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EVOLUÇAO HISTORICAS DAS PENAS E EVOLUÇÃO E SURGIMENTO DOS DIREITOS HUMANOS

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RESUMO
Presente estudo, trata-se sobre a Evolução da Pena e o surgimento do Direto Penal, analisando marcos históricos, bem como aspectos relativos a sua aplicabilidade desde a antiguidade.
PALAVRA- CHAVE: Direito Penal, Evolução, aplicação, historicidade
ABSTRACT: This study deals with the Evolution of the Penalty and the emergence of The Criminal Direct, analyzing historical landmarks, as well as aspects related to its applicability since antiquity.
KEY-WORDS: Criminau law, Evolution
1 INTRODUÇÃO
 Tendo em vista uma forma de controle social para corrigir, é, conter atos punitivos na sociedade, surgindo da necessidade individual dos atos praticados, houve a necessidade de aplicação de medidas penais, seja ela advinda de cenários macabros ou de cunho deplorável, aplicados de maneiras ilícitas e cruel. A humanização da pena garantiu o direito de aplicar a pena de forma justa e legalmente igualitária, sem a qual a sociedade seria anárquica e sucumbiria.
Nos primórdios as penas eram aplicadas pelas vítimas ou seus familiares, onde a justiça era realizada pelas próprias mãos. Esse estudo será dividido em quatro eras históricas: Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e a Idade contemporânea.
2 IDADE ANTIGA
Onde os costumes locais era que regia e influenciavam a sociedade, mantendo o interesse coletivo, sobre forte dominância empírica, viviam a mercê de forças sobrenaturais e estavam sempre afeiçoados aos costumes locais onde as penas naquela eram:
	[...] morte, banimento, as penas corporais, sanções sobrenaturais, ou ainda uma das sanções mais graves na sociedade arcaica, o banimento, ou seja, a expulsão leva á perda da proteção do grupo. ( GILISSEN 1995, p, 37)
Geralmente eram julgados pelos anciãos e chefes de grupos, que crava intrinsicamente o medo de ser excluídos ou exilados por não obedecer às regras impostas pelo grupo.
Assegurar a segurança coletiva em um contexto social, trouxe urgência em criar medidas que limitasse a atuação de modo punitivo do agente causador da infração. Tendo como um fator marcante na idade antiga a forma como eram aplicadas as sanções, tendo como exemplo o Egito, a revelação de segredos era punida com a amputação da língua (CALDEIRA,2009).
Movidos pela vingança muitas das vezes aplicadas de modo cruel e vil, utilizavam a dor como pena máxima exequível e justo no modo de ver do povo daquela época, castigos físicos e insanos era a metodologia utilizada para retribuir o ato praticado que não estivesse dentro das regras daquele povo, sociedade. A ideia de privação de liberdade era ainda desconhecida 
3 IDADE MÉDIA: ENTENDENDO UM POUCO A HISTÓRIA DA PENA
Tendo a influência do direito canônico muito atenuante na época, trouxe a luz naquele momento, que decisões poderiam ser executadas com a ideia de privação de liberdade como forma de punição. Sendo essa extensão aplicadas a toda sociedade. Mesmo que ainda existisse as práticas desumanas de cunho ilimitado, a iminente influência desse novo direito de pena, foram criando medidas de execuções.
4 IDADE MODERNA E CONTEMPORANEA
A humanização da pena de fato nasce no começo do século XIX. Nesse momento as aplicações eram mais brandas, com mais empatia.
	‘’...Esse movimento, tinha por raiz a palavra ‘HUMANO’	, o que significava que o homem era colocado n centro, na condição de atenção de todas as preocupações políticas, econômicas e sociais’’ (ANITUA, 2008, p,70). Onde começou a notar-se a visão negacionista que tal aplicação ao Estado, foi nessa época também, que a aplicação da pena passou a ser humanitária e burocrática, buscava reeducar. LUIZ REGIS PRADO em seu escrito ‘Curso de Direito Penal Brasileiro’ expõe suas concepções:
Sem dúvidas foi ele, o autor que em primeiro lugar desenvolveu a ideias da estrita legalidade dos crimes e das penas, operando uma verdadeira sistematização, dominada por três postulados fundamentais: legalidade penal, estrita necessidade das incriminações e uma penologia utilitária. (PRADO,2010, p, 88).
Buscando equilíbrio na hora de penalizar, ressocializar a maneira prática de aplicação, deliberando o modo punitivo escroto e cruel, transformando o direito penal um instrumento necessário ao Estado, estruturando e trazendo controle social político. (CHIAVERINI,2009, P,10).
Contudo a ideia de ressocializar um apenado, virou utopia, pelo simples fato do sistema carcerário viver uma crise com superlotações, não havendo qualquer diferenciação na lotação de celas, na administração do estado, dando maiores condições de criarem rebeliões, por não existir a mínima condição de espaço, atendimento humanitário, passando por situações humilhantes no cárcere, pois, além de estarem privados de liberdade, são estigmatizados pela sociedade.
		‘’A pena de prisão não possibilita nenhum benefício para os presos ou para a sociedade, visto que é ineficaz para ‘’recuperar’’ o indivíduo. Ao revés através dela cresce’’ substancialmente as probabilidades de reincidências’’ (BITENCOURT,2011, p, 91).
Toda a história da evolução da pena é marcada por períodos, que negligenciou a dignidade da pessoa humana, foi através d povo que tornou-se um rumo diferente a maneira como eram aplicadas e sancionadas, dando proporção ao crime praticado, evoluindo conforme a sociedade cresce, analisando sempre ambas as partes, crime e criminoso.
EVOLUÇÃO E SURGIMENTO DS DIREITOS HUMANOS
Um longo processo histórico, onde três direitos influenciam diretamente os dias atuais: Direitos Civis, Direitos políticos e Direitos sociais. Iniciando no século do Iluminismo (século XVIII) época do absolutismo, onde rei tem todos os poderes...onde eram submetidos e acreditavam empiricamente que o rei era uma autoridade divina, detendo assim o poder. Quando uma nova classe social emerge( burguesia) trazendo um novo discurso contrapondo a autoridade do rei, ideias de liberdade, observando os direitos naturais, para que o povo gozasse de seus direitos naturalmente, o estado não poderia intervir, onde a lei deveria ser igual para todos, os movimentos que se manifestavam na revolução francesa.
Em 1789com a declaração dos direitos do homem e do cidadão: todos os homens são livres, são iguais perante a lei, o rei tem que respeitar normas. Outro marco importante para evolução dos direitos humanos foi a independência dos estados unidos.
Tem como característica a historicidade, vieram de muitas lutas (revoluções e declarações) ganhando nesse palco novas gerações, ou dimensões dos Direitos Humanos, considerando que poder do estado deve ser contido para que s direitos humanos de cada pessoa se estabilize.
Um marco histórico e a magna carta em 1215 um documento assinado por João sem terra na Inglaterra e que foi muito importante, dando atenção aos direitos do povo. Outro momento histórico foi a lei de HABEAS CORPUS, 1679, já existia, mas só foi delimitada como uma lei, garantindo liberdade a partir de 1679. Documentos esses importantes que trouxeram um peso nos marcos históricos para os Direitos Humanos.
PRIMEIRA DIMENSÃO: DIREITO DE LIBERDADE
A partir do final do século XVII idade moderna gera a primeira dimensão do Direito de liberdade (civil e política) onde a civil diz que estado precisa se conter, onde existe a ideia de estado de direito e não mais de opressão, sendo necessário que estado se abstenha para que individuo seja livre, tendo como marco histórico nessa época a Revolução Gloriosa na Inglaterra(1988), independência dos estados unidos(1777), Revolução Francesa (1781),que é quando gera a declaração dos Direitos d Homem e do Cidadão.
SEGUNDA DIMENSÃO: DIREITO DE IGUALDADE
Direito de Igualdade (econômica, social e cultural) tinha um caráter ativo do Estado, atitude positiva, tendo como marco histórico: A Revolução mexicana (1910), trazendo a ideia de Direito trabalhista, como direitos humanos que foi essencial nessa época, quando o estado começou a intervir porque as pessoas começaram a escravizar umas as outras, tirando a dignidade da pessoa humana. Importante lembrar que s Direitos humanos estão expressos na nossa constituição artigo6° da CF/88
		Artigo 6° São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
TERCEIRA DIMENSAO: DIREITOS DA FRATERNIDADE
Interesses comuns, difusos e coletivos do povo
Tendo como marco histórico o final da segunda guerra mundial, quando se notou que a humanidade era autodestrutiva, havendo a necessidade de compreender essa união quanto espécie criando assim a fraternidade. Outro marco Histórico foi a Declaração dos Direitos Humanos (ONU 1948). A quarta dimensão fala da Bioética, tecnologia e aos limites da manipulação genética (lei da biossegurança), Algumas doutrinas divergem e afirmam que os direitos da quarta geração aludem o direito da participação democrática e a informação. 
REFERENCIAS BIBIOGRAFICAS
ANITUA, Gabriel Ignacio. Rio de Janeiro: Revan,2008.
BITENCURT, Cessare, Dos Delitos e das penas de prisão: causas e alternativas. 4.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais,2010.
CALDEIRAS, Felipe Machado. A Evolução Histórica e Teórica da pena. Revista da EMRJ, V.12, n. 45, p ,255-272, 2009

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