpo (choques mecânicos e substâncias químicas). 
3) Transferir forças geradas pela contração dos músculos. 
4) Influencia condução de substancias para fora e interior do corpo tais como água e oxigênio. 
5) Exoesqueleto formado por placas esclerotizadas (escleritos). 
6) Endoesqueleto formado por invaginações do exoesqueleto: apófises (estrutura sólida) e apodema (estrutura não 
sólida, oca) para suporte e ligamento de músculos. 
7) Composição de dentro para fora: epiderme (celular), membrana basal (acelular) e cutícula. 
8) Epiderme secreta a pró-cutícula, que sofrerá esclerotização, dando origem à cutícula. 
9) Cutícula. 
10) Região superior do corpo designa-se noto, a inferior esterno e a lateral pleura. 
-Características da cutícula: 
1)Polissacarídeos e quitina (açúcar N-acetilglucosamina - (C8H13O5N)n, insolúvel em água, ácidos diluídos e 
solventes orgânicos) em uma matriz protéica. É uma amida entre glicosamina e ácido acético. 
2) A cutícula forma: Camada externa do corpo e invaginações (endoesqueleto), sistema traqueal, partes do canal 
alimentar, partes do sistema reprodutor, algumas glândulas. 
3)Função da cutícula: determina a forma do inseto, relativa impermeabilidade e ligamento de músculos. 
4)Divisão da cutícula: 
* Epicutícula (não esclerotizada) – ausência de quitina, camada lipoprotéica e camada de cera. 
* Exocutícula (esclerotizada) 
* Mesocutícula (parcialmente esclerotizada, em geral ausente). 
* Endocutícula (não esclerotizada) – forma membranas intersegmentares que conectam os escleritos. 
 
 A camada de cera da epicutícula é muito importante para insetos terrestres limitando a perda de água. 
 A exo, meso e endocutícula são permeáveis. 
Mais importante à preservação de água quanto menor for o inseto (relação superfície/volume). 
Insetos com ausência de camada de cera vivem em ambientes aquáticos ou de alta umidade. 
 
-Principais formações cuticulares: 
1) Cerdas ou macrotríquias (origem celular): pelos de cobertura, escamas, cerdas glandulares, cerdas sensoriais. 
2) Microtríquias: pelos fixos ou acúleos, sendo acelulares, tais como as asas de díptero. 
3) Esporas (origem multicelular): ocorrem frequentemente em patas. 
4) Espinhos (acelular). Cabeça: Os apêndices da cabeça, modificados e especializados: lábio, maxila, mandíbula, labro 
e antena  Especializado para obter e manipular o alimento, percepção sensorial, coordenação nervosa e 
defesa. A cabeça contém: olhos compostos (forma imagem), ocelos (percepção de luz), estemas (forma imagem, 
insetos imaturos), antenas e aparelho bucal. 
-Posição das peças bucais: 
 
1) Hipognato – peças bucais voltadas para traz, condição ancestral: gafanhoto, lavadeira, dentre outros. 
2) Prognato – dirigido anteriormente (para frente): predadores, brocadores, minadores, dentre outros. 
3) Opistognato – dirigidas posteriormente: sub-ordem Auchenorrhyncha (antigo Homoptera), tais como cigarrinhas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Antena 
1) Um par de apêndices segmentados. 
2) Situada entre ou abaixo dos olhos compostos. 
3) Divisão: escapo, pedicelo e flagelo (segmentado: flagelomeros). 
4) Implantada na cavidade antenal, membranoso, contornado pelo esclerito anelar que possui um processo 
denominado antenífera (ponto de articulação para o escapo). 
5) Função: tátil, olfato, para acasalamento (pulga e Collembola), reter bolhas de ar (Hydrophilus) e em alguns 
casos é auditivo. 
Tipos de antenas: 
a) Antena aristada: flagelo com um único antenômero globoso e com um pelo (arista). Antena típica das 
moscas. 
b) Antena moniliforme: segmentos arredondados. Encontrada em cupins. 
c) Antena capitada: semelhante à clavada, mas com o último antenômero mais dilatado. Encontrada em alguns 
besouros. 
d) Antena Fusiforme: parecida com a antena clavada, mas na sua extremidade final, pode-se notar um formato de 
fuso. Encontradas na família Hesperiidae. 
e) Antena lamelada: os três últimos antenômeros são expandidos em forma de lâminas que se sobrepõem. 
Antena típica de Scarabaeidae. 
f) Antena furcada: flagelo é subdivididos, em formato de Y. Encontrada em machos de alguns lepidópteros. 
g) Antena pectinada: antenômeros com expansões laterais longas e finas, semelhantes a um pente. Encontrada 
em algumas mariposas. 
h) Antena geniculada: possui escapo longo, com o flagelo dobrando-se em angulação proeminente, semelhante 
a um joelho. Típica de himenópteros. 
i) Antena filiforme: todos os antenômeros são semelhantes em tamanho e alongados. Presente em baratas. 
j) Antena clavada: porção distal (flagelo) possui uma dilatação, parecida com uma clava. Encontrada em borboletas. 
k) Antena setácea: antenômeros apresentam diminuição de tamanho de forma gradual, da base ao ápice. 
Encontrada em gafanhotos e serra -paus. 
 
Aparelho bucal: 
1) Aparelho bucal típico: labro, mandíbula, lábio e hipofaringe. 
2) Tipo de aparelho bucal determina como o inseto se alimenta e o tipo de dano. 
Tipo de aparelho bucal: 
Sugador – formado por uma probóscide, apresentando aspecto de um tubo enrolado sobre si mesmo, 
desenrolando-se quando o animal se alimenta. 
 Sugador maxilar: A modificação ocorre somente nas maxilas sendo as demais peças atrofiadas. 
 As gáleas dasmaxilas transformam-se em duas peças alongadas e internamente sulcadas de modo que 
formam um canal por onde o alimento é ingerido. O conjunto assume o aspecto de um tubo longo e 
enrolado, denominado de espirotromba. 
 É encontrado somente nas borboletas e mariposas. 
 Não perfura, apenas suga o alimento. 
 Quando não está se alimentando o aparelho bucal se enrola formando a espirotromba. 
Sugador labial: Ex: Diptera Apresenta as peças bucais modificadas em estiletes ou atrofiadas, com exceção do 
labro que é normal, mas pouco desenvolvido. 
 O lábio se transforma em um tubo chamado haustelo, rostro ou bico , que aloja os demais estiletes. 
 As maxilas têm função perfuradora, por isso são maisserreados, os demais estiletes têm função sugadora 
Sugador picador – formado por uma projeção tubular semirrígida, comum em animais transmissores de doenças 
(vetores).Exemplo: mosquito Aedes aegypti. 
Mastigador / triturador – geralmente caracterizando o aparelho bucal dos insetos herbívoros ou predadores. 
Exemplo: besouros. 
 Cortar, mastigar, manipular o alimento (ex.: grilos, gafanhotos, baratas). 
 Rasparcomo em alguns casos de larvas de insetos aquáticos. 
 Predar como é o caso de larvas de Neuroptera. 
 Defesa como soldados de cupins e de formigas. 
 Transporte de alimento, ovos e larvas como em casta de formigas cortadeiras. 
 Segurar a fêmea no ato da cópula como em alguns besouros. 
 Moldar cera, barro ou excremento (ex.: abelhas, algumas vespas e besouros). 
 
Lambedor – formado por um prolongamento tubular, utilizado na absorção de alimentos líquidos. Exemplo: abelhas. 
 Labro e mandibulas do tipo mastigador, as maxilas e o lábio são alongados e unidos em forma de 
língua lambedora. 
 Mandíbulas usadas para carregar objetos e moldar cera. As demais peças para lamber néctar e líquidos 
(abelhas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TORAX 
 
1) Região locomotora do inseto: pernas e asas. 
2) Três segmentos: protórax, mesotórax e metatórax. 
 Protórax: está unido à cabeça. Somente ele é desprovido de asas, todavia apresenta o primeiro par de pernas; 
 Mesotórax: segmento mediano. Geralmente possui um par de pernas e um par de asas; 
 Metatórax: liga-se ao abdome. Geralmente possui um par de pernas e um par de asas. 
 
3) Espiráculos: um no mesotórax e um no metatórax. 
4) Noto (região dorsal): dividio em pronoto, mesonoto e metanoto 
5) Esterno (região inferior): prosterno, mesosterno e metasterno. 
6) Pleura (região lateral): propleura, mesopleura e metapleura. 
*Na fase adulta, todos os insetos apresentam seis pernas (hexápodes). 
**Com relação ao número de asas podem ser ápteros (sem asas), dípteros (duas asas) e tetrápteros (quatro asas –
maioria dos insetos). 
 
 
Pernas: 
1) Tipicamente seis segmentos: coxa, trocanter, fêmur, tíbia e tarso (dividido em tarsomeros, último segmento com 
as unhas: pré-tarso). 
2) Unhas: arólios, empódio e pulvilos. 
3) Tipos de perna: 
* Ambulatórias - não apresentam modificações especiais (ex.: borboletas, bicho-pau). 
* Saltatórias - fêmur das patas metatorácicas fortemente desenvolvido (ex.: gafanhotos, esperanças, Alticinae – 
Coleoptera: Chrysomelidae), pulgas. 
* Natatórias – adaptações mais na meta e mesotorácicas, alargadas, achatadas e providas de abundantes pelos. 
* Raptatóriais – protorácicas com fêmur, tíbia e tarsos providos de espinhos fortes, secreção adesiva (ex.: louva-Deus, 
barata d’água, percevejos predadores). 
* Fossoriais – patas protorácicas modificadas como órgãos cavadores (ex.: paquinhas). 
* Preensoras – agarrar ao pelo dos hospedeiros (ex.: piolhos). 
* Coletoras – superfície externa da tíbia contém longos pêlos, formando uma espécie de cesto denominado corbícula, 
onde o pólen é transportado (Ex.: terceiro par de pernas das abelhas e mamangabas). 
*Escansoriais - tíbia, o tarso e a garra tarsal apresentam uma conformação típica que possibilita ao inseto agarrar ao 
pelo do hospedeiro (piolhos hematófagos). 
– Coxa: normalmente curta e grossa; articula-se ao tórax por meio 
da cavidade coxal 
– Trocanter: segmento curto entre a coxa e o fêmur; as vezes 
dividido em duas partes não articuladas entre si. 
– Fêmur: parte mais desenvolvida da perna; fixa-se ao trocanter e às 
vezes diretamente à coxa deslocando o trocanter lateralmente. 
– Tíbia: segmento delgado, quase tão longo quanto o fêmur; pode 
apresentar espinhos e esporões. 
– Tarso: porção articulada; possui artículos chamados de 
tarsômeros (variam de 1 a 5). 
– Pós-tarso: parte distal da perna; pode apresentar garras tarsais, 
pulvilo, empódio e arolio. 
 
 
 
 
 
 
 
Asas: 
1) Evaginações do corpo entre noto e pleura, dorso lateralmente. 
2) Desenvolvidas, em forma de ventarola, achatadas, fortalecidas por nervuras esclerotisadas. 
3) Nervuras: estruturas tubulares que podem conter nervos, traqueias e hemolinfa. 
4) Padrão de venação (células) variável em diferentes grupos. Utiliza-se mais a classificação de Comstock – 
basicamente terminologia para nervuras longitudinais e transversais. 
5) Maioria dois pares de asas, exceção Diptera e Strepsiptera (um par de asas). 
6) As asas podem ter movimentos independentes ou coordenados devido às asas posteriores estarem encaixadas nas 
anteriores por ganchos. 
Tipos de asas: 
* membranosas – finas, transparentes com nervuras distintas. 
* tégminas – asas anteriores, mais ou menos coriáceas, com nervuras visíveis. 
* élitros – anteriores córneas, duras, sem nervuras visíveis. 
* hemiélitros – anteriores mais ou menos metade anterior coriácea e metade apical membranosa 
 
ABDOME 
1) Simples em estrutura: originalmente 11 segmentos. 
2) Cada metâmero contem: tergo, esterno e pleura (membranosa, raramente encontrando-se pleuritos). 
3) Serve para conter: 
 As vísceras – Produzir a maior parte dos movimentos respiratórios com pares de espiráculos em cada 
metâmero, localizado nas pleuras. 
 Abertura dos condutos genitais, associados aos órgãos de cópula (genitália) e postura. 
 Abertura do canal digestivo. 
4) Apêndices abdominais: Os insetos apresentam em seu desenvolvimento embrionários certos apêndices abdominais 
que em geral desaparecem com a eclosão da larva ou ninfa, mas que em muitos casos permanecem após a eclosão 
para se transformar em estruturas funcionais 
*Sifúnculo e cauda: São estruturas presentes nos pulgões (hemíptera Sternorryncha). O sifúnculo está relacionado 
com a produção de feromônio de alarme. A cauda é uma estrutura localizada entre os sifúnculos e são responsáveis 
pela eliminação das fezes açucaradas do pulgão, jogando-as longe como um sistema de catapulta. 
*Cercos: São estruturas sensoriais (cerdas) que podem ou não apresentar segmentações, podem ainda auxiliar na 
cópula (barata) e exercer função preensora (tesourinha). 
*Brânquias: Comum em náides (ninfas) de insetos aquáticos é utilizada para respiração. 
*Ovipositor: Estrutura utilizada para ovipositar os ovos em plantas, ou hospedeiros. Em himenópteras oovipositor se 
atrofia formando o ferrão. 
Sistema circulatório: 
Na maioria dos insetos, o "sangue" é incolor e chamado de hemolinfa. 
A circulação é do tipo lacunar ou aberta. 
O coração é dorsal e bombeia a hemolinfa para a extremidade anterior, fazendo-a atingir lacunas corporais ou 
hemocelas onde, lentamente, ocorrem as trocas (nutrientes por excretas) nos tecidos. 
Nos insetos as trocas de gases na respiração não são feitas pelo sistema circulatório. 
O retorno da hemolinfa ao coração se dá por pequenos orifícios laterais (óstios) existentes nas paredes do órgão. 
Sistema respiratório: 
Os insetos respiram por traqueias, pequenos canais que ligam as células do interior do corpo com o meio ambiente. 
Cada túbulo traqueal se ramifica e gera túbulos cada vez mais delgados que penetram nas células, oxigenando-as e 
removendo o gás carbônico como produto da respiração. 
Movimento de contração dos músculos abdominais renovam continuamente o ar das traqueias, de modo semelhante 
a um fole. 
Sistema digestório: 
Três porções do tubo digestório: anterior, médio e posterior. 
 As porções anterior e posterior são revestidas internamente por quitina. 
 A porção anterior é responsável principalmente pelo tratamento mecânico dos alimentos, embora possa haver 
atuação de enzimas digestivas produzidas na porção média. 
 É na porção média que acontece a digestão química, a partir de enzimas provenientes de suas paredes ou de 
praguejamentos formados nessa região. 
 A porção posterior é responsável pela reabsorção de água e elaboração das fezes. 
Na boca, desembocam duas glândulas salivares cuja secreção inicia o processo de digestão química. Destaca-se ainda, 
no tubo digestório, um papo de paredes finas, e uma moela de paredes grossas. No papo ocorre a ação de diversas 
enzimas digestivas e na moela se dá a trituração do alimento. A seguir, o alimento é conduzido ao intestino, onde 
existem algumas projeçõestubulares em fundo cego, os cecos. Nesses dois locais, a digestão química prossegue e 
ocorre a absorção do alimento digerido, que é enviado para o sangue. 
Sistema excretor: 
 Os túbulos de Malpighi se localizam no limite entre a porção média e a porção posterior do intestino. 
 Cada túbulo possui fundo cego e mergulha nas lacunas do corpo, de onde retira as impurezas e as descarrega 
no intestino para serem eliminadas com as fezes. 
O produto de excreção nitrogenada dos insetos é o ácido úrico, substância que requer pequeníssima quantidade de 
água para a sua eliminação (outro fator importante na adaptação dos insetos ao meio terrestre). 
Sistema reprodutor: 
Os insetos têm sexos separados e a sua fecundação é interna. 
São animais ovíparos, que podem apresentar três tipos de desenvolvimento: 
 Ametábolos: Ocorre em Apterygota. Ex.: Ordem Thysanura. A forma jovem é uma “versão” do adulto, 
diferenciando em tamanho e maturidade sexual. Ocorrem crescimento e maturação dos órgãos reprodutivos 
e genitália externa. Adultos e jovens vivem no mesmo meio, ocorrendo competição por recursos. 
 
*Indireto, com metamorfose gradual ou incompleta: 
desenvolvimento hemimetábolo (hemi = meio). 
Exs.: gafanhoto, barata, percevejo. 
Do ovo eclode uma forma chamada ninfa, que é semelhante 
ao adulto (ou imago), mas que não tem asas desenvolvidas. 
Observa-se o desenvolvimento gradual das asas (teças 
alares) nos imaturos e asas funcionais nos adultos. 
 
*Indireto, com metamorfose completa: desenvolvimento holometábolo (holo = total). 
Exs: Borboletas, moscas e pulgas. Do ovo eclode uma larva, também chamada lagarta, bastante distinta do adulto. 
Essa larva passa por um período que se alimenta ativamente, para depois entrar em estágio denominado pupa, quando 
ocorre a metamorfose: a larva se transforma no adulto ou imago, 
que emerge completamente formado. As larvas de algumas 
espécies de borboleta ou de mariposas produzem um casulo que 
protege a pupa. Depois de adulto, o inseto holometábolo não sofre 
mais mudas e, portanto, não cresce mais. A fase da larva pode 
durar de meses até mais de um ano, e a fase adulta pode durar de 
uma semana á alguns meses. A duração dessas fases depende da 
espécie. 
 
Tipos de larva: 
Larva polípode: É o tipo comum das larvas de lepidópteras, denominada de largatas. Apenas 1% dessesinsetos 
pertence à ordem himenóptera, os outros 99% pertencem à ordem lepidóptera.Apresenta três pares de pernas 
torácicas, um em cada segmento do tórax, e 4 pares depseudópodes abdominais e um par anal. Mais de quatro pares 
abdominais só é encontrado em himenóptera 
Larva Oligópdes: pernas torácicas bem desenvolvidas e não apresentam falsas pernas. Podem ser campodeiformes 
(Larva com três pares de pernas torácicas alongadas. Ágil, predadora, como as das joaninhas (Coleoptera: 
Coccinelidae), aparece em muitas outras famílias de Coleoptera e também em Neuroptera.) e escarabeiformes (Larva 
recurvada em forma de um “C”, com três longos pares de pernas torácicas, com muitas dobras no tegumento e o 
último segmento abdominal desenvolvido Coleoptera: Scarabaeidae, Passalidae, Trogidae etc.).) 
Larva ápode: Larva ápoda em que muitas vezes a cabeça não é diferenciada. Geralmente é afiladas e branco-leitosas. 
A parte anterior desta larva é mais estreita que aparte posterior da larva. 
Tipos de Pupa 
A pupa é a segunda fase pós-embrionária que se caracteriza por aparente dormência. São sensíveis e respiram 
intensamente. Podem ser separadas nos seguintes grupos: 
A)Pupa obtecta: Pupa com os apêndices intimamente ligados ao corpo, apenas o abdome é livre. É possível apenas 
visualizar o formato em alto relevo dos apêndices. Quando os insetos empupam no solo a pupa fica em formato reto 
(charuto), quando empupam sobre partes aéreas de plantas como galhos as pupas ficam curvadas. A pupa pode ainda 
ser protegida por um casulo. 
B)Pupa livre ou exarata: Pupa com apêndices visíveis e afastados do corpo, comum em himenóptera. 
C)Pupa coarctada: Pupa envolvida pela exúvia do último instar, portanto nenhum apêndice do futuro inseto é visível. 
Comum em dípteras. 
 
Ovos: 
Os ovos podem ser ovipositados isolados ou em massa, no caso desta última sempre há uma secreção protetora 
envolta a massa de ovos. 
Os ovos ainda podem pedunculados, como ocorre em neuropteras, onde o inseto adulto utiliza uma secreção e molda 
um pedúnculo elevando o ovo de modo que predadores não alcançamos ovos. 
Alguns insetos ainda protegem os ovos em ootecas, que são estruturas rígidas. Muito comum em baratas e Louva-
Deus. 
Crescimento dos insetos: 
1) Conceito geral: os insetos crescem por meio de mudas 
2) Discussão: o dogma do crescimento dos insetos apenas pelo processos de mudas se torna incorreto. Locke (1970) 
observou que na epiderme larval de Calpodes ethlius (Lepidoptera) ocorre replicação de DNA assim como divisões 
mitóticas durante os estágios intermediários. Também foi 44 observado o crescimento e esclerotização da cutícula 
por crescimento de aposição e aumento no tamanho das vísceras nessa espécie. 
Número de mudas 
1)As pressões evolutivas são para economizar o número de mudas nos jovens, pois assim estes ficam menos expostos 
aos inimigos naturais bem como diminui o tempo de geração da espécie, deixando mais descendentes por ano. 
2) As condições primitivas são encontradas nos Apterygota, onde muitas mudas ocorrem antes e depois de formado 
o adulto. 
3) Nos insetos Pterygota, o processo de muda é supresso no adulto. 
Processo de muda 
1) O fluido digere a velha endocutícula enquanto que a epiderme secreta uma nova procutícula. 
2) Quando o fluido digere completamente a velha endocutícula, a cutícula original se fratura na linha de fratura ou 
linha de ecdise. 
3) O inseto emerge e uma nova exocutícula pode se tornar rígida pelo processo de esclerotização. O processo de 
esclerotização ocorre apenas na exocutícula. 
4) Ainda não se conhece bem o principal estímulo de muda, podendo ser peso crítico ou tamanho crítico. Somente em 
algumas espécies de Hemíptera é conhecido o principal estímulo de muda que é a extensão do abdome. Em 
Lepidoptera sabe-se que o alcance de um tamanho crítico é importante, mas não se sabe como os insetos “medem” 
esse tamanho. 
Características gerais insetos 
1) corpo dividido em cabeça, tórax e abdômen 
2) 3 pares de pernas torácicas 
3) cabeça com 1 par de antenas e 1 par de olhos compostos 
4) 3 pares de estruturas alimentares (1 pa r de mandíbulas, 1 par de m axilas e um único lábio - fundido) 
5) maioria dos insetos com 2 pares de asas torácicas (ausentes em grupos primitivos e perdidas secundariamente 
em algumas ordens; p.ex.: em pulgas, piolhos, formigas) 
6) abdômen com órgãos reprodutores, digestivos e excretores 
7) trocas gasosas por sistema de traquéias, com estigmas = espiráculos, se abrindo no tórax e abdômen 
8) excreção (ácido úrico) é feita por túbulos de Malpighi 
9) coração tubular na porção dorsal do abdômen 
10) são essencialmente terrestres 
11) desenvolvimento geralmente envolve algum tipo de metamorfose 
12) parasitismo bem desenvolvido (p.ex.: pulgas, piolhos, moscas, vespas) 
13) organização em colônias presentes em duas ordens: Isoptera (cupins) e Hymenoptera (abelhas, vespas e 
formigas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Evolução asas insetos 
 
*As asas anteriores e seus derivados são mostrados em laranja, enquanto as asas posteriores e estruturas derivadas 
são mostradas em amarelo 
-Aerodinâmica – 2 modelos 
 A maioria dos insetos usa um método que cria um vórtice de borda de ataque em espiral 
 Alguns insetos muito pequenos usam o mecanismo de arremesso e palmas, ou mecanismo de Weis-Fogh , no 
qual as asas batem juntas acima do corpo do inseto e depois se separam. À medida que se abrem, o ar é 
sugado e cria um vórtice sobre cada asa. Este vórticeligado então se move através da asa e, no estalo, atua 
como o vórtice inicial para a outra asa. A circulação e a sustentação aumentam, ao preço do desgaste das asas. 
Muitos insetos podem pairar batendo suas asas rapidamente, exigindo estabilização lateral e também sustentação. 
Alguns insetos usam vôo planado, sem o uso de empuxo. É encontrada em algumas espécies de formigas arbóreas, 
conhecidas como formigas planadoras 
*Os primeiros insetos alados são deste período de tempo ( Pterygota ), incluindo o Blattoptera , Caloneurodea , 
efêmeros do grupo de caule primitivo , Orthoptera e Palaeodictyopteroidea 
*Durante o Permiano , as libélulas ( Odonata ) foram os predadores aéreos dominantes e provavelmente também 
dominaram a predação de insetos terrestres. 
*A seleção natural desempenhou um papel enorme no refinamento das asas, sistemas de controle e sensoriais e 
qualquer outra coisa que afete a aerodinâmica ou cinemática . 
 Um traço notável é a torção da asa. A maioria das asas dos insetos é torcida, assim como as hélices dos 
helicópteros, com um ângulo de ataque mais alto na base. A torção geralmente é entre 10 e 20 graus. Além 
dessa torção, as superfícies das asas não são necessariamente planas ou sem características; a maioria dos 
insetos maiores tem as membranas das asas distorcidas e anguladas entre as veias de tal forma que a seção 
transversal das asas se aproxima de um aerofólio. 
 A forma básica da asa já é capaz de gerar uma pequena quantidade de sustentação em ângulo de ataque zero. 
A maioria dos insetos controla suas asas ajustando a inclinação, a rigidez e a frequência de batimento das asas 
com músculos minúsculos no tórax (abaixo). Alguns insetos desenvolveram outras características de asa que 
não são vantajosas para o vôo, mas desempenham um papel em outra coisa, como acasalamento ou proteção 
 
Hipótese Paranotal 
As proto-asas desenvolveram então as primeiras articulações primitivas para permitir que fossem ajustadas, que 
gradualmente se tornaram as articulações das asas altamente funcionais que os insetos modernos possuem. A principal 
objeção a essa hipótese é que teria sido difícil desenvolver as articulações a partir do zero, e a genética das articulações 
das asas parece suspeitamente semelhante à das articulações de outros apêndices de insetos. 
Hipótese epicoxal 
Os ancestrais insetos alados são tidos como sendo uma forma aquática, com guelras no abdômen. Essas guelras já 
tinham juntas e, portanto, tudo o que os insetos precisariam fazer é reutilizar os genes das guelras em suas costas, em 
vez de em seus abdomens. Acho que a principal objeção a este é que envolve a movimentação de estruturas de um 
segmento para outro.

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