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Prévia do material em texto

APOSTILA 
 
 
 
PROFESSOR ANOS 
INICIAIS 
 
 
SUMÁRIO 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
1. Compreensão e Interpretação de textos .................................................................... p.1 
2. Características dos diversos gêneros textuais ........................................................... p.7 
3. Tipologia Textual .................................................................................................. p.12 
4. Sequências Textuais .............................................................................................. p.13 
4.1 Sequência narrativa ............................................................................................. p.13 
4.2 Sequência descritiva ............................................................................................ p.15 
4.3 Sequência argumentativa ..................................................................................... p.17 
4.4 Sequência injuntiva ............................................................................................. p.18 
4.5 Sequência dialogal .............................................................................................. p.19 
5. Elementos de coesão e coerência textual ................................................................ p.19 
6. Funções da linguagem ........................................................................................... p.24 
7. Ortografia Oficial .................................................................................................. p.27 
8. Acentuação Gráfica ............................................................................................... p.38 
9. Pontuação .............................................................................................................. p.40 
10. Crase ................................................................................................................... p.44 
11. Emprego e descrição das classes de palavras ....................................................... p.48 
12. Sintaxe da oração e do período ............................................................................ p.55 
13. Ênfase em concordância e regência ..................................................................... p.63 
14. Significação das palavras e inferência lexical através do contexto ...................... p.102 
15. Paráfrase ........................................................................................................... p.107 
HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE VERDEJANTES-PE 
16. Contexto histórico ............................................................................................ p.109 
16.1 Formação Administrativa ................................................................................ p.110 
16.2 Hino do Município .......................................................................................... p.111 
16.3 Aspectos geográficos ....................................................................................... p.112 
16.4 Localização Geográfica ................................................................................... p.113 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 
17. O processo de ensinar e aprender ....................................................................... p.116 
18. Pedagogia da infância ........................................................................................ p.120 
18.1 Dimensões humanas ........................................................................................ p.121 
19. Didática e metodologia de ensino nos anos iniciais ............................................ p.126 
20. Alfabetização e letramento ................................................................................ p.130 
21. Linguagem oral e escrita ................................................................................... p.133 
22. Produção de textos ............................................................................................ p.136 
23. Precursores e seguidores da Literatura Infantil no Brasil .................................... p.139 
24. A construção e o desenvolvimento da leitura e escrita ....................................... p.140 
25. A formação do pensamento lógico da criança .................................................... p.146 
26. O ambiente alfabetizador e as dificuldades de aprendizagem ............................. p.148 
27. A alfabetização nos diferentes momentos históricos .......................................... p.154 
28. A função social na alfabetização ........................................................................ p.156 
 
 
29. A intencionalidade da avaliação no processo de apropriação e produção do 
conhecimento .......................................................................................................... p.157 
30. Desenvolvimento lingüístico e desenvolvimento cognitivo ................................ p.161 
31. As etapas do processo de alfabetização .............................................................. p.168 
32. A importância da consciência fonológica na alfabetização ................................. p.169 
33. A tecnologia a favor da alfabetização ................................................................ p.171 
34. A perspectiva infantil da alfabetização .............................................................. p.173 
35.A função social da Escola Pública contemporânea .............................................. p.175 
36. Desenvolvimento da motricidade, linguagem e cognição da criança .................. p.177 
37. A cognição e o desenvolvimento infantil ........................................................... p.185 
38. Processos cognitivos na alfabetização ................................................................ p.188 
39. Relações socioeconômicas e políticas culturais da educação .............................. p.191 
40. Fundamentos da Educação ............................................................................. p.194 
40.1 Concepções e tendências pedagógicas contemporâneas ................................... p.194 
40.2 Educação em Direitos Humanos, Democracia e Cidadania .............................. p.207 
40.3 Função educacional da escola; inclusão educacional e respeito a diversidade ... p.214 
40.4 Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica ............................... p.216 
40.5 Didática e organização do ensino ..................................................................... p.250 
40.6 Saberes, Processos metodológicos e avaliação da aprendizagem ...................... p.256 
40.7 Novas tecnologias da informação e comunicação, e sua contribuição com a prática 
pedagógica ............................................................................................................. p.259 
40.8 Projeto Político-pedagógico da escola e o compromisso com a qualidade social do 
ensino .................................................................................................................... p.262 
41. O Sistema Nacional de Ensino .......................................................................... p.266 
41.1 Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) ..................................................... p.266 
42. Lei das Diretrizes e Bases Nacionais –LDB ...................................................... p.284 
43. Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA .................................................... p.319 
44. História e Cultura Afro- Brasileira e Africana ................................................... p.390 
REFERÊNCIAS ...................................................................................................p.391 
Caderno de Questões ............................................................................................ p.395 
 
1 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
1. COMPREENSÕA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
 
A compreensão e interpretação de texto são duas ações que estão relacionadas, uma vez 
que quando se compreende corretamente um texto e seu propósito comunicativo 
chegamos a determinadas conclusões (interpretação). Hoje em dia é essencial saber 
interpretar corretamente os textos, entender melhor sobre suas tipologias e as funções da 
linguagem relacionadas a ele. 
 
Resumindo: 
 
• Compreensão de textos: é a decodificação da mensagem, ou seja, análise do que está 
no explícito do texto. 
 
 • Interpretação de textos: é a interpretação que fazemos do conteúdo, ou seja, quais 
conclusões chegamos por meio da conexão de ideias e, por isso, vai além do texto. 
 
Compreensão 
 
A compreensão faz uma análise objetiva do texto, buscando decodificá-lo e verificar o 
que realmente está escrito, assimilando as principais palavras e ideias presentes no 
conteúdo e coletando dados e informações concretas. De maneira geral, os enunciados 
de questões que pedem a compreensão de um texto utilizam as seguintes expressões: 
 
• O autor afirma que… 
• O autor sugere… 
• Segundo o texto… 
 
2 
 
• O autor/narrador do texto diz que… 
• O texto informa que… 
• No texto… 
• De acordo com o autor… 
• Na opinião do autor do texto… 
• Tendo em vista o texto… 
• O autor sugere ainda… 
• De acordo com o texto… 
 
 Desta forma, a compreensão textual envolve a decodificação da mensagem que é 
realizada pelo leitor. Quando ouvimos, por exemplo, um noticiário, compreendemos a 
mensagem passada e qual sua finalidade (informar o ouvinte de algum acontecimento, 
por exemplo). 
 
Para compreender os textos escritos não é diferente, porém requer o conhecimento da 
língua, do vocabulário e das funções relacionadas com linguagem e a comunicação. 
Logo, por meio da interpretação das palavras e das frases podemos compreender melhor 
a mensagem que está sendo transmitida. Por isso, ter um dicionário por perto é sempre 
uma dica boa, se caso houver algum termo desconhecido. 
Interpretação 
 
 A interpretação de texto trata-se daquilo que podemos concluir sobre ele, estabelecendo 
conexões entre o que está escrito e a realidade. Essas conclusões são feitas analisando as 
ideias do autor, sendo que essa análise é subjetiva. Esse recurso envolve a capacidade de 
chegar a determinadas conclusões após fazer a leitura de algum tipo de texto (visual, 
auditivo, escrito, oral). Por isso, a interpretação de texto é algo subjetivo e que pode 
variar de leitor para leitor. Isso porque cada um possui um repertório interpretativo que 
foi sendo adquirido ao longo da vida. 
 
3 
 
 
 A interpretação de um texto requer: 
 
• Existência de conhecimento prévio quanto ao assunto/conceito abordado no texto; 
• Apreciação pessoal e crítica por parte do leitor já que, de alguma forma, 
ainterpretação sempre depende das considerações feitas por quem está lendo o texto. 
 
De forma geral, os enunciados de questões que pedem a interpretação de um texto 
utilizam as seguintes expressões: 
 
• Conclui-se do texto que… 
• O texto permite deduzir que… 
• Diante do que foi exposto, podemos concluir… 
• É possível subentender-se a partir do texto que… 
• Qual a intenção do autor quando afirma que… 
• O texto possibilita o entendimento de que… 
• Infere-se do texto que… 
• Com o apoio do texto, infere-se que… 
• O texto encaminha o leitor para… 
 
Vale lembrar que o repertório interpretativo do leitor advém, em grande parte, da 
leitura. Portanto, ler é um ato essencial e que auxilia na melhor interpretação dos textos 
e conexão das ideias. 
 
Como esses dois conceitos podem ser confundidos em alguns contextos, preparamos 
uma tabela que contém as principais diferenças entre a compreensão textual e a 
interpretação textual. 
 
 
4 
 
 
Podemos, ser bem-sucedidos numa interpretação de texto. Para isso, devemos observar 
o seguinte: 
 
1 - Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto; 
2 - Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá até o fim, 
ininterruptamente; 
3 - Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos umas três vezes 
ou mais; 
4 - Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas; 
5 - Volar ao texto quantas vezes precisar; 
6 - Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor; 
7 - Partir o texto em pedações (parágrafos, partes) para melhor compreensão; 
8 - Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, partes) do texto correspondente; 
9 - Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão; 
10 - Cuidado com os vocábulos: destoa (= diferente de...), não, correta, incorreta, certa, 
errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem nas perguntas e que, às 
vezes, dificultam a entender o que se perguntou e o que se pediu; 
 
5 
 
11 - Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais exata ou a mais 
completa; 
12 - Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamento de lógica objetiva; 
13 - Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais; 
14 - Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opção que 
melhor se enquadre no sentido do texto; 
15 - Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a resposta; 
16 - Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definido o tema e 
a mensagem; 
17 - O autor defende ideias e você deve percebê-las; 
18 - Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantissimos na 
interpretação do texto. 
Ex: Ele morreu de fome. 
de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na realização do fato ( = morte 
de "ele" ). 
Ex: ele morreu faminto 
faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se encontrava quando morreu. 
 
• Textos verbais e não verbais 
 
 A leitura é uma atividade de captação de ideias de um autor e, para isso, espera-se que 
o leitor processe, critique ou avalie a informação que possui para obter um sentido e 
significado à leitura. De acordo com o dicionário Michaelis, interpretar é determinar 
com precisão o sentido de um texto. Logo, o leitor deve não só ler um texto, mas sim 
prestar atenção aos detalhes presentes na leitura, por exemplo, os elementos 
verbais(palavras) e não verbais (imagens, símbolos). 
 
Para interpretar um texto verbal é necessário, primeiramente, identificar se é um texto 
literário ou não literário. Observe a estrutura, se é escrito em prosa ou em verso e parta 
 
6 
 
para a bibliografia para investigar outras informações, por exemplo, se a fonte é de um 
periódico ou de um livro de um autor conhecido da literatura. Dessa forma, pode-se 
inferir que o texto não literário apresenta uma informação e a importância é no que se 
diz, enquanto o texto literário o mais importante é a forma, o como se diz.. 
 
Além disso, os elementos verbais e não verbais, podem aparecer em um texto de forma 
integrada ou independente, apenas compartilhando o mesmo espaço. Logo, deve-se 
perceber o nível de interação entre os elementos para melhor interpretar um texto e 
saber decodificar a interação que os elementos possuem e que mensagem veiculam ao 
leitor. 
 
Por fim, em um texto verbal, deve-se: 
 
 - Observar quem fala no texto: eu lírico (poema), narrador, cronista, articulista (prosa); 
- Perceber o ponto de vista do enunciador, ou seja, a utilização da 1ª pessoa pessoa 
(visão particular) ou da 3º pessoa (visão coletiva); 
- Analisar os aspectos linguísticos (gramaticais), lexicais (escolha vocabular) e 
estilística (como se faz o uso da gramática); 
- Descobrir o estilo do poema; -Identificar recursos expressivos (figuras e funçõesda 
linguagem); 
-Relacionar à época contextual. 
 
• Como Interpretar textos não-verbais 
 
Interpretar textos não verbais ou mistos envolve as seguintes operações: analisar, 
explicar, identificar, comparar, etc. Porém esses tipos de texto requerem do estudante 
sensibilidade para ler outros códigos, como os gestos, as expressões fisionômicas, as 
cores, a própria imagem, e aquilo que está nas entrelinhas. 
 
 
7 
 
 • Orientações para ler e Interpretar textos mistos 
 
1. Olhe quadro a quadro; 
2. Perceba objetos, pessoas, atividades; 
3. Note frases e palavras; 
 4. Observe se há intertextualidade; 
5. Considere as expressões faciais, os gestos, as cores e outros códigos não verbais. 
 
2. CARACTERÍSTICAS DOS DIVERSOS GÊNEROS TEXTUAIS 
 
Gêneros textuais são formas de redação que apresentam características peculiares, 
definidas por seu conteúdo, seu estilo, sua estrutura e sua função. Existem inúmeros 
tipos de gêneros textuais, cada qual com suas características específicas. 
 
●A intenção é transmitir a mensagem ao interlocutor de forma efetiva - foca na função 
comunicativa e não nos aspectos estruturais; 
 
●Possuem função social específica da língua (comunicar algo) e se adequam ao uso que 
se faz deles, sendo assim, ocorrem em situações cotidianas de comunicação e 
apresentam uma intenção comunicativa bem definida; 
 
●Possuem um conjunto ilimitado de características determinadas com o estilo do autor, 
conteúdo, composição e função, porém, características comuns em alguns facilitam o 
argumento; 
 
Elementos dos gêneros 
 
Podemos dizer que existem três elementos básicos na formação dos gêneros textuais, 
os quais são formadores do discurso: tema, forma composicional e estilo. 
 
8 
 
Com relação ao tema, é importante dizer que não se trata apenas do assunto que será 
tratado no texto, mas é aquilo que parte também de um determinado ponto de vista ou 
intencionalidade de quem diz ou escreve. Assim, o tema será o conteúdo trabalhado 
com base em um determinado valor ou ideologia, de acordo com estudiosos da área. 
Já a forma composicional e o estilo ligam-se às escolhas com relação ao vocabulário, 
estrutura e registro, ou seja, à forma como o texto irá organizar-se para que cumpra 
com seu papel de intervir socialmente. 
 
Esses elementos demonstram, portanto, que os textos, de acordo com as condições de 
produção que são dadas no momento da fala e da escrita, observando-se os papéis 
sociais dos envolvidos nos atos comunicativos, aproximam-se ou distanciam-se uns dos 
outros, a depender da forma como quer-se intervir por meio deles. 
 
Os gêneros textuais possuem características específicas que diferenciam um texto do 
outro. Porém, os textos não são, necessariamente, exclusivos de um gênero específico. 
Por isso, ao analisar um texto se faz necessário observar as características 
predominantes, para assim identificar qual o gênero. Cabe ressaltar que o gênero textual 
não exclui o tipo textual, pelo contrário, as características dos tipos textuais são 
apresentadas de forma mais ampla, pois elas passam a ser analisadas com base no 
contexto nas quais são usadas. 
 
Gêneros textuais inseridos em cada tipo textual: 
 
Texto narrativo: um texto classificado no tipo narrativo possui uma estrutura básica 
formada por: apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho. Os textos desse tipo se 
caracterizam pela apresentação das ações de personagens em determinado tempo e 
espaço. Entre os gêneros textuais pertencentes ao tipo textual narrativo estão: romances, 
contos, fábulas, novelas e crônicas. 
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/texto-narrativo
 
9 
 
 
Texto descritivo: o tipo descritivo possui textos que relatam ou descrevem 
acontecimentos, lugares ou seres. O texto narrativo, geralmente, possui adjetivos que 
transmitem as sensações do emissor. Os gêneros textuais que fazem parte dos textos 
descritivos são: diários, relatos de viagens, folhetos turísticos, cardápios de restaurantes, 
classificados, entre outros. 
 
Texto expositivo: os textos expositivos têm a função de expor ideias empregando 
recursos de comparação, conceituação, definição, informação e descrição. Os gêneros 
textuais que fazem parte do tipo textual expositivo são: jornais, enciclopédias, resumos 
escolares, verbetes de dicionário, entre outros. 
 
Texto argumentativo: esse tipo textual é usado com o objetivo de abordar um tema 
utilizando argumentações, ou seja, é um texto caracterizado por defesas de ponto de 
vista. Sua estrutura é formada por introdução, desenvolvimento e conclusão. Os artigos 
de opinião, os abaixo-assinados e manifestos são exemplos de gêneros textuais que 
pertencem aos textos argumentativos. 
 
Texto injuntivo: o tipo textual injuntivo se caracteriza por indicar instruções, de modo 
que o emissor busque persuadir e orientar o interlocutor. Por isso, uma de suas 
característica é o uso de verbos no imperativo. Os gêneros que pertencem aos textos 
injuntivos são receitas culinárias, manuais de instruções, bula de remédio, entre outros. 
 
Texto prescritivo: os textos prescritivos são aqueles têm por objetivo instruir o leitor 
em relação ao procedimento. Esses textos, de certa forma, impedem a liberdade de 
atuação do leitor, pois decretam que ele siga o que diz o texto. Essa tipologia textual 
abarca os gêneros textuais como leis, cláusulas contratuais, edital de concursos 
públicos, entre outros. 
 
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/texto-descritivo
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/texto-expositivo
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/texto-expositivo
 
10 
 
Características 
 
Romance: 
É uma descrição longa de ações e sentimentos de personagens fictícios, podendo ser de 
comparação com a realidade ou totalmente irreal. A diferença principal entre um 
romance e uma novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. No 
romance é usado muitas formas de narração estilizadas e harmoniosas para dar mais 
emoção ao texto. No romance nós temos uma historia central e várias histórias 
secundárias. 
Conto 
É uma obra de ficção em que são criados seres e locais totalmente imaginários. 
Linguagem linear e curta, envolve poucas personagens, que geralmente se movimentam 
em torno de uma única ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas 
ações encaminham-se diretamente para um desfecho. A diferenciação entre o conto, a 
novela e o romance também se baseia na sua extensão, ou seja, dos três ele é o que tem 
o texto mais curto. Outro diferencial do conto com o romance é que só tem uma história 
central, ou seja, não se desenvolve outras histórias secundárias. 
Novela: 
A novela é muito parecida com o conto e o romance, diferenciado por sua extensão. ela 
fica entre o conto e o romance. Ela tem a história principal, mas também tem várias 
histórias secundárias. O tempo na novela é baseada no calendário. O tempo e local são 
definidos pelas histórias dos personagens. Se for uma novela de época é usado a 
linguagem da época. Outra característica é a quantidade de personagem, ou seja, é bem 
superior ao de um conto. A história (enredo) tem um ritmo mais acelerado do que a do 
romance por ter um texto mais curto. 
 
11 
 
Crônica 
É um texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que nós mesmos já vivemos e 
normalmente é utilizado a ironia para mostrar um outro lado da mesma história. Gênero 
que apresenta uma narrativa informal ligada à vida cotidiana. Apresenta certa dose de 
lirismo e sua principal característica é a brevidade. Na crônica o tempo não é relevante e 
quando é citado, geralmente são pequenos intervalos como horas ou mesmo minutos. O 
cronista descreve os acontecimentos em ordem cronológica e desafiando o leitor dando 
a sensação de diálogo mostrando uma visão própria dos fatos. 
Poesia 
Caracteriza-se por apresentarum trabalho voltado para o estudo da linguagem, fazendo-
o de maneira particular, refletindo o momento, a vida dos homens através de figuras que 
possibilitam a criação de imagens. 
Editorial 
É um texto dissertativo argumentativo em que expressa a opinião do editor através de 
argumentos e fatos sobre um assunto que está sendo muito comentado (polêmico). Sua 
intenção é convencer o leitor a concordar com ele. Normalmente o editorial reflete não 
só a opinião e princípios do editor, mas também da empresa que ele trabalha. 
Entrevista 
Ele é um texto expositivo e é marcado pela conversa de um entrevistador e um 
entrevistado para a obtenção de informações. Ela também tem como principal 
característica transmitir a opinião de pessoas de destaque sobre algum assunto de 
interesse. Algumas revistas têm uma seção dedicada a esse gênero. 
 
12 
 
Receita 
É um texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo de informar, aconselhar, ou 
seja, recomendam dando uma certa liberdade para quem recebe a informação. 
Cantiga de roda 
Concebida como um gênero empírico, que na escola se materializa em uma concretude 
da realidade. A cantiga de roda permite as crianças terem mais sentido em relação 
a leitura e escrita, ajudando os professores a identificar o nível de alfabetização delas. 
3. TIPOLOGIA TEXTUAL 
 
Tipologia textual: relaciona-se com a forma com que um texto se apresenta - 
caracterizada pela presença de certos traços linguísticos predominantes. 
 
Características dos Tipos Textuais: 
 
●Relacionados à estrutura física do texto; 
 
●É a forma como o texto se apresenta; 
 
●Características definidas do texto; 
 
●Classificada de acordo com a estrutura, objetivo, finalidade do texto. 
 
Exemplos: 
 
 
13 
 
● Injuntivo: conhecido como texto instrucional busca orientar receptor - usa verbos no 
imperativo no sentido de persuadi-lo (receitas, manual, bula etc.). 
 
●Texto narrativo: conta uma história (real ou imaginária) por meio de ações que têm 
tempo, espaço, narrador, personagens, enredo etc. A estrutura tem apresentação, 
desenvolvimento, clímax e desfecho (romance, fábula, conto etc.). 
 
● Texto dissertativo: A dissertação é extremamente utilizada no dia a dia. Trata-se de 
uma tipologia textual que objetiva expor, analisar e defender uma tese ou ponto de vista 
acerca de um determinado assunto. 
● Texto descritivo: Nesses tipos de textos, o autor se coloca na posição de mero 
observador e explica como é determinada coisa. Há a exposição de uma opinião ou 
sentimentos. 
 
Normalmente, a partir da descrição, é possível que o leitor crie, em sua mente, 
uma imagem do que está sendo descrito. 
 
Prescritivo: Como o injuntivo, seu objetivo é instruir guiando a pessoa como deva 
proceder.Mas ele não dá nenhuma liberdade de ação à pessoa que recebe a informação, 
ela obriga, ou seja, ordena que deve ser cumprida a risca a determinação. 
Ex.: Leis e editais de concursos 
4. SEQUÊNCIAS TEXTUAIS 
 
4.1 Sequência narrativa 
 
Podemos definir uma sequência narrativa como uma maneira de encadernar os fatos na 
hora de contá-los. 
 
14 
 
A sequência narrativa é construída basicamente de verbos que expressam ação e 
encadeiam causas e conseqüências, revelando a interação de elementos (personagens, 
por exemplo) para a realização de fatos. 
 
Em um sentido geral, toda sequência narrativa tem que manter uma estrutura e a mais 
tradicional é aquela que se fundamenta em três aspectos: planejamento da história, o nó 
e o desenlace. Estes três elementos estão sempre presentes, embora sua ordem possa ser 
alterada, assim o narrador pode da mesma forma utilizar técnicas diferentes para 
relacionar as demais sequências (o reconto, o flashback e o flashforward são alguns dos 
métodos empregados para explicar certos acontecimentos). 
 
De qualquer forma, em toda sequência narrativa há uma combinação da temporalidade, 
por exemplo, o reconto narra algo do passado até o presente. 
 
Assim é possível distinguir três dimensões do tempo para relacionar uma ação à outra: a 
anterioridade (algo que aconteceu antes de outra coisa), a simultaneidade (algo ocorre 
enquanto outro acontecimento diferente está ocorrendo) ou a posterioridade (por 
exemplo, “após as minhas férias surgiram dias de preocupação”). 
 
A ideia de sequência narrativa expressa uma ordem estabelecida para relatar e contar 
uma história. Deve-se levar em conta que qualquer relato tem uma série de estruturas 
(as várias sequências) que vão combinando entre si com o uso das diversas formas 
verbais que situam o leitor no passado, presente ou futuro. 
 
Quando contamos algo há um fenômeno curioso: são combinados tempos diferentes. Se, 
por exemplo, alguém escreve sua autobiografia, precisa organizar os momentos de sua 
vida em determinado espaço. Esta disparidade no tempo é conhecida como anacrônica e 
é um aspecto fundamental em qualquer sequência narrativa. 
 
https://queconceito.com.br/planejamento
https://queconceito.com.br/historia
 
15 
 
A anacrônica é a não coincidência ou discordância entre duas realidades temporais: a 
ordem da história e a ordem ou sucessão no relato. As duas áreas não são 
necessariamente coincidentes na qual o narrador de um romance ou de um conto deve 
apresentar sempre um fio condutor, ou seja, uma sequência narrativa que combine os 
diversos planos temporais e tudo isso a um ritmo na narração. 
 
A dificuldade técnica de administrar o tempo em uma narração é uma das questões mais 
difíceis no ofício de escrever. Na verdade, quando se comunica algo de maneira literária 
não só são recriados alguns acontecimentos e personagens, mas também há uma 
reconstrução do tempo, por sua vez, o tempo transcorre com maior ou menor lentidão (é 
comum escutar que um filme demora muito). 
 
4.2 Sequência descritiva 
 
A seqüência descritiva caracteriza-se pela apresentação da imagem de um determinado 
objeto (coisa, pessoa, animal, ambiente, cena rotineira...). Para construir essa imagem, o 
enunciador assume três atitudes: nomeia, localiza/situa e qualifica o objeto. Se, em um 
texto, esse tipo de seqüência (completa ou não) for exclusiva ou dominante (uma vez que 
outras seqüências podem fazer-se presentes), diz-se que se trata de um texto descritivo. 
Essa seqüência é composta de fases que não se organizam em uma ordem linear 
obrigatória e sim são combinadas e encaixadas em uma ordem hierárquica ou vertical, 
em forma de protótipo ela se constitui de três fases principais: 
 
- Fase de ancoragem: o tema da descrição é assinalado, geralmente, por uma forma 
nominal ou tema-título, o qual é introduzido no início da seqüência (ancoragem), 
podendo, entretanto aparecer no final (afetação) ou no seu curso e ser retomado 
posteriormente (reformulação); 
- fase de aspectualização: o tema é decomposto em partes, às quais são atribuídas 
propriedades; 
https://queconceito.com.br/sucessao
https://queconceito.com.br/tecnica
 
16 
 
 - fase de relacionamento: os elementos descritos são assimilados a outros por 
comparação ou metáfora. 
 
Do ponto de vista discursivo, a escolha da sequência descritiva estaria ligada ao objetivo 
de guiar o olhar do destinatário, ressaltando determinados detalhes do objeto do 
discurso, através de procedimentos que são determinados pelo objetivo que o produtor 
busca alcançar e o efeito que deseja produzir, de acordo com os procedimentos 
espaciais, temporais ou hierárquico. 
 
A sequência descritiva, também pode possuir elementos como a seqüência narrativa, 
tendo como marca de distinção a não interação desses elementos para a realização de 
fatos. 
 
 Leia: 
Enquanto a casa pegava fogo, um bebê chorava no quarto dos fundos e dois garotos 
brincavam de bola na rua em frente. 
 
Nesse período, percebemos a presença de verbos de ação (pegava, chorava, brincavam) 
em uso com os demais elementos de uma narrativa (personagens, tempo, espaço), 
porém,cada elemento permanece em seu lugar, não apresentando uma interação que 
gere conseqüências; o que temos é um panorama de uma situação, lembrando até 
mesmo uma pintura impressionista. 
 
Note a diferença quando se toma os mesmos elementos, mas constrói-se uma sequência 
narrativa: 
 
Enquanto a casa pegava fogo, um bebê chorava no quarto dos fundo, alertando, assim, 
os dois meninos que brincavam de bola na rua em frente. 
 
17 
 
Sem precisar dar continuidade ao enredo, é possível constatar que, a partir do momento 
que o choro é percebido pelos dois garotos, uma reação em cadeia ocorrerá: os meninos, 
preocupados ao notarem uma casa pegando fogo e uma criança chorando, procurarão, 
de alguma maneira, solucionar o problema, representando assim uma interação entre 
elementos e possíveis conseqüências para os fatos. Eis a distinção entre um panorama 
de uma situação (sequência descritiva) e a interação de elementos para a realização de 
fatos (sequência narrativa). 
 
4.3 Sequência argumentativa 
 
A sequência argumentativa é constituída com base em “algo já dito” e consiste 
essencialmente, na contraposição de enunciados. O esquema argumentativo é 
constituído a partir de três elementos básicos: os dados (premissas), o escoramento de 
inferências (raciocínio, justificativas) e a conclusão. 
 
Para um texto ser caracterizado como argumentativo, é necessário a predominância da 
disposição lógica de indícios, suposições, deduções e opiniões que busquem respaldar 
uma verdade potencial. Portanto, necessário um conjunto de sequências 
argumentativas. 
 
 Acompanhe o fragmento de um texto: 
 “Pensando bem, em tudo o que a gente vê, e vivencia, e ouve e pensa, não existe uma 
pessoa certa pra gente. Existe uma pessoa que, se você for parar pra pensar é, na 
verdade, a pessoa errada. Porque a pessoa certa faz tudo certinho. Chega na hora certa, 
fala as coisas certas, faz as coisas certas, mas nem sempre a gente está precisando das 
coisas certas. Aí é a hora de procurar a pessoa errada.” (adap.: Luis Fernando 
Veríssimo) 
 
 
18 
 
Por mais que existam seqüências descritivas que caracterizem a pessoa certa no 
fragmento acima, estas seqüências são utilizadas para justificar (respaldar) uma idéia 
que o autor do texto julga ser verdadeira: “Pensando bem, em tudo o que a gente vê, e 
vivencia, e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente.” Assim, sem perder o 
valor adjetivo que as expressões dispostas na seqüência descritiva possuem, passam, em 
conjunto, a valerem como indícios e opiniões que justificarão com o desenvolvimento 
textual o juízo de valor do autor. 
 
4.4 Sequência injutiva 
 
Comum em manuais de aparelhos eletrônicos e em receitas culinárias, a seqüência 
injuntiva prioriza a presença de verbos no imperativo com o intuito de orientar o leitor, 
por meio de comandos, na realização de tarefas. 
 
 
 
Nesse poema de Décio Pignatari, notamos como ele vê o consumo de um produto da 
indústria internacional. Sem utilizar-se de seqüência argumentativa, expõe o repúdio 
que tem pelo produto, grafado com letra minúscula. 
 
 
 
 
19 
 
4.5 Sequêncial dialogal 
 
Possui como característica fundamental, o fato de ser formada por mais de um 
interlocutor. A sequência dialogal é a mais comum das sequências textuais, porque 
funciona como a “espinha dorsal” de vários gêneros orais do dia a dia, como a conversa 
informal, o debate e a entrevista. Também pode, é claro, assumir forma escrita e surgir nos 
contos, nos romances e nas piadas. 
 
Assim como as demais sequências, a sequência dialogal tem uma estruturação peculiar. 
Quando se mostra de forma completa, ela apresenta três partes: 
 
SEQUÊNCIA FÁTICA INICIAL – SEQUÊNCIA TRANSACIONAL – SEQUÊNCIA 
FÁTICA FINAL 
 
Como o elemento presente em toda sequência dialogal é o diálogo, imagina-se que, antes 
de iniciá-lo, os interlocutores cumprimentem-se, abrindo o canal de comunicação, para 
depois tratarem do assunto devido e, ao final, cumprimentem-se novamente. Nos 
momentos inicial e final, portanto, surgem expressões fáticas típicas, como “oi”, “bom 
dia”, “alô” e “diga aí”, por exemplo, para o início, e “tchau”, “até logo” e “boa noite”, por 
exemplo, para o fecho. Entre as saudações iniciais e finais, há uma troca de falas entre os 
interlocutores. 
 
5. ELEMENTOS DE COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL 
 
Coesão textual são os mecanismos linguísticos que permitem uma conexão lógico-
semântica entre as partes de um texto. A ligação e harmonia que possibilitam a 
amarração de ideias dentro de um texto é feita com o uso de conjunções, preposições, 
advérbios ou locuções adverbiais. 
 
 
20 
 
 
A coesão textual assegura a ligação entre palavras e frases, interligando as diferentes 
partes de um texto. Ela pode ser percebida ao se verificar que as frases e os parágrafos 
estão entrelaçados no texto, de modo que um elemento dá sequência ao outro, 
determinando a transição das ideias presentes no texto. 
 
A coesão é essencial para garantir que o texto seja harmonioso, que transmita a 
mensagem com clareza e que faça sentido para o leitor. Para isso é necessário empregar 
elementos de coesão, utilizando conjunções, pronomes, advérbios, entre outras 
expressões que têm como objetivo estabelecer a interligação entre os segmentos do 
texto. 
 
Elementos que garantem a coesão textual: 
 
Os conectores são os elementos coesivos que fazem a coesão entre as frases. Eles 
instituem as relações de dependência e conexão entre os termos. Esses elementos são 
formados por conjunções, preposições e advérbios conectivos. 
 
A correlação dos verbos trata da correta utilização dos tempos verbais a fim de garantir 
a coesão temporal ordenando os acontecimentos de maneira lógica e linear, o que 
possibilita uma compreensão da sequência dos fatos. 
 
Tipos de coesão textual : coesão referencial, coesão lexical, coesão por elipse, coesão 
sequencial e coesão por substituição. 
 
Coesão referencial 
Consiste na menção de elementos que já apareceram ou ainda vão aparecer no texto. 
Esses elementos são chamados de anáforas (usada para se referir aos termos já citados 
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/pronomes
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/tempos-verbais
 
21 
 
no texto) e catáforas (usada para se referir aos termos que serão citados na sequência 
do texto). 
 
Na coesão referencial, os termos conectivos anunciam ou retomam as frases, sequências 
e palavras presentes em um texto. Para fazer essas retomada geralmente são 
utilizados pronomes pessoais, pronomes possessivos, pronomes demonstrativos ou 
expressões adverbiais de lugar. 
 
A coesão referencial é uma das mais usadas. Esse tipo de coesão evita o uso de diversas 
repetições no mesmo texto usando um termo para fazer referência a outro. Ou seja, é o 
tipo de coesão que reitera algo que já foi dito antes, substituindo uma palavra por outra 
que possui com ela alguma relação semântica. 
 
Coesão lexical 
 
Ocorre quando um termo é substituído por outro dentro do texto. Esse tipo de coesão 
estabelece uma relação de sinonímia, antonímia, hiponímia ou 
 hiperonímia. 
 
 Por meio de sinônimos, pronomes, heterônimos ou hipônimos, que estabelecem uma 
corrente de sentido fazendo remissão às mesmas ideias por meio de diferentes termos. 
 
Dessa forma, a coesão lexical usa palavras ou expressões análogas para substituir 
termos já utilizados e para identificar e nomear elementos textuais que já foram 
citados. Esse tipo de coesão textual é essencial para manutenção da unidade temática do 
texto que necessita de uma carga de redundância. A coesão lexical constrói uma cadeia 
de sentidos fazendo remissão das mesmas ideias através diferentes expressões. 
 
Coesão por elipse 
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/pronomes-pessoais
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/pronomes-possessivoshttps://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/pronomes-demonstrativos
 
22 
 
 
Esse tipo de coesão ocorre quando há a omissão de algumas palavras sem que o 
entendimento das ideias da oração seja comprometido. Isso quer dizer que a coesão 
lexical consiste na supressão de elementos que são facilmente identificados ou que já 
tenham sido mencionados no texto. 
 
A omissão dos termos acontece, geralmente, com a substituição por uma vírgula, que 
pode ser usada em lugar de um pronome, um verbo, nomes e frases inteiras. 
 
Coesão por substituição 
 
Esse tipo de coesão consiste na substituição de uma palavra por outra ou por uma 
locução adverbial. Assim como em outros tipos de coesão textual, ela usa termos que 
retomam outros que já foram mencionados. A coesão por substituição emprega palavras 
e expressões que retomam termos por meio da anáfora. 
 
A coesão por substituição acontece à medida em que substantivos, verbos, períodos ou 
trechos de textos são substituídos por conectivos ou expressões que resumem ou fazem 
remissão ao que já foi dito. 
 
Coesão sequencial 
 
Esse tipo de coesão textual faz uso de conjunções, conectivos e expressões que dão 
sequência aos assuntos, estabelecendo uma continuidade em relação ao que já foi dito. 
A coesão sequencial usa expressões como: diante do exposto, a partir dessas 
considerações, embora, logo, com o fim de, diante desse quadro, em vista disso, tudo o 
que foi dito, esse quadro, por conseguinte, caso, entre outras. Ela dá sequência ao texto 
por meio das relações semânticas que ligam as orações. 
 
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/verbo
 
23 
 
Coerência textual: informatividade, intertextualidade e inferências 
 
A coerência textual está diretamente ligada à estrutura global do texto, ou seja, o seu 
sentido. Para que um texto seja coerente ele deve manter a mesma referência temática 
(assunto) em toda sua extensão. A coerência pode ser entendia como um fator que se 
estabelece no processo de comunicação. “A coerência está ligada diretamente à 
possibilidade de estabelecer um sentido para o texto, ou seja, ela é o que faz com que o 
texto faça sentido para os usuários, devendo, portanto, ser entendida como um princípio 
de interpretabilidade, ligada à inteligibilidade do texto numa situação de comunicação e 
à capacidade que o receptor tem para calcular o sentido deste texto. Esse sentido, 
evidentemente, deve ser do todo, pois a coerência é global” (KOCH, TRAVAGLIA, 
cap.21, 2003). 
 
Intencionalidade: refere-se ao esforço do produtor do texto em construir uma 
comunicação eficaz, ou seja, o texto produzido deverá ser compatível com as intenções 
comunicativas de quem o produz. 
 
Informatividade: responde pela suficiência de dados no texto, ou seja, para que um 
texto cumpra seu papel informativo, é necessário trazer informações em equilíbrio, pois 
se o texto trouxer informações demais ele pode afastar o leitor. O mesmo ocorre se o 
texto trouxer poucas informações. Deve haver um equilíbrio de informações. 
 
Intertextualidade: concerne aos fatores que fazem a utilização de um texto dependente 
do conhecimento de outro (os) texto (s), isto é, a intertextualidade acontece quando há 
uma referência explícita ou implícita de um texto em outro. 
 
Também pode ocorrer com outras formas além do texto, como música, pintura, filme, 
novela etc. Toda vez que uma obra fizer alusão à outra ocorre a intertextualidade. 
http://www.infoescola.com/redacao/tipos-de-intertextualidade/
 
24 
 
Dentre os tipos de intertextualidade podemos citar a epígrafe, citações, paráfrase, 
paródias, tradução, referências e etc. 
 
Inferências 
Inferência é a operação pela qual, utilizando seu conhecimento de mundo, o receptor de 
um texto estabelece uma relação não explicita entre dois elementos (normalmente frases 
ou trechos) deste texto que ele busca compreender e interpretar; ou, então, entre 
segmentos de textos e os conhecimentos necessários para a sua compreensão. 
6. FUNÇÕES DA LINGUAGEM 
As funções da linguagem são formas de utilização da linguagem segundo a intenção do 
falante. Elas são classificadas em seis tipos: função referencial, função emotiva, função 
poética, função fática, função conativa e função metalinguística. Cada uma desempenha 
um papel relacionado com os elementos presentes na comunicação: emissor, receptor, 
mensagem, código, canal e contexto. Assim, elas determinam o objetivo dos atos 
comunicativos. Embora haja uma função que predomine, vários tipos de linguagem 
podem estar presentes num mesmo texto. 
 
1) Função referencial ou denotativa 
Palavra-chave: referente 
Transmite uma informação objetiva sobre a realidade. Dá prioridade aos dados 
concretos, fatos e circunstâncias. É a linguagem característica das notícias de jornal, do 
discurso científico e de qualquer exposição de conceitos. Coloca em evidência o 
referente, ou seja, o assunto ao qual a mensagem se refere. Exemplo: 
 
25 
 
Numa cesta de vime temos um cacho de uvas, uma maçã, uma laranja, uma 
banana e um morango. (Este texto informa o que há dentro da cesta, logo, há 
função referencial). 
2) Função expressiva ou emotiva 
Palavra-chave: emissor 
Reflete o estado de ânimo do emissor, os seus sentimentos e emoções. Um dos 
indicadores da função emotiva num texto é a presença de interjeições e de alguns sinais 
de pontuação, como as reticências e o ponto de exclamação. Exemplos: 
a) Ah, que coisa boa! 
b) Tenho um pouco de medo... 
c) Nós te amamos! 
3) Função apelativa ou conativa 
Palavra-chave: receptor 
Seu objetivo é influenciar o receptor ou destinatário, com a intenção de convencê-lo de 
algo ou dar-lhe ordens. Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de tu e 
você, ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativo. É a linguagem usada nos 
discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor. 
Exemplos: 
a) Você já tomou banho? 
b) Mãe, vem cá! 
c) Não perca esta promoção! 
 
26 
 
4) Função poética 
Palavra-chave: mensagem 
É aquela que põe em evidência a forma da mensagem, ou seja, que se preocupa mais 
em como dizer do que com o que dizer. O escritor, por exemplo, procura fugir das 
formas habituais e expressão, buscando deixar mais bonito o seu texto, surpreender, 
fugir da lógica ou provocar um efeito humorístico. 
Embora seja própria da obra literária, a função poética não é exclusiva da poesia nem da 
literatura em geral, pois se encontra com frequência nas expressões cotidianas de valor 
metafórico e na publicidade. Exemplos: 
a) “... a lua era um desparrame de prata” 
(Jorge Amado) 
 
b) Em tempos de turbulência, voe com fundos de renda fixa. 
(Texto publicitário) 
5) Função fática 
Palavra-chave: canal 
Tem por finalidade estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação. É aplicada em 
situações em que o mais importante não é o que se fala, nem como se fala, mas sim o 
contato entre o emissor e o receptor. Fática quer dizer "relativa ao fato", ao que está 
ocorrendo. 
Aparece geralmente nas fórmulas de cumprimento: Como vai, tudo certo?; ou em 
expressões que confirmam que alguém está ouvindo ou está sendo ouvido: sim, claro, 
sem dúvida, entende?, não é mesmo? É a linguagem das falas telefônicas, saudações e 
similares. Exemplo: 
 
27 
 
Alô? Está me ouvindo? 
6) Função metalinguística 
Palavra-chave: código 
Esta função refere-se à metalinguagem, que ocorre quando o emissor explica um código 
usando o próprio código. É a poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um 
texto que comenta outro texto. As gramáticas e os dicionários são exemplos de 
metalinguagem. Exemplo: 
Frase é qualquer enunciado linguístico com sentido acabado. 
(Para dar a definição de frase, usamos uma frase.) 
Observações: 
- Em um mesmo texto podem aparecer várias funções da linguagem. O importante é 
saber qual a função predominante no texto, paraentão defini-lo. 
7. ORTOGRAFIA OFICIAL 
A ortografia oficial da Língua Portuguesa é a parte da gramática que tem a finalidade de 
estudar a forma correta de escrever as palavras. Para isso, são observados os padrões, 
regras e o uso correto dos sinais de pontuação e acentuação. 
 
A palavra grega orthos faz referência a ideia daquilo que é reto, exato e direito. Já a 
palavra latina graphia significa escrever. Portanto, a prática da ortografia está ligada, 
além da escrita correta, ao conhecimento das regras que enquadram a escrita nas 
condições da Língua Portuguesa, observando características etimológicas e fonológicas. 
Para tanto, aqui serão apresentados as regras ortográficas determinadas pela Língua 
Portuguesa. 
 
28 
 
 
Acentos 
 
Em síntese, a acentuação tem como finalidade mudar o som de alguma letra, portanto, 
fazendo com que palavras escritas de forma semelhante sejam lidas de um jeito 
diferente e tenham significados diferentes. 
 
Na Língua Portuguesa há quatro acentos gráficos, que podem ser definidos da seguinte 
forma: 
 
Acento agudo (´) – é usado em vogais para indicar que a sílaba em que ela se encontra 
é tônica, ou seja, possui o som mais forte. O acento agudo faz com que as palavras 
sejam pronunciadas de forma aberta: célebre, acarajé, filé. 
 
Acento circunflexo (^) – pode ser usado apenas nas vogais, A, E e O, indicando que 
elas devem ser pronunciadas de forma fechada: ângulo, ônus, ônibus, bônus. 
Til (~) – é ele que dá o som anasalado às vogais A e O: propõem, constituição, 
preposição, ação. 
 
Acento grave (`) – é usado para indicar a ocorrência de crase, assunto que será 
aprofundado em um tópico seguinte. 
 
X e CH 
Na hora de escrever, uma das dúvidas mais recorrentes diz respeito ao uso do X e do 
CH. Ainda mais porque, além de conhecer as regras, é necessário conhecer também as 
exceções. 
 
 
29 
 
Para fixar o uso correto de cada uma das situações a seguir, o ideal é ter uma boa rotina 
de leitura para assimilar a grafia correta das palavras. Observem os usos adequados de 
cada um deles. 
 
Uso do X e CH nas palavras provenientes do latim: 
 
CH: quando são traduzidas do latim para o português, as sequências “pl” “fl” e “cl” 
transformam-se em CH. 
 
Exemplos: 
planus – chão 
flamma – chama 
clamare – chamar 
 
X: palavras originárias do X latino ou quando há palatização do S em grupos ssi ou sce: 
 
Exemplos: examen – exame 
luxu – luxo 
laxare – deibar 
pisce – peixe 
passione – paixão 
 
Casos em que o CH é utilizado: 
 
Em palavras de origem francesa (chofer (chauffeur), creche (crèche), debochar 
(débaucher), fetiche (fétiche), guichê (guichet) e champignon (champignon) 
 
 Casos em que o X é utilizado: 
 
 
30 
 
Depois de ditongos (peixe, ameixa e caixa) 
 
Algumas exceções são as palavras guache, recauchutar e caucho. 
 
•Em palavras iniciadas pela sílaba “en”: enxada, enxerto e enxurrada; 
 
Neste caso há duas exceções. A primeira diz respeito à palavra enchova, que é um 
regionalismo da palavra anchova, que tem origem genovesa: anciua. 
 
A segunda exceção são as palavras formadas pela sílaba inicial “en”, seguidas por 
radical com “ch”. Alguns exemplos são: enchente, enchumaçar e encharcar. 
 
• Em palavras iniciadas pela sílaba: “me” (mexilhão, México e mexer). 
 
Aqui, a exceção é a palavra mecha (referindo-se aos cabelos) cuja origem é francesa, da 
palavra mèche. Algumas vezes a confusão pode ser ocasionada por conta da palavra 
mexe (do verbo mexer) que é grafada com x. 
 
• Em palavras de origem tupi (capixaba, caxumba, xaxim, queixada, Pataxó, abacaxi, 
araxá e Xingu). 
 
Um das exceções é a palavra que nomeia a cidade catarinense de Chapecó, que é uma 
derivação do tupi Xapeco e quer dizer, da donde se avista o caminho da roça. 
• Em palavras de origem africana (afoxé, axé, xingar, xangô, maxixe, orixá, borocoxô, 
xodó e fuxico) 
 
• Algumas exceções são as palavras cachaça, chilique, e cachimbo. 
 
 
31 
 
Em palavras de origem árabe (almoxarifado, elixir, haxixe, xarope, xadrez, xeque e 
enxaqueca) As exceções são as palavras alcachofra e chafariz. 
 
S ou Z 
 
Na hora de escrever, outra confusão frequente está relacionada ao uso do S e do Z. 
Conheça algumas regrinhas que podem auxiliar: 
 
• Casos em que o S é utilizado: 
 
Em palavras que derivam de uma primitiva grafada com s (casa – casinha, casarão, 
análise – analisar e pesquisa – pesquisar) 
 
Como exceção podemos citar: catequese – catequizar. 
 
• Após ditongo quando houver o som de z (coisa e maisena) 
 
• Nos sufixos “ês”, “esa”, “esia” e “isia”, quando indicarem nacionalidade, título ou 
origem (burguesia, portuguesa, poetisa e camponês) 
 
A exceção é a palavra juíza, que deriva do masculino, juiz. 
 
• Na conjugação dos verbos pôr e querer (ele pôs, ele quis, e nós quisemos) 
• Nos sufixos gregos “ase”, “ese”, “ise” e “ose” (crise, tese, frase e osmose) 
 
As exceções são as palavras deslize e gaze. 
 
• Em palavras terminadas em “oso” e “osa” (gostosa e populoso) 
 
32 
 
 
Casos em que o Z é utilizado: 
 
• Palavras terminadas em ez e eza serão escritas com z quando se tratarem de 
substantivos abstratos provenientes de adjetivos, portanto, indicando uma qualidade 
(certeza, nobreza, maciez e sensatez) 
 
• Utiliza-se o z nas palavras derivadas com os sufixos “zinho” “zito” “zada” “zarrão”, 
“zorra”, “zudo”, “zeiro”, “zal” e “zona” (cafezal, homenzarrão, papelzinho e açaizeiro) 
 
As exceções ocorrem quando o radical da palavra de origem possui o s: casa – casinha, 
asa – asinha e Teresa – Teresinha. 
 
• Quando a derivação resultam em verbos terminados com o som de “izar” (economizar 
e aterrorizar) 
 
Da mesma forma, há exceção quando o radical da palavra de origem possui o s: analisar 
e improvisar. 
 
C, Ç, S e SS 
 
Outra parte, ainda mais confusa, são as possibilidades de uso do c, ç, s e ss. Entretanto, 
as regrinhas são muito simples e fáceis de serem entendidas. 
• O C tem valor de S com as vogais E e I. Antes de A, O ou U, utiliza-se o Ç (ocioso, 
acetato, açúcar e aço) 
 
• Depois de consoante, utiliza-se S. Entre vogais, o correto é usar SS (concurso e 
pessoa) 
 
33 
 
 
• O S é utilizado em palavras que derivam de verbos terminados em “correr” “pelir” e 
“ergir” (compelir – compulsório, discorrer – discurso e imergir – imersão) 
 
• Os verbos terminados em “dar” “der” “dir” “ter” “tir” e “mir” recebem o S quando 
perdem as letras D, T e M em suas derivações (redimir – remissão – remisso, expandir – 
expansão – expansível e iludir – ilusão – ilusório) 
 
• Verbos não terminados em “dar” “der” “dir”, “ter” “tir” e “mir” recebem Ç quando 
mudam o radical (excetuar – exceção e proteger – proteção) 
 
• Verbos que mantêm o radical recebem Ç em suas derivações (fundir – fundição e reter 
– retenção) 
 
• Utiliza-se C ou Ç após o ditongo quando houver som de S (traição e coice) 
 
• Utiliza-se C ou Ç nos sufixos “aça”, “aço”, “ação”, “çar”, “ecer’, “iça”, “iço”, “nça”, 
“uça”, “uço” (esperar – esperança, dente – dentuço, rico – ricaço e merece – merecer) 
 
• Em palavras de origem árabe (açude, alface, alvoroço, celeste, cetim, açoite, açafrão) 
Algumas exceções são arsenal, safra, salada e carmesim. 
 
• Em palavras de origem tupi (camaçari, açaí, cacique, piaçava, paçoca, Iguaçu e 
cupuaçu) 
 
• Em palavras de origem africana (caçula, cachaça, miçanga, lambança, cangaço e 
jagunço) 
 
 
34 
 
G e J 
 
Em relação ao uso do G e J é seguida a mesma tendência. Além de ter várias regras, há, 
ainda, diversas exceções. Confira quais são as principais e nunca mais erre a grafia 
dessas palavras. 
 
Nas palavras originárias do latim e do grego, normalmente, o G da Língua 
Portuguesa é equivalente. 
 
Latim 
gestu – gesto 
gelu – gelo 
agitare – agitar 
Grego gymnastics – ginástica 
hégemonikós – hegemônico 
 
Em relaçãoao J, ele não existe nem no latim e nem no grego clássico. Portanto, ele 
ocorre quando há consonantização do I semiconsoante latino ou palatalização do S + I, 
ou do grupo DI + Vogal. 
 
Casos em que o G é utilizado: 
 
• Quando a palavra é derivada de outras palavras grifadas com G (faringite – faringe e 
selvageria – selvagem) 
 
Algumas exceções são coragem – corajoso e viagem – viajar. 
 
• Quando as palavras terminam nos sufixos “ágio”, “égio”, “ígio”, “ógio” e “úgio” 
(refúgio, prestígio e sacrilégio) 
 
35 
 
 
• Utiliza-se G quando os substantivos são terminados em “gem” (sondagem, viagem e 
passagem) 
 
Exemplos de exceção são as palavras pajem e lambujem. 
 
• Quando os verbos são terminados em “ger” e “gir” (eleger e rugir) 
• Depois de R (divergir e submergir) 
 
Casos em que o J é utilizado: 
 
• Nas palavras derivadas de outras que são grafadas com J (lojista – loja, gorjeta – 
gorja). 
 
• Nos verbos terminados em “jar” (arranjar, encorajar, enferrujar) 
 
• Palavras de origem árabe (azulejo, berinjela, jaleco, jarra, laranja) 
Algumas exceções são giz, girafa e álgebra 
 
• Em palavras de origem tupi (jururu, maracujá, jerimum, marajó, jibóia). 
 Sergipe é uma exceção. 
• Palavras que possuem origem africana (jabá, Iemanjá, acarajé, jiló, Jurema) 
 
Mal e mau 
 
É uma das dúvidas mais frequentes, que as duas palavras são muito parecidas. 
 
Vejamos, 
 
36 
 
 
A palavra mal é oposto de bem, enquanto a palavra mau é oposto de bom. Basta fazer 
a substituição para perceber se o uso é correto, ou não. 
 
Vale lembrar, ainda, que quando estiver acompanhado de artigo ou pronome, mal será 
um substantivo. 
 
Exemplo: Sofro desse mal desde os dez anos de idade. 
Porém, quando modificar um verbo ou adjetivo, mal será um advérbio. 
 
Exemplo: Chegou em casa e mal olhou para o marido. 
Na direção contrária, a palavra mau sempre é usada como um adjetivo. 
 
Exemplo: Os maus exemplos não devem ser seguidos. 
 
Uso dos porquês 
 
Há quatro categorias distintas e cada uma delas com um uso. Entretanto, depois de 
entender com elas funcionam, o uso dos porquês se tornará muito mais simples. 
Porque (junto e sem acento) – é usado basicamente em respostas e explicações, 
indicando a causa ou explicação de algo. Pode ser substituído por: pois, uma vez que, 
dado que, visto que, etc. 
Exemplo: Não vou ao shopping porque estou me sentindo mal. 
 
Por que (separado e sem acento) – é usado para fazer perguntas ou para fazer relação 
com um termo anterior da oração. Confira algumas formas de substituí-lo: por qual 
razão e por qual motivo. 
 
Exemplo: Por que você não cumpriu o acordo de venda? 
 
37 
 
 
Por quê (separado e com acento) – é usado no final de frases interrogativas, podendo 
ser seguido tanto por ponto de interrogação, quanto por ponto final. 
 
Exemplos: Minha irmã foi embora sem que eu soubesse o por quê. 
Você deixou o caderno em casa por quê? 
 
Porquê (junto e com acento) – é usado para indicar o motivo, razão ou causa de 
alguma coisa. Sempre aparece acompanhado de artigos definidos ou indefinidos, mas 
pode aparecer, ainda, acompanhado de numeral ou pronome. 
 
 Exemplo: Gostaria de saber os porquês de eu não ter sido convidada para a festa do 
condomínio. 
 
Resumindo: 
Porque – Usado em respostas. 
Por que – Usado no início de uma questão. 
Por quê – Usado no fim de perguntas. 
Porquê – Usado como substantivo. 
 
 
8. ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
Inicialmente, o mais importante, antes de conhecer as regras específicas de acentuação, 
é conhecer a tonicidade das palavras. Assim, elas se divides em: 
 
Oxítonas: última sílaba tônica – VOCÊ 
 
 
38 
 
Paroxítonas: penúltima sílaba tônica – HISTÓRIA 
 
Proparoxítonas: antepenúltima sílaba tônica – MÉDICO 
 
Monossílabos: possuem uma única sílaba e ela é tônica – MÊS 
 
Regras Gerais de Acentuação 
 
Hiatos 
 
Acentuam-se o I e o U, quando são a segunda vogal tônica de hiato, ou seja, quando 
essas letras aparecem sozinhas (ou seguidas de s) numa sílaba. 
Ex: sa-í-da, e-go-ís-mo, sa-ú-de, ba-ú, ba-la-ús-tre. 
Observações: 
 
39 
 
● Se junto ao I e U vier qualquer outra letra (na mesma sílaba), não haverá acento: 
Ra-ul, ru-im, ju-iz, sa-ir. 
● Se o I for seguido de nh, não haverá acento. É o caso de rainha, moinho, 
campainha. 
Ditongos 
a) Acentuam-se os ditongos abertos, orais e tônicos das palavras oxítonas terminadas 
em éis, éu, éus, ói, óis: papéis. 
b) O trema deve ser usado apenas em palavras estrangeiras: Müller 
Acentos diferenciais 
Como o nome diz, o acento diferencial serve para marcar a diferença entre palavras que 
são escritas da mesma forma (homógrafas). 
a) Primeiramente, vamos nos lembrar do acento que diferencia os verbos ter e vir (e 
seus derivados) no presente do indicativo, caso estejam na terceira pessoa: 
● ele tem – eles têm 
● ele vem – eles vêm 
● ele mantém – eles mantêm 
● ele intervém – eles intervêm 
● ele detém – eles detêm 
● ele provém – eles provêm 
b) Há um caso de acento diferencial de timbre (aberto/ fechado): pode (verbo no 
presente) – pôde (verbo no pretérito) 
c) Usa-se o acento circunflexo no verbo pôr para diferenciá-lo da preposição por, que 
não é acentuada. 
 
40 
 
9. PONTUAÇÃO 
O conteúdo de Pontuação refere-se aos Sinais de Pontuação que são sinais gráficos que 
contribuem para a coerência e a coesão de textos, bem como têm a função de 
desempenhar questões de ordem estílica. 
São eles: o ponto (.), a vírgula (,), o ponto e vírgula (;), os dois pontos (:), o ponto de 
exclamação (!), o ponto de interrogação (?), as reticências (...), as aspas (“”), os 
parênteses ( ( ) ) e o travessão (—). 
Nos próximos tópicos, vejamos como usá-los e alguns exemplos. 
Ponto (.) 
O ponto, ou ponto final, é utilizado para terminar a ideia ou discurso e indicar o final de 
um período. O ponto é, ainda, utilizado nas abreviações. 
Exemplos: 
Acordei e logo pensei nela e na discussão que tivemos. Depois, saí para trabalhar e 
resolvi ligar e pedir perdão. 
O filme recebeu várias indicações para o óscar. 
Esse acontecimento remonta ao ano 300 a.C., segundo afirmam os nossos historiadores. 
Sr. João, lamentamos informar que o seu voo foi cancelado. 
 Vírgula (,) 
A vírgula indica uma pausa no discurso. Sua utilização é tão importante que pode mudar 
o significado quando não utilizada ou utilizada de modo incorreto. A vírgula também 
 
41 
 
serve para separar termos com a mesma função sintática, bem como para separar o 
aposto e o vocativo. 
Exemplos: 
Vou precisar de farinha, ovos, leite e açúcar. 
 Rose Maria, apresentadora do programa da manhã, falou sobre as receitas vegetarianas. 
(aposto) 
Desta maneira, Maria, não posso mais acreditar em você. (vocativo) 
 Ponto e Vírgula (;) 
O ponto e vírgula serve para separar várias orações dentro de uma mesma frase e para 
separar uma relação de elementos. É um sinal que muitas vezes gera confusão nos 
leitores, já que ora representa uma pausa mais longa que a vírgula e ora mais breve que 
o ponto. 
Exemplos: 
Os empregados, que ganham pouco, reclamam; os patrões, que não lucram, reclamam 
igualmente. 
 Joaquim celebrou seu aniversário na praia; não gosta do frio e nem das montanhas. 
Os conteúdos da prova são: Geografia; História; Português. 
Dois Pontos (:) 
 
42 
 
Esse sinal gráfico é utilizado antes de uma explicação, para introduzir uma fala ou para 
iniciar uma enumeração. 
Exemplos: 
Na matemática as quatro operações essenciais são: adição, subtração, multiplicação e 
divisão. 
Joana explicou: — Não devemos pisar na grama do parque. 
 Ponto de Exclamação (!) 
O ponto de exclamação é utilizado para exclamar. Assim, é colocado em frases que 
denotam sentimentos como surpresa, desejo, susto, ordem, entusiasmo, espanto. 
Exemplos: 
Que horror! Ganhei! 
 Ponto de Interrogação (?) 
O ponto de interrogaçãoé utilizado para interrogar, perguntar. Utiliza-se no final das 
frases diretas ou indiretas-livre. 
Exemplos: 
Quer ir ao cinema comigo? Será que eles preferem jornais ou revistas? 
 Reticências (...) 
 
43 
 
As reticências servem para suprimir palavras, textos ou até mesmo indicar que o sentido 
vai muito mais além do que está expresso na frase. 
Exemplos: 
 Ana gosta de comprar sapatos, bolsas, calças… 
 Não sei… Preciso pensar no assunto. 
Aspas (" ") 
É utilizado para enfatizar palavras ou expressões, bem como é usada para delimitar 
citações de obras. 
Exemplos: 
Satisfeito com o resultado do vestibular, se sentia o “bom”. 
 Brás Cubas dedica suas memórias a um verme: "Ao verme que primeiro roeu as frias 
carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas." 
Parênteses ( ( ) ) 
 Os parênteses são utilizados para isolar explicações ou acrescentar informação 
acessória. 
Exemplos: 
O funcionário (o mais mal-humorado que já vi) fez a troca dos artigos. 
 
44 
 
 Cheguei à casa cansada, jantei (um sanduíche e um suco) e adormeci no sofá. 
Travessão (—) 
O Travessão é utilizado no início de frases diretas para indicar os diálogos do texto bem 
como para substituir os parênteses ou dupla vírgula. 
Exemplos: 
Muito descontrolada, Paula gritou com o marido: — Por favor, não faça isso agora pois 
teremos problemas mais tarde. 
Maria - funcionária da prefeitura - aconselhou-me que fizesse assim. 
10. CRASE 
Crase é o resultado da união dos sons de duas vogais idênticas. Na fala, ela significa 
apenas uma emissão de som. Na escrita, é marcada pelo uso do acento grave [ ` ] na 
vogal [ à ]. 
Regras de uso da crase 
Antes de palavras femininas 
 Fui à escola. 
Fomos à praça. 
Quando acompanham verbos que indicam destino (ir, voltar, vir) 
 
45 
 
Vou à padaria. 
 Fomos à praia. 
 Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas 
Saímos à noite. 
 À medida que o tempo passa as amizades aumentam. 
Exemplos de locuções: 
à medida que, à noite, à tarde, às pressas, às vezes, em frente a, à moda de. 
Antes dos Pronomes demonstrativos aquilo, aquela, aquele 
No verão, voltamos àquela praia. 
Refere-se àquilo que aconteceu ontem na festa. 
Antes da locução "à moda de" quando ela estiver subentendida 
Veste roupas à (moda de) Luís XV. 
 Dribla à (moda de) Pelé. 
 Uso da crase na indicação das horas 
Utiliza-se a crase antes de numeral cardinal que indicam as horas exatas: 
Termino meu trabalho às cinco horas da tarde. 
 
46 
 
 Saio da escola às 12h30. 
 Por outro lado, quando acompanhadas de preposições (para, desde, após, perante, com), 
não se utiliza a crase, por exemplo: 
Ficamos na reunião desde as 12h. 
Chegamos após as 18h. 
O congresso está marcado para as 15h. 
 Quando não usar a crase 
Antes de palavras masculinas 
 Jorge tem um carro a álcool. 
Samuel comprou um jipe a diesel. 
Antes de verbos que não indiquem destino 
 Estava disposto a salvar a menina. 
 Passava o dia a cantar. 
 Antes de pronomes pessoais do caso reto e do caso oblíquo 
Falamos a ela sobre o ocorrido. 
 Ofereceram a mim as entradas para o cinema. 
 
47 
 
 Os pronomes do caso reto são: eu, tu, ele, nós, vós, eles. 
Os pronomes do caso oblíquo são: me, mim, comigo, te, ti, contigo, se, si, o, lhe. 
Antes dos pronomes demonstrativos isso, esse, este, esta, essa 
Era a isso que nos referíamos. 
 Quando aderir a esse plano, a internet ficará mais barata. 
Crase Facultativa 
Depois da preposição “até”: 
Fui até a praça. Ou fui ate a praça. 
Antes de nomes próprios femininos: 
Entrega à Ana, por favor. Ou Entrega a Ana, por favor. 
Antes de pronomes possessivos: 
Mandou presente de Natal à sua família. Ou Mandou presente de Natal a sua família. 
11. EMPREGO E DESCRIÇÃO DAS CLASSES DE PALAVRAS 
As classes gramaticais fazem parte da morfologia. O principal objetivo da morfologia é 
tratar da função das palavras em si mesmas. Ainda que o contexto seja importante para a 
classificação de uma palavra, o foco maior será na função primeira de um termo em 
 
48 
 
uma construção. São 10 as classes gramaticais: artigo, adjetivo, advérbio, conjunção, 
preposição, verbo, interjeição, substantivo, pronome, numeral. 
 
Substantivo 
 
O substantivo é a classe de palavras utilizada para nomeação. Assim, ele nomeia 
pessoas, lugares, sentimentos, ações, estados, ou seja, tudo aquilo que precisa de um 
nome. 
 
Classificação dos substantivos: 
 
 1- Concretos: não dependem de ninguém para existir, ainda que sejam imaginários. 
POLTRONA, LIVRO, URSO, VENTO, DEUS... 
 
2- Abstratos: dependem de alguém para existir. RAIVA, BRINCADEIRA, MEDO, 
FEIURA... 
 
3- Comuns: não se escrevem com iniciais maiúsculas, são genéricos. CASA, QUADRO, 
MENINO, CACHORRO, MÚSICA... 
 
4- Próprios: são escritos com iniciais maiúsculas, pois determinam seres, organizações, 
entidades. JOÃO, ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, BRASIL... 
 
5- Coletivos: designam um conjunto de seres da mesma espécie. MATILHA, 
CORDILHEIRA, ALCATEIA 
 
Formação dos substantivos: 
 
1- Primitivos: não derivam de outros. PAPEL, VIDRO, LIVRO. 
 
 
49 
 
2- Derivados: derivam de outras palavras. PAPELARIA, VIDRAÇARIA, LIVRARIA. 
 
3- Simples: tem apenas um radical. VENTO, CHUVA, MALA. 
 
4- Composto: tem mais de um radical. CATAVENTO, GUARDA-CHUVA, 
PORTAMALAS. 
 
Adjetivo 
 
O adjetivo pode indicar: qualidade, modo de ser, estado ou aparência. 
 
Qualidade: meninas bonitas, música agradável, menino esperto, quadro horrível. 
 
Modo de ser: caminho esburacado, pasta grudenta. 
 
 Estado: homem cansado, criança triste. Aparência: sapato azul-escuro, roupa 
transparente. 
 
 Artigo 
 
São palavras que acompanham os substantivos, indicando o seu número (singular ou 
plural) e o seu gênero (masculino ou feminino). Podem ser classificados em artigos 
definidos e indefinidos. 
 
São artigos definidos: O, A, OS AS 
 
Encontrei A menina perdida pelas ruas do centro. 
 
São artigos indefinidos: UM, UMA, UNS, UMAS 
 
50 
 
 
Encontrei uma menina pedida pelas ruas do centro. 
 
Pronomes 
 
 
 
 
 
 
- Caso reto: desempenham função de sujeito ou predicativo; 
 
 
51 
 
- Caso Oblíquo: desempenham função de complemento ou adjunto (exceção: sujeito) 
 
Oblíquos tônicos: 
 
Têm acento tônico e estão precedidos de preposição: Ore por mim. João ficou fora de si. 
 
Oblíquos átonos: 
 
Não têm acento tônico e não são precedidos de preposição: 
 
Ex: Não nos perturbe. Vejo-te em casa. AS FORMAS O, A, OS, AS 
 
- Verbos terminados em R, S, Z= cai a consoante no final do verbo e o pronome vira 
LO, LA, LOS, LAS: Ex: Maria veio vê-LO. 
 
- Verbos terminados em M ou nasais= os pronomes viram no, na, nos, nas. Ex: 
Encontraram-NOS perto do lago. 
 
 Pronome Integrante 
 
Ocorrem com verbos pronominais que podem apresentar ideia de movimento, mudança 
de estado, sentimento. Queixar-se , Arrepender-se , Alegrar-se 
 
Pronome Reflexivo 
 
A ação recai sobre aquele que a pratica. Eu me machuquei com o grampeador. Ele se 
inseriu no grupo. 
 
Pronome Recíproco 
 
52 
 
 
Referem-se ao sujeito plural ou composto que pratica a ação em outrem e a recebe ao 
mesmo tempo. Tem valor de “um ao outro”. 
 
Os deputados se xingaram no debate. 
 
Pronomes de tratamento 
 
Usados para finalidade comercial ou para tratamento cerimonioso. 
 
Pronomes Demonstrativos 
 
 Situam os seres no tempo ou no espaço com relação às três pessoas gramaticais. 
 
53 
 
 
 
Pronomes relativos – Referem-se a um substantivo ou pronome substantivo 
mencionado anteriormente. 
 
VERBO – palavras que expressam ações ou estados se encontram nesta classe 
gramatical. 
Exemplo: fazer, ser, andar, partir, impor, etc. 
 
54 
 
ADVÉRBIO – palavras que se associam a verbos, adjetivos ou outros advérbios, 
modificando-os.Exemplo: não, muito, constantemente, sempre, etc. 
NUMERAL – como o nome diz, expressam quantidades, frações, múltiplos, ordem. 
Exemplo: primeiro, vinte, metade, triplo, etc. 
PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma palavra à outra, estabelecendo relações entre 
elas. 
Exemplo: em, de, para, por, etc. 
CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações de 
coordenação ou subordinação. 
Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, que, etc. 
INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja uma classe gramatical como as demais, 
pois algumas de suas palavras podem ter valor de uma frase. Mesmo assim, podemos 
definir as interjeições como palavras ou expressões que evocam emoções, estados de 
espírito. 
Exemplo: Nossa! Ave Maria! Uau! Que pena! Oh! 
12. SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO 
A sintaxe é a parte da gramática que estuda a estrutura da frase, analisando as funções 
que as palavras desempenham numa oração e as relações que estabelecem entre si. A 
 
55 
 
sintaxe estuda também as relações existentes entre as diversas orações que formam um 
período. 
Estudo da relação entre os termos da oração 
Segundo uma análise sintática, a oração se encontra dividida em: 
• termos essenciais; 
• termos integrantes; 
• termos acessórios. 
Os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado. 
Os termos integrantes da oração são o objeto direto, o objeto indireto, o predicativo 
do sujeito, o predicativo do objeto, o complemento nominal e o agente da passiva. 
Os termos acessórios da oração são o adjunto adnominal, o adjunto adverbial e o 
aposto. 
Exemplos de análise sintática 
Amanhã, a Madalena pagará suas dívidas ao banco. 
Sujeito: a Madalena 
Predicado: pagará suas dívidas ao banco 
Objeto direto: suas dívidas 
Objeto indireto: ao banco 
Adjunto adverbial: amanhã 
Adjunto adnominal: a, suas 
O diretor está livre de compromissos. 
 
56 
 
Sujeito: o diretor 
Predicado: está livre de compromissos 
Predicativo do sujeito: livre 
Complemento nominal: compromissos 
A roupa foi passada pela vizinha, uma senhora trabalhadora. 
Sujeito: a roupa 
Predicado: foi passada pela vizinha 
Agente da passiva: vizinha 
Aposto: uma senhora trabalhadora 
Ela acusou-a de fofoqueira. 
Sujeito: ela 
Predicado: acusou-a de fofoqueira 
Objeto direto: a 
Predicativo do objeto: fofoqueira 
Estudo da relação entre as orações 
Os períodos compostos são formados por várias orações. As orações estabelecem entre 
si relações de coordenação ou de subordinação. 
Período composto por coordenação 
Os períodos compostos por coordenação são formados por orações independentes. 
Apesar de estarem unidas por conjunções ou vírgulas, as orações coordenadas podem 
ser entendidas individualmente porque apresentam sentidos completos. 
 
57 
 
As orações coordenadas são classificadas em aditivas, adversativas, alternativas, 
conclusivas e explicativas, conforme a ideia que transmitem: de adição, de oposição, de 
alternância, de conclusão e de explicação relativamente à oração anterior. 
Oração coordenada aditiva: Gabriel treinou e ganhou a corrida. 
Oração coordenada adversativa: Gabriel treinou, mas não ganhou a corrida. 
Oração coordenada alternativa: Ou Gabriel treina ou não ganha a corrida. 
Oração coordenada conclusiva: Gabriel treinou, logo ganhou a corrida. 
Oração coordenada explicativa: Gabriel ganhou a corrida porque treinou. 
Período composto por subordinação 
Os períodos compostos por subordinação são formados por orações dependentes uma da 
outra. Como as orações subordinadas apresentam sentidos incompletos, não podem ser 
entendidas de forma separada. 
Conforme a função sintática que desempenham, as orações subordinadas são 
classificadas em substantivas, adjetivas ou adverbiais. 
Oração subordinada substantiva subjetiva: Foi anunciado que Jorge será o novo 
diretor. 
Oração subordinada substantiva objetiva direta: Nós não sabíamos que isso seria 
obrigatório. 
Oração subordinada substantiva objetiva indireta: A empresa precisa de que todos 
os funcionários sejam assíduos. 
Oração subordinada substantiva completiva nominal: Tenho esperança de que tudo 
será melhor no futuro! 
Oração subordinada substantiva predicativa: O importante é que minha filha é feliz. 
Oração subordinada substantiva apositiva: Apenas quero isto: que você desapareça 
da minha vida! 
 
58 
 
Oração subordinada adverbial causal: Ele não pode esperar porque tem hora marcada 
no médico. 
Oração subordinada adverbial consecutiva: A Luísa esperou tanto tempo que 
adormeceu no sofá. 
Oração subordinada adverbial final: Eles ficaram vigiando para que nós chegássemos 
a casa em segurança. 
Oração subordinada adverbial temporal: Mal você foi embora, ele apareceu. 
Oração subordinada adverbial condicional: Se o Paulo vier rápido, eu espero por ele. 
Oração subordinada adverbial concessiva: Embora eu esteja atrasada para o trabalho, 
continuarei esperando por ele. 
Oração subordinada adverbial comparativa: Júlia se sentia como se ainda tivesse 
dezesseis anos. 
Oração subordinada adverbial conformativa: Ficaremos esperando por você, 
conforme combinamos ontem. 
Oração subordinada adverbial proporcional: Quanto mais eu estudava, mais tinha a 
sensação de não saber nada. 
Oração subordinada adjetiva explicativa: A Júlia, que é a funcionária mais nova da 
empresa, não teve uma boa avaliação. 
Oração subordinada adjetiva restritiva: Todos os funcionários que conhecem bem a 
empresa tiveram uma boa avaliação. 
Sintaxe de concordância 
A sintaxe de concordância estuda a concordância nominal e a concordância verbal que 
ocorrem na oração. 
Para haver concordância nominal é necessário que haja concordância de gênero e 
número entre os diversos nomes da oração, ou seja, entre o substantivo e o adjetivo que 
 
59 
 
o caracteriza, entre o substantivo e o artigo que o determina, entre um pronome adjetivo 
e o substantivo,… 
Concordância em número indica a flexão em singular e plural. Concordância em gênero 
indica a flexão em masculino e feminino. 
Exemplos de concordância nominal 
• O vizinho novo; 
• A vizinha nova; 
• Os vizinhos novos; 
• As vizinhas novas. 
Para que haja concordância verbal é necessário que haja concordância em número e 
pessoa entre o sujeito gramatical e o verbo. 
Concordância em número indica a flexão em singular e plural. Concordância em pessoa 
indica a flexão em 1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa. 
Exemplos de concordância verbal 
• Eu li; 
• Ele leu; 
• Nós lemos; 
• Eles leram. 
Sintaxe de regência 
 
60 
 
A sintaxe de regência estuda a regência nominal e a regência verbal que ocorre entre os 
diversos termos de uma oração. Há um termo regente que apresenta um sentido 
incompleto sem o termo regido, que atua como seu complemento. 
A regência nominal indica a relação que um nome (termo regente) estabelece com o 
seu complemento (termo regido) através do uso de uma preposição. 
Exemplos de regência nominal 
• favorável a; 
• apto a; 
• livre de; 
• sedento de; 
• intolerante com; 
• compatível com; 
• interesse em; 
• perito em; 
• mau para; 
• pronto para; 
• respeito por; 
• responsável por. 
A regência verbal indica a relação que um verbo (termo regente) estabelece com o seu 
complemento (termo regido) através do uso ou não de uma preposição. Na regência 
verbal os termos regidos são o objeto direto (sem preposição) e o objeto indireto 
(preposicionado). 
 
61 
 
Exemplos de regência verbal preposicionada 
• assistir a; 
• obedecer a; 
• avisar a; 
• agradar a; 
• morar em; 
• apoiar-se em; 
• transformar em; 
• morrer de; 
• constar de; 
• sonhar com; 
• indignar-se com; 
• ensaiar para; 
• apaixonar-se por; 
• cair sobre. 
Sintaxe de colocação pronominal 
A sintaxe de colocação pronominal estuda a forma como os pronomes pessoais oblíquos 
átonos se associam aos verbos. Existem três formas de colocação pronominal: 
Em próclise: pronome aparece antes do

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